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Qualidade de vida e nível de estresse em cuidadores de crianças com deficiência intelectual no município de Anápolis-Goiás
A deficiência intelectual (DI) é uma condição clinica relacionada com a dificuldade ao lidar com situações cotidianas, tendo como consequência prejuízos na função intelectual e no comportamento. Devido a essa condição, crianças precisam de cuidados especiais em tempo integral, sendo este realizado por seus cuidadores. Aliada a tamanha responsabilidade, sua qualidade de vida diminui devido a fatores como falta de relacionamentos interpessoais, sobrecarga física e emocional, informação profissional inadequada, pouco suporte social e condição socioeconômica, por isso, transtornos psicológicos como estresse, ansiedade e depressão tendem a aumentar significativamente. Portanto, é de suma importância direcionar atenção não somente às crianças com DI, mas também aos seus cuidadores. Diante desse contexto, o presente trabalho tem como objetivo identificar o nível de estresse e a qualidade de vida de cuidadores de crianças com deficiência intelectual matriculadas na APAE-Anápolis. Trata-se de um estudo descritivo de delineamento qualitativo e transversal, com a obtenção dos dados a partir da aplicação de questionários validados a 100 cuidadores de crianças com deficiência intelectual matriculadas na APAE-Anápolis. Os dados obtidos serão tabulados e analisados, trançando-se o perfil de qualidade de vida e o estresse dos participantes, em razão do cuidado com as crianças deficientes. Espera-se verificar a diminuição da qualidade de vida dos cuidadores, com decréscimo, principalmente, na saúde física e psicológica, com maior parcela de participantes enquadrando-se nos sintomas de estresse. Em relação ao perfil sócio demográfico dos cuidadores, espera-se que seja composto majoritariamente por mulheres, mães das crianças com deficiência intelectual, com idade entre 30 e 60 anos
A influência da diabetes mellitus gestacional no desenvolvimento de síndrome metabólica em crianças e adolescentes: uma revisão integrativa
A síndrome metabólica (SM) é definida pela resistência à insulina, aumento da circunferência abdominal, índice de massa corporal e hipertensão arterial. Essas alterações culminam em repercussões metabólicas, cujo os fatores de risco para o seu desenvolvimento são: dislipidemia, história familiar de diabetes mellitus tipo 2, doenças cardiovasculares e, principalmente, diabetes mellitus gestacional (DMG). Dentre as repercussões que a DMG pode resultar caso não for tratada corretamente, destaca-se o parto prematuro, baixo peso ao nascer e as malformações. Analisar a relação entre DMG e a maior predisposição ao desenvolvimento de síndrome metabólica em crianças e adolescentes. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com abordagem quantitativa, na qual foram selecionados 20 artigos científicos na língua inglesa e portuguesa, publicados entre 2005 e 2020 nas plataformas US National Library of Medicine, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Scientific Electronic Library Online. Os Descritores em Ciências da Saúde foram: criança, diabetes gestacional, síndrome metabólica. A saúde materna é um fator predisponente para complicações na infância, visto que, sistemas como o endócrino e o cardiovascular são delineados na fase intrauterina. A DMG é uma alteração endócrina que está intimamente ligada ao baixo peso ao nascer, devido a restrição nutricional fetal, contudo, o excesso disponível no período pós-natal gera um acúmulo de tecido adiposo. O crescimento diminuído associado ao aumento da adiposidade, resulta em um cenário de liberação indevida de citocinas pró-inflamatórias, como a IL-6 e o TNF-alfa, que geram programações genéticas defeituosas e aumentam a chance de desenvolver SM na infância. Ademais, outro indicativo de predisposição para SM é a macrossomia fetal, visto que há consequências à saúde do indivíduo como: organomegalia fetal, picos de hipoglicemia pós parto, hiperbilirrubinemia, hipocalcemia, obesidade e risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 1 antes dos 10 anos de idade. Isso ocorre devido ao aumento do transporte plasmático de glicose e lipídeos na DMG. Esse fator, também aumenta o índice de hipertensão arterial na infância e na adolescência devido à hiperinsulinemia que estimula o sistema nervoso simpático e proporciona maior absorção de sódio e água, logo, eleva a pressão arterial. Nota-se que a DMG afeta na predisposição ao desenvolvimento de SM na infância e na adolescência. Assim o tratamento e acompanhamento multidisciplinar é necessário para proporcionar dieta individualizada, exercícios físicos e conduta medicamentosa, bem como realizar pré-natal adequado para acompanhar o crescimento fetal intrauterino e diminuir os índices de complicações pós-parto
Serviços social, trabalho e direitos
Este trabalho é parte das reflexões e experiências de pesquisa e de extensão dos docentes das Universidades Públicas Federais do Estado da Bahia. O primeiro curso de Serviço Social inicia-se em 2008 na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e posteriormente em 2009, ocorre a criação do curso de Serviço Social na Universidade Federal da Bahia (UFBA). A constituição do curso de Serviço Social no âmbito das Universidades Federais Baianas representa um marco histórico necessário para alargar os horizontes da formação e do trabalho profissional. Além disso, a criação do curso nestas Universidades demarca a necessidade de analisarmos criticamente a lógica da proteção social e dos direitos na sociedade contemporânea, especialmente sinalizando suas configurações no Estado. Assim, este livro visa não somente à socialização do conhecimento produzido a partir das experiências de ensino, pesquisa e extensão vivenciadas pelos seus autores, mas, acredita-se, sobretudo, que ele possibilite pensar a dimensão da formação e do trabalho profissional identificando nossas reais possibilidades de transformação diante de uma conjuntura que continuamente precariza e avilta o acesso ao direito social. Mesmo nas terras do Recôncavo da Bahia, é hora de ampliar a vigilância e potencializar o debate, tendo como referência a construção de uma sociabilidade que referende os valores humanos universais e fortaleça o projeto coletivo. Esse é o desafio
High anti-SARS-CoV-2 antibody seroconversion rates before the second wave in Manaus, Brazil, and the protective effect of social behaviour measures: results from the prospective DETECTCoV-19 cohort
Background: The city of Manaus, Brazil, has seen two collapses of the health system due to the COVID-19 pandemic. We report anti-SARS-CoV-2 nucleocapsid IgG antibody seroconversion rates and associated risk factors in Manaus residents before the second wave of the epidemic in Brazil. Methods: A convenience sample of adult (aged ≥18 years) residents of Manaus was recruited through online and university website advertising into the DETECTCoV-19 study cohort. The current analysis of seroconversion included a subgroup of DETECTCoV-19 participants who had at least two serum sample collections separated by at least 4 weeks between Aug 19 and Oct 2, 2020 (visit 1), and Oct 19 and Nov 27, 2020 (visit 2). Those who reported (or had no data on) having a COVID-19 diagnosis before visit 1, and who were positive for anti-SARS-CoV-2 nucleocapsid IgG antibodies at visit 1 were excluded. Using an in-house ELISA, the reactivity index (RI; calculated as the optical density ratio of the sample to the negative control) for serum anti-SARS-CoV-2 nucleocapsid IgG antibodies was measured at both visits. We calculated the incidence of seroconversion (defined as RI values ≤1·5 at visit 1 and ≥1·5 at visit 2, and a ratio >2 between the visit 2 and visit 1 RI values) during the study period, as well as incidence rate ratios (IRRs) through cluster-corrected and adjusted Poisson regression models to analyse associations between seroconversion and variables related to sociodemographic characteristics, health access, comorbidities, COVID-19 exposure, protective behaviours, and symptoms. Findings: 2496 DETECTCoV-19 cohort participants returned for a follow-up visit between Oct 19 and Nov 27, 2020, of whom 204 reported having COVID-19 before the first visit and 24 had no data regarding previous disease status. 559 participants were seropositive for anti-SARS-CoV-2 nucleocapsid IgG antibodies at baseline. Of the remaining 1709 participants who were seronegative at baseline, 71 did not meet the criteria for seroconversion and were excluded from the analyses. Among the remaining 1638 participants who were seronegative at baseline, 214 showed seroconversion at visit 2. The seroconversion incidence was 13·06% (95% CI 11·52–14·79) overall and 6·78% (5·61–8·10) for symptomatic seroconversion, over a median follow-up period of 57 days (IQR 54–61). 48·1% of seroconversion events were estimated to be asymptomatic. The sample had higher proportions of affluent and higher-educated people than those reported for the Manaus city population. In the fully adjusted and corrected model, risk factors for seroconversion before visit 2 were having a COVID-19 case in the household (IRR 1·49 [95% CI 1·21–1·83]), not wearing a mask during contact with a person with COVID-19 (1·25 [1·09–1·45]), relaxation of physical distancing (1·31 [1·05–1·64]), and having flu-like symptoms (1·79 [1·23–2·59]) or a COVID-19 diagnosis (3·57 [2·27–5·63]) between the first and second visits, whereas working remotely was associated with lower incidence (0·74 [0·56–0·97]). Interpretation: An intense infection transmission period preceded the second wave of COVID-19 in Manaus. Several modifiable behaviours increased the risk of seroconversion, including non-compliance with non-pharmaceutical interventions measures such as not wearing a mask during contact, relaxation of protective measures, and non-remote working. Increased testing in high-transmission areas is needed to provide timely information about ongoing transmission and aid appropriate implementation of transmission mitigation measures. Funding: Ministry of Education, Brazil; Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas; Pan American Health Organization (PAHO)/WHO.World Health OrganizationRevisión por pare
Hippocampal biomarkers of fear memory in an animal model of generalized anxiety disorder
Generalized anxiety disorder (GAD) is highly prevalent and incapacitating. Here we used the Carioca High-Conditioned Freezing (CHF) rats, a previously validated animal model for GAD, to identify biomarkers and structural changes in the hippocampus that could be part of the underlying mechanisms of their high-anxiety profile. Spatial and fear memory was assessed in the Morris water maze and passive avoidance test. Serum corticosterone levels, immunofluorescence for glucocorticoid receptors (GR) in the dentate gyrus (DG), and western blotting for hippocampal brain derived neurotrophic factor (BDNF) were performed. Immunohistochemistry for markers of cell proliferation (bromodeoxiuridine/Ki-67), neuroblasts (doublecortin), and cell survival were undertaken in the DG, along with spine staining (Golgi) and dendritic arborization tracing. Hippocampal GABA release was assessed by neurochemical assay.
Fear memory was higher among CHF rats whilst spatial learning was preserved. Serum corticosterone levels were increased, with decreased GR expression. No differences were observed in hippocampal cell proliferation/survival, but the number of newborn neurons was decreased, along with their number and length of tertiary dendrites. Increased expression of proBDNF and dendritic spines was observed; lower ratio of GABA release in the hippocampus was also verified. These findings suggest that generalized anxiety/fear could be associated with different hippocampal biomarkers, such as increased spine density, possibly as a compensatory mechanism for the decreased hippocampal number of neuroblasts and dendritic arborization triggered by high corticosterone. Disruption of GABAergic signaling and BDNF impairment are also proposed as part of the hippocampal mechanisms possibly underlying the anxious phenotype of this model
Natural Antioxidant Evaluation: A Review of Detection Methods
Antioxidants have drawn the attention of the scientific community due to being related to the prevention of various degenerative diseases. The antioxidant capacity has been extensively studied in vitro, and different methods have been used to assess its activity. However, the main issues related to studying natural antioxidants are evaluating whether these antioxidants demonstrate a key role in the biological system and assessing their bioavailability in the organism. The majority of outcomes in the literature are controversial due to a lack of method standardization and their proper application. Therefore, this study aims to compile the main issues concerning the natural antioxidant field of study, comparing the most common in vitro methods to evaluate the antioxidant activity of natural compounds, demonstrating the antioxidant activity in biological systems and the role of the main antioxidant enzymes of redox cellular signaling and explaining how the bioavailability of bioactive compounds is evaluated in animal models and human clinical trials
Peptidases from Latex of Carica candamarcensis Upregulate COX-2 and IL-1 mRNA Transcripts against Salmonella enterica ser. Typhimurium-Mediated Inflammation
The immunomodulatory properties of a mixture of cysteine peptidases (P1G10) obtained from the fruit lattice of Carica candamarcensis were investigated. P1G10 was obtained from fresh latex samples by chromatography in a Sephadex column and initially administered to Swiss mice (n=5; 1 or 10 mg/kg) via i.p. After 30 min, the mice were injected with carrageenan (0.5 mg/mouse) or heat-killed S. Typhimurium (107 CFU/mL; 100°C/30 min) into the peritoneal cavity. Afterwards, two animal groups were i.p. administered with P1G10 (n=6; 1, 5, or 10 mg/Kg) or PBS 24 hours prior to challenge with live S. Typhimurium (107 CFU/mL). P1G10 stimulated the proliferation of circulating neutrophils and lymphocytes, 6 h after injection of carrageenan or heat-killed bacteria, respectively. Furthermore, survival after infection was dose-dependent and reached 60% of the animal group. On the other hand, control mice died 1–3 days after infection. The examination of mRNA transcripts in liver cells 24 h after infection confirmed fold variation increases of 5.8 and 4.8 times on average for IL-1 and COX-2, respectively, in P1G10 pretreated mice but not for TNF-α, IL-10, γ-IFN and iNOS, for which the results were comparable to untreated animals. These data are discussed in light of previous reports
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICOBACTERIANA IN VITRO DE ANÁLOGOS DA PODOFILOTOXINA CONTRA CEPAS DE MICOBACTÉRIAS NÃO TUBERCULOSAS
Introdução/Objetivo: As micobactérias não tuberculosas (MNT) surgem como um problema de saúde pública principalmente pelo aumento do número de casos nos últimos anos. Além dessa problemática, as cepas de interesse clínico vêm desenvolvendo a capacidade de resistir aos principais antibióticos principalmente pela produção de biofilme. As MNT são tratadas com vários medicamentos reaproveitados de outras doenças, principalmente da tuberculose por serem do mesmo gênero Mycobacterium. O atual tratamento é toxico, com muitos efeitos colaterais e com uma baixa taxa de cura, surgindo a necessidade da otimização de novas moléculas eficazes para o tratamento das MNT. A podofilotoxina é uma lignana de ocorrência natural que tem sido utilizada como ponto de partida para o desenvolvimento de diferentes agentes anticancerígenos. Atualmente, os derivados dessa lignana vem sendo utilizados como medicação antiviral e são precursores de outros derivados usados no tratamento da psoríase e da malária. O objetivo deste estudo é avaliar a atividade de compostos análogos a podofilotoxina como possível protótipo de droga contra micobactérias não tuberculosas. Métodos: Os microrganismos utilizados nesse estudo foram M. avium, M. kansasii e M. smegmatis, como cepas de referência da American Type Culture Collection. Como controle positivo de atividade antimicobacteriana, foram utilizados os antibióticos: rifampicina e amicacina da Sigma Aldrich. A atividade antimicobacteriana dos compostos sintetizados foi determinada por meio da Concentração Inibitória Mínima (CIM) pelo método colorimétrico de microdiluição em placas de 96 poços, descrito por Palomino e colaboradores. Para a realização do ensaio de citotoxicidade (CC50), o teste do MTT foi realizado em placa de 96 poços de acordo com Mosmann e colaboradores utilizando a linhagem J774A.1, correspondente a macrófago murino. Resultados: Dos 26 compostos testados, 3 demonstraram atividade contra M. smegmatis, M. avium e M. kansasii - CIM variando entre 4 e 8 µM. Observamos também que os compostos que apresentaram os menores valores de CIM conseguiram desempenhar nos testes de CC50 os compostos conseguiram manter uma viabilidade celular de 50% nas concentrações de 8 a 16. Conclusão: Dessa forma, os achados deste estudo demonstram o potencial dos derivados de podofilotoxina como possível candidato ao processo de desenvolvimento de estudos pré-clínicos para tratamento das micobactérias não tuberculosas