ATIVIDADES DA MONITORIA ACADÊMICA NA DISCIPLINA DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS II E AS RESSIGNIFICAÇÕES FRENTE À PANDEMIA DA COVID-19: RELATO DE EXPERIÊNCIA

A monitoria acadêmica é caracterizada como uma ferramenta pedagógica na qual o discente monitor, orientado pelo docente responsável pela disciplina, aprofunda conhecimentos através da junção entre teoria e prática, além de auxiliar os colegas discentes no processo de ensino-aprendizagem. O objetivo deste presente resumo é discorrer acerca das experiências e ressignificações decorrentes da monitoria acadêmica da disciplina de Práticas Integrativas II do curso de Psicologia, frente à pandemia da Covid-19. Trata-se de um relato de experiência realizado a partir da vivência da monitora durante a disciplina, que está em curso no semestre de agosto a dezembro de 2020. A disciplina de Práticas Integrativas II apresenta como finalidade aproximar o aluno de Psicologia de cenários socioinstitucionais nos quais figuram fenômenos humanos e que colaborem com a formação acadêmica, sendo essa disciplina em questão, composta por 31 alunos, os quais englobam o primeiro e o segundo semestre do curso. Em relação à aplicabilidade, a turma é dividida em trios, os quais trabalham com temas referentes ao desenvolvimento humano e, a partir disso, realizam pesquisas e estudos com a supervisão da docente e auxílio da monitoria, a fim de produzir um material digital socioeducativo que possua alguma relevância para o público-alvo da infância, adolescência, adultos e idosos. Com a vivência da monitoria, são analisados alguns aspectos, como a importância que as plataformas digitais - WhatsApp, Google Meet e o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) da instituição estão tendo no processo de ensino-aprendizagem da monitoria, onde, mesmo que de forma remota, os discentes estão tendo suas dúvidas sanadas e discutidas, mostrando que a aprendizagem está sendo efetivada. Salienta-se ainda que a relação discente-monitor, através da monitoria digital, foi fortalecida, apontando para a colaboração e interação que foram estabelecidas através das atividades de monitoria, como por exemplo os Plantões Tira-dúvidas e Grupos de Estudos. Como dificuldade, por se tratar de turmas de primeiro e segundo semestre, os alunos apresentam uma maior necessidade de ajuda, principalmente se for levado em conta o contexto pandêmico, demandando assim, grande atenção e disponibilidade da monitora. Destarte, conclui-se que a monitoria acadêmica é de extrema relevância para o ensino-aprendizagem dos discentes e do discente-monitor, bem como acentua-se que, diante às ressignificações necessárias durante a pandemia, a monitoria digital apresentou-se bastante efetiva e com resultados extremamente positivos, o que permite que posteriormente, ela seja também adotada quando as aulas presenciais retornarem

VIVÊNCIAS E DEMANDAS DO ESTÁGIO BÁSICO NA MODALIDADE DO PLANTÃO PSICOLÓGICO

O Estágio Básico se constitui em uma importante etapa de aplicação dos conhecimentos adquiridos durante a graduação em Psicologia, buscando produzir competências básicas que envolvem práticas articuladoras do saber/fazer psicológico e dos processos que abrangem a subjetivação do sujeito. A perspectiva de atendimento do Estágio Básico foi direcionada ao Plantão Psicológico e à Psicoterapia Breve, ambos com a finalidade de atender as demandas específicas e pontuais do paciente, no momento de crise ou dor psíquica intensa apresentada pelo mesmo. Dessa maneira, o objetivo do presente estudo é discorrer acerca das experiências obtidas pelos discentes do curso de Psicologia do oitavo semestre, do Centro Universitário Católica de Quixadá, a partir do Estágio Básico realizado no Centro Diocesano Valdemar Alcântara – CDVA, por meio do atendimento com alunos do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano). Trata-se de um relato de experiência que está em curso no período de agosto a dezembro de 2021 e que está sendo desenvolvido através dos atendimentos com base na modalidade do Plantão Psicológico e da Psicoterapia Breve. Foram realizadas observações comportamentais nos primeiros momentos do Estágio, com o objetivo de conhecer os alunos e desenvolver possíveis intervenções pautadas no foco do que se apresentara. Além disso, houve uma atividade realizada com os alunos do 8º e 9º ano, em alusão ao Setembro Amarelo, com ênfase na valorização à vida, onde os mesmos deram um feedback positivo e mostraram interesse em falar sobre suas vivências pessoais e sociais. Dentre as experiências obtidas com os atendimentos e a atividade em grupo, sobressaíram-se questões relacionadas às convivências familiares, como o papel dos pais no auxílio às dificuldades expostas pelos filhos e além disso, demandas referentes ao autoconhecimento por parte dos alunos. Conclui-se que, o Estágio Básico é uma etapa da graduação primordial para firmar o processo de ensino-aprendizagem, fazendo a união entre conceitos teóricos adquiridos ao longo do curso e a prática profissional psicológica. Destarte, aponta-se que o Plantão Psicológico e a Psicoterapia Breve são essenciais para o sujeito encontrar caminhos para ressignificar sua existência e buscar um sentido a partir daquilo que se apresenta como urgente

O ESTIGMA DECORRENTE DA PANDEMIA DA COVID-19 E SEUS DESDOBRAMENTOS: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DE UM PODCAST

Os estigmas estão presentes na sociedade em diferentes âmbitos, desta forma, asatribuições prévias são facilmente encontradas no senso comum e replicadas no decorrerdas épocas. Atualmente, as imposições da Covid-19 têm originado fortes estigmas,ocasionando sofrimento em diferentes cenários. O objetivo do presente trabalho é, a partirde um podcast, apresentar os desdobramentos do estigma da Covid-19 em antagônicoscontextos da sociedade. O método adotado é o de natureza exploratória, sendo baseadoem relatos de experiências e levando em conta a ampliação do conhecimento sobre atemática demarcada no decorrer da série. O podcast apresenta três episódios totais,apoiados nos seguintes eixos: 1. Episódio Piloto: considerações sobre o conceito deestigma e exemplificações que podem ser notadas no hodierno momento; 2. Diálogoacerca das perspectivas de uma pessoa que já apresentou Covid-19 e outra que não tevecontato com o vírus. 3. Interação com uma profissional psicóloga e uma profissional desaúde que atuou diretamente no combate ao Corona vírus. Os resultados obtidos notrabalho em questão evidenciam o prejuízo dos estigmas no que tange à saúde mental dospacientes e profissionais, fazendo-se necessário refletir sobre a importância da educaçãoem saúde e o acolhimento das pessoas que são abaladas pelos preconceitos e receios dapopulação devido o contato, ou maior possibilidade deste, com o agente infeccioso. Logo,é de suma relevância a busca por informações qualificadas e o direcionamento empáticovoltado ao público que vivencia tal situação

MONITORIA ACADÊMICA EM CONTEXTO PANDÊMICO: RELATOS DE EXPERIÊNCIAS

A pandemia de COVID-19 estabeleceu mudanças em antagônicos cenários, desta forma, saúde, comércio, educação, etc. modificaram suas estruturas em prol de se adequarem aos parâmetros de segurança em saúde oriundos da efetivação do distanciamento social como principal medida eficaz contra propagação do vírus. As mudanças no âmbito educacional acadêmico se destrincharam por diferentes vieses, havendo, em considerável parte das instituições, aderência ao modelo remoto de ensino. O trabalho em questão trará considerações acerca as estratégias, fatores positivos ou negativos e desafios da monitoria acadêmica remota durante o segundo semestre de 2020 em uma instituição de ensino superior localizada no interior do Ceará (usar na metodologia), partindo do método exploratório demarcado em relatos de experiência de três monitores do curso de Psicologia, sendo dois voluntários e um institucional. Objetiva-se apresentar as reestruturações e adaptações adotadas pelos monitores a fim de possibilitarem um maior aproveitamento de suas funções pelos discentes, promovendo assim o uso de manejos e ferramentas que venham a contribuir positivamente com as atividades propostas. Como resultados foram observadas três questões principais: em linhas gerais, o intermédio mais eficaz entre professor, monitor e discente permaneceu a ocorrer; como ponto positivo, as aulas gravadas puderam subsidiar/respaldar a atuação do monitor com maior veemência, tendo em vista que desta forma o monitor pôde acompanhar o desenvolvimento/mudanças na oferta de conteúdos da disciplina; no que tange ao aspecto negativo, pode-se constatar, com base nas queixas apresentadas pelos discentes, crescimento do incômodo diante a situação pandêmica que reestruturou o cenário educacional, neste ínterim, é notório que o cansaço evidenciou-se fortemente em questões psíquicas, havendo poucas queixas acerca o cansaço físico; em relação aos principais desafios as monitoras puderam destacar a ausência de participação em atividades não vinculadas à revisão de conteúdo em período que antecede aplicação de provas ou sem propostas de atribuição de pontuações. Desta forma, é notório que o contexto pandêmico trouxe ao ambiente educacional mudanças positivas e negativas, a monitoria acadêmica, em específico, reinventou-se para continuar promovendo momentos de tirar dúvidas, estudos dirigidos e até mesmo atividades que visem interação entre os discentes e monitor, tal como cine-debates

TDAH EM AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: PROCESSO DIAGNÓSTICO

O Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) tem dividido compreensões nos mais distintos cenários, desde conceitualizações pautadas na idealização social até a disfunção em neurotransmissores, sendo esta última a mais adotada pela ciência. A partir de uma revisão integrativa realizada com base em estudos da literatura científica e relatos de experiência oriundos de um grupo de estudos em Avaliação Psicológica, o trabalho em questão visa trazer considerações sobre o percurso para o diagnóstico de TDAH, dentro do processo de avaliação psicológica. O transtorno supracitado pode ser dividido em três subtipos, sendo eles: predominantemente desatento, hiperativo ou combinado, tendo cada caso uma forma de tratamento/intervenção. O processo de avaliação psicológica ocorrerá principalmente com base em uma investigação com olhar clínico da história e das relações do paciente, sendo necessário, primordialmente, observar frequência e duração de possíveis sintomas correlacionados ao transtorno. É indispensável ainda que ocorram entrevistas com os responsáveis, o paciente e, se possível, outros profissionais relacionados e com membros da comunidade escolar que tenham contato frequente com o paciente investigado. Dessa forma, a partir de informações colhidas e dados levantados por meio da revisão, foi possível elucidar questões acerca do processo diagnóstico e da controversa envolta a este, levando em consideração a sintomatologia do transtorno, elencando dificuldades encontradas no percurso diagnóstico ediferenciações entre traços comuns epatológicos, além da identificação de procedimentos, incluindo métodos, técnicas e testes, necessários ao diagnóstico seguro de TDAH

DOS SINAIS E SINTOMAS AOS IMPACTOS DO DIAGNÓSTICO DE TRANSTORNO MENTAL: PERCEPÇÃO DE MÃES ACERCA DO SOFRIMENTO PSÍQUICO GRAVE DOS FILHOS

Este trabalho é resultante de uma pesquisa financiada pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) do CNPq, que tem como título “Os impactos do diagnóstico no tratamento de crianças e adolescentes em sofrimento psíquico grave”, realizada durante agosto de 2019 e julho de 2020. Objetivou-se, neste estudo, discutir e analisar os impactos do diagnóstico de transtorno mental no tratamento de crianças em sofrimento psíquico grave no CAPS de Quixadá. Como metodologia foi adotada uma perspectiva qualitativa, com objetivos exploratórios, descritivos e explicativos. Foram utilizados os dados coletados dos prontuários dos CAPS de Quixadá, referentes ao ano de 2018 e posteriormente, feita uma análise dos perfis das crianças, para assim, aplicar uma entrevista narrativa com os pais e/ou responsáveis. Como resultados do processo de análise dos dados, são apresentadas três categorias que evidenciam os núcleos encontrados na análise e suas significações: 1. Sinais e sintomas: da interpretação à busca pelo cuidado; 2. Tratamento: medicalização, adesão e conduta profissional; 3. Impactos: estigmas, dinâmica familiar afetada e uma figura materna indispensável. A partir da discussão, foram apontados dados que mostram como a família está intrinsecamente relacionada à percepção dos sinais e sintomas da criança adoecida e como se dá o processo de busca pelo cuidado, apresentando todo o itinerário terapêutico percorrido. Destaca-se o uso de medicamentos como forma de tratamento, o que leva a reflexão acerca da medicalização infantil e de suas possíveis consequências, bem como da relação que é estabelecida entre adesão ao tratamento, o significado do diagnóstico por parte dos cuidadores e a conduta profissional. São apontados também os impactos encontrados a partir das entrevistas narrativas, evidenciando aspectos relativos ao estigma que o transtorno mental ainda traz, a necessária mudança no contexto familiar e a mãe como principal cuidadora do filho. Conclui-se que, o diagnóstico de transtorno mental em uma criança traz toda uma mudança para a família, a partir do momento em que é necessário ressignificar o ideal infantil de quem ou o que iria ser essa criança. São necessárias estratégias voltadas para a educação em saúde mental desses pais, para que eles possam compreender o que ocorre durante todo o processo de adoecimento e tratamento, além da necessidade de uma formação continuada e qualificada dos profissionais responsáveis por guiar essa família