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    Práticas artísticas no ensino básico e secundário

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    O terceiro número da Revista Matéria-Prima afirma-se como mais uma plataforma de disseminação e de registo na área da educação e ensino artísticos. Ao propor-se o desafio da Matéria-Prima está a lançar-se um repto de intervenção e partilha a três tipos de intervenientes na educação pela arte: — Os professores, profissionais experimentados; — Os que se iniciam na profissão, através da frequência de mestrados e estágios formativos; — Os investigadores e professores universitários desta área. Esta chamada coloca em cima da mesa a partilha das experiências didácticas em sala de aula, a pesquisa sobre práticas profissionais. Experiências, algumas bem-sucedidas, outras menos, porventura, todas com um mérito substancial, que é a vontade de estabelecer comunidade entre os interessados pela educação artística. Este conjunto de textos poderá ajudar a cartografar práticas que se observam bastante distintas, entre as realidades dos países representados, Portugal, Espanha, Brasil, Argentina. Observa-se também que a prática dos educadores está longe de ser homogénea. É surpreendente determinar as diferenças entre contextos e regiões. Se umas são mais metódicas, e por isso consistentes, outras abrem-se à descoberta. Em todas um ponto de encontro: a revista Matéria-Prima, que assim assume cada vez mais o seu nome como um desígnio de intervenção.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Práticas artísticas no ensino básico e secundário

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    A matéria-prima de que trata esta revista é base de trabalho para um ensino artístico alargado, estendendo-se fora dos limites da aula, transgredindo os limites formais dos curricula, implicando património e riqueza cultural, sensibilizando para o imaterial, criando públicos apreciadores e também agentes criadores. É toda uma comunidade que se interliga através dos valores imateriais que sempre foram os da arte. A tarefa do educador é muito alargada: exige-se que esteja à altura deste desígnio humanista, que é também um desafio ao destino da humanidade: pela educação artística constroem-se futuros, e sem arte há intolerância, materialismo, indiferença, alienação, morte. Os tempos que se vivem são exigentes. As questões da pós modernidade estão muito acesas, desde as que nos obrigam ao desassossego, como a sustentabilidade e a poluição, como as que nos implicam politicamente, como a justiça, os direitos civis, a desigualdade. Tudo isto é matéria com a qual se amassa um barro que pode ser mais ou menos criativo: trata-se de extrair a matéria-prima com que se pode fazer os blocos que constroem o futuro. Aos profissionais da educação e do ensino, esta consciência, ao mesmo tempo desamparada – os cortes da economia neoliberal transformaram a arte em indústria, e a sua educação em criação de consumidores – e ao mesmo tempo vigilante e interventiva. Os artigos que responderam a esta chamada, respondem, cada um a seu modo, a este desassossego, a este desconforto, a este mal-estar contemporâneo. Dispuseram-se segundo uma sequência que se articula com base em temas afins que se podem descrever sucintamente: Todos os que participaram neste número mostraram a sua matéria-prima, a sua reação à falta que a arte nos faz. A chamada soa, e ressoa, e é necessário que seja por todos ouvida, em todos os países. É simples: as artes estão em perigo. Perigo porque há menos horas, menos professores, menos opções, menos conhecimento. As reduções no horário, a eliminação de disciplinas tão importantes como a história da arte, fazem de cada professor um agente da resistência, um ser mais implicado na sobrevivência da chama da criação. Matéria-prima: matéria para resgatar a verdade humana, a arte, a expressão mais valiosa da sua vaidade. Resgatar o homem que Michel Foucault (1988: 412) vê ameaçado, como um rosto na areia, desenhado à beira-mar.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Memória, silêncio e subversões da categoria gênero através das séries fotográficas de Nan Goldin

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    O presente artigo propõe-se pensar sobre a forma como se articulam os conceitos de gênero, performatividade e memória através de configurações materiais de corpos que emergem entre os ideais, talvez ainda modernos, de gênero, sexo e desejo. Propõe-se ainda questionar de que forma a arte contemporânea, tendo como expoente a fotógrafa Nan Goldin opera, representa e apresenta certas materialidades corporais que rompem o silêncio das regras impostas, e surgem como possibilidades de configurações que não são mais femininas ou masculinas. A análise será realizada através do agenciamento dos conceitos de gênero, memória e performatividade e das imagens de duas séries fotográficas realizadas por Nan Goldin entre as décadas de 1970 e 2000

    Relações entre o contexto político positivista e as imagens impressas do Almanaque de Pelotas (RS/1931-1935)

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    O texto apresenta a análise de um grupo de imagens publicadas no Almanaque de Pelotas no período inicial da República Nova. Buscouse verificar se essas imagens confirmavam aquela que parecia ser notória referência ao pensamento positivista e ao contexto político da cidade e se de fato cumpriam a tarefa de promulgar e, de certa forma, propagar preceitos inerentes ao ideário positivista. As imagens analisadas foram aquelas onde constatou-se evidente referência à política ou às ações administrativas públicas; somando 83 imagens durante os cinco anos pesquisados do Almanaque. Desse universo, percebeu-se a relação das imagens com a memória de um contexto ideológico, pela qual intui-se a crença na cidade moderna e próspera que assim adentrava no período político inaugurado

    Arte, Gênero e Natureza: Mapeando Incertezas

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    A pesquisa tem por objetivo problematizar as relações estabelecidas entre os conceitos de gênero, arte e natureza a partir do trabalho de três artistas latino-americanas: a colombiana Alicia Barney, a mexicana Mariana Castillo Deball e a brasileira Wilma Martins. As artistas mencionadas tiveram seus trabalhos selecionados para participar da 32ª edição da Bienal de São Paulo (2016), mais importante mostra de arte contemporânea da América Latina. Por em suspenso os agenciamentos entre elementos discursivos e regimes de visibilidade interessa como possibilidade de compreender a maneira como atuam tais elementos na formação de sujeitos e modos de vida. Afinal, gênero e natureza ainda podem ser pensados como conceitos complementares por conta da ideia de cuidado atrelada ao feminino, ou tal concepção vem sofrendo alterações? Os trabalhos analisados mostram diferentes tipos de relação entre mulheres e meio ambiente pensado sobre a égide da crise ambiental. Os conceitos de gênero, arte e natureza encontram-se aqui relacionados a ideias associadas à educação ambiental pensada em uma perspectiva pós-estruturalista
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