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EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA : currículo e Interculturalidade para as Escolas Indígenas
A temática da escola indígena ganhou proporções significativas nas últimas décadas. Instituída oficialmente pela Constituição Federal (CF) (BRASIL,1988), e regulamentada por documentos posteriores, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) (BRASIL, 1996) e o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (RCNEI) (BRASIL,1998), foi considerada um importante marco na conquista dos direitos indígenas. Aos poucos outras demandas foram sendo incorporadas, entre elas a adoção de um currículo próprio para essas escolas. Entende-se que a simples existência de um espaço físico dentro da comunidade indígena, com professores/as indígenas, não é exatamente uma escola indígena, mas uma escola para indígenas. O presente artigo busca discutir a partir de um levantamento bibliográfico, um pouco dessa temática do currículo escolar indígena, por entender que não há como dissociar a educação indígena da escola, da educação indígena tradicional, com os conhecimentos adquiridos durante séculos, transmitidos oralmente e estreitamente ligados ao modo de vida dessas comunidades. Os dois sistemas educacionais devem se fundir de maneira a permitir a utilização da Base Nacional Comum Curricular-BNCC (BRASIL, 2017), a partir dos conhecimentos culturais das comunidades indígenas. Para isso, se faz necessário ter conhecimento aprofundado no que se refere ao currículo intercultural para as escolas indígenas. Para tanto, é fundamental que a comunidade como um todo – professores/as, alunos/as, lideranças, anciãos/ãs, etc, sejam atores/atrizes na construção desse currículo, e não apenas ouvintes de um processo que envolve a vida das futuras gerações
Atuação de homens na educação infantil: desafios e possibilidades da profissão docente
Ao longo dos anos a educação passou por muitas mudanças e conforme ocorreu a evolução e o desenvolvimento da sociedade ela também se transformou. Há muito tempo sabe-se que a arte de ensinar e educar foi, e ainda é, na maioria das vezes, exercida por mulheres. Apesar do progresso nos ideais e valores na sociedade, são poucos os homens que se dedicam ao cargo de professor, principalmente na educação de crianças pequenas. Este artigo buscou analisar a situação dos professores homens na docência da educação infantil, demonstrando as principais dificuldades e desafios que enfrentam no desenvolvimento de suas funções. Para isso foi realizado um estudo bibliográfico com a apresentação de algumas questões pertinentes ao tema e posteriormente apresentou-se o resultado de uma pesquisa de campo feita por meio da aplicação de um questionário a dois professores da educação infantil na cidade de Dourados – MS. Com os resultados, constatou-se que a sociedade, pais e instituições educativas ainda não aceitam completamente que homens atuem como professores na Educação Infantil e, quando isso acontece, suas atividades são limitadas. Muitos educadores enfrentam discriminação e preconceito entre os próprios colegas desde os cursos de graduação e, posteriormente entre os colegas de trabalho. Assim, torna-se fundamental uma mudança nos valores e conceitos vividos por toda a população brasileira, para que, cada vez mais, os homens possam exercer a docência na Educação Infantil com o respeito e a confiança profissional que são dadas às mulheres
A diversidade das relações étnico-raciais e o currículo escolar: algumas reflexões
A diversidade cultural está presente em vários espaços da sociedade brasileira, principalmente na escola, onde aflora com intensidade as diferenças sociais e culturais. Tais questões não têm sido tratadas com o devido respaldo pedagógico no currículo escolar, que se esquiva em não abordar as problematizações das diferenças sociais e culturais e procura ater-se apenas à cultura burguesa. Com base nessa premissa, este trabalho tem a finalidade de apresentar alguns pressupostos teóricos sobre as culturas afro-brasileira e africana que mesmo com respaldo da Lei 10.639/03, ainda não são implementados no currículo da Educação Básica conforme o exigido. Apontaremos ainda como forma de ressignificação das relações étnico raciais, a necessidade de estimular na escola o desenvolvimento de um ambiente reflexivo que promova a revitalização da identidade, o respeito à diferença e uma cultura de paz, para que as crianças e os adolescentes aprendam a respeitar as diferenças, resolver seus conflitos e conviver em harmonia. Palavras-chave: Diversidade. Currículo. Cultura Afro-brasileira e Africana. Escola
RACISMO INSTITUCIONAL E O EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE NEGRA NO BRASIL
Este estudo propõe-se, a partir do conceito de racismo institucional, a refletir nas formas em que o racismo se manifesta nas estruturas de organização da sociedade e instituições de segurança pública do Brasil e as consequências mais cruéis que este sistema pode perpetuar. Para tanto, utilizou-se o método indutivo, com o qual desenvolveu-se pesquisa bibliográfica, qualitativa e quantitativa, com documentação direta e indireta, incluindo fontes legislativas, coleta e análise de dados constantes de documentos alusivos ao tema. Diante disso, nota-se não somente aresponsabilidade, como também a participação direta do Estado na manutenção dessas estruturas racistas e genocidas. Assim, pode-se concluir sobre a importância atribuída ao poder público em pensar formas de desconstrução do racismo e promoção material da igualdade de direitos.PALAVRAS-CHAVE: racismo; políticas públicas; direitos fundamentais; segurança pública
A Presença Negra nos Cursos de Graduação em Direito da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul: Análise do Percurso após Ingresso Pelas Cotas – Turma 2008
Em 06/01/2003, foi publicada, em Mato Grosso do Sul, a Lei n. 2.605 estabelecendo as cotas para negros na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – UEMS, sendo regulamentada para o vestibular do mesmo ano, com ingresso dos negros cotistas já no início de 2004. Passados nove anos de oferta, realizamos uma pesquisa no Mestrado em Educação/UEMS com o objetivo de avaliar os resultados gerais e específicos da presença dos
negros cotistas nos quatro cursos de graduação em Direito, desvelando as conquistas e dificuldades enfrentadas no acesso e na permanência dos 47 (quarenta e sete) acadêmicos ingressantes em 2008. Para isso, utilizou-se a pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso e fez-se uso de questionários semiestruturados. Os resultados gerais apontam para um índice considerável de desistência ou evasão dos negros cotistas pelas razões mais diversas e que serão analisadas neste trabalho
Limites e desafios curriculares na formação de profissionais para atuar no sistema único de saúde
Este artigo nasceu da confluência de dois projetos de pesquisa em andamento no Mestrado Profissional - Ensino em Saúde da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), os quais discutem o contexto da formação e das práticas educativas em saúde, tendo o ensino como foco, e uma interlocução teórica sobre o modelo vigente de formação em saúde e os resultados pedagógicos alcançados. A partir de referencial bibliográfico, realiza-se uma reflexão crítica quanto à necessidade de mudanças na formação em saúde e uma maior articulação da educação superior com o Sistema Único de Saúde (SUS), com ênfase nos conceitos e na promoção da saúde, nos princípios e diretrizes do SUS e na liberdade de integralização e flexibilização curricular. Para isso, discutiu-se, sucintamente, sobre o contexto histórico das políticas públicas educacionais para a saúde e o que se espera da formação do profissional em saúde para a efetivação do SUS.
Importância de oftalmologistas nas Unidades Básicas de Saúde
Introdução: A Constituição Federal criada em 1988 garante o direito ao atendimento público à população brasileira. O Sistema Único de Saúde (SUS), possui seus princípios delimitados pela Constituição Federal, a universalidade, a equidade, a integralidade, a descentralização, a participação da população e a organização da rede de serviços de modo regionalizado e hierarquizado. Sendo assim, do ponto de vista organizacional a Unidade Básica de Saúde (UBS) é o primeiro nível de atenção do SUS. Metodologia: O presente estudo realizou uma revisão literária acerca da importância do oftalmologista na unidade básica de saúde. Os instrumentos utilizados para a pesquisa foram artigos científicos e revisões de literatura, sendo fundamentado nas bases de dados Pubmed, Scielo, LILACS e MedLine, usando os descritores " unidade básica de saúde", "oftalmologista", “prevenção” e “promoção”. Ademais, foram selecionados 10 artigos entre 2013 e 2023. Discussão: A oftalmologia é definida, na língua portuguesa, como especialidade médica que se dedica ao estudo e tratamento das doenças e erros de refração apresentados pelo olho; oculistica, oftálmica. Sendo assim, a presença dessa especialidade dentro da UBS torna-se de extrema necessidade para que o atendimento do paciente seja realizado de acordo com os princípios do SUS. Para que o objetivo na atenção primária tenha sucesso é necessário que haja conhecimento do cadastramento e visitas domiciliares da população, agindo em conjunto com a equipe multidisciplinar, incluindo agentes comunitários de saúde e núcleo de apoio à saúde da família. Comentários Finais: A presença do oftalmologista tem se mostrado essencial para o controle de doenças crônicas e demandas de baixa complexidade. As unidades básicas de saúde devem capacitar os profissionais para ações que possam prevenir e tratar doenças, como a catarata e as retinopatias envolvidas nas doenças crônicas extremamente prevalentes na população
Viral genetic clustering and transmission dynamics of the 2022 mpox outbreak in Portugal
Pathogen genome sequencing during epidemics enhances our ability to identify and understand suspected clusters and investigate their relationships. Here, we combine genomic and epidemiological data of the 2022 mpox outbreak to better understand early viral spread, diversification and transmission dynamics. By sequencing 52% of the confirmed cases in Portugal, we identified the mpox virus sublineages with the highest impact on case numbers and fitted them into a global context, finding evidence that several international sublineages probably emerged or spread early in Portugal. We estimated a 62% infection reporting rate and that 1.3% of the population of men who have sex with men in Portugal were infected. We infer the critical role played by sexual networks and superspreader gatherings, such as sauna attendance, in the dissemination of mpox virus. Overall, our findings highlight genomic epidemiology as a tool for the real-time monitoring and control of mpox epidemics, and can guide future vaccine policy in a highly susceptible population.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Viral genetic clustering and transmission dynamics of the 2022 mpox outbreak in Portugal
Pathogen genome sequencing during epidemics enhances our ability to identify and understand suspected clusters and investigate their relationships. Here, we combine genomic and epidemiological data of the 2022 mpox outbreak to better understand early viral spread, diversification and transmission dynamics. By sequencing 52% of the confirmed cases in Portugal, we identified the mpox virus sublineages with the highest impact on case numbers and fitted them into a global context, finding evidence that several international sublineages probably emerged or spread early in Portugal. We estimated a 62% infection reporting rate and that 1.3% of the population of men who have sex with men in Portugal were infected. We infer the critical role played by sexual networks and superspreader gatherings, such as sauna attendance, in the dissemination of mpox virus. Overall, our findings highlight genomic epidemiology as a tool for the real-time monitoring and control of mpox epidemics, and can guide future vaccine policy in a highly susceptible population.info:eu-repo/semantics/publishedVersio