137 research outputs found
ReflexĂ”es sobre os usos do portuguĂȘs
A forma como se usa actualmente a lĂngua portuguesa leva-me, enquanto
professora de PortuguĂȘs e linguista, a reflectir... SĂŁo essas reflexĂ”es e opiniĂ”es que
gostaria de partilhar com os leitores da Millenium, começando, no entanto, pela
explicitação de alguns conceitos linguĂsticos que sĂŁo indispensĂĄveis para observar de
forma crĂtica esta situação.
AfirmaçÔes como âHoje em dia ninguĂ©m sabe falar PortuguĂȘsâ e âCada vez se
dĂŁo mais pontapĂ©s na gramĂĄticaâ, que se tornaram muito frequentes no nosso dia a dia,
pressupĂ”em a existĂȘncia de um âPortuguĂȘs correctoâ. No entanto, Ă© caso para nos
perguntarmos se existe um Ășnico PortuguĂȘs correcto, se o PortuguĂȘs falado na Madeira
ou em situaçÔes mais informais nĂŁo pode ser considerado tambĂ©m um PortuguĂȘs
correcto. Seguindo de perto a sistematização feita em Peres e Móia (1995) e algumas
distinçÔes apresentadas em Mateus et al. (2003), Ă© possĂvel resumir o contributo da
LinguĂstica para compreender estas questĂ”es
App and classroom instruction for better pronunciation: some results
ICITED'22. ConferĂȘncia Internacional em Tecnologia da Informação e Educação, realizada no Rio de Janeiro, Brasil e em Fafe, Portugal, de 14-16 de julho de 2022. Apresentação online com interação sĂncrona.Various studies show the positive impact of computer-assisted training on pronunciation, but it is important to evaluate how the use of mobile apps, easily available online, can influence pronunciation development. If helpful, the use of these gamified tools could boost the time-on-task and the effects of classroom instruction. Consequently, the goals of this study are (1) to as-sess the impact on pronunciation of a teaching strategy that combines the use of a mobile app and classroom instruction, and (2) to propose an im-proved model of the strategy âApp+Class = better pronunciationâ. The ef-fects, on pronunciation, of using the app "Fun Easy Learn European Portu-guese - 6000 Words" as an informal learning activity outside the classroomâcombined with face-to-face classroom instructionâover a 2-week period are observed. The participants are 12 Chinese native speakers learning Portu-guese as a Foreign Language as 1st year undergraduate students majoring in Portuguese Language. A pretest and a posttest assessed the participantsâ pronunciation of words included, and non-included, in the app. A question-naire presented after the posttest explored the usersâ views and experience on this learning activity and the properties of the app. The main findings show a significant improvement in the pronunciation of the words âApp+Classâ and âApp-onlyâ but not in the âClass-onlyâ ones, and the studentsâ belief that using the App promotes pronunciation learning. Considering the re-sults, several recommendations are proposed for an improved model of the strategy âApp+Class = better pronunciationâ.info:eu-repo/semantics/acceptedVersio
Helping migrants to improve their pronunciation skills
ICoLLiTec. 4Âș Congresso Internacional de Literatura, LinguĂstica e Ensino de LĂnguas, realizada na IndonĂ©sia, a 12 de novembro de 2022. Apresentação online com interação sĂncrona, como orador convidade.Pronunciation constitutes an important skill for all learners, especially for those who have to use oral language on a daily basis for communication purposes and who wish to be integrated into the target-language speakersâ community. This is precisely the case of migrants in a host country. Furthermore, it should be borne in mind that these groups of learners are normally highly constrained in terms of time and financial resources. Consequently, it is relevant to propose practical and free ways to help them improve their pronunciation skills.
This presentation aims precisely at showing how different free digital resources can be used by migrants to achieve a good level of pronunciation, especially in terms of intelligibility and comprehensibility (see these latter concepts in Derwing and Munro, 2005). It will include four main parts: (1) presenting reasons to focus on improving pronunciation, according to the literature (e.g. Yates, 2002; Moyer, 2014; Kissling, 2018); (2) showing what is needed to develop better pronunciation (e.g. Celce-Murcia et al., 2010; Grant, 2014; Castelo, 2022); (3) illustrating how several free digital resources can be used by migrants to practice their pronunciation, namely YouTube videos, mobile applications, online translators, and online courses (e.g. Liakin et al., 2015; OâBrien, 2018; Castelo, 2021); (4) suggesting ways to reach out to migrants in order to give them these tips and raise their awareness and autonomy.info:eu-repo/semantics/draf
Misspellings in Portuguese typically developing writers: a pilot-study
13th ARLE. ConferĂȘncia Internacional, realizada na Universidade do Chipre, em NicĂłsia, de 15-17 de junho de 2022. Apresentação online com interação sĂncrona.The distinction of different types of misspellings in typically developing writers is important to understand spelling development and identify instructional targets (e.g. Bahr et al., 2012). That demands an adequate system for categorizing the misspellings; after several proposals for Portuguese, Baptista, Viana and Barbeiro (2011) created a very comprehensive and adequate one. It is also important to analyse longitudinal data to understand possible development patterns among typically developing writers, which is still partially lacking for European Portuguese.
This pilot-study has three research questions: (1) what are the most common misspellings in grades 2 and 4? (2) why those errors are predominant? (3) what are the spelling development patterns in students with high and low performance? To answer those questions, we analyse 2 texts written by 10 students in grades 2 and 4 (n = 40 texts) from EFFE-On corpus (Rodrigues et al., 2015), all from Lisbon and reporting no hearing or language problem. To analyse the misspellings, we used an adaptation from the proposal by Baptista, Viana and Barbeiro (2011) with 9 categories (related to phonology, morphology or orthography).
The most common misspellings in grades 2 and 4 belong to accentuation and irregular spelling categories, but in grade 2 there are also many errors related to contextual and general orthographic rules. While the high-level writers show more difficulties with accentuation and irregular spellings, low-level writers present also other errors and no improvement in irregular spellings from grade 2 to 4. The motivations and educational implications of these results are discussed.info:eu-repo/semantics/draf
Ensino da pronĂșncia do francĂȘs a aprendentes portugueses: alguns princĂpios e exemplos
A pronĂșncia constitui uma habilidade importante para todos os aprendentes de lĂngua estrangeira, sobretudo nas suas componentes de inteligibilidade e compreensibilidade (cf. componentes da pronĂșncia apresentadas em Derwing e Munro, 2005). No entanto, podem existir alguns obstĂĄculos Ă concretização do ensino da pronĂșncia, tais como limitaçÔes quanto Ă formação dos professores nesta ĂĄrea e ao tempo de aula disponĂvel para essa finalidade.
Esta conferĂȘncia visa dar um pequeno contributo para responder a tais dificuldades. Para o efeito, incluirĂĄ quatro partes principais: (1) apresentação de razĂ”es para promover a melhoria da pronĂșncia, de acordo com a literatura (por exemplo, Yates, 2002; Moyer, 2014; Kissling, 2018); (2) identificação de alguns princĂpios relevantes para alcançar esse objetivo (por exemplo, Celce-Murcia et al., 2010; Grant, 2014; Castelo, 2022); (3) comparação dos sistemas fonĂ©ticos segmentais das variedades padrĂŁo do portuguĂȘs europeu e do francĂȘs de França; (4) exploração de exemplos de atividades didĂĄticas para promover um desenvolvimento da pronĂșncia do francĂȘs junto de aprendentes portugueses.ColĂ©gio Almada Negreiros, Campus de Campolide, Nova FCSH, Lisboa, 27-28/01/2023 [conferĂȘncia plenĂĄria por convite]info:eu-repo/semantics/draf
Desenvolver a pronĂșncia do portuguĂȘs europeu com recursos digitais: sequĂȘncias de treino para trĂȘs ĂĄreas crĂticas
VĂĄrios trabalhos tĂȘm analisado as ĂĄreas problemĂĄticas na pronĂșncia e na discriminação percetiva do portuguĂȘs europeu (PE) por parte de aprendentes de lĂngua materna chinesa. TrĂȘs ĂĄreas frequentemente identificadas como crĂticas sĂŁo a oposição entre consoantes oclusivas vozeadas e nĂŁo vozeadas (e.g. Yang, Rato & Flores, 2015; Oliveira, 2016), o contraste entre as consoantes alveolares lateral e vibrante (e.g. Zhou, 2017) e a distinção entre as vogais (coronais e labiais) mĂ©dias e baixas (e.g. Castelo & Freitas, 2019).
Apesar de ocasionalmente se registar uma desvalorização do ensino da pronĂșncia, esta capacidade, sobretudo nas suas componentes de inteligibilidade e compreensibilidade (cf. Derwing & Munro, 2005), Ă© crucial por razĂ”es comunicativas e atĂ© sociais (e.g. Yates, 2002; Moyer, 2014). Por estes motivos, encontram-se na literatura nĂŁo sĂł a justificação da importĂąncia da pronĂșncia, como tambĂ©m propostas de estratĂ©gias ou princĂpios relevantes para promover tal capacidade (e.g. Celce-Murcia et al., 2010; Grant, 2014; Alves, 2015).
Um dos princĂpios importantes no ensino-aprendizagem da pronĂșncia Ă© o da autonomia do aprendente: este deve ter instrumentos que lhe permitam melhorar a sua pronĂșncia sem depender demasiado do docente (e.g. Kruk & Pawlak, 2014). O recurso ao treino da pronĂșncia assistido por computador (CAPT: computer-assisted pronunciation training) constitui, precisamente, um dos meios para alcançar tal autonomia (e.g. Levis, 2007; Rogerson-Revell, 2021).
Considerando a relevĂąncia dos recursos digitais para o treino autĂłnomo da pronĂșncia por parte do aprendente e a necessidade de lhe fornecer um conjunto mĂnimo de orientaçÔes, esta comunicação visa apresentar e fundamentar trĂȘs sequĂȘncias de treino da pronĂșncia do PE, baseadas em recursos digitais gratuitos e propostas para uso autĂłnomo dos aprendentes de lĂngua materna chinesa.
Assim, este trabalho inclui trĂȘs partes. Primeiro, faz-se um breve enquadramento do tema, recorrendo a diversas referĂȘncias bibliogrĂĄficas sobre o ensino da pronĂșncia e sobre as ĂĄreas problemĂĄticas na pronĂșncia do PE por aprendentes chineses. De seguida, apresentam-se trĂȘs sequĂȘncias de treino da pronĂșncia do PE baseadas em recursos digitais jĂĄ existentes ou expressamente criados para as sequĂȘncias em causa â uma sequĂȘncia sobre cada uma das seguintes oposiçÔes fonolĂłgicas da lĂngua: oclusivas vozeadas, [b, d, g], vs. nĂŁo vozeadas, [p, t, k]; lateral [l] vs. vibrante [ÉŸ]; vogais (coronais e labiais) mĂ©dias, [e, o], vs. baixas, [É, É]. Finalmente, reflete-se sobre as potencialidades de tais sequĂȘncias em termos de investigação acerca da aquisição fonolĂłgica do PE como lĂngua adicional.Este trabalho Ă© financiado por fundos nacionais (portugueses) atravĂ©s da FCT â Fundação para a CiĂȘncia e a Tecnologia, I.P., no Ăąmbito do projeto UIDB/00214/2020/FCT.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
What does the pronunciation of plosives and fricatives by Chinese learners of Portuguese teach us?
info:eu-repo/semantics/publishedVersio
PronĂșncia de uma lĂngua estrangeira: o desafio de ensinĂĄ-la a distĂąncia
A pronĂșncia, sobretudo nas suas componentes de inteligibilidade e compreensibilidade, Ă© fundamental no domĂnio de uma lĂngua estrangeira, por motivos comunicativos e mesmo sociais. Contudo, o seu treino Ă© frequentemente descurado no ensino presencial de uma lĂngua estrangeira, contrariando-se, assim, as expectativas de imensos alunos e atĂ© as convicçÔes de professores e acadĂ©micos.
Verificando-se que este treino Ă© ainda mais ignorado no ensino a distĂąncia, num trabalho anterior, baseado numa revisĂŁo da literatura sobre o ensino da pronĂșncia, o treino da pronĂșncia assistido por computador e o ensino da oralidade de uma lĂngua nĂŁo materna a distĂąncia, foi elaborada uma proposta para combinar estas ĂĄreas de trabalho, de modo a garantir a abordagem da pronĂșncia de lĂnguas estrangeiras no ensino a distĂąncia.
Nesta comunicação, pretende-se exemplificar a aplicação dessa proposta atravĂ©s de uma sequĂȘncia didĂĄtica que aborda as relaçÔes ortografia-pronĂșncia no portuguĂȘs europeu (tratando-se, pois, de aspetos segmentais da pronĂșncia), no nĂvel de iniciação Ă lĂngua estrangeira, destinando-se a um uso assĂncrono e autĂłnomo por parte do aprendente e rentabilizando ferramentas digitais bĂĄsicas existentes em qualquer computador, tablet ou smartphone. Embora concebida para um ensino totalmente digital, esta sequĂȘncia Ă© tambĂ©m Ăștil em sala de aula invertida.
ApĂłs uma breve apresentação da proposta orientadora subjacente, Ă© mostrado o material didĂĄtico, justificando-se as opçÔes tomadas com base nessa proposta. Espera-se, assim, comprovar que Ă© possĂvel vencer o desafio do ensino da pronĂșncia a distĂąncia, facilitando a integração desta vertente no ensino da lĂngua estrangeira.Universidade Aberta â Depart. Humanidades, Grupo EL@N, LE@D-LaboratĂłrio de Educação a DistĂąncia e eLearning (UID 4372/FCT); Centro de LinguĂstica da Universidade de Lisboa (UIDB/00214/2020/FCT)info:eu-repo/semantics/draf
ReflexĂ”es sobre os usos do PortuguĂȘs
info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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