351 research outputs found

    Perspectival Anthropology and the Method of Controlled Equivocation

    Get PDF
    This article argues that doing anthropology means comparing anthropologies. Comparison is not just our primary analytic tool, it is also our raw material and our ultimate grounding, since what we compare are always and necessarily, in one form or other, comparisons. If, as Marilyn Strathern suggests, culture consists in the way people draw analogies between different domains of their worlds, then every culture is a multidimensional process of comparison. Likewise, if anthropology studies culture through culture, then, following Roy Wagner, whatever operations characterize our investigations must also be general properties of culture. Intracultural relations, or internal comparisons, and intercultural relations, or external comparisons, are in strict ontological continuity. But direct comparability does not necessarily signify immediate translatability, just as ontological continuity does not imply epistemological transparency. How can we restore the analogies traced by, say, indigenous Amazonian peoples within the terms of our own analogies? What happens to our comparisons when we compare them with indigenous comparisons? The perspective advocated here is that of perspectivism and controlled equivocation. Este artigo sustenta que fazer antropologia Ă© comparar antropologias. A comparação nĂŁo Ă© apenas nosso instrumento de anĂĄlise primĂĄrio; ela Ă© tambĂ©m nossa matĂ©ria-prima e nosso contexto Ășltimo. Pois o que comparamos sĂŁo sempre, de uma forma ou de outra, comparaçÔes. Se, como sugere Marilyn Strathern, a cultura consiste no modo pelo qual as pessoas estabelecem analogias entre diferentes domĂ­nios de seus mundos, entĂŁo cada cultura Ă© um processo multidimensional de comparação. Da mesma forma, se a antropologia estuda a cultura atravĂ©s da cultura, entĂŁo, como observa Roy Wagner, as operaçÔes que caracterizam nossa investigação —sejam elas quais forem—devem ser tambĂ©m propriedades gerais da cultura. As relaçÔes intraculturais, ou comparaçÔes internas, e as relaçÔes interculturais, ou comparaçÔes externas, estĂŁo em estrita continuidade ontolĂłgica. Mas a comparabilidade direta nĂŁo significa necessariamente tradutibilidade imediata, assim como a continuidade ontolĂłgica nĂŁo significa transparĂȘncia epistemolĂłgica. Como podemos restituir as analogias estabelecidas por, digamos, os povos indĂ­genas amazĂŽnicos nos termos de nossas prĂłprias analogias? O que acontece com nossas comparaçÔes quando as comparamos com as comparaçÔes indĂ­genas? A perspectiva que aqui se advoga Ă© a do perspectivismo e a da equivocação controlada

    O nativo relativo

    Get PDF

    Immanence and Fear

    Full text link

    Ambos os trĂȘs: Sobre algumas distinçÔes tipolĂłgicas e seu significado estrutural na teoria do parentesco

    Get PDF
    Este trabalho1 analisa as diferenças formais entre algumas configuraçÔes de parentesco reconhecidas pela tradição antropolĂłgica ”” as variedades ‘dravidiana’, ‘kariera’ e ‘iroquesa’ do esquema terminolĂłgico dito ‘fusĂŁo bifurcada’ (bifurcate merging) ”” e as discute no quadro da teoria estrutural da aliança desenvolvida por C. LĂ©vi-Strauss c L. Dumont. ApĂłs estabelecer as diferenças entre estas variedades, examino dois pares conceituais centrais da teoria do parentesco, a saber, ‘consangĂŒĂ­neo/afim’ e ‘paralelo/ cruzado’; em seguida, avanço uma conjetura sobre os correlatos matrimoniais possĂ­veis das terminologias com cruzamento iroquĂȘs; por fim, evoco uma variante do sistema dravidiano difundida na AmĂ©rica do Sul indĂ­gena, concluindo com algumas consideraçÔes sobre a possibilidade de diferentes princĂ­pios classificatĂłrios coexistirem em uma mesma organização social, o que pĂ”e em questĂŁo a idĂ©ia comum de que a cada unidade etnogrĂĄfica de tipo ‘sociedade’ corresponderia um modelo terminolĂłgico Ășnico

    The Marble and the Myrthe: About the Inconstancy of the Savage's Soul

    Get PDF
    When the jesuits were catechizing the Tupinamba they noted the "inconstancy" of the indians in their religious conversion process. They seemed very interested on the jesuits education but even after a period of learning process, the Indians insisted on going back to their old habits. The article tries to understand the reasons and implications of such "inconstancy". Revenge and cannibalism are very important factors for the understanding of the Tupinamba. These notions constituted that society and promoted its continuity. Acording to the author, the acceptance of the cannibalism prohibition by the Tupinamba was one of the Tupinamba's greatest lost.Ao tentarem catequizar os TupinambĂĄ, os jesuĂ­tas encontravam sua maior dificuldade na "inconstĂąncia" apresentacfa pelos Ă­ndios . Estes pareciam sedentos para aprender os ensinamentos jesuĂ­ticos, mas a rapidez com que voltavam a seus antigos costumes era algo de assustador aos jesuĂ­tas . O artigo procura determinar essa inconstĂąncia selvagem. A vingança e o canibalismo, tĂŁo criticados pelos jesuĂ­tas , sĂŁo fatores de grande importĂąncia para a existĂȘncia TupinambĂĄ. Estas noçÔes - e prĂĄticas correlatas - constituem a sociedade e sua continuidade. A proibição do canibalismo Ă© vista pelo autor como uma derrota da sociedade tupinambĂĄ

    Rosa e Clarice, a fera e o fora

    Get PDF
    VersĂŁo editada da conferĂȘncia “A força de um inferno: Rosa e Clarice nas paragens da diferOnça”, ministrada no IEL-UNICAMP, 2013. Partimos da transcrição realizada pelo LaboratĂłrio de sensibilidades (https://laboratoriodesensibilidades.wordpress.com/2018/04/23/a-forca-de-um-inferno-rosa-e-clarice-nas-paragens-da-diferonca-transcricao-da-palestra-de-eduardo-viveiros-de-castro-no-ifch-unicamp/), que foi conferida e revisada por Ingrid Vieira, e alterada e corrigida visando a publicação escrita por Alexandre Nodari. Posteriormente, o autor acrescentou passagens e modificou o texto com vistas Ă  desoralização estilĂ­stica, sem no entanto apagar o carĂĄter de palestra falada

    Le meurtrier et son double chez les Araweté : Un exemple de fusion rituelle

    Get PDF
    À partir d'une Ă©tude des relations entre le meurtrier et sa victime, telles qu'elles sont conçues et vĂ©cues chez les ArawetĂ© (une sociĂ©tĂ© de langue tupi-guarani du moyen Xingu au BrĂ©sil), quelques gĂ©nĂ©ralisations comparatives sont proposĂ©es au sujet de la dynamique identitaire sous-jacente au statut de tueur, personnage central de la symbolique de la guerre en Amazonie. Un examen des procĂ©dĂ©s symboliques Ă  l'oeuvre dans la dĂ©termination de la « personne » du tueur par sa victime permet de conclure que l'agression guerriĂšre amĂ©rindienne se prĂ©sente comme un processus de transformation rituelle du Soi, marquĂ© par la primautĂ© du point de vue de l'ennemi. En choisissant comme principe de mouvement l'incorporation d'attributs venant du dehors, la sociĂ©tĂ© amĂ©rindienne est amenĂ©e Ă  se dĂ©finir selon ces mĂȘmes attributs.On the basis of a study of the relations between murderer and victim, as imagined and experienced among the Arawete (a society speaking a Tupi-Guarani language and living midway up the Xingu River in Brazil), a few comparative generalizations are proposed about the dynamics of identity underlying the status of killer, a key character in the symbolism of warfare in Amazonia. By examining the symbolic procedures the victim uses to identify the killer's « person », the conclusion can be drawn that aggression in warfare among the Indians resembles a process for ritually transforming the Self, a process marked by the primacy of the enemy's point of view. By choosing as its principle of movement the incorporation of exogenous attributes, Indian society is led to define itself by these attributes

    Claude LĂ©vi-Strauss, ƒuvres

    Get PDF
    « Ce n’est pas tout. » C’est en Ă©voquant cette transition si caractĂ©ristique du maĂźtre que l’on se risque Ă  introduire cette note sur l’entrĂ©e de LĂ©vi-Strauss dans la PlĂ©iade. Le volume rĂ©unit sept de ses dix-sept livres, choisis par l’auteur lui-mĂȘme : Tristes tropiques ; Le TotĂ©misme aujourd’hui et La PensĂ©e sauvage ; les trois « petites mythologiques » (La Voie des masques, La PotiĂšre jalouse, Histoire de lynx) et Regarder, Ă©couter, lire. Les deux monuments de la pensĂ©e anthropologique que..

    Claude LĂ©vi-Strauss, ƒuvres

    Get PDF
    « Ce n’est pas tout. » C’est en Ă©voquant cette transition si caractĂ©ristique du maĂźtre que l’on se risque Ă  introduire cette note sur l’entrĂ©e de LĂ©vi-Strauss dans la PlĂ©iade. Le volume rĂ©unit sept de ses dix-sept livres, choisis par l’auteur lui-mĂȘme : Tristes tropiques ; Le TotĂ©misme aujourd’hui et La PensĂ©e sauvage ; les trois « petites mythologiques » (La Voie des masques, La PotiĂšre jalouse, Histoire de lynx) et Regarder, Ă©couter, lire. Les deux monuments de la pensĂ©e anthropologique que..
    • 

    corecore