28 research outputs found

    Biologia reprodutiva e polinização de quatro espécies de Orchidaceae em uma campina e campinarana da Amazônia Central

    Get PDF
    Orchidaceae has a large floral specialization ensuring a broad specialization regarding pollination. Their species are pollinated by a variety of insects, especially of the Order Hymenoptera, and some by hummingbirds. There are few studies In the Brazilian Amazon of the pollination. The aim of this study was to describe the floral biology and pollination mechanism of four species of Orchidaceae occurring in the Reserva Biológica de Campina do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). Their flowering phenology was monitored between September 2011 and February 2013. Morphological studies were made of the structures that offer floral resources, such as ultraviolet light reflecting areas and structures producing odors. The floral biology, the mechanism of pollination and flower visitors were recorded during field observations. The efficiency of pollination was calculated from the rate of removal and deposition of pollinia. The reproductive system was tested through controlled pollination (cross-pollination, hand pollination, emasculation, spontaneous self pollination) and open pollination. Encyclia mapuerae has osmophores located between the lateral lobes, and is pollinated by deceit by female Centris varia while a number of other flower visiting insects only remove pollinarium. It is self-compatible and has a fruiting rate of 6.90%. Heterotaxis superflua has osmophores on the petals and sepals, it is pollinated by Trigona willeana while collecting is a substance secreted on the callus of the lip. It is self-compatible and has a natural fruit set of 51.28%. Camaridium ochroleucum has many osmophores on the lip and offers food for its pollinators, Melipona illustris and Trigona fulviventris, in the form of trichome. It is self-incompatible and has a natural fruting rate of 8.16%. Other visitors, Tetragona handlirschii and Apidae 1, were pollen thieves. Ornihidium rigidum is pollinated by Polybia bistriata and its population might be at risk since fruit formation did not occur in the wild due to the fact ants removed almost 100% of the flowersNo geral, Orchidaceae possui uma grande especialização floral garantindo uma ampla especialização quanto à polinização. Suas espécies são polinizadas por uma grande variedade de insetos, principalmente da Ordem Hymenoptera, e em menor número por beija-flores e até por ratos. Na Amazônia brasileira são poucos os estudos referentes à polinização, sendo desta forma contempladas poucas espécies. O objetivo desse trabalho foi descrever a biologia floral e o mecanismo de polinização de quatro espécies de Orchidaceae ocorrentes em campina e campinarana da Reserva Biológica de Campina do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA). O acompanhamento da fenologia da floração foi feito entre setembro de 2011 e fevereiro de 2013. Procedeu-se a caracterização morfológica das espécies, identificação de estruturas que oferecem recursos florais, áreas de reflexão de luz ultravioleta e a verificação da produção de odores. A biologia floral, o mecanismo de polinização e os visitantes florais foram registrados por meio de observações focais em campo. A eficiência dos polinizadores foi elucidada por meio da taxa de remoção e deposição de polinários. O sistema reprodutivo foi testado por meio de polinizações controladas (polinização cruzada, autopolinização manual, emasculação, autopolinização espontânea) e polinização aberta. Encyclia mapuerae possui osmóforos localizados entre os lobos laterais, é polinizada por engodo por fêmeas de Centris varia e possui uma série de outros insetos como visitantes florais que apenas removem o polinário. É autocompatível e possui uma taxa de frutificação de 6,90%. Heterotaxis superflua apresenta osmóforos nas pétalas e sépalas, o seu polinizador é Trigona williana que coleta uma substância secretada pela calosidade do labelo. É autocompatível e possui uma taxa de frutificação natural de 51,28%. Camaridium ochroleucum apresenta grande quantidade de osmóforos localizados no labelo e oferece tricomas alimentícios aos seus polinizadores que são Melipona illustris e Trigona fulviventris. Mostrou-se autoincompatível e possui uma taxa de frutificação natural de 8,16%. Tem também como visitantes e pilhadores de pólen as espécies Tetragona handlirschii e Apidae1. Ornihidium rigidum é polinizada por Polybia bistriata e sua população corre certo risco uma vez que não foi observada a formação de frutos em meio natural devido ao fato de formigas cortadeiras inviabilizarem quase que 100% das flores

    LEAF ANATOMY OF Orleanesia yauaperyensis BARB. RODR. (ORCHIDACEAE)

    Get PDF
    Diante a escassez de trabalhos anatômicos para Orleanesia Barb. Rodr., teve-se como objetivo realizar a anatomia foliar de Orleanesia yauaperyensis Barb. Rodr. a fim de fornecer melhor entendimento anatômico para o gênero e identificar possíveis estratégias adaptativas e ecológicas, principalmente se tratando em economia hídrica. Secções transversais da porção mediana da folha foram clarificados com hipoclorito de sódio 2%, coloridos com Azul de Astra e Safranina (9:1) e montados em gelatina glicerinada sob lâmina e lamínula para observação em microscópio óptico. A epiderme é unisseriada e recoberta por uma grossa camada de cutícula. A folha é hipoestomática e os estômatos são do tipo tetracítico. O mesófilo é homogêneo sem a ocorrência de hipoderme e apresentam uma câmara subestomática pouco desenvolvida. São observados feixes de fibras próximos às duas epidermes com uma concentração maior na epiderme abaxial. Os feixes vasculares são do tipo colateral, localizam-se na região central do mesófilo e o feixe vascular central apresenta tamanho ligeiramente maior quando comparado com os demais. Na região adjacente ao xilema e principalmente ao entorno do floema observa-se cerca de duas a três camadas de fibra. Pode-se concluir que a folha apresenta características que irão atuar de diretamente na economia hídrica e a sua resistência foliar contra a desidratação está relacionada a ocorrência de feixes de fibra das quais podem atuar também na filtração da intensidade luminosa.Palavras-chave: Amazônia, Epidendreae, epífita, estrutura foliar, Laeliinae.Diante a escassez de trabalhos anatômicos para Orleanesia Barb. Rodr., teve-se como objetivo realizar a anatomia foliar de Orleanesia yauaperyensisBarb. Rodr. a fim de fornecer melhor entendimento anatômico para o gênero e identificar possíveis estratégias adaptativas e ecológicas, principalmente se tratando em economia hídrica. Secções transversais da porção mediana da folha foram clarificados com hipoclorito de sódio 2%, coloridos com Azul de Astra e Safranina (9:1) e montados em gelatina glicerinada sob lâmina e lamínula para observação em microscópio óptico. A epiderme é unisseriada e recoberta por uma grossa camada de cutícula. A folha é hipoestomática e os estômatos são do tipo tetracítico. O mesófilo é homogêneo sem a ocorrência de hipoderme e apresentam uma câmara subestomática pouco desenvolvida. São observados feixes de fibras próximos às duas epidermes com uma concentração maior na epiderme abaxial. Os feixes vasculares são do tipo colateral, localizam-se na região central do mesófilo e o feixe vascular central apresenta tamanho ligeiramente maior quando comparado com os demais. Na região adjacente ao xilema e principalmente ao entorno do floema observa-se cerca de duas a três camadas de fibra. Pode-se concluir que a folha apresenta características que irão atuar de diretamente na economia hídrica e a sua resistência foliar contra a desidratação está relacionada a ocorrência de feixes de fibra das quais podem atuar também na filtração da intensidade luminosa. Palavras-chave: Amazônia, Epidendreae, epífita, estrutura foliar, Laeliinae.Due the scarcity of anatomical works for Orleanesia Barb. Rodr., the aim of this study was the leaf anatomy of Orleanesia yauaperyensis Barb. Rodr. In order to provide better anatomical understanding for the genus and to identify possible adaptive and ecological strategies, especially when dealing with water economics. Cross sections of the middle portion of the leave were clarified with sodium hypochlorite 2%, stained with Safranin and Astra Blue (9:1) and mounted in glycerinated gelatin slide and cover slip for observation under an optical microscope. The epidermis is uniseriate and covered by a thick cuticle layer. The leaf is hypoestomatic and the stomata are of the tetracyclic type. The mesophyll is homogeneous without the occurrence of hypodermis and present an undeveloped sub-static chamber. They are observed bundles of fibers near the two epidermis with a higher concentration in the abaxial epidermis. The vascular bundles are of the collateral type, located in the central region of the mesophyll and the central vascular bundle presents a slightly larger size when compared with the others. In the region adjacent to the xylem and mainly around the phloem, there are about two to three layers of fiber. Water economy and its foliar resistance against dehydration is related to the occurrence of fiber bundles from which they can also act in the filtration of light intensity.Keywords: Amazonian; Epidendreae; epiphyte; Laeliinae; Leaf structure

    ADIÇÃO DE Epidendrum tridens (ORCHIDACEAE, LAELIINAE) PARA A FLORA BRASILEIRA

    Get PDF
    Through this work the geographical distribution of Epidendrum tridens is enlarged, after its discovery in Brazil. Hitherto the species was recorded only in Bolivia, Ecuador, Peru and Venezuela. A brief description of the taxon is provided, together with photographies, notes on distribution, habitat and phenology. Finally, similarities and differences with the closest relatives present in the Amazon Basin are discussed.Keywords: Amazon Basin; Amazonas; new record; Reserva Florestal Adolpho Ducke; taxonomy.Este estudo amplia a distribuição geográfica de Epidendrum tridens após sua descoberta no Brasil. Até então possuía registro apenas para a Bolívia, Equador e Peru e Venezuela. É fornecida uma breve descrição da espécie, além de serem apresentadas fotografias e comentários relacionados à distribuição, habitat, fenologia e comparação com as espécies congêneres ocorrentes na Bacia Amazonica.Palavras-chave: Amazonas, Bacia Amazonica, novo registro, Reserva Florestal Adolpho Ducke, taxonomia

    POLINIZAÇÃO DE Camaridium ochroleucum LINDL. (ORCHIDACEAE: MAXILLARIINAE)

    Get PDF
    This paper describes the floral biology and pollination of Camaridium ochroleucum Lindl. It is an epiphyte on trees and fallen logs in campina and campinarana forming large clusters of individuals, however isolated individuals can also be observed. It has many of osmophores located on the lip. With ammonium hydroxide the lip acquired an intense color yellow. Melipona ilustris and Trigona fulviventris are flower visitors able to remove the pollinia. Depending on where deposited these species are able to remove the pollinarium during body cleaning. Pollen thieves were also observed, such as Tetragona handlirschii and Apidae 1. The species is self-incompatible and has low fruit set in natural conditions.Keywords: Amazonian; Maxillarinae; Melipona; Trigona; trichomes food.O presente trabalho descreve a biologia floral e a polinização de Camaridium ochroleucum Lindl. Ocorre como epífita em árvores e troncos caídos na campina aberta e na campinarana formando grandes aglomerados de indivíduos, todavia indivíduos isolados também podem ser observados. Possui grande quantidade de osmóforos localizados no labelo. Com o hidróxido de amônio o labelo adquiriu coloração intensa coloração amarela. Melipona illustris e Trigona fulviventris são os visitantes florais capazes de remover as políneas. Dependendo do local que o polinário fica depositado estas espécies são capazes de removê-las durante a limpeza corporal. Pilhadores de pólen também foram observados, tais como, Tetragona handlirschii e Apidae 1. A espécie demonstrou-se autoincompatível e possui baixa taxa de frutificação em meio natural.Palavras-chave: Amazônia, Maxillarinae, Melipona, Trigona, tricomas alimentícios

    Primeiro registro de Quekettia vermeuleniana Determann (Orchidaceae) para o Brasil

    Get PDF
    The species Quekettia vermeuleniana Determann is recorded for the first time in the Brazil, in the state of Amazonas (Manaus), and it was collected in dense ombrophilous forest. A description and an illustration for the species, and an identification key for Brazilian species are provided for a better identification.A espécie Quekettia vermeuleniana Determann é registrada pela primeira vez para o Brasil, no estado do Amazonas (Manaus), sendo coletada em floresta ombrófila densa. Uma descrição, uma ilustração da espécie e uma chave de identificação das espécies brasileiras estão propostas melhor identificação

    Uma nova espécie de Dichaea (Orchidaceae) para o norte do Brasil

    Get PDF
    Dichaea is the largest genus of the subtribe Zygopetalinae and holds it's the highest species diversity in South America. Therefore, this study aims to describe a new species of Dichaea, which occurs in northern Brazil, Dichaea bragae Valsko, Krahl & Holanda. The new species was collected in the north of Manaus in an area of ombrophilous forest and flowered when cultivated. The epithet honors Dr. Pedro Ivo Soares Braga (in memoriam), orchidologist who conducted several studies in the Brazilian Amazon. This new species show a affinity with Dichaea tenuis C. Schweinf., however it is differentiated both vegetatively and on labellum morphology.Dichaea é o maior gênero da subtribo Zygopetalinae e possui sua maior diversidade de espécies na América do Sul. Diante disto, este trabalho teve o objetivo de descrever uma nova espécie de Dichaea ocorrente na região norte do Brasil, Dichaea bragae Valsko, Krahl & Holanda. A nova espécie foi coleta ao norte de Manaus em área de floresta ombrófila e floresceu em cultivo. O epíteto é em homenagem ao Dr. Pedro Ivo Soares Braga (in memorian), orquidólogo que realizou vários estudos na Amazônia brasileira. A nova espécie possui afinidade com espécies de Dichaea seção Dichaeopsis, contudo são diferenciadas vegetativamente e na morfologia do labelo

    MORFOANATOMIA FOLIAR DE Irlbachia nemorosa (Willd. ex Roem. & Schult.) Merr. (GENTIANACEAE: HELIEAE)

    Get PDF
    Irlbachia is a genus native from Brazil, with four species ocurring on the country, with Irlbachia nemorosa being the only endemic species. Aspects on leaf anatomy of the genus are still unknown. The present study describes aspects of morphological and anatomical structure of the leaf of individuals of Irlbachia nemorosa. The petiole and the midrib vascular bundles are bicolateral, with the occurrence of sclereids in the cortex. The mesophyll is dorsiventral, with compact palisade and spongy parenchyma. Stomata are anomocytic occurring in the epidermal line. The species has characters that allow its successful colonization of open habitats, although it is a herb it shows xeromorphic aspects conferring resistance to the plant.Key words: leaf anatomy; leaf morphology; endemism; Amazon.Irlbachia é um gênero nativo do Brasil, com quatro espécies ocorrendo no território nacional, sendo Irlbachia nemorosa a única espécie endêmica. Aspectos sobre anatomia foliar no gênero são ainda inexplorados. O presente estudo descreve aspectos da estrutura morfoanatômica foliar de Irlbachia nemorosa. O pecíolo e a nervura central apresentam feixes vasculares bicolaterais, com ocorrência de poucas esclereides no córtex. O mesofilo é dorsiventral, com parênquima paliçádico e lacunoso com pouco espaço entre as células. Os estômatos são anomocíticos ocorrendo na linha epidérmica. A espécie possui características que permitem sucesso na colonização de ambientes abertos, pois embora seja uma herbácea, apresentando caracteres xeromórficos conferindo resistência à planta.Palavras-chave: anatomia foliar, morfologia foliar, endemismo, Amazônia

    First occurrence of Schistostemon (Urb.) Cuatrec. (Humiriaceae) in states of Roraima and Pará, Brazil

    Get PDF
    Schistostemon is recorded for the first time in the States of Roraima and Pará extending its distribution to a new northern limit within Brazilian territory. © 2015 Check List and Authors

    A new species of Dichaea (Orchidaceae) for northern Brazil

    Get PDF
    Dichaea é o maior gênero da subtribo Zygopetalinae e possui sua maior diversidade de espécies na América do Sul. Diante disto, este trabalho teve o objetivo de descrever uma nova espécie de Dichaea ocorrente na região norte do Brasil, Dichaea bragae Valsko, Krahl & Holanda. A nova espécie foi coleta ao norte de Manaus em área de floresta ombrifila e floresceu em cultivo. O epíteto é em homenagem ao Dr. Pedro Ivo Soares Braga (in memorian), orquidilogo que realizou vários estudos na Amazônia brasileira. A nova espécie possui afinidade com espécies de Dichaea serão Dichaeopsis, contudo são diferenciadas vegetativamente e na morfologia do labelo

    BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Maxillaria rígida (ORCHIDACEAE: MAXILLARIINAE) E A SUA POLINIZAÇÃO POR Polybia (VESPIDAE: POLISTINAE)

    No full text
    This work demonstrates the reproductive biology Maxillaria rigida in an Amazonian meadow. It is a species that offers nectar droplets and is visited by Polybia bistriata which makes use of this floral. The osmophores and the region of the flower that most reflects the ultraviolet coincide with the medial portion of the lip. In this species the lip is provided with a callosity where the histochemical tests showed positivity for alkaloids, starch, lipids, mucilage and protein. Antagonistic interactions were also observed, such as the consumption of flowers by leaf-cutting ants, which resulted in a zero-fruiting rate in the natural environment. Through the controlled pollinations the species proved to be autoincompatible.Keywords: Autoincompatibility; floral biology; floral resource; nectar.Teve como objetivo realizar a biologia reprodutiva de Maxillaria rigida em uma campina amazônica. É uma espécie que oferece gotículas de néctar e é visitada por Polybia bistriata da qual realiza o aproveitamento deste recurso floral. Os osmóforos e a região da flor que mais reflete o ultravioleta coincide com a porção mediana do labelo. O labelo da espécie possui uma calosidade e para os testes histoquímicos houve positividade para alcalóides, amido, lipídios, mucilagem e proteína. Interações antagonistas também foram observadas, tais como a herbivoria das flores por formigas cortadeiras, fato proporcionou uma taxa nula de frutificação em meio natural. Por meio das polinizações controladas a espécie se demonstrou autoincompatível.Palavras-Chave: Autoincompatibilidade, biologia floral, recurso floral, néctar
    corecore