9 research outputs found

    Políticas da escuta: feminismos e construção de comunidades

    Get PDF
    Neste trabalho pretendo explorar a questão da escuta nas discussões sobre gênero e música a partir da reflexão sobre projetos que tenho participado: a atuação do coletivo Sonora: Músicas e Feminismos; e o trabalho sobre conversa e 'escuta de si' realizado em conjunto com a compositora e pesquisadora brasileira Valéria Bonafé. Neste texto busco conectar a ideia de comunidade como espaço para a formação de diferenças com a questão da escuta como exercício de alteridade.In this work I intend to explore the issue of listening in regards to gender and music by discussing two projects in which I have participated: the collective Sonora: Músicas e Feminismos; and the work on 'conversation' and 'self-listening' conducted in conjunction with Brazilian composer and scholar Valéria Bonafé. In both of them I want to stress the connection between the idea of community as a space for the establishment of differences and the question of listening as an exercise of otherness.    En este artículo pretendo explorar el tema de la escucha en las discusiones sobre género y música a partir de la reflexión sobre los proyectos en los que he participado: la actuación del colectivo Sonora: musicas y feminismos; y el trabajo de conversación y 'escucha de si' llevado a cabo en conjunto con la compositora e investigadora brasileña Valéria Bonafé. En este texto busco conectar la idea de comunidad como un espacio para la formación de diferencias con la cuestión de la escucha como un ejercicio de alteridad. &nbsp

    Discursos e ideologias do "experimentalismo" na música do pós-guerra

    Get PDF
    O artigo reflete sobre o embate entre os discursos e ideologias presentesnas atribuições dos termos experimento e experimental na rede de relações de produção e crítica da música. Essa investigação busca esclarecer o sentido da associação de uma parte significativa da produção musical do pós-guerra com o experimentalismo e também demarcar uma diferença de motivação na música do período, indicando que a distinção entre os termos (experimento e experimental) aparece bastante diluída. Essa associação implicou numa série de relações como a aproximação da música com o modelo científico que pode ser percebida na investigaçãoacerca do fenômeno sonoro no estúdio eletroacústico, ou na aberturados contornos da própria música com a incorporação de procedimentos aleatórios na composição

    The Conversation as a Method for the Self-listening Emergence

    Get PDF
      A partir de una investigación de naturaleza práctico-teórica, este artículo propone forjar un método alternativo para la presentación, reflexión y análisis de trabajos artísticos. En la primera parte, presentamos el método –la conversación– y las reflexiones sobre el mismo. Entendida como espacio privilegiado para la investigación de las poéticas de sí, la conversación no es solamente un medio para hablar de un trabajo artístico sino también un lugar de expresión de marcas éticas, estéticas y políticas. En la segunda parte del artículo, observamos el método de la conversación en operación a través del análisis de dos trabajos musicales hechos en 2015: de perto, de Lílian Campesato, y Trajetórias, de Valéria Bonafé. Los trabajos tensionan un régimen de escucha habitual y provocan, cada una a su manera, lo que llamamos desplazamientos de la escucha. Tanto en la elaboración del método como en la discusión sobre los trabajos, reunimos un vocabulario común, en el cual se experimentaron conceptos como subjetividad y alteridad, habitual y no habitual, familiar y extraño. El artículo se constituye como un ejercicio inicial de lo que se podría llamar una cartografía de la subjetividad en el campo de la creación artística.A partir de uma pesquisa de natureza prático-teórica, este artigo propõe a construção de um método alternativo para apresentação, reflexão e análise de trabalhos artísticos. Na primeira parte, apresentamos o método –a conversação– e as reflexões sobre o mesmo. Entendida enquanto espaço privilegiado para a investigação das poéticas de si, a conversação é não somente um meio para falar de um trabalho artístico, mas também um lugar de expressão de marcas éticas, estéticas e políticas. Na segunda parte do artigo, observamos o método da conversação em operação na análise dos dois trabalhos musicais feitos em 2015: de perto, de Lílian Campesato, e Trajetórias, de Valéria Bonafé. Os trabalhos tensionam um regime de escuta habitual e provocam, cada uma à sua maneira, o que chamamos de deslocamentos da escuta. Tanto na elaboração do método quanto na discussão sobre os trabalhos, reunimos um vocabulário comum, no qual conceitos como subjetividade e alteridade, habitual e não-habitual, familiar e estranho, foram experimentados. O artigo se constitui como um exercício inicial do que se poderia chamar de uma cartografia da subjetividade no campo da criação artística.Starting from a practical-theoretical research, this article proposes to forge an alternative method for presentation, reflection and analysis of artistic works. In the first part, we present the method –the conversation– and some reflections on it. Understood as a privileged space for the investigation of the poetics of the self, conversation is taken here not only as a medium for talking about an artistic work, but also as a place for the expression of ethical, aesthetic and political marks. In the second part, we observe the conversation as a method operating in the analysis of the two musical works done in 2015: de perto [closely], by Lílian Campesato, and Trajetórias [Trajectories], by Valéria Bonafé. Both works stress a habitual regime of listening and provoke, each in its own way, what we call the displacements of listening. Both in the elaboration of the method and in the discussion of the works, for this endeavor we have assembled a common vocabulary in which concepts such as subjectivity and otherness, habitual and unusual, familiar and the uncanny, were experienced. These concepts apply to both the method and to the discussion of the works. The article constitutes an initial exercise of what could be called a cartography of subjectivity in the field of artistic creation

    A conversa enquanto método para emergência da escuta de si

    Get PDF
    A partir de uma pesquisa de natureza prático-teórica, este artigo propõe forjar um método alternativo para apresentação, reflexão e análise de trabalhos artísticos. Na primeira parte, apresentamos o método - a conversa - e as reflexões sobre ele. Entendida enquanto espaço privilegiado para a investigação das poéticas de si, a conversa é não somente um meio para falar de um trabalho artístico, mas também um lugar de expressão de marcas éticas, estéticas e políticas. Na segunda parte do artigo, observamos o método da conversa em operação na análise dos dois trabalhos musicais feitos em 2015: de perto, de Lílian Campesato, e Trajetórias, de Valéria Bonafé. Os trabalhos tensionam um regime de escuta habitual e provocam, cada uma à sua maneira, o que chamamos de deslocamentos da escuta. Tanto na elaboração do método quanto na discussão sobre os trabalhos, reunimos um vocabulário comum, no qual conceitos como subjetividade e alteridade, habitual e não-habitual, familiar e estranho, foram experimentados. O artigo se constitui como um exercício inicial do que se poderia chamar de uma cartografia da subjetividade no campo da criação artística

    Listening to/with Mar Paradoxo: a collective practice for sharing listenings

    Get PDF
    This paper presents an experimental methodology developed by the collective Laura: Place for Research on Aurality for approaching listening as a shared experience. As a motif for the application of this methodology, we take the work Mar Paradoxo (Raquel Stolf, 2016) as a proposition for experiencing multiple modes of listening. To contextualize our understanding of Stolf's work, we refer to the concept of otography as a way of approaching the listening experience as something that makes and is made out of traces. By means of the production, sharing, and analysis of listening reports, we outline different modes through which our listening navigates. These modes help us understand listening as an experience that is multi-mediated and relational, singular and situated. In the end, we emphasize the presence of the other in the listening subject, resonating the thesis that the listening activity is driven by a desire of making one's listening listened

    Fedra

    Get PDF
    Lílian Campesato é musicista e pesquisadora com ênfase na experimentação de meios híbridos e não usuais de criação sonora, especialmente performances. Seus trabalhos exploram o uso da voz e gesto combinados a recursos eletrônicos e audiovisuais. Trabalha como curadora de mostras de música experimental e arte sonora desde 2011, tais como: Conexões Sonoras 2: mostra de arte multimídia (MIS – SP, 2011), ¿Música? 9: Partituras Verbais (Ibrasotope – SP, 2014), FIME (Festival Internacional de Música Experimental – SP, 2015). Tem se apresentado regularmente como artista sonora e performer em eventos no Brasil e exterior como: FILE Hipersônica (SP, 2007 e RJ, 2008), SBCM (SP, 2007), Re:New Digital Arts Forum (Copenhagen, Dinamarca, 2008), 5th Sound and Music Computing Conference (Porto, Portugal, 2009), EIMAS (Juiz de Fora, 2010), 10 Festival Internacional de la Imagen (Manizales, Colômbia, 2011), Sonorities: Festival of Contemporary Music (Belfast, Irlanda do Norte, 2012), Escuchar: ciclo de arte sonoro y musica experimental (Buenos Aires, Argentina, 2012), Festival Klem-Kuraia (Bilbao, Espanha, 2012). Realizou doutorado na Universidade de São Paulo com a tese “Vidro e Martelo: contradições na estetização do ruído na música”, que trata de diferentes concepções sonoras na música e nas artes a partir das relações de incorporação e rejeição do ruído. Atualmente realiza pós-doutorado junto ao NuSom – Núcleo de Pesquisas em Sonologia da USP com uma pesquisa que investiga os discursos acerca dos contornos e limites da música. Foi uma das criadoras do Sonora, um grupo dedicado à discussão da participação das mulheres na música. (Foto/Crédito: Art Dekline

    The Paradox of Music Transgressions: Noise as a Libidinal Energy

    No full text
    O presente artigo é parte de uma pesquisa mais ampla que considera o ruído como um agente de transformação musical. A partir dessa perspectiva, faço uma reflexão sobre os conceitos psicanalíticos de repressão e pulsão de morte. Neste contexto, estes conceitos estão ligados a um processo de rejeição, aceitação e transgressão de elementos que estão na base da criação artística. A relação entre transgressão e aceitação do ruído pode ser entendida como um processo dialético e dinâmico. Por um lado, o ruído pode ser entendido como um evento perturbador, indesejável, suprimido e reprimido; por outro lado, pode tornar-se algo aceitável e desejável quando é incorporado como um elemento estético. Esse processo oscilatório de aceitação e rejeição pode estar relacionado a dois conceitos da teoria psicanalítica freudiana: repressão e pulsão de morte. Esses conceitos podem ajudar a entender o retorno do que foi reprimido, do que deve ser evitado e que é percebido como ruído, conectando esse “retorno” à ideia de rememoração de algo que foi reprimido. Ao fazer esse paralelo entre o ruído e a psicanálise, busco entender o mecanismo pelo qual um elemento desconfortável, barulhento e às vezes destrutivo se torna crucial para superar uma inércia conservadora e, assim, ativar uma mola que impulsiona a dinâmica cultural. Embora denote um paradoxo, essa dinâmica permite a incorporação do que é considerado indesejável e é uma operação essencial nos processos de transformação da músicaThis paper is part of a broader research project that considers noise as an agent of musical transformation. From this perspective, I reflect on the psychoanalytic concepts of repression and death drive. In this context, these concepts are linked to the process of rejection, acceptance and transgression of some elements that constitute the basis of artistic creation. The relationship between transgression and acceptance of noise can be understood as a dialectical and dynamic process. On the one hand, noise can be understood as a disturbing, undesirable, suppressed and repressed event; on the other hand, it can become something acceptable and desirable when incorporated as an aesthetic element. This oscillatory process of acceptance and rejection may be related to two concepts of Freudian psychoanalytic theory: repression and the death drive. These concepts may help to understand the return of what was repressed, what is to be avoided, and what is perceived as noise, connecting this “return” to the idea of remembering something that has been repressed. By pursuing this parallel between noise and psychoanalysis, I intend to understand the mechanism from which an uncomfortable, noisy and sometimes destructive element becomes crucial to overcome a conservative inertia and thus set in motion a spring that propels the cultural dynamics. Although denoting a paradox, this dynamic allows the incorporation of what is considered to be undesirable and it is an essential operation in the transformative processes of music

    La conversación como método para la emergencia de la escucha de sí

    No full text
    Starting from a practical-theoretical research, this article proposes to forge an alternative method for presentation, reflection and analysis of artistic works. In the first part, we present the method –the conversation– and some reflections on it. Understood as a privileged space for the investigation of the poetics of the self, conversation is taken here not only as a medium for talking about an artistic work, but also as a place for the expression of ethical, aesthetic and political marks. In the second part, we observe the conversation as a method operating in the analysis of the two musical works done in 2015: de perto [closely], by Lílian Campesato, and Trajetórias [Trajectories], by Valéria Bonafé. Both works stress a habitual regime of listening and provoke, each in its own way, what we call the displacements of listening. Both in the elaboration of the method and in the discussion of the works, for this endeavor we have assembled a common vocabulary in which concepts such as subjectivity and otherness, habitual and unusual, familiar and the uncanny, were experienced. These concepts apply to both the method and to the discussion of the works. The article constitutes an initial exercise of what could be called a cartography of subjectivity in the field of artistic creation.A partir de uma pesquisa de natureza prático-teórica, este artigo propõe a construção de um método alternativo para apresentação, reflexão e análise de trabalhos artísticos. Na primeira parte, apresentamos o método –a conversação– e as reflexões sobre o mesmo. Entendida enquanto espaço privilegiado para a investigação das poéticas de si, a conversação é não somente um meio para falar de um trabalho artístico, mas também um lugar de expressão de marcas éticas, estéticas e políticas. Na segunda parte do artigo, observamos o método da conversação em operação na análise dos dois trabalhos musicais feitos em 2015: de perto, de Lílian Campesato, e Trajetórias, de Valéria Bonafé. Os trabalhos tensionam um regime de escuta habitual e provocam, cada uma à sua maneira, o que chamamos de deslocamentos da escuta. Tanto na elaboração do método quanto na discussão sobre os trabalhos, reunimos um vocabulário comum, no qual conceitos como subjetividade e alteridade, habitual e não-habitual, familiar e estranho, foram experimentados. O artigo se constitui como um exercício inicial do que se poderia chamar de uma cartografia da subjetividade no campo da criação artística.A partir de una investigación de naturaleza práctico-teórica, este artículo propone forjar un método alternativo para la presentación, reflexión y análisis de trabajos artísticos. En la primera parte, presentamos el método –la conversación– y las reflexiones sobre el mismo. Entendida como espacio privilegiado para la investigación de las poéticas de sí, la conversación no es solamente un medio para hablar de un trabajo artístico sino también un lugar de expresión de marcas éticas, estéticas y políticas. En la segunda parte del artículo, observamos el método de la conversación en operación a través del análisis de dos trabajos musicales hechos en 2015: de perto, de Lílian Campesato, y Trajetórias, de Valéria Bonafé. Los trabajos tensionan un régimen de escucha habitual y provocan, cada una a su manera, lo que llamamos desplazamientos de la escucha. Tanto en la elaboración del método como en la discusión sobre los trabajos, reunimos un vocabulario común, en el cual se experimentaron conceptos como subjetividad y alteridad, habitual y no habitual, familiar y extraño. El artículo se constituye como un ejercicio inicial de lo que se podría llamar una cartografía de la subjetividad en el campo de la creación artística
    corecore