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Ensaios de proveniência de sobreiro (Quercus suber) - resultados aos cinco anos
Congresso Florestal Nacional: a floresta e as gentes - Actas das ComunicaçõesA adaptabilidade do sobreiro às condições ambientais está pouco estudada e o uso de recursos genéticos inapropriados é uma das causas do insucesso de reflorestação tanto no curto como no longo prazo. Os resultados do esforço de florestação com sobreiro têm sido muito díspares, com valores médios de sobrevivência de 50% que oscilam entre o insucesso total e uma sobrevivência que, em alguns casos, atinge os 100%. A eventual alteração climática acentua a necessidade da utilização de material de reprodução adaptado, como meio de promover a sustentabilidade do montado e das florestas de sobreiro. A caracterização dos recursos genéticos desta espécie poderá contribuir também para a viabilidade económica e ambiental deste sistema ao identificar as populações mais adaptadas e os indivíduos produtores de melhor cortiça.
A rede de ensaios de proveniência de sobreiro instalados em 1998, no âmbito da acção concertada “FAIR 1CT 95 0202”, onde estão representadas 35 populações cobrindo toda a sua área de distribuição natural são um excelente instrumento para a avaliação da adaptabilidade. Ainda que as respostas ao nível da qualidade da cortiça só possam ser obtidas tardiamente, o acompanhamento de parâmetros adaptativos ao longo do crescimento das árvores é importante e poderá fornecer informação relevante para a compreensão do funcionamento do sistema. Nesta comunicação apresentam-se os resultados obtidos, 5 anos após a instalação, nos ensaios de proveniência estabelecidos na Mata Nacional das Virtudes e no Monte da Fava relativamente a características adaptativas tais como: a sobrevivência, a eficiência do uso da água, o abrolhamento dos gomos foliares e o crescimento. Ao nível da sobrevivência as populações de origem francesa revelaram-se as menos adaptadas em ambos os locais. Quanto à altura, as 35 populações apresentaram crescimentos significativamente diferentes entre si nos dois ensaios, tendo as populações marroquinas registado os valores mais elevados. Relativamente ao abrolhamento dos gomos foliares observou-se um comportamento semelhante em termos das populações mais tardias e mais temporãs em ambos os ensaios. Geograficamente as primeiras localizam-se numa área mais ocidental da zona de distribuição natural da espécie enquanto que populações mais temporãs, com comportamento significativamente diferente das anteriores são originárias da região mais oriental
Genetic variation of cork oak a tool for improving regeneration of cork oak woodlands
The European Academies' Science Advisory Council (2017) reports that the Mediterranean forest
is already being affected by climate change (IPCC, 2014) and cork oak woodlands are particularly vulnerable
to high-end climate scenarios that go above the Paris Agreement 2° C increase in temperature. Since longer,
more frequent, and more intense drought periods are expected, stress caused by the expansion of arid and
semi-arid climate will affect the species distribution. Consequently, not only established stands may be prone
to tree mortality, but also the current reforestation effort may be jeopardized by low survival rates attributed
to the use of unsuitable genetic material.
It is expected that, through genetic adaptation and/or phenotypic plasticity, cork oak populations may have
developed significant differences in fitness and the traits related to it. In this context, provenance and
progeny trials are the best resource of material to assess the variability between and within populations from
seed sources sampled in a wide range of locations (stands) covering the geographical distribution of the
species. Profiting from the multi-locality provenance and progeny trials belonging to a Network, established
in 1998, in the initiative frame of FAIR I CT 0202 for the evaluation of genetic resources of cork oak for
appropriate use in breeding and gene conservation strategies”, where 35 cork oak populations covering all
the natural distribution area are represented. The provenance trials that where set up in different countries
are entering now the age of first debarking and this should allow to have first data about the influence of
genetics on production by different site qualities. INCREDIBLE project should document this knowledgeFAIR I CT 0202info:eu-repo/semantics/publishedVersio
A technological approach to the morphofunctional classification of seedlings of 50 Brazilian forest species
UAV-LiDAR and RGB Imagery Reveal Large Intraspecific Variation in Tree-Level Morphometric Traits across Different Pine Species Evaluated in Common Gardens
Remote sensing is increasingly used in forest inventories. However, its application to assess genetic variation in forest trees is still rare, particularly in conifers. Here we evaluate the potential of LiDAR and RGB imagery obtained through unmanned aerial vehicles (UAVs) as high-throughput phenotyping tools for the characterization of tree growth and crown structure in two representative Mediterranean pine species. To this end, we investigated the suitability of these tools to evaluate intraspecific differentiation in a wide array of morphometric traits for Pinus nigra (European black pine) and Pinus halepensis (Aleppo pine). Morphometric traits related to crown architecture and volume, primary growth, and biomass were retrieved at the tree level in two genetic trials located in Central Spain and compared with ground-truth data. Both UAV-based methods were then tested for their accuracy to detect genotypic differentiation among black pine and Aleppo pine populations and their subspecies (black pine) or ecotypes (Aleppo pine). The possible relation between intraspecific variation of morphometric traits and life-history strategies of populations was also tested by correlating traits to climate factors at origin of populations. Finally, we investigated which traits distinguished better among black pine subspecies or Aleppo pine ecotypes. Overall, the results demonstrate the usefulness of UAV-based LiDAR and RGB records to disclose tree architectural intraspecific differences in pine species potentially related to adaptive divergence among populations. In particular, three LiDAR-derived traits related to crown volume, crown architecture, and main trunk—or, alternatively, the latter (RGB-derived) two traits—discriminated the most among black pine subspecies. In turn, Aleppo pine ecotypes were partly distinguishable by using two LiDAR-derived traits related to crown architecture and crown volume, or three RGB-derived traits related to tree biomass and main trunk. Remote-sensing-derived-traits related to main trunk, tree biomass, crown architecture, and crown volume were associated with environmental characteristics at the origin of populations of black pine and Aleppo pine, thus hinting at divergent environmental stress-induced local adaptation to drought, wildfire, and snowfall in both species
Ensaios de proveniência de sobreiro (Quercus suber) - resultados aos cinco anos
Congresso Florestal Nacional: a floresta e as gentes - Actas das ComunicaçõesA adaptabilidade do sobreiro às condições ambientais está pouco estudada e o uso de recursos genéticos inapropriados é uma das causas do insucesso de reflorestação tanto no curto como no longo prazo. Os resultados do esforço de florestação com sobreiro têm sido muito díspares, com valores médios de sobrevivência de 50% que oscilam entre o insucesso total e uma sobrevivência que, em alguns casos, atinge os 100%. A eventual alteração climática acentua a necessidade da utilização de material de reprodução adaptado, como meio de promover a sustentabilidade do montado e das florestas de sobreiro. A caracterização dos recursos genéticos desta espécie poderá contribuir também para a viabilidade económica e ambiental deste sistema ao identificar as populações mais adaptadas e os indivíduos produtores de melhor cortiça.
A rede de ensaios de proveniência de sobreiro instalados em 1998, no âmbito da acção concertada “FAIR 1CT 95 0202”, onde estão representadas 35 populações cobrindo toda a sua área de distribuição natural são um excelente instrumento para a avaliação da adaptabilidade. Ainda que as respostas ao nível da qualidade da cortiça só possam ser obtidas tardiamente, o acompanhamento de parâmetros adaptativos ao longo do crescimento das árvores é importante e poderá fornecer informação relevante para a compreensão do funcionamento do sistema. Nesta comunicação apresentam-se os resultados obtidos, 5 anos após a instalação, nos ensaios de proveniência estabelecidos na Mata Nacional das Virtudes e no Monte da Fava relativamente a características adaptativas tais como: a sobrevivência, a eficiência do uso da água, o abrolhamento dos gomos foliares e o crescimento. Ao nível da sobrevivência as populações de origem francesa revelaram-se as menos adaptadas em ambos os locais. Quanto à altura, as 35 populações apresentaram crescimentos significativamente diferentes entre si nos dois ensaios, tendo as populações marroquinas registado os valores mais elevados. Relativamente ao abrolhamento dos gomos foliares observou-se um comportamento semelhante em termos das populações mais tardias e mais temporãs em ambos os ensaios. Geograficamente as primeiras localizam-se numa área mais ocidental da zona de distribuição natural da espécie enquanto que populações mais temporãs, com comportamento significativamente diferente das anteriores são originárias da região mais oriental
Ensaios de proveniência de sobreiro (Quercus suber) - resultados aos cinco anos
Congresso Florestal Nacional: a floresta e as gentes - Actas das ComunicaçõesA adaptabilidade do sobreiro às condições ambientais está pouco estudada e o uso de recursos genéticos inapropriados é uma das causas do insucesso de reflorestação tanto no curto como no longo prazo. Os resultados do esforço de florestação com sobreiro têm sido muito díspares, com valores médios de sobrevivência de 50% que oscilam entre o insucesso total e uma sobrevivência que, em alguns casos, atinge os 100%. A eventual alteração climática acentua a necessidade da utilização de material de reprodução adaptado, como meio de promover a sustentabilidade do montado e das florestas de sobreiro. A caracterização dos recursos genéticos desta espécie poderá contribuir também para a viabilidade económica e ambiental deste sistema ao identificar as populações mais adaptadas e os indivíduos produtores de melhor cortiça.
A rede de ensaios de proveniência de sobreiro instalados em 1998, no âmbito da acção concertada “FAIR 1CT 95 0202”, onde estão representadas 35 populações cobrindo toda a sua área de distribuição natural são um excelente instrumento para a avaliação da adaptabilidade. Ainda que as respostas ao nível da qualidade da cortiça só possam ser obtidas tardiamente, o acompanhamento de parâmetros adaptativos ao longo do crescimento das árvores é importante e poderá fornecer informação relevante para a compreensão do funcionamento do sistema. Nesta comunicação apresentam-se os resultados obtidos, 5 anos após a instalação, nos ensaios de proveniência estabelecidos na Mata Nacional das Virtudes e no Monte da Fava relativamente a características adaptativas tais como: a sobrevivência, a eficiência do uso da água, o abrolhamento dos gomos foliares e o crescimento. Ao nível da sobrevivência as populações de origem francesa revelaram-se as menos adaptadas em ambos os locais. Quanto à altura, as 35 populações apresentaram crescimentos significativamente diferentes entre si nos dois ensaios, tendo as populações marroquinas registado os valores mais elevados. Relativamente ao abrolhamento dos gomos foliares observou-se um comportamento semelhante em termos das populações mais tardias e mais temporãs em ambos os ensaios. Geograficamente as primeiras localizam-se numa área mais ocidental da zona de distribuição natural da espécie enquanto que populações mais temporãs, com comportamento significativamente diferente das anteriores são originárias da região mais oriental
Influência da qualidade dos materiais de reprodução na reflorestação com sobreiro
O sobreiro ocupa em Portugal cerca de 721000 ha o que corresponde a 21,5 % da área fl orestal nacional e 33% da área
mundial (APCOR, 2005). A sua distribuição no território nacional traduz não só a sua adaptação a determinadas
condições edafo-climaticas, mas tem sido condicionada por várias circunstancias, como o arroteamento, o fogo, o
abuso do pastoreio, a exploração agrícola intensiva e as plantações fl orestais que contrariaram ou favoreceram a sua
existência nesses locais (Natividade, 1950). A distribuição desta espécie é particularmente signifi cativa em zonas
onde têm ocorrido acontecimentos climáticos graves e onde os níveis de desertifi cação humana são críticos.
A fi leira da cortiça salienta-se por Portugal ocupar o primeiro lugar entre os países produtores, transformadores e
exportadores de cortiça, correspondendo-lhe mais de metade da produção mundial desta matéria-prima. O nosso
País é a origem de aproximadamente 60% das transacções de cortiça a nível mundial, valor que sobe para 80%
quando nos referimos a transacções de produtos transformados. A nível nacional, o valor das exportações de cortiça
representam aproximadamente 0,7% do PIB, 2,24% das exportações e correspondem a mais de 33% do conjunto das
exportações de produtos fl orestais (APCOR, 2005). Para além da importância económica do sector corticeiro a nível
nacional, o aumento da consciência e do interesse da sociedade nas questões ambientais, faz com que o montado de
sobro seja reconhecido cada vez mais como um espaço fl orestal, de elevada biodiversidade, paisagísticamente único,
que potencia micro-economias locais baseadas numa agricultura e pastorícia extensivas, interessante para outras
actividades como o turismo rural e a caça.
O sobreiro tem sido a espécie fl orestal que mais tem benefi ciado dos meios fi nanceiros disponibilizados aos proprietários
fl orestais para a refl orestação no âmbito da aplicação das medidas de reforma da Política Agrícola Comum
da UE, na arborização das terras agrícolas. Contudo, têm-se registado com frequência elevadas taxas de insucesso
na arborização sendo a qualidade dos materiais florestais de reprodução (MFR) apontada como uma das causas.
Neste trabalho abordaremos a a qualidade dos materiais de reprodução, considerando-a do ponto de vista genético
e fisiológicoN/
Influência da qualidade dos materiais de reprodução na reflorestação com sobreiro
O sobreiro ocupa em Portugal cerca de 721000 ha o que corresponde a 21,5 % da área fl orestal nacional e 33% da área
mundial (APCOR, 2005). A sua distribuição no território nacional traduz não só a sua adaptação a determinadas
condições edafo-climaticas, mas tem sido condicionada por várias circunstancias, como o arroteamento, o fogo, o
abuso do pastoreio, a exploração agrícola intensiva e as plantações fl orestais que contrariaram ou favoreceram a sua
existência nesses locais (Natividade, 1950). A distribuição desta espécie é particularmente signifi cativa em zonas
onde têm ocorrido acontecimentos climáticos graves e onde os níveis de desertifi cação humana são críticos.
A fi leira da cortiça salienta-se por Portugal ocupar o primeiro lugar entre os países produtores, transformadores e
exportadores de cortiça, correspondendo-lhe mais de metade da produção mundial desta matéria-prima. O nosso
País é a origem de aproximadamente 60% das transacções de cortiça a nível mundial, valor que sobe para 80%
quando nos referimos a transacções de produtos transformados. A nível nacional, o valor das exportações de cortiça
representam aproximadamente 0,7% do PIB, 2,24% das exportações e correspondem a mais de 33% do conjunto das
exportações de produtos fl orestais (APCOR, 2005). Para além da importância económica do sector corticeiro a nível
nacional, o aumento da consciência e do interesse da sociedade nas questões ambientais, faz com que o montado de
sobro seja reconhecido cada vez mais como um espaço fl orestal, de elevada biodiversidade, paisagísticamente único,
que potencia micro-economias locais baseadas numa agricultura e pastorícia extensivas, interessante para outras
actividades como o turismo rural e a caça.
O sobreiro tem sido a espécie fl orestal que mais tem benefi ciado dos meios fi nanceiros disponibilizados aos proprietários
fl orestais para a refl orestação no âmbito da aplicação das medidas de reforma da Política Agrícola Comum
da UE, na arborização das terras agrícolas. Contudo, têm-se registado com frequência elevadas taxas de insucesso
na arborização sendo a qualidade dos materiais florestais de reprodução (MFR) apontada como uma das causas.
Neste trabalho abordaremos a a qualidade dos materiais de reprodução, considerando-a do ponto de vista genético
e fisiológicoN/
