33 research outputs found

    A tradição luciânica numa utopia francesa do século XVII

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    In 1516 Thomas More published Utopia, adding to literature a new literary genre, essentially satirical. If many scholars have noticed the depth link of this book with the work of Lucian of Samosata, few, however, analyzed the relation between lucianic tradition and the works belonging to the utopian genre. The aim of this paper is to analyze the presence, in the French utopia published in 1676, The Southern Land Known, written by Gabriel de Foigny, of five elements belonging to the lucianic tradition. They are: 1) the difficulty of genre classification due to the hybrid character of the text; 2) the use of parody or quotations of other texts, contemporary or ancients; 3) the presence of the improbable, that makes the text a fantastic one; 4) the presence of ambiguity, that leads the reader to hesitate about the seriousness or the comic quality of what it is expressed; and, finally, 5) the use of distanced perspective of the narrator, which allows the author to examine more acutely the objects of his critic and, at the same time, acts as an element of persuasion, which has intended to lead the reader to believe in the veracity of the report of the pseudo-traveller

    A tradição luciânica numa utopia francesa do século XVII

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    In 1516 Thomas More published Utopia, adding to literature a new literary genre, essentially satirical. If many scholars have noticed the depth link of this book with the work of Lucian of Samosata, few, however, analyzed the relation between lucianic tradition and the works belonging to the utopian genre. The aim of this paper is to analyze the presence, in the French utopia published in 1676, The Southern Land Known, written by Gabriel de Foigny, of five elements belonging to the lucianic tradition. They are: 1) the difficulty of genre classification due to the hybrid character of the text; 2) the use of parody or quotations of other texts, contemporary or ancients; 3) the presence of the improbable, that makes the text a fantastic one; 4) the presence of ambiguity, that leads the reader to hesitate about the seriousness or the comic quality of what it is expressed; and, finally, 5) the use of distanced perspective of the narrator, which allows the author to examine more acutely the objects of his critic and, at the same time, acts as an element of persuasion, which has intended to lead the reader to believe in the veracity of the report of the pseudo-traveller

    Arqueologia da ficção científica brasileira: As viagens imaginárias de Joaquim Felício dos Santos

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    Protoficção especulativa e crônica política, assim podem ser definidos os folhetins que apresentamos no presente artigo: A História do Brasil escrita pelo Dr. Jeremias no ano de 2862 e as Páginas da História do Brasil escrita no ano de 2000, de Joaquim Felício dos Santos, publicados no jornal republicano O Jequitinhonha, de Diamantina, entre 1868 e 1872

    A formação das cidades gregas e a reflexão sobre a comunidade política: algumas fontes gregas do gênero literário utopia

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    A utopia como gênero literário se caracteriza por apresentar, em forma ficcional, uma discussão sobre a comunidade política do autor, conforme a definição de Carlos Berriel. Ela apresenta ao leitor uma descrição detalhada de todas as instâncias da vida social em um país imaginado, descoberto acidentalmente por um viajante, que se encarrega de legar à posteridade seu relato testemunhal. Ela nasce como gênero em 1516, ano de publicação da Utopia, porém, seus predecessores literários remontam a Homero. Com efeito, a representação de uma alteridade social feliz é uma das constantes da história do homem. Logo, podemos afirmar que a utopia como modo do imaginário social (utopismo) já existia bem antes da publicação do texto paradigmático de Thomas Morus, que cristaliza em forma literária uma tendência do pensamento. O presente artigo apresenta alguns dos antecedentes literários gregos da utopia, considerando que a herança da cultura grega antiga, que alimentou o pensamento de Morus e de outros utopistas, constitui uma parte importante da cultura humanista e pode fornecer chaves de leitura para a compreensão do imaginário político expresso no gênero utópico

    O HERMAFRODITA COMO ALEGORIA POLÍTICA NO SÉCULO XVII FRANCÊS

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    Em 1676 Gabriel de Foigny publica, em Genebra, A Terra Austral conhecida. Esta utopia literária é habitada por seres perfeitos, física e espiritualmente andróginos, chamados por Foigny de “hermafroditas”. Tópica mitológica e ficcional, esta figura híbrida está presente ao longo da história em textos filosóficos, teológicos, alquímicos, nas imago mundi e nos relatos de viagem. No século XVII francês ela é particularmente recorrente nas utopias, de 1605 a 1676. Interessa-me nesta comunicação apontar para uma interpretação do hermafrodita como alegoria, partindo da utopia de Foigny. Para tanto, levo em conta o simbolismo do hermafrodita em geral, o período histórico em que Foigny viveu e tomo como pressuposto o fato de as formas simbólicas serem a expressão de dada realidade política, social e religiosa. Parto da hipótese segundo a qual a recorrência da figura do hermafrodita como motivo no século XVII francês indica a recorrência de uma dada situação política, social e religiosa

    Utopia, relato de viagem e sátira em L’isle des hermaphrodites (Paris, 1605)

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    O presente artigo apresenta L’isle des hermaphrodites, libelo publicado anonimamente em Paris, em 1605, e discute os gêneros aos quais essa obra pertence: utopia, relato de viagem (imaginária) e sátira. A predominância da sátira sobre os outros gêneros é o ponto de partida para o exame das referências a Petrônio em L’isle des hermaphrodites, especialmente ao episódio do banquete de Trimalquião, do Satíricon, percebendo a reutilização do tema da dissimulação associado à figura do hermafrodita como alegoria

    Arqueologia Da Ficção Científica Brasileira: As Viagens Imaginárias De Joaquim Felício Dos Santos

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    Resumo: Protoficção especulativa e crônica política, assim podem ser definidos os folhetins que apresentamos no presente artigo: A História do Brasil escrita pelo Dr. Jeremias no ano de 2862 e as Páginas da História do Brasil escrita no ano de 2000, de Joaquim Felício dos Santos, publicados no jornal republicano O Jequitinhonha, de Diamantina, entre 1868 e 1872. Palavras-chave: Ficção especulativa; crônica política; Joaquim Felício dos Santos. Resumé: Proto-fiction spéculative et chronique politique, ainsi peuvent être définis les feuilletons que nous présentons dans cet article: A História do Brasil escrita pelo Dr. Jeremias no ano de 2862 et les Páginas da História do Brasil escrita no ano de 2000, de Joaquim Felício dos Santos, publiés dans le journal républicain O Jequitinhonha, de Diamantina, entre 1868 et 1872.. Mots-clés: Fiction spéculative; chronique politique; Joaquim Felício dos Santos.                      32

    Traduzindo os recursos sonoros do livro I da Utopia para o português do Brasil

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    CONSTANTES PARADIGMÁTICAS DE UM SONHO POLÍTICO DO RENASCIMENTO

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    Le paradigme littéraire de l‟utopie a été établi par Thomas Morus dans son Utopia, sive de optimo republicae statu (“Utopie, ou la meilleure forme de gouvernement”), publiée en 1516. Des doses également importantes de fiction et de réalisme traversent cet oeuvre, raison par laquelle plusieurs critiques la considèrent énigmatique et difficile. Ayant pour but de comprendre, en nous servant d‟une typologie, en quoi consiste l‟objet littéraire utopique, nous chercherons à identifier, dans cet article, les constantes paradigmatiques de ce “rêve politique de la Renaissance”
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