15 research outputs found
Em cartaz: o cinema brasileiro de autor na cartografia cultural mundial
Este artigo parte da análise de trĂŞs filmes de diretores brasileiros contemporâneos: O som ao redor (2012), de Kleber Mendonça Filho, Terra estrangeira (1995), de Walter Salles e Daniella Thomas, e Gabriel e a Montanha (2017), de Fellipe Barbosa, para refletir sobre o movimento pelo espaço e sobre o espaço em movimento, no cinema brasileiro. O espaço, neste caso, Ă© o Brasil, por vezes representado pelos brasileiros, enquanto personagens, cidadĂŁos, cineastas. Nas obras selecionadas, o territĂłrio nacional Ă© ora percorrido, ora abandonado, mas sempre repensado, de maneira a provocar tambĂ©m uma releitura da potencialidade do cinema brasileiro contemporâneo no cenário mundial. Espera-se, nesse sentido, tambĂ©m refletir sobre a extrapolação de territĂłrios no sentido cinematográfico, ou seja: acredita-se que, abandonando certos clichĂŞs e ousando na forma de suas obras, os cineastas em questĂŁo realizam uma poderosa difusĂŁo da produção cultura brasileira, levando o paĂs para o interior de outros continentes, ao filmar em outros locais ou ao transportar para eles histĂłrias polĂtica e socialmente nacionais
Intermidialidade e remediação em Onde andará Dulce Veiga?, de Caio Fernando Abreu, e Short Movies, de Gonçalo M. Tavares
Neste trabalho, pretende-se analisar narrativas contemporâneas em que o cinema esteja presente, sob a forma de “referĂŞncia intermidiática”. Nesse sentido, sĂŁo empregadas teorias provenientes dos estudos da intermidialidade para analisar as obras Onde andará Dulce Veiga? (1990), do brasileiro Caio Fernando Abreu, e Short Movies, do portuguĂŞs Gonçalo M. Tavares. Espera-se investigar determinadas trocas entre literatura e cinema, apontando possĂveis ganhos para ambas as mĂdias nesse processo
AURA E VESTĂŤGIO NAS OBRAS DE JONATHAS DE ANDRADE E GEOVANI MARTINS
Resumo: Neste ensaio, estuda-se a exposição “One to one”, do artista alagoano Jonathas de Andrade, assim como o livro de estreia do escritor carioca Geovani Martins, O sol na cabeça (2018). Apesar de utilizarem mĂdias diferentes, cada um dos autores problematiza, a seu modo, questões como a da desigualdade social, atribuindo, aos grupos menos favorecidos, o protagonismo em seus trabalhos. O paralelo entre as obras Ă© traçado, sobretudo, a partir da teoria benjaminiana relativa a conceitos como os de “aura” e “vestĂgio”.Palavras-chave: literatura brasileira contemporânea; literatura, outras artes e mĂdias; Walter Benjamin Abstract: In this paper, we study the exhibition "One to one", by the artist Jonathas de Andrade, as well as the debut book of the writer Geovani Martins, O sol na cabeça (The Sun on my Head) (2018). Despite using different media, each author problematizes, in his own way, issues such as social inequality, assigning underprivileged groups the protagonist roles in their work. We intend to compare these two artistic productions using, above all, Benjamin's theory concerning concepts such as "aura" and "trace".Keywords: contemporary Brazilian literature; literature, other arts and media; Walter Benjami
O cinema, quando a palavra sobressai
Neste ensaio, pretende-se analisar algumas obras cinematográficas em que a palavra – texto em verso ou em prosa – ganha destaque que se equipara a, ou sobressai, o das imagens, contrariando a lógica do cinema, que é a arte da imagemem movimento. Para isso, serão elencados o curta-metragem “Guernica” (1950), de Alain Resnais, em que se recita o poema “La victoire de Guernica”, de Paul Éluard; “Je me souviens”, filme, posterior à peça teatral, de Sami Frey (2007), interpretando o texto homônimo de Georges Perec; bem como o trabalho de escrita e filmagem, empreendido por Marguerite Duras, em “Les mains négatives” (1978) e “Índia Song” (1974). Como aporte teórico, além de autores especializados nas personalidades em estudo, contar-se-á com as teorias de Jacques Aumont e Arlindo Machado, dentre outros
AURA E VESTĂŤGIO NAS OBRAS DE JONATHAS DE ANDRADE E GEOVANI MARTINS
Resumo: Neste ensaio, estuda-se a exposição “One to one”, do artista alagoano Jonathas de Andrade, assim como o livro de estreia do escritor carioca Geovani Martins, O sol na cabeça (2018). Apesar de utilizarem mĂdias diferentes, cada um dos autores problematiza, a seu modo, questões como a da desigualdade social, atribuindo, aos grupos menos favorecidos, o protagonismo em seus trabalhos. O paralelo entre as obras Ă© traçado, sobretudo, a partir da teoria benjaminiana relativa a conceitos como os de “aura” e “vestĂgio”.Palavras-chave: literatura brasileira contemporânea; literatura, outras artes e mĂdias; Walter Benjamin Abstract: In this paper, we study the exhibition "One to one", by the artist Jonathas de Andrade, as well as the debut book of the writer Geovani Martins, O sol na cabeça (The Sun on my Head) (2018). Despite using different media, each author problematizes, in his own way, issues such as social inequality, assigning underprivileged groups the protagonist roles in their work. We intend to compare these two artistic productions using, above all, Benjamin's theory concerning concepts such as "aura" and "trace".Keywords: contemporary Brazilian literature; literature, other arts and media; Walter Benjami
A importância das medialidades no estudo da literatura
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Cidades: o hábito de habitar e outros pontos
Resumo: O objetivo deste ensaio Ă© o de refletir sobre o hábito de habitar a partir da construção da cidade em pontilhamento, ou seja, busca-se na tĂ©cnica artĂstica do pontilhismo, tĂŁo afim Ă pintura impressionista, o modelo para se pensar a constituição do espaço urbano como uma imensa aglomeração de pontos – o bairro, a rua, a vizinhança, o edifĂcio, o apartamento. Ao mesmo tempo, esse pontilhamento remeteria Ă delimitação das linhas pontilhadas, que, Ă s vezes invisĂveis Ă s vezes traçadas por cercas, muros, paredes, separam os incontáveis cidadĂŁos que habitam e atravessam esses locais. Desse modo, discute-se a influĂŞncia do espaço nas relações humanas e das relações nos grandes espaços; alĂ©m de analisar diferentes formas de conflito visĂveis a partir do estudo de uma “vizinhança”: xenofobia, processo migratĂłrio, aluguel, como veĂculo de transição e de transitoriedade. Para essa reflexĂŁo, parte-se de um corpus diversificado, pensando de que maneira cada uma dessas obras, em suas linguagens particulares, logra espelhar/debater determinadas práticas sociais. Tal corpus inclui o romance A vida modo de usar, de Georges Perec, o documentário RĂ©cits d´Ellis Island, do mesmo autor, alĂ©m da graphic novel Avenida Dropsie: a vizinhança, de Will Eisner. Busca-se ainda o respaldo teĂłrico de autores como Marc AugĂ©, Walter Benjamin, Kevin Lynch e Henri Lefebvre.Palavras-chave: Pontilhar; espaço urbano; habitar; vizinhança.Abstract: The purpose of this essay is to reflect on the habit of living, starting this thought from the construction of the city through dots, i.e., to search on the artistic technique of pointillism, so close to impressionist painting, the model for thinking the constitution of urban space as a huge agglomeration of points - the neighborhood, the street, the block, the building, the apartment. At the same time, this would refer to the delimitation of dotted lines, which, sometimes invisible sometimes drawn by fences, walls, separate the countless citizens who live and pass through these places. Thus, we discuss the influence of space in human relations and relationships in large spaces, and to analyze different forms of conflict visible from the study of a “neighborhood”: xenophobia, migration process, the rent as a way of transition and of transience. For this reflection, we use a diversified corpus, thinking of how each of the works, in their particular languages, manages to reflect/discuss certain social practices. This corpus includes the romance La vie mode d´emploi, by Georges Perec, the documentary RĂ©cits d’Ellis Island, by the same author, in addition to the graphic novel Dropsie Avenue: the neighborhood, by Will Eisner. The research has the theoretical support of authors such as Marc AugĂ©, Walter Benjamin, Henri Lefebvre and Kevin Lynch.Keywords: To dot; urban space; to live; neighborhood.</p
Roteiros literários de cinema: gĂŞneros e mĂdias em Alain Robbe-Grillet e Marguerite Duras
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Previous issue date: 9Esta tese analisa o texto que é a base da maioria das realizações cinematográficas: o roteiro de cinema. Busca-se estabelecer, para este gênero - marginalizado tanto nos estudos cinematográficos quanto nos literários - um espaço de maior visibilidade dentro da pesquisa em Literatura Comparada. Esperamos demonstrar que o roteiro é um gênero intermidiático por natureza, já que promove inúmeras 'referências intermidiáticas', ao empregar a linguagem cinematográfica, que antecipa, na mente do leitor, imagens que experimentará como espectador, uma vez tendo sido realizado o filme. Além disso, pretende-se examinar as possibilidades de intercâmbio entre o roteiro e formas literárias diversas, como o poema e o romance, num diálogo que, além de intermidiático, é também intergenérico. Para isso, privilegiam-se as experiências de hibridização, sobretudo de romance e roteiro, realizadas a partir da segunda metade da década de 1950 pelos escritores e cineastas Alain Robbe-Grillet e Marguerite Duras. Tais obras merecem destaque neste estudo, por apresentarem, além de peculiaridades intergenéricas, notável diversidade em suas referências intermidiáticas, que extrapolam o cinema e evocam ostensivamente também o teatro, a música, a pintura. Para embasar nossa pesquisa, utilizamos vários teorias, como as de Dominique Combe, sobre os gêneros literários, Irina Rajewsky, acerca da intermidialidade, Alain et Odette Virmaux, sobre o cine-romanceCette thse analyse la relation entre la littérature et le cinéma, en particulier le scénario de cinéma, auquel nous tenterons d'accorder une plus grande visibilité au sein de la Littérature Comparée. Il s'agit de démontrer que le scénario est un genre naturellement intermédiatique, étant donné lévocation, par le texte verbal, du média cinématographique. Il s'agit également d'examiner les expériences d'hybridation et de transgression, notamment dans le mélange entre roman et scénario, en s'appuyant sur l'étude de l'intergénéricité, ce qui devra permettre d'attribuer aux 'scénarios littéraires' le statut de genre littéraire. Pour cela, nous étudions l'expérience de l'écriture et de publication de scénarios réalisée par les écrivains-cinéastes Marguerite Duras et Alain Robbe-Grillet à partir de la seconde moitié des années 1950. L'analyse des uvres de ces auteurs nous permet aussi de mettre en évidence les références à d'autres médias tels que la musique et le théâtre et d'approfondir la réflexion sur le rôle du script dans le dialogue entre la littérature et les arts. Pour soutenir notre recherche nous utilisons plusieurs théories comme celles de Dominique Combe, sur les genres littéraires, Irina Rajewsky, sur l'intermédialité, Alain et Odette Virmaux, sur le ciné-roman