22 research outputs found

    Gramado declaration : the impact of 20 years of cardiovascular prevention

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    De 1° a 10 de maio de 1997, realizou-se, na cidade de Gramado (RS), o Primeiro Seminário Brasileiro de Epidemiologia Cardiovascular,1 nos moldes em que a Federação Mundial de Cardiologia vinha promovendo em várias partes do mundo desde 1968 com o título Seminários Didáticos Internacionais de Dez Dias sobre Epidemiologia Cardiovascular e Prevenção.2 A iniciativa partiu da Assessoria Científica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Departamento de Cardiologia Clínica e do Comitê de Epidemiologia e Saúde Pública da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), sob patrocínio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), da World Heart Federation (na época ainda chamada International Society and Federation of Cardiology) e da Fundação Interamericana do Coração. Junto aos dois coordenadores, Aloyzio Achutti e Bruce Duncan, vários professores nacionais (Annick Fontbonne, Eduardo de Azeredo Costa, Emílio Moriguchi, Jorge Pinto Ribeiro, Maria Inês Reinert Azambuja, Maria Inês Schmidt, Paulo Lotufo, Rosely Sichieri e Sérgio Bassanesi), e três convidados internacionais (Teri Manolio, Diretor de Epidemiologia e Biometria do National Heart, Lung and Blood Institute; Ulrich Grueninger, chefe de Pesquisa e Educação Médica do Swiss Federal Office of Public Health; e Woody Chambless, do Departamento de Bioestatística da University of North Carolina) ministraram as atividades. Os 40 participantes eram de 10 Estados brasileiros. Além de conceitos básicos de epidemiologia e estatística, e de tópicos relacionados à etiologia e à prevenção das doenças cardiovasculares, fizeram parte do programa temas que, embora atualmente consagrados, eram novos no Brasil naquele momento, como medicina baseada em evidências e revisão sistemática/metanálise. Em época do início da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) e da preocupação com as doenças crônicas não transmissíveis como problema de saúde pública, este encontro singular capacitou e incentivou líderes.From May 1st to 10th, 1997, the First Brazilian Seminar on Cardiovascular Epidemiology,1 was held in the city of Gramado (RS), in the manner in which the World Federation of Cardiology has been promoting in various parts of the world since 1968 with The title Ten-Day International Didactic Seminars on Cardiovascular Epidemiology and Prevention.2 The initiative came from the Scientific Advisory Board of the Faculty of Medicine of the Universidade Federal of Rio Grande do Sul (UFRGS) and the Cardiology Clinical Department and of the Committe de Epidemiology and Public Health of the Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), under the auspices of the Coordination of Higher Education for Personal Development (CAPES), the World Heart Federation (at that time still called the International Society and Federation of Cardiology) and the Inter-American Heart Foundation. Together with the two coordinators, Aloyzio Achutti and Bruce Duncan, several national teachers (Annick Fontbonne, Eduardo de Azeredo Costa, Emilio Moriguchi, Jorge Pinto Ribeiro, Maria Inês Reinert Azambuja, Maria Inês Schmidt, Paulo Lotufo, Rosely Sichieri and Sérgio Bassanesi), and three international guests (Teri Manolio, Director of Epidemiology and Biometrics of the National Heart Lung and Blood Institute, Ulrich Grueninger, Head of Research and Medical Education of the Swiss Federal Office of Public Health, and Woody Chambless of the Department of Biostatistics at the University of North Carolina) ministered the activities. The 40 participants were from 10 Brazilian states. In addition to basic concepts of epidemiology and statistics, and topics related to etiology and the prevention of cardiovascular diseases, were part of the program issues that, although currently consecrated, were new in Brazil at the time, as medicine based in evidence and systematic/meta-analysis review. At the time of the beginning of the implantation of the Unified Health System (SUS) and the concern with chronic noncommunicable diseases as a public health problem, this unique meeting enabled and encouraged Brazilian leaders in the field of cardiovascular prevention - several of whom later assumed positions of national leadership. There was a wide debate and, from the first day, time was made to the elaboration of a documen

    A saúde nas cidades: nova perspectiva, novos desafios para a formação profissional

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    Este artigo revisa aspectos históricos relacionados aos temas  ‘Saúde Urbana’ e  ‘Saúde e Desenvolvimento’, dada a proposta de implementação, desde 2015, da agenda Global de Desenvolvimento Sustentável, e apresenta algumas reflexões sobre os desafios que vislumbramos para a formação de profissionais para a promoção da saúde nas cidades

    Salud urbana, ambiente y desigualdades

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    Os ambientes psicossocial, econômico e físico, nos quais se nasce, cresce, vive e trabalha, afetam a saúde e a longevidade, tanto quanto o fumo, o exercício e a dieta. A atenção individual à saúde não é suficiente para prevenir ou controlar os efeitos das más condições ambientais. Evidências históricas e atuais apontam para o agravamento das condições de saúde das populações mais pobres, acompanhando processos de urbanização rápida. Esperadamente, o envelhecimento populacional num ambiente urbano de desigualdade social deverá agravar a situação de saúde da população mais pobre, resultando em mais sofrimento e em perdas econômicas para o país. Com base nestas justificativas, um grupo de professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul se organizou, via extensão universitária, para contribuir com a discussão e as iniciativas nacionais de intervenção sobre a saúde urbana. Os projetos do grupo abarcam: o debate sobre o impacto potencial de iniciativas privadas e políticas públicas setoriais (de habitação, saneamento, transporte, educação, inovação tecnológica, sustentabilidade ambiental etc.) na saúde urbana; a produção e divulgação de conteúdos sobre determinantes sociais e ambientais da saúde; a produção e disseminação dos indicadores de desigualdade social dos determinantes da saúde; a formação de recursos humanos; e a participação em redes sociais. A apresentação pública deste projeto cumpre o objetivo de contribuir desde já com essa discussão.The psychosocial, economic, and physical environment where we were born, and now are growing, living, working, and reproducing affect health and longevity as much as do smoking, exercise, and diet. Individual attention to health is not enough to prevent or control the effects of bad environmental conditions. Historical and current evidence show that a decline in the health condition of the poorest is associated with rapid urbanization. Population aging in an urban environment of social inequalities is expected to make the health situation of the poorest even worse, resulting in more human suffering and economic losses for the country. Based on these observations, a group of professors from the Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) organized themselves, through an extension program, to contribute on the discussion and national initiatives of intervention in urban health. The group’s projects are comprised of: discussions about the potential impact of private initiatives and sector public policies (housing, sanitation, transportation, education, technological innovation, environmental sustainability, and so on) on urban health; the production and dissemination of information about social and environmental determinants of health; the production and dissemination of new indicators of inequality as determinants of health; human resources development; and the participation in social networks. The public presentation of this project satisfies the objective of initiating the group’s contribution to this discussion.Los ambientes psicosocial, económico y físico en los cuales nacemos, crecemos, vivimos, trabajamos y nos reproducimos afectan la salud y la longevidad, tanto como el tabaco, el ejercicio y la dieta. La atención individual a la salud no es suficiente para prevenir o controlar los efectos de malas condiciones ambientales. Evidencias históricas y actuales muestran el agravamiento de las condiciones de salud de las poblaciones más pobres acompañando procesos de urbanización rápida. Previsiblemente, el envejecimiento de la población en un ambiente urbano de desigualdad social deberá agravar la situación de la salud de la población más pobre, resultando en más sufrimiento y en pérdidas económicas para el país. Con base en estas justificativas, un grupo de profesores de la Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) se organizó, a través de la extensión universitaria, para contribuir con la discusión y las iniciativas nacionales de intervención sobre la Salud Urbana. Los proyectos del grupo abarcan: el debate sobre el impacto potencial de iniciativas privadas y políticas públicas sectoriales (de habitación, saneamiento, transporte, educación, innovación tecnológica, sustentabilidad ambiental, etc.) en la Salud Urbana; la producción y divulgación de contenidos sobre determinantes sociales y ambientales de la salud; la producción y diseminación de indicadores de desigualdad social como determinantes de la salud; la formación de recursos humanos; y la participación en redes sociales. La presentación pública de este proyecto cumple con el objetivo de contribuir desde ya con esta discusión

    Inércia clínica

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    Updated cardiovascular prevention guideline of the Brazilian Society of Cardiology: 2019

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    Sem informação113478788

    El bien público: Año XLVIII Número 14212 - 1920 Septiembre 01

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    A seguridade social envolve ações do poder público e da sociedade sobre direitos à previdência social, à assistência social e à própria saúde. Este artigo traça um esboço de cada um desses elementos. Muitas doenças crônicas nãotransmissíveis têm fatores de risco comuns e demandam assistência continuada de serviços. Comparando-se nossa população com a dos EUA, vê-se que é praticamente do mesmo tamanho até a faixa dos 15 aos 24 anos. A americana é duas vezes maior dos 35 aos 44 anos e mais de quatro vezes maior acima dos 75 anos. Tais diferenças explicam porque o número de mortes por DCNT é muito mais baixo no Brasil: nossa população é mais jovem e morre antes. Na medida em que o processo de envelhecimento avance, especialmente, via redução da mortalidade precoce, aumentará a prevalência das DCNT e sua repercussão na seguridade social. Assim como a atenção à saúde, a previdência social e a assistência social sofrem pressões políticas, econômicas e culturais. Na tentativa de imaginar um cenário futuro possível para a seguridade social no Brasil discute-se a necessidade de reformular o orçamento do País, visando ao equilíbrio financeiro.Social security comprehends governmental and societal actions on the rights to the social insurance, to social service, and to health care itself. This article sketches each one of these elements. Many of this group disease have common risk factors, demanding continuous attention. Comparing our population with that from the US, it is possible to observe that they are quite identical until the 15 to 24 years old, while the American population is twofold bigger from 35 to 44 years old and more than four times above the 75. This difference explains why the number of deaths by CNCD is still very low in Brazil compared with US: our population is younger and dies before, by other causes. The ageing process of our population, particularly through reduction of the early mortality, will be followed by the increased proportion of the CNCD and their impact in the social security. Health care as well as social insurance and social service are suffering the pressure of the power hegemony, from economy and culture of the global market. Trying to forecast a possible future scenario for the social security in Brazil, it is being discussed the urgent necessity to reform the country budget, aiming the financial balance

    Premature mortality due to cardiovascular disease and social inequalities in Porto Alegre : from evidence to action

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    Fundamento: Duas perspectivas, a econômica (doença causando empobrecimento) e a social (pobreza causando adoecimento), têm disputado internacionalmente a justificação de políticas públicas de saúde. Objetivo: Investigar a relação entre mortalidade precoce por doenças cardiovasculares (DCV) e condições socioeconômicas (SE) em Porto Alegre (PA), e discutir fundamentos e estratégias para a prevenção das DCV. Métodos: Análise ecológica da associação entre mortalidade por DCV aos 45-64 anos e condições SE de 73 bairros de PA. Estimou-se o risco relativo (RR) e a fração do risco atribuível (FRA) às desigualdades entre bairros agrupados em 4 estratos SE. Resultados: A mortalidade precoce por DCV foi 2,6 vezes maior nos bairros classificados no pior comparado ao melhor de 4 estratos SE. Entre bairros extremos, o RR chegou a 3,3 para as DCV e 3,9 para as doenças cerebrovasculares. Comparada à mortalidade no melhor estrato, 62% dos óbitos precoces do pior estrato e 45% dos da cidade como um todo seriam atribuíveis à desigualdade socioeconômica. Conclusão: Quase a metade da mortalidade por DCV antes do 65 anos pode ser atribuída à pobreza. A doença, por sua vez, contribui para a pobreza e reduz a competitividade do país. É preciso reduzir o adoecimento e recuperar a saúde dos mais pobres com investimentos que resultem em desenvolvimento econômico-nacional e melhoria das condições sociais da população.Background: Two perspectives, the economic (disease causing impoverishment) and social (poverty causing illness), have internationally disputed the justification for public health policies. Objective: To investigate the relationship between early mortality by cardiovascular disease (CVD) and socioeconomic (SE) conditions in the city of Porto Alegre (PA), and discuss bases and strategies for the prevention of CVD. Methods: An ecological analysis of the association between mortality by CVD at 45-64 years of age and SE conditions of 73 districts/neighborhoods in PA. The relative risk (RR) and the fraction of risk (FRA) attributable to inequality among the districts grouped into 4 SE strata were estimated. Results: Early mortality by CVD was 2.6 times higher in the districts classified in the worst compared to the best of the 4 SE strata. Among the extreme districts, the RR reached 3.3 for CVD and 3.9 for cerebrovascular disease. Compared to the mortality in the best stratum, 62% of the early deaths in the worst stratum and 45% of those in the city as a whole could be attributed to socioeconomic inequality. Conclusion: Almost half of the mortality by CVD before 65 years of age can be attributed to poverty. Disease, on the other hand, contributes towards poverty and reduces competitiveness of the country. It is necessary to reduce illness and recover the health of the poorest inhabitants with investments that result in national economic development and improvement of the social conditions of the population
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