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O gradiente da floresta ombrofila densa no morro Anhangava, Quatro Barras, PR - aspectos climaticos pedologicos e fitossociologicos
A encosta sul do morro Anhangava, uma montanha que se eleva a 1.420 m s.n.m. e distante a apenas 30 km de Curitiba, tem sua superfície ocupada por uma formação primitiva da Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica). Próximo ao seu cume, a floresta é baixa, composta por árvores de 3 a 5 m de altura e com copas densamente dispostas em um único estrato arbóreo. Em direção à base da montanha, próxima de 1.000 m de altitude, a floresta passa por transformações significativas em sua estrutura e composição florística. Este trabalho tem por objetivo a caracterização dessas transformações, que ocorrem concomítantemente às variações do clima e do solo. Para tanto, foram definidas duas linhas descendentes nesta encosta, partindo de 1.400 m de altitude até próximo a cota de 1.100 m s.n.m.. Nos extremos de uma das linhas (1.385 m e 1.135 m de altitude), foram instalados termohigrógrafos e pluviómetros para avaliação da temperatura, umidade relativa do ar e pluviosidade ao longo de um ano de observação. Os solos da área estudada foram mapeados e identificados, sendo descritos através da abertura de perfis (trincheiras). Para o levantamento fitossociológico da floresta, utilizou-se parcelas distribuidas sistematicamente uma após outra ao longo das linhas de estudo, para avaliação de parâmetros de densidade, freqüência, dominância e valores de cobertura e de importância. São definidos os níveis altomontano (1.400 -1.300m), de transição (1.300 - 1.200m) e montano (1.200 - 1.135m) da floresta estudada. Paralelo às modificações da floresta, observou-se que, no nível altomontano, a temperatura média anual foi 1,4 °C inferior e a precipitação 100mm superior ao nivel montano. A umidade relativa do ar é elevada nos dois ambientes, com média anual superior a 90%. Quanto à distribuição dos solos na vertente, predominam Solos Orgânicos no nível altomontano, Solos Litólicos no de transição e Cambissolos no montano
Morfologia do estagio juvenil de 24 espécies arbóreas de uma floresta com araucária
O presente trabalho de pesquisa tem por objetivo apresentar a descrição morfológica do estágio juvenil de 24 espécies florestais de uma floresta com Araucária, localizada a 25°20' S e 49°14' W, no município de Colombo, Paraná, em área pertencente a URPFCS -EMBRAPA.
No período de outubro de 1981 a julho de 1982, foram realizadas visitas semanais â floresta para a obtenção de sementes.
Para cada espécie em frutificação foram escolhidas cinco árvores para coleta de frutos, cujas sementes foram beneficiadas,- germinadas e repicadas em viveiro o para o a produção de mudas.
No acompanhamento do crescimento em viveiro, foram determinados dois estágios para a descrição:
I) quando o primeiro par de protófilos atingiu desenvolvimento' completo, coincidindo, na maioria das espécies, com a exaustão dos cotilédones;
II) quando os protófilos atingiram um desenvolvimento diferenciado do estágio anterior.
As ilustrações e descrições foram executadas observando- se características de raiz, colo, hipocótilo, cotilédones, epicótilo, protófilos, internódios e características de crescimento em viveiro. Uma tabela com números e dimensões mínimas, médias e máximas complementa cada descrição.
Com as características observadas, foi possível a construção de chaves dicotômicas para identificação das plântulas e mudas, separadamente.
Da realização deste trabalho, podem ser salientados os seguintes aspectos:
i) a escassez de informações, na literatura brasileira, sobre sementes e mudas de espécies florestais nativas;
ii) é viável a aplicação da metodologia utilizada em outras regiões;
iii) ao se projetar trabalhos semelhantes, estudar a possibilidade do desenvolvimento de pesquisas conjuntas utilizando o mesmo material
Espécies Indicadoras em um Gradiente da Floresta Ombrófila Densa na Serra da Prata, Paraná, Brasil
ESTRUTURA ESPACIAL DA PAISAGEM DA MORRARIA DA PRAIA VERMELHA (SC): SUBSÍDIO À ECOLOGIA DA PAISAGEM
This analysis focused on spatial structure of landscape as functional pattern to biodiversity, as a component of landscape ecology. This research focuses on Morraria da Praia Vermelha (Penha, SC) area using Fragstats Spatial Pattern Analysis (ArcView) program. It noticed that the landscape is represented by 174 patches crossed by corridors constituted by rivers, roads, tracks, and cliffs, and a matrix, constituted by a forest patch. Climax arboreal species are rare or very rare, as result of selective removing, decreasing number of dispersive birds, soil conditions and topographic inclination, as weel as distance among forest patches. The situation of the area is still more adverse due to inexistence of conectivity with other fragments. Actions of public policy, as restauration, fiscalization and education programs, must be applied, otherwise still surrendering biodiversity in the area tends to disapear.O objetivo deste estudo foi analisar a estrutura espacial da: paisagem como padrão funcional para a biodiversidade, considerando-a como um componente da ecologia da paisagem. Como área de estudo, foi enfocada a Morraria da Praia Vermelha (Penha, SC), sendo utilizado o programa Fragstats Spatial Pattern Analysis (ArcView). Foi verificado que a paisagem é representada por 174 manchas, por corredores compostos de cursos dágua, estradas, trilhas e linha de costão, e pela matriz, constituída por uma mancha de floresta. Espécies arbóreas clímax são raras ou muito raras, resultado da retirada seletiva, redução das aves dispersoras, condições edáficas e inclinação topográfica, conciliada à distância entre as manchas de floresta. A situação da área é ainda mais adversa devido à inexistência de conectividade com outros fragmentos. Se não forem adotadas ações de política pública, considerando a implantação de programas de restauração, de fiscalização e de educação ambiental, a tendência é de perda da biodiversidade ainda existente no ambiente
Levantamento florístico e caracterização estrutural de um manguezal na APA de Guaraqueçaba, Paranaguá, PR
Realizaram-se levantamento florístico e caracterização estrutural de um manguezal na Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, na região norte do município de Paranaguá (Paraná, Brasil), com o objetivo de registrar as espécies ocorrentes, definir o padrão da comunidade descrevendo os parâmetros fitossociológicos e verificar o estado de conservação. O levantamento fitossociológico foi efetuado mediante 12 parcelas de 50 m2 , distribuídas até 100 m da linha da água, na maré baixa, para o interior do manguezal. Incluíram-se todas as plantas arbóreas com diâmetro à altura do peito igual ou superior a 3,8 cm. Fez-se, de forma complementar, o registro de espécies vegetais que ocorrem sob influência fluviomarinha. A estrutura da vegetação foi analisada pelo programa Fitopac 2.1. Foram registradas 13 espécies, sendo 12 angiospermas e uma samambaia, das quais oito apresentam forma de vida do tipo árvore ou arbusto e cinco são herbáceas. Na estrutura do manguezal analisado não foi verificado predomínio de determinada espécie, pois as três espécies registradas no presente estudo apresentaram resultados similares quanto ao valor de importância. O manguezal se apresenta em bom estado de conservação
Composição florística e distribuição altitudinal de epífitas vasculares da Floresta Ombrófila Densa na Serra da Prata, Morretes, Paraná, Brasil
O levantamento de epífitas vasculares foi realizado na porção norte da Serra da Prata (48º 41' 59,39" O e 25º 36' 46,39" S), município de Morretes, abrangendo 6,3 ha de encosta situada entre 400 e 1.100 m s.n.m., coberta por Floresta Ombrófila Densa Submontana e Montana. Os objetivos do trabalho foram: 1) caracterizar a flora epifítica vascular; 2) discutir sua distribuição altitudinal e nas categorias ecológicas; 3) avaliar a similaridade florística com outras áreas do sul e sudeste do Brasil. O levantamento foi efetivado entre 2005 e 2010. Cento e vinte forófitos, distribuídos por quatro altitudes (400, 600, 800 e 1.000 m), foram escalados e detalhadamente vasculhados. Foram registradas 278 espécies, 109 gêneros e 30 famílias de epífitas vasculares. Pteridófitas englobaram 74 espécies, 30 gêneros e 10 famílias. Angiospermas totalizaram 204 espécies, 79 gêneros e 20 famílias. A riqueza de epífitas vasculares foi a maior já registrada em estudos de Floresta Ombrófila Densa no sul do Brasil. Sete espécies tiveram seu primeiro registro para o Paraná e seis enquadraram-se como ameaçadas em nível estadual. Orchidaceae foi a mais rica, com 103 (37,2%) espécies e 43 (39,1%) gêneros, seguida de Bromeliaceae (38), Polypodiaceae (28), Hymenophyllaceae (15), Araceae (14) e Piperaceae (14). As holoepífitas características constituíram o grupo dominante, perfazendo 83% do total. Apenas 54 (19,5%) espécies foram registradas em todas as faixas altitudinais, sendo que 131 (47,3%) foram registradas somente abaixo dos 700 m e 54 (19,5%) encontradas somente acima dos 800 m. Detectou-se reduzida similaridade florística entre as extremidades da encosta estudada, o que destaca a importância da altitude na distribuição das espécies. A flora epifítica da Serra da Prata apresentou reduzida similaridade com outras comunidades de Floresta Ombrófila Densa do PR e SP.</jats:p
Levantamento florístico e caracterização estrutural de um manguezal na APA de Guaraqueçaba, Paranaguá, PR
Realizaram-se levantamento florístico e caracterização estrutural de um manguezal na Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, na região norte do município de Paranaguá (Paraná, Brasil), com o objetivo de registrar as espécies ocorrentes, definir o padrão da comunidade descrevendo os parâmetros fitossociológicos e verificar o estado de conservação. O levantamento fitossociológico foi efetuado mediante 12 parcelas de 50 m2, distribuídas até 100 m da linha da água, na maré baixa, para o interior do manguezal. Incluíram-se todas as plantas arbóreas com diâmetro à altura do peito igual ou superior a 3,8 cm. Fez-se, de forma complementar, o registro de espécies vegetais que ocorrem sob influência fluviomarinha. A estrutura da vegetação foi analisada pelo programa Fitopac 2.1. Foram registradas 13 espécies, sendo 12 angiospermas e uma samambaia, das quais oito apresentam forma de vida do tipo árvore ou arbusto e cinco são herbáceas. Na estrutura do manguezal analisado não foi verificado predomínio de determinada espécie, pois as três espécies registradas no presente estudo apresentaram resultados similares quanto ao valor de importância. O manguezal se apresenta em bom estado de conservação
Funcionalidades ambientais de solos altomontanos na Serra da Igreja, Paraná
Apesar de ainda existirem ecossistemas altomontanos no Paraná em excelente estado de conservação, iminentes ameaças antrópicas e a fragilidade desses ambientes têm sido motivos de preocupação. Este trabalho teve os seguintes objetivos: caracterizar solos de área representativa dos campos e florestas altomontanas ocorrentes na Serra da Igreja; apontar quais os possíveis fatores pedológicos que resultam nessas diferentes fitotipias; e caracterizar algumas das suas funcionalidades ambientais (estoque de C e de água). Os principais solos encontrados nos campos foram Organossolos Fólicos fíbricos/sápricos (líticos e típicos) e Organossolos Háplicos fíbricos/sápricos (típicos e térricos) e, nas florestas altomontanas, Gleissolos Háplicos alíticos típicos. Ambas as classes são de solos distróficos, extremamente ácidos, com alta saturação por Al trocável e altos teores de C orgânico total. A distribuição das florestas altomontanas está fortemente controlada por vales e colos de cumeeiras, os quais estão sujeitos a processos morfogenéticos que resultam em solos com horizontes minerais. Já os campos estão estabelecidos em topos, onde processos pedogenéticos promoveram espessamento de horizontes hísticos, os quais, em função de suas características intrínsecas, aliadas aos fortes ventos, parecem conter com sucesso o avanço da floresta sobre o campo. Os estoques de C por unidade de área nos solos dos campos são superiores aos dos solos das florestas altomontanas, sendo ambos considerados altos quando comparados aos dados de outros ecossistemas, sendo duas a três vezes maiores do que os encontrados em solos de ecossistemas de altitudes mais baixas na mesma latitude. Também foi constatada alta capacidade de retenção hídrica devido à porosidade total verificada nos horizontes hísticos, os quais têm o potencial de reter em média 12 vezes seu volume em água.</jats:p
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