38 research outputs found

    The importance of the family medicine experience from the viewpoint of students of a public medical school

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    Na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), o ensino da Atenção Primária (AP) com enfoque em medicina de família no primeiro ano de internato se iniciou em 1997. A estratégia de ensino consiste em inserir o aluno em equipes de saúde da família para vivenciar as práticas na realidade do Sistema Único de Saúde. As práticas programadas foram consulta médica individual, seguimento de famílias, visitas domiciliares, atividades de grupos e discussões de casos individuais e de famílias. Foram enfatizadas a prevenção de doenças e a promoção da saúde, bem como a vivência com o usuário, buscando-se a assistência integral. O objetivo deste trabalho foi estudar a contribuição do estágio no Programa de Saúde da Família (PSF) para a formação dos alunos do quinto ano do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), em AP, tendo 103 alunos respondido a um questionário estruturado aplicado antes e depois do estágio. Segundo o aluno, o estágio contribuiu de forma positiva para a sua formação, principalmente nos aspectos de integração com a equipe de saúde, humanização e visão dos principais princípios da saúde da família e da AP, tais como trabalho em equipe, longitudinalidade, acessibilidade e atuação na prevenção. Após o estágio, o aluno passou a dar mais importância aos aspectos sociais e econômicos do paciente e a avaliá-lo como um ser biopsicossocial.Primary Care (PC) centered on family medicine started to be taught at the Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, São Paulo University (FMRP-USP), in 1997. The teaching strategy consists in introducing students into Family Health teams, where they are encouraged to participate in the routine Family Practice, taking part in group activities, team meetings, household visits, and discussions of individual and family cases. Disease prevention, health promotion and the relationship with the user of the care delivery system are emphasized in an effort to deliver comprehensive care. The objective of this study was to evaluate to which extent, in the viewpoint of 5th year medical students of FMRP-USP, the Family health experience contributed to their Primary Care training. A structured questionnaire was applied to 103 students before and after the training. The training contributed positively to the education of the students, especially as refers to the aspects integration with the health team, patient-centeredness, and awareness of the main principles of family medicine such as team work, long-term care, accessibility and preventive care. After the training the students passed do give more importance to the social and economic aspects of the individual and to see the patient as bio-psychosocial being

    Inserção de profissionais de Educação Física no Sistema Único de Saúde: história, avanços e desafios

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    This essay explores the historical configuration of Physical Education (PE), highlighting its approaches and distances with public health, and discusses the critical aspects of the incorporation of PE professionals in the context of the Unified Health System (SUS). Initially configured as a school component, the PE expanded its field of action to Sports/Leisure and, later, to Health, when body practices/physical activities (BP/PA) were incorporated by public health policies. Numerically insufficient in the SUS, PE professionals are trained based on a model that is anchored in preventive and behaviorist discourses, which disregard the social determination of health-disease processes. The core of PE needs to transcend the practice based on BP/PA prescription under the sole pretext of increasing energy expenditure for the prevention and control of chronic non-communicable diseases, and the training processes need to be directed towards the understanding of health as a right.Este ensayo explora la configuración histórica de la Educación Física (EF), destacando sus proximidades y distancias con la salud pública y discute los aspectos críticos de la incorporación del profesional de EF en el contexto del Sistema Único de Salud (SUS). Configurada inicialmente como componente escolar, la EF amplió su campo de acción al Deporte/Ocio y, posteriormente, a la Salud, cuando las prácticas corporales/actividades físicas (PC/AF) fueron incorporadas a las políticas públicas de salud. Numéricamente insuficientes en el SUS, los profesionales son formados a partir de un modelo anclado en discursos preventivos y conductistas, que no consideran la determinación social de los procesos salud-enfermedad. La EF necesita trascender la práctica basada en la prescripción de PC/AF bajo el pretexto único de aumentar el gasto energético para la prevención y control de enfermedades crónicas no transmisibles, y los procesos de formación deben orientarse hacia la comprensión de la salud como derecho.Este ensaio explora a configuração histórica da Educação Física (EF), destacando as suas aproximações e distanciamentos com a saúde pública, e discute os aspectos críticos da incorporação do profissional de EF no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). Inicialmente configurada como componente escolar, a EF expandiu seu campo de atuação para o Esporte/Lazer e, mais tardiamente, para a Saúde, quando as práticas corporais/atividades físicas (PC/AF) foram incorporadas por políticas públicas de saúde. Numericamente insuficientes no SUS, os profissionais de EF são formados a partir de um modelo ancorado em discursos preventistas e comportamentalistas, que desconsideram a determinação social dos processos saúde-doença. O núcleo da EF precisa transcender a prática baseada na prescrição de PC/AF sob o pretexto único de aumento do gasto energético para a prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis, e os processos de formação precisam ser direcionados para a compreensão da saúde enquanto direito

    Gestão do trabalho interprofissional no projeto terapêutico singular: proposta de modelo de processo de trabalho

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    Objetivo: propor um modelo para organização das atividades de um Projeto Terapêutico Singular (PTS) no contexto da estratégia da Saúde da Família (ESF), facilitando a colaboração interprofissional. Método: Trata-se de pesquisa qualitativa. Utilizou-se a estratégia de pesquisa-ação, envolvendo uma equipe multiprofissional de saúde e ações de colaboração interprofissional para aprimorar a prática. A pesquisa-ação foi escolhida por mostrar-se adequada para estudos em cenários sociais, em contextos diversos. Os pesquisadores e a equipe acordaram que a discussão do PTS ocorresse em reuniões amplas para favorecer a discussão, reflexão e propostas de ações para o caso. O trabalho de campo envolveu aproximadamente 20 reuniões com a equipe que geravam subsequentes momentos reflexivos da pesquisa. Essa dinâmica favoreceu a proposta do modelo. As etapas do trabalho da pesquisa foram reconhecimento do problema, planejamento, implementação e avaliação. Resultado: Nas reuniões do trabalho coletivo, a equipe pesquisadora percebeu problemas no processo do PTS, tais como: falta de clareza dos objetivos; planejamento e direcionamento das ações colaborativas interprofissionais pouco efetivos para envolver paciente e família no cuidado de saúde. Nesse contexto, propôs-se um modelo de PTS com quatro etapas: Discussão do caso, Designação, Execução e Encerramento ou nova abordagem do processo de atenção. Conclusão: O modelo proposto é uma contribuição teórica e necessita de mais estudos empíricos para validar sua aplicação no âmbito da ESF. Identificou-se, como limitante para a gestão do cuidado para o PTS, a falta de formação pré- e pós-graduada em educação interprofissional dos participantes. No entanto, o modelo se justifica na medida que ajuda a construir ações interprofissionais, recomendadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e órgãos internacionais da saúde (OMS e OPAS).Objective: propose a model for organizing the activities of a Singular Therapeutic Project (STP) in the context of Family Health Strategy (FHS), contemplating interprofessional collaboration. Method: It is qualitative research. The action-research strategy was used, involving a multidisciplinary health team and interprofessional collaboration actions, in order to improve the practice. Action research was chosen because it is suitable for studies in social settings, in different contexts. The researchers and the team agreed the discussion of the STP would take place in large meetings to encourage discussion, reflection and proposals for actions to be taken for the case. Fieldwork involved approximately 20 meetings with the team that generated subsequent reflective moments of the research. This dynamic favored the proposal of the model. The stages of the research work were: problem recognition, planning,implementation and evaluation. Result: In the collective work meetings, some flaws in the STP process were noticed, such as: a lack of clarity of objectives; few interprofessional collaborative actions directed and planned along with the patient and family and low resolution. Thus, a four-step model was proposed: staff meeting, assignment of STP cases, executing the STP, and closing the STP. These steps range from case selection to completion of the STP, or definition of a new care approach by the team. Conclusion: The proposed model is a theoretical contribution and needs further empirical studies in order to validate its application within the FHS. The lack of pre and postgraduate training in interprofessional education of the participants was identified as a limiting factor for the care management for the STP. However, the model is justified as it helps to build interprofessional actions, recommended by the Unified Health System (UHS) and international health agencies (WHO and PAHO)

    Atitudes para a colaboração interprofissional de equipes da Atenção Primária participantes do Programa Mais Médicos

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    Objetivos: comparar atitudes em relação à colaboração interprofissional de profissionais de saúde componentes de equipes da Estratégia Saúde da Família, participantes do Programa Mais Médicos, bem como identificar fatores associados a atitudes de colaboração interprofissional. Método: estudo descritivo, transversal e comparativo, desenvolvido com 63 profissionais de saúde que responderam à Escala Jefferson de Atitudes Relacionadas à Colaboração Interprofissional. Os dados foram analisados estatisticamente. Resultados: o somatório dos itens da escala variou de 88 a 139 pontos. A análise do conjunto das equipes de Saúde da Família indicou diferenças estatísticas significantes entre os escores da escala e a categoria profissional e entre os escores e a escolaridade, sugerindo que os enfermeiros e os profissionais com nível superior são mais inclinados para a prática colaborativa. A análise segundo o perfil do médico – brasileiro, intercambista ou cubano – não determinou diferenças estatísticas nos escores dos médicos, tampouco nos escores dos componentes das equipes de diferentes perfis. Conclusão: o perfil não sugeriu maior ou menor inclinação, com significância estatística, dos médicos ou das equipes para o trabalho interprofissional. Este estudo pode constituir subsídio para novas investigações que contribuam para análise sobre a colaboração interprofissional e o impacto do Programa Mais Médicos.Objectives: to compare the attitudes regarding interprofessional collaboration of health professionals that make up the Family Health Strategy teams participating in the ‘More Doctors’ (Mais Médicos) program; and to identify factors associated with attitudes of interprofessional collaboration. Method: a descriptive, transversal and comparative study developed with 63 health professionals who responded to the Jefferson Scale of Attitudes Toward Interprofessional Collaboration. The data were statistically analyzed. Results: the sum of the scale items ranged from 88 to 139 points. The analysis of all the Family Health teams indicated statistically significant differences between the scores of the scale and the professional category and between the scores and the education level, suggesting that nurses and professionals with higher education are more inclined towards collaborative practice. The analysis according to the profile of the doctor - Brazilian, Cuban or foreign exchange doctor - found no statistical differences regarding the physicians’ scores, nor in the scores of the components of teams with different profiles. Conclusion: the profile did not suggest a statistically significant greater or lesser inclination of the doctors or teams toward interprofessional work. This study can support new studies which will contribute to the analysis of inter-professional collaboration and the impact of the Mais Médicos program.Objetivos: comparar las actitudes en relación a la colaboración interprofesional de profesionales de la salud componentes de equipos de la Estrategia Salud de la Familia, participantes del Programa Más Médicos; e identificar los factores asociados a actitudes de colaboración interprofesional. Método: estudio descriptivo, transversal y comparativo, desarrollado con 63 profesionales de la salud que respondieron a la Escala Jefferson de Actitudes Relacionadas a la Colaboración Interprofesional. Los datos fueron analizados estadísticamente. Resultados: la suma de los ítems de la escala varió de 88 a 139 puntos. El análisis del conjunto de los equipos de la ESF indicó diferencias estadísticas significativas entre los puntajes de la escala y la categoría profesional y entre los puntajes y la escolaridad, sugiriendo que los enfermeros y los profesionales con nivel superior son más inclinados para la práctica colaborativa. El análisis según el perfil del médico - brasileño, participante de intercambio o cubano - no determinó diferencias estadísticas en los puntajes de los médicos ni en los puntajes de los componentes de los equipos de diferentes perfiles. Conclusión: el perfil no sugirió mayor o menor inclinación, con significación estadística, de los médicos o de los equipos para el trabajo interprofesional. Este estudio, inédito en Brasil, puede auxiliar nuevas investigaciones que contribuyan para realizar análisis más robustos sobre la colaboración interprofesional y el impacto del Más Médicos

    Fisioterapia, Atenção Básica e Interprofissionalidade: reflexões a partir da implementação de um estágio curricular na Comunidade

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    One of the fields of action of health professionals is Primary Health Care (PHC). The presence of different professional formations within PHC and the articulation between these professionals is fundamental for the integrality of the assistance provided to the population. Collaborative practices and comprehensive care are essential skills that are common to all professionals working in PHC and in the Family Health Strategy. For the World Health Organization (WHO), Interprofessional Health Learning occurs when students and/or professionals from two or more areas learn from each other, about the work of the other, and from each other, aiming to bring benefits to patients. Thus, this experience report aims to report the experience arising from teaching activities carried out in the academic internship of students from the 7th and 8th terms of the Physiotherapy course at Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). The activities were developed in partnership with the Family Health Team of Unit Dr. Vinício Plastino, in the city of Ribeirão Preto, from February 2018 to December 2019. Such activities result from the implementation of an internship that focuses on the professional's performance of physiotherapy at PHC. Within this unit, students from the Medicine, Pharmacy and Physiotherapy courses worked together. After recognizing the territory and the dynamics of the local Family Health Team, the group of interns started a health education work with actions planned in an interprofessional and collaborative way. Based on the perception of the population's health needs, those actions that the team performs in the territory were aligned to the discipline practices - individual and family registration, territorialization, home visits and health education groups; added by those of health promotion specific to physical therapy. The experience in the territory allowed: expanding the students’ experience in the FHS, enabling observation and reflection on teamwork in this context; and sensitize academics to the health needs of the population and discuss these needs through health education. Through experience, physiotherapy students, along with the team and students from other courses in the health area, it was able to resize the importance and complexity of interprofessional work in PHC and, together, develop or improve skills essential to their profession.  Um dos campos de atuação dos profissionais de saúde é a Atenção Básica (AB). A presença de diferentes formações profissionais dentro da AB e a articulação entre esses profissionais é fundamental para a integralidade da assistência prestada à população. As práticas colaborativas e a integralidade do cuidado são habilidades essenciais e comuns a todos os profissionais que atuam na AB e na Estratégia de Saúde da Família. Para a Organização Mundial de Saúde a Educação Interprofissional em Saúde ocorre quando estudantes e/ou profissionais de duas ou mais áreas aprendem com o outro, sobre o trabalho do outro, e entre si, visando trazer benefícios aos pacientes. Dessa forma, este relato de experiência tem como objetivo refletir sobre as atividades realizadas no estágio acadêmico intitulado “Fisioterapia na Saúde Coletiva” dos alunos do 7º e 8º período do curso de Fisioterapia de uma Universidade do interior do Estado de São Paulo. As atividades foram desenvolvidas em parceria com a Equipe de Saúde da Família da Unidade XXX, na cidade de XXX, no período de fevereiro de 2018 a dezembro de 2019. Dentro dessa unidade atuaram conjuntamente estudantes dos cursos de Medicina, Farmácia e Fisioterapia. Após o reconhecimento do território e da dinâmica da Equipe de Saúde da Família local, o grupo de estagiários iniciou um trabalho de educação em saúde com ações planejadas de forma interprofissional e colaborativa. A partir da percepção das necessidades de saúde da população foram alinhadas às práticas da disciplina aquelas ações que a equipe realiza no território - cadastramento individual e familiar, territorialização, visita domiciliar e grupos de educação em saúde; acrescidas por aquelas de promoção da saúde específicas da fisioterapia. e atividades de cadastramento individual e familiar da população, territorialização, visita domiciliar e grupos de educação em saúde. Foram realizadas também atividades de promoção de saúde específicas da fisioterapia. A experiência no território permitiu: ampliar a vivência dos discentes na ESF, possibilitando a observação e a reflexão sobre o trabalho em equipe nesse contexto; e sensibilizar os acadêmicos para as necessidades em saúde da população e discutir essas necessidades a partir da educação em saúde. Através da vivência, os estudantes da fisioterapia, juntamente com a equipe e alunos de outros cursos da área da saúde, puderam redimensionar a importância e a complexidade do trabalho interprofissional na APS e, juntos, desenvolver ou aprimorar habilidades essenciais à sua profissão. &nbsp

    Reshaping interaction between professional training, health services, and the community

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    O Conselho Municipal da Saúde (CMS) de Ribeirão Preto (SP) conduziu discussões sobre os fundamentos da reconfiguração da interação entre a gestão local do Sistema Único de Saúde (SUS) e as instituições de ensino superior (IES), para promover a reorientação da formação profissional em saúde. Essa iniciativa local foi ao encontro das políticas indutoras nacionais, tais como o Promed, o Pró-Saúde e o PET-Saúde. O relato da experiência desse município expôs os interesses corporativos, políticos e econômicos dos agentes envolvidos. Ainda mostrou que o controle social e a cogestão foram potentes instrumentos para consolidar as instâncias democráticas de decisão, apontando o desafio de regular e avaliar o impacto dessa interação por meio de indicadores de saúde, ensino, pesquisa e deíndices de satisfação dos usuários

    Gestão do trabalho interprofissional no projeto terapêutico singular: proposta de modelo de processo de trabalho

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    Objetivo: propor um modelo para organização das atividades de um Projeto Terapêutico Singular (PTS) no contexto da estratégia da Saúde da Família (ESF), facilitando a colaboração interprofissional. Método: Trata-se de pesquisa qualitativa. Utilizou-se a estratégia de pesquisa-ação, envolvendo uma equipe multiprofissional de saúde e ações de colaboração interprofissional para aprimorar a prática. A pesquisa-ação foi escolhida por mostrar-se adequada para estudos em cenários sociais, em contextos diversos. Os pesquisadores e a equipe acordaram que a discussão do PTS ocorresse em reuniões amplas para favorecer a discussão, reflexão e propostas de ações para o caso. O trabalho de campo envolveu aproximadamente 20 reuniões com a equipe que geravam subsequentes momentos reflexivos da pesquisa. Essa dinâmica favoreceu a proposta do modelo. As etapas do trabalho da pesquisa foram reconhecimento do problema, planejamento, implementação e avaliação. Resultado: Nas reuniões do trabalho coletivo, a equipe pesquisadora percebeu problemas no processo do PTS, tais como: falta de clareza dos objetivos; planejamento e direcionamento das ações colaborativas interprofissionais pouco efetivos para envolver paciente e família no cuidado de saúde. Nesse contexto, propôs-se um modelo de PTS com quatro etapas: Discussão do caso, Designação, Execução e Encerramento ou nova abordagem do processo de atenção. Conclusão: O modelo proposto é uma contribuição teórica e necessita de mais estudos empíricos para validar sua aplicação no âmbito da ESF. Identificou-se, como limitante para a gestão do cuidado para o PTS, a falta de formação pré- e pós-graduada em educação interprofissional dos participantes. No entanto, o modelo se justifica na medida que ajuda a construir ações interprofissionais, recomendadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e órgãos internacionais da saúde (OMS e OPAS)

    Avaliação epidemiológica da hanseníase e dos serviços responsáveis por seu atendimento em Ribeirão Preto - SP no ano de 1992

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    A partir de dados registrados na planilha epidemiológica de hanseníase, instituída pelo Ministério da Saúde, sobre os casos atendidos no Município de Ribeirão Preto-S.P., buscou-se traçar um perfil epidemiológico da hanseníase, no ano de 1992, e avaliar a eficácia dos serviços responsáveis pela assistência aos hansenianos. Encontrou-se um coeficiente de prevalência de 1,72/1000 habitantes, pouco abaixo do coeficiente nacional de 1992 (1,78/1000 habitantes), e superior àquele preconizado pela O.M.S. para definir áreas de baixa prevalência (0,2/1000 habitantes). A maioria dos casos (65,4%) era de formas multibacilares, e o esquema terapêutico predominante foi o DNDS (apesar das recomendações do Ministério da Saúde). Detectou-se, também, que cerca da metade dos pacientes não recebeu avaliação de incapacidades durante o ano, havendo 60% dos pacientes com incapacidades de graus II e III, entre os que saíram do programa por alta, por cura e foram avaliados quanto a incapacidades, apesar do comparecimento dos pacientes ter sido satisfatório. Com base em tais resultados inquietantes, os autores propõem a descentralização do atendimento para as Unidades Básicas de Saúde, aproximando o serviço à comunidade. Encaminhamentos a serviços de nível secundário e terciário seriam feitos apenas para determinação diagnóstica mais apurada, e na ocorrência de complicações. Grupos terapêuticos com orientação multiprofissional e multidisciplinar deveriam ser formados para discutir o estigma e formas de reintegrar, socialmente, os pacientes.Analysis of governmental data collected in health services of Ribeirão Preto City in 1992 was made with the purpose of evaluate the leprosy epidemiology and the efficacy of leprosy health services. It was found a prevalence of 1,72 /1000 habitants, that was lower than the brazilian national prevalence in 1992 (1,78 /1000 habitants), and higher than the W.H.O. definition for low prevalence areas (0,2 /1000 habitants). The majority of patients (65,4%) was multibacillary leprosy, and the predominant therapeutics was monoquimiotherapy (despite the W.H.O. recomendations); there was satisfactory patient attendance, but approximately the half of the patients had not evaluations of their disabilities in the year, and 60% of them had sequelae. The proposition is to centralize the assistance in Basic Health Care Facilities, approximating the service to community; the participation of medical specialists and more advanced technology would be employed only to improve the diagnosis or in complications in the course of the treatment. The therapy would be applied in groups of patients, in search for social reintegration and health education

    Fisioterapia, Atenção Básica e Interprofissionalidade: reflexões a partir da implementação de um estágio curricular na Comunidade

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    Um dos campos de atuação dos profissionais de saúde é a Atenção Básica (AB). A presença de diferentes formações profissionais dentro da AB e a articulação entre esses profissionais é fundamental para a integralidade da assistência prestada à população. As práticas colaborativas e a integralidade do cuidado são habilidades essenciais e comuns a todos os profissionais que atuam na AB e na Estratégia de Saúde da Família. Para a Organização Mundial de Saúde a Educação Interprofissional em Saúde ocorre quando estudantes e/ou profissionais de duas ou mais áreas aprendem com o outro, sobre o trabalho do outro, e entre si, visando trazer benefícios aos pacientes. Dessa forma, este relato de experiência tem como objetivo refletir sobre as atividades realizadas no estágio acadêmico intitulado “Fisioterapia na Saúde Coletiva” dos alunos do 7º e 8º período do curso de Fisioterapia de uma Universidade do interior do Estado de São Paulo. As atividades foram desenvolvidas em parceria com a Equipe de Saúde da Família da Unidade XXX, na cidade de XXX, no período de fevereiro de 2018 a dezembro de 2019. Dentro dessa unidade atuaram conjuntamente estudantes dos cursos de Medicina, Farmácia e Fisioterapia. Após o reconhecimento do território e da dinâmica da Equipe de Saúde da Família local, o grupo de estagiários iniciou um trabalho de educação em saúde com ações planejadas de forma interprofissional e colaborativa. A partir da percepção das necessidades de saúde da população foram alinhadas às práticas da disciplina aquelas ações que a equipe realiza no território - cadastramento individual e familiar, territorialização, visita domiciliar e grupos de educação em saúde; acrescidas por aquelas de promoção da saúde específicas da fisioterapia. e atividades de cadastramento individual e familiar da população, territorialização, visita domiciliar e grupos de educação em saúde. Foram realizadas também atividades de promoção de saúde específicas da fisioterapia. A experiência no território permitiu: ampliar a vivência dos discentes na ESF, possibilitando a observação e a reflexão sobre o trabalho em equipe nesse contexto; e sensibilizar os acadêmicos para as necessidades em saúde da população e discutir essas necessidades a partir da educação em saúde. Através da vivência, os estudantes da fisioterapia, juntamente com a equipe e alunos de outros cursos da área da saúde, puderam redimensionar a importância e a complexidade do trabalho interprofissional na APS e, juntos, desenvolver ou aprimorar habilidades essenciais à sua profissão.
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