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    Famille, genre, génération et sexualité au Brésil

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    De nombreux changements générationnels se profilent actuellement au Brésil, en particulier ceux qui sont liés aux moeurs sexuelles. Cet article a pour objet la représentation des jeunes femmes en rapport avec la sexualité : malgré une certaine évolution, les jeunes hommes les voient encore comme des subalternes et leurs propres familles contribuent à la reproduction de cette vision. Les jeunes, en particulier les jeunes filles, éprouvent toujours des difficultés d’insertion sur le marché du travail, demeurent économiquement dépendants de leurs parents, ce qui endigue leur possibilité de transformation des moeurs sexuelles traditionnelles. L’auteure expose une nouvelle analyse d’une étude réalisée en 2004 auprès d’élèves d’écoles secondaires brésiliennes et de leurs parents, sur les thèmes de l’initiation sexuelle, de la virginité et des conversations sur la sexualité entre parents et enfants. Elle y joint également les résultats d’une autre recherche réalisée en 2006 avec des adolescents et des adolescentes à leur domicile.Customs and discourses on sexuality have been changing in Brazil, mainly in the industrialized and urban centers, among young men and women and among their parents. But despite its acceptance of some notable changes in young women’s behavior families still seem to be an important locus for the reproduction of gender differences. Despite its acceptance of notable changes in young women’s sexual behavior, parents and young men still differentiate their sons’ and daughters’ sexual behavior. Two investigations with young adults and their parents addressing issues such as virginity, sexual initiation, representations of sexuality and parental expectations of sexual behavior have demonstrated that while the discourse on sexual autonomy is prevalent among young adults, economical dependency of the younger generation on their parents stifles sexual behavior of young women, and that young women are still seen as inferior and without sexual drive by many young men

    Engendrando poderes em tempos neoliberais: Feminismos e feminismos, reflexões a esquerda

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    This essay develops a critique of some contemporay issues of feminism in Latin America, pointing to the need for feminism to recapture the inbred relations of class and race, considering the diversity among women, and not just a liberal concern with women’s rights and their place in the power/State system. The author warns against neo liberal influence on feminist thinking and current emphasis on individualization of fixed identities. It is recognized that the institutionalization of feminism through the non governmental organization-NGO-model contributed to empower feminism as au agency in the scenario of decision making process, with a voice in national and international spheres. On the other hand, if the service and advocacional arenas are today better represented by professional feminists, the critique and investments on identifications or open avenues so proper of a libertarian social movement have been put aside.L’essai dévéloppe une réflexion sur les questions contempo- raines du féminisme latino-américain: son institucionali-sation, Temphase dans Toccupation d’espaces de pouvoir formel dans le systéme de décisions du gouvernement et Tajustement libéral par rapport aux droits espécifiques. On considère ces sujets pertinents, ainsi que Taccroissement du modèle d’organisations non-gouverna- mentales pour les droits des femmes. L’essai fait la critique du féminisme qui se limite à de telles orientations, oubliant son origine libertaire, en tant que mouvement social de pression et critique sociale, prônant des nouveaux rapports et façons d’etre homme et femme. Il critique aussi I’essentialisme et la dépendance des orientations des agences financières internationales, ainsi que les accords et l 'adhésion a-cri- tique aux orientations neolibérales qui mettent I 'accent sur lefaitd’être au pouvoir, sans réfléchir sur Tétat de la société de classes dans le continent et la terrible situation matérielle de beaucoup de femmes et d’homines.O ensaio propõe uma reflexão sobre questões contemporâneas do feminismo latino-americano: sua institucionalização, ênfase na ocupação de espaços de poder formal no sistema de decisão do governo e acerto liberal no que se refere a direitos específicos. Considera que esses são temas pertinentes, tal como a ampliação do modelo de organizações não-govemamentais pelos direitos das mulheres. Critica o fato do feminismo limitar-se a tais orientações, esquecendo-se de sua origem libertária, de movimento social de pressão e de crítica social por novas relações e novas formas de ser homem e de ser mulher. Critica também o essencialismo e a dependência às orientações da agências financeiras internacionais, bem como alianças, em alguns casos, e, em outros, de adesão à crítica às orientações neoliberais, ressaltando o “estar no poder”, sem refletir sobre o momento das sociedades de classe no continente e a terrível situação material de muitas mulheres e homen

    GÊNERO E ETNICIDADE: Conhecimentos de urgência em tempos de barbárie

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    Este ensayo analiza la propiedad del llamado paradigma de la complejidad (Morin) junto con el pensamiento crítico (Nussbaum) para los análisis relacionados con el género, así como aquellos que se centran en las relaciones étnicas, especialmente en tiempos que tienden a verdades basadas en un pensamiento único único. Se argumenta que deben abordarse las simplificaciones en tales temas, como la campaña que considera el género como ideología y etnia como exclusivamente orientado a la tradición y los pueblos originales, destacando los tránsitos entre cultura, política y proyectos de resistencia. Sin embargo, se advierte que tanto la interdisciplinariedad como el pensamiento complejo requieren ambientes institucionales abiertos al diálogo, no abandonando lo disciplinario. Además del conocimiento de las doxas de las disciplinas combinadas y la observación del principio Foulcaultiano con respecto a la ecuación de conocimiento / poder. Más se extiende sobre el género como conocimiento abierto que incluso algunos autores han cuestionado por la multiplicidad performativa (por ejemplo, Butler) y señala que tanto el género como la sexualidad, así como las relaciones étnicas requieren énfasis en las redes de relaciones sociales, debates teóricos sometidos a la proyección de Estudios etnográficos, ya que incluyen diferentes logros, experiencias y conexiones entre textos y contextos. Palabras clave: pensamiento complejo; interdisciplinariedad, género, relaciones étnicas.Este artigo-ensaio discute a propriedade do chamado paradigma da complexidade (Morin) conjugado ao pensamento crítico (Nussbaum) para analises relacionadas a gênero assim como aquelas que focalizam relações étnicas em especial em tempos que se tende a verdades pautadas em ‘pensamento único. Advoga-se que há que combater simplificações sobre tais temas, questionando-se por exemplo, a campanha que considera gênero como ideologia e etnicidade como orientado exclusivamente à tradição e povos originais, ressaltando os trânsitos entre cultura, política e projetos de resistência. Contudo se adverte que tanto interdisciplinaridade como pensamento complexo, pedem ambiências institucionais abertas ao diálogo, o não abandono do disciplinar. Alem de conhecimento das doxas das disciplinas que se combinam e observação do princípio Foulcaultiano quanto a equação saber/poder. Mais se estende sobre gênero como conhecimento em aberto que vem inclusive sendo questionado por alguns autores pela multiplicidade performática (e.g. Butler) e ressalta que tanto gênero e sexualidade, assim como relações étnicas   pedem ênfase em teias de relações sociais, debates teóricos submetidos ao crivo de estudos etnográficos,  já que comportam diversidades  de realizações, vivencias e  nexos entre textos e contextos. Palavras chaves: pensamento complexo; interdisciplinaridade, gênero, relações étnicas.This article discusses the property of the so-called paradigm of complexity in conjunction to the critical thinking for gender-related analyses as well as those that focus on ethnic relations. It advocates that we must combat simplifications, such as   the campaign  that considers gender  an ideology   and ethnicity as  oriented exclusively to tradition and original people. The complexity of gender and ethnical relations asks for emphases  and transits between culture, politics and projects. However it warns that both, interdisciplinarity as complex thought require institutional environments open to dialogue,  and not abandonment of disciplines. In addition it is   discussed the importance to  combine doxas and   the observation of the Foulcaultian principle on the equation knowledge/power. More extends about gender as  an open knowledge that is being questioned by some authors  for its relacion to  performativity and the multiplicity of cases it enrolls. Gender is an open knowledge  if the paradigm of complexity and a critical  thinking are considered. Ethnic relations   is another complex kmowledge that  asks for emphases on webs of social relations and theoretical discussions submitted to  ethnographic studies. Both knowledges are important to these times, against the idea of a single thought  since they involve  debates on diversity, political and cultural dimensions as well as forms of resistance. They are embedded in  experiences and  require  connections between texts and contexts. Key words: Gender, Ethnical relations, paradigm of complexity, interdisciplinary perspective

    O CONCEITO DE GÊNERO E AS ANÁLISES SOBRE MULHER E TRABALHO: NOTAS SOBRE IMPASSES TEÓRICOS

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    Este é um ensaio que reflete sobre impasses do conhecimento, privilegiando o conceito de gênero e tomando para referência o trabalho da mulher. Ao longo do seu desenvolvimento ele passa por tópicos diversos e insinua várias questões, discutindo o corpo, o masculino, as relações entre gênero e etnicidade e a interação entre necessidades e desejos. Explorando as potencialidades de uma divisão social do trabalho baseada no conceito de gênero, suas análises evidenciam como esse conceito possibilita um novo conhecimento da vida social, e não apenas outro paradigma para o estudo de questões femininas. This article proposes a critical revision of the feminist use of the concept of sexual division of labor under a gender perspective. It aims to expand this debate preventing another essentialist explanatory discourse. The body, the masculine, race/ethnicity and the interplay between needs and desires are recalled. A gendered social division of labor is not restricted to labor use, but also to production and reproduction of rebellion, power and pleasure. In this line, instead of divisions, relations and practices should be the main focus, allowing for a new knowledge on social life and not just another paradigm to study women's issues. Publicação Online do Caderno CRH:http://www.cadernocrh.ufba.b

    Ensaiando Gênero, Desejo e Trabalho; Ontologia e Emancipação no Marxismo; Por Feminismos- Emancipacionista e Decolonial

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    This essay revisits an article in which we approach a key concept in Marxism, emancipation, relating links about its north, the human gender, a category worked in the ontology of the social being by Lukács and Marx, with debates about gender, as elaborated in feminist debates about patriarchy. In this text, we insist that the centrality of work should be shared with those of sexuality and desire, but we also argue that the debate on emancipation projects, both gender in feminist writings and in Marxist approach should address colonized subjects. In the case of Latin America, emancipation implies the debate on desire as élan of life, and work as coloniality of being, of power and of knowledge. Decolonial feminist contributions and emphasis on diversity of experiences and resistance levels are considered. It is argued that desire, sexuality and work are singularities of the human being, but who is considered human? Keywords: Emancipation, gender, work, desire, colonialities.  Este ensayo revisa un artículo en el que abordamos un concepto clave en el marxismo, el de la emancipación, que relaciona los vínculos entre su norte, el género humano, una categoría trabajada en la ontología del ser social por Lukács y Marx, con debates sobre género, tal como se elabora en el plan de debates feministas. sobre el patriarcado En este texto, por otro lado, si insistimos en que la centralidad del trabajo debe compartirse con los de la sexualidad y el deseo, sostenemos que el debate sobre los proyectos de emancipación, ya sea del género femenino o del género humanizado, como el de los sujetos colonizados, en el caso de América Latina, atraviesa tanto el deseo como el espíritu de vida, lo que implica la descolonialidad del ser, así como la descolonialidad del conocimiento. Se consideran las contribuciones feministas emancipacionistas y decoloniales, y el énfasis en la diversidad de experiencias y niveles de resistencia. Se argumenta que el deseo, la sexualidad y el trabajo son singularidades del ser humano, pero ¿quién se considera humano?   Palabra clave: emancipación, trabajo, descolonialidad, deseo y sexualidad.Este ensaio revisita artigo em que abordamos conceito chave no marxismo, o de emancipação, relacionando entrelaces sobre seu norte, o gênero humano, categoria trabalhada na ontologia do ser social por Lukács e Marx, com debates sobre gênero, como elaborado no plano de debates feministas sobre patriarcado. Já neste texto, se  insistimos que a centralidade do trabalho  deve ser compartida com as de sexualidade e desejo, defendemos que o debate sobre projetos de emancipação, quer do gênero no feminino, quer do gênero humanizado, como o de sujeitos colonizados, no caso da América Latina, passam tanto pelo desejo, como élan de vida, implicando decolonialidade do ser, como pela decolonialidade do saber. Considera-se aportes de feministas emancipacionistas e as decoloniais, e a ênfase em diversidades de experiencias e níveis de resistência. Defende-se que desejo, sexualidade e trabalho são singularidades do ser humano, mas quem é considerado humano? Palavras-chave: Emancipação, trabalho, decolonialidade, desejo e sexualidade

    NO LIMIAR DE UM NOVO MILÊNIO: POSSIBILIDADES E CENÁRIOS

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    A autora coloca-se em meio ao drama de reconhecer os limites da Razão e do Sujeito, ao tempo em que afirma sua convicção de que é válido manter as utopias de esquerda no bojo desta revisão de tudo. O texto passa em revista a complexidade das equações em que se situa o sujeito na trajetória de construção da liberdade - o binômio movimentos sociais versus classes, o desafio recentemente percebido do pacto de sustentabilidade com a natureza, o estabelecimento de bandeiras sociais e políticas especificas em pleno processo de globalização da economia. Este processo, se agudiza desigualdades, potencializa, por outro lado, a subversão de significados. Enfim, o tempo é novo em termos de desafio e renovado em termos de disposição. On the threshold of a new millennium: The author places herself in the middle of a drama to recognise the limits of Reason and the Subject, while affirming her conviction that the maintaining of leftist Utopias is valid in the centre of this revision. The text surveys the complexity of the equations in which the Subject is situated in the trajectory of the construction of Freedom - the binomial {social movements versus classes}, the recently perceived challenge of the pact of Preservation with Nature, and the establishment of specific social and political flags in the on-going globalization of the economy. This process, if it widens inequalities, on the other hand, empowers the subversion of meanings.  Publicação Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.b

    Jeunesses, violences et l’Etat : jeunes des territoires munis du programme « unités de police pacificatrice » à Rio de Janeiro

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    Cet article relate une recherche effectuée à partir d’une étude de groupes de contacts avec des jeunes (15 - 29 ans) à la fin de l’année 2011 dans les favelas des Unités de police pacificatrices (Unidades de Polícia Pacificadora -UPPs), récemment implantées à Rio de Janeiro. Il débat de la relation difficile qu’entretient la jeunesse pauvre, noire, et stigmatisée par une série de préjugés sociaux, avec l’État. Ceci, en prenant en considération le fait que ce programme leur parvient par le truchement d’un appareil de la sécurité publique, historiquement répressive : la police. Nous défendons ici le fait qu’il faille mieux connaître et comprendre, partant des jeunes, leurs discours et leurs pratiques, et ainsi s’éloigner des codifications sociales afin de voir au-delà des violences et des « illégalités » qui leur sont imputées.This article revisits research we developed in 2011. A survey and focus groups with youth (15-29 years) were employed. It took place, in slums were the newly Rio de Janeiro Government Program named Units of Pacifying Polices (UPPs) was implanted. In the article we discuss about the difficult relationship of poor, black youth, stigmatized by a number of prejudices of society, with a historically considered repressive State apparatus : the police.Este artículo relata una investigación dedicada a estudiar grupos de contacto con jóvenes (de 15 a 29 años) a fines del año 2011 en las favelas con las Unidades de Policía Pacificadora (Unidades de Polícia Pacificadora -UPP), recientemente implantadas en Río de Janeiro. En él se debate la difícil relación que existe entre los jóvenes pobres, negros y estigmatizados por una serie de prejuicios sociales y el Estado, teniendo en cuenta que este programa les llega por medio de un aparato de seguridad pública históricamente represivo : la policía. En este estudio hacemos hincapié en que es necesario conocer y comprender mejor la situación, observando a esos jóvenes, sus discursos y sus prácticas, para alejarse de las codificaciones sociales y poder ver más allá de la violencia y la “ilegalidad” que se les imputan
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