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Identity(ies): a multicultural and multidisciplinary approach Ana Paula Arnaut (ed.) Coimbra: Imprensa da Universidade, 2017 219 páginas. ISBN 978-989-26-1482-3
https://doi.org/10.14195/2183-847X_9_2
GASPAR FRUTUOSO, UM ESPÍRITO MODERNO VOLTADO PARA A EXPERIÊNCIA. A SUA CRÍTICA DE PLATÃO
Os navegadores portugueses dos séculos XV e XVI produziram um conjunto de escritos que revelam uma atitude nova para a época pois exalta o conhecimento adquirido pela sua experiência como superior ao herdado dos autores clássicos. Gaspar Frutuoso, não sendo um navegador, nasceu nos Açores e experimentou uma realidade geográfica que lhe permitiu olhar criticamente para Platão, que havia localizado esse Continente precisamente naquela região do globo. A crítica desenvolvida por Frutuoso baseia-se em argumentos de ordem empírica ditada pelos conhecimentos por ele adquiridos no contato directo com a realidade insular
Modernidade, pós-modernidade e outras nublosidades
Os conceitos de modernidade e pós-modernidade têm sido usados em sentidos múltiplos a ponto de se terem generalizado confusões profundas que não raro enfermam de enorme ignorância histórica e de uma grande falta de rigor analítico. O presente ensaio elabora uma breve arqueologia do termo “pós-moderno” e a partir dele procura identificar os elementos fundamentais da modernidade de modo a se poder estabelecer o que caracteriza afinal a pós-modernidade.The concepts of modernity and post-modernity have been used in so many senses that misunderstandings of all sorts have become quite common. Ignorance of history and lack of analytical rigor do not help. After an overview of the archeology of the term "postmodern" the present essay endeavors to identify the key elements of modernity in an effort to obtain a better grasp of the concept of post-modernity
A SAUDADE E OS SAUDOSISTAS – UMA REVISITAÇÃO DA POLÉMICA ENTRE ANTÓNIO SÉRGIO E TEIXEIRA DE PASCOAES
Aculturação : algumas observações
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A minha experiência de contacto com a emigração (e ela não se limita à América e Canadá, mas estende-se à América do Sul e Europa) faz-me crer que essa visão não é bem exacta. Explico porquê.
É apenas visto da terra de onde partem que os emigrantes se apresentam como assimilados pela nova cultura – aculturados. Quando vistos do país que os recebe, essa aculturação revela-se bem superficial. O elemento mais revelador é a língua. Raramente a falam para além do razoável. Na maioria dos casos, falam uma língua adoptiva de sobrevivência. O mais comum é continuarem a falar o português salpicado de vocábulos e expressões que denotam realidades culturais novas (ao menos para eles).
Quando o emigrante injecta o seu português de vocábulos franceses ou ingleses sobre automóveis, é porque no seu dia-a-dia em Portugal o vocábulo português relacionado com o automóvel não fazia parte do seu léxico, pela simples razão de que ele não possuía carro.
Mas as outras facetas da aculturação também se revelam superficiais quando analisadas com atenção. Grande parte delas são meras adaptações de sobrevivência que abandonam imediatamente logo que regressam a Portugal – determinados hábitos de trabalho, por exemplo.
[…].info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Açores : o futuro e a doce tirania do passado
The Azores are presently feeling a two-way pull – a political one attracting them towards Europe, which they will have to follow along with Portugal, and an entropic tendency towards a maintenance of the old ways. There is an acute need to reflect seriously upon what must be given up in the name of progress and what must be preserved as part of the region's identity. Careful thinking and planning could transform apparent liabilities in terms of «underdevelopment» into assets marketable among tourists attracted to unspoiled environments.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Is there an ethic for the global age?: possibilities, doubts and some constraints
Este ensaio constitui uma síntese da nossa reflexão sobre os valores da modernidade, sustentados na trilogia ciência/tecnologia, liberdade/igualdade e progresso, à qual subjaz o princípio da valorização do mundo terreno, e sobre a forma como estes axiomas são postos em causa pelo pós-modernismo, ao trazer a debate novas preocupações ligadas ao ambiente, à justiça e ao direito à diferença.This essay is a synthesis of our re-flection on the values of modernity, based on the trilogy of science/technology, freedom/equality and progress, with the underlying principle of valuing the earthly world, and on how these axioms are called into question by postmodernism, by bringing to the fore new concerns about the environment, justice and the right to difference.Esta publicação foi financiada por Fundos Nacionais através da FCT — Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do Projeto «UID/ELT/00077/2013»info:eu-repo/semantics/publishedVersio