2,169 research outputs found

    Editorial

    Get PDF
    info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Iconicity in the emergence of a phonological system?

    Get PDF
    Iconicity has been described as an impetus for creating sign forms in emerging sign languages and forming signs in estab- lished sign languages. Iconic signs are defined as spontaneous or stable signs that directly reflect the representation of their referent. In established sign languages, iconic signs have phonological features. Regarding the link between the motivation for iconic signs and phonological features, we aim to investigate how iconicity might influence the emergence of a phonological system along with the evolution of a new sign language by observing how the rise of a phonological system might be revealed by the evolution of emerging iconic gestures and signs in a new sign language. For this purpose, we inventoried and coded the iconicity nature and phonological structure of 200 signed lexical items collected in two moments of Sao Tome and Principe Sign Language (LGSTP) emergence: at T1 (after 2 years since the deaf habitants initiated their social meetings) and T2 (8 years subsequent to T1 data collection). In the 8 years of LGSTP’s emergence, we found a dominance of iconic signs in tandem with changes in the signs’ internal structure. The handshape is revealed to be the phonological parameter with the greatest devel- opment, presenting itself as more complex. The LGSTP lexicon reveals that iconicity seems to prompt the emergence of sign forms. However, iconic strategies remain stable across the evolution of the emergent signs and are independent of the internal structure change of the sign.info:eu-repo/semantics/acceptedVersio

    A correr em contra-horário: estarão as crianças a exercitar-se à hora certa? Um comentário ao Sistema Educativo Português

    Get PDF
    Introduction: We have all pondered on the physical and emotional benefits of exercise and more often than not, we find ourselves associating exercise to health and wellbeing. However, recent scientific developments have brought into light several benefits of exercise that had not yet been addressed by the scientific community before. The benefits of exercise that reach beyond physical and mental wellbeing such as benefits for the brain and, more specifically, for cognition, attention, and executive functions are now under close investigation. Aim: These new insights render the education community powerful, as we have the tools to better our education system by simply applying these insights to benefit the learning process of our children. Materials and Methods: Here we explore the International success tales on the optimization of the benefits derived from physical exercise. In a pilot study, we investigated 219 schedules from 8 Secondary Schools in Greater Lisbon, and questioned teachers about their insights on learning and behavior in pre-theoretical disciplines Physical Education versus post-theoretical disciplines Physical Education. Results: Portuguese Schools seem to favor afternoon scheduling of Physical Education and the perceptions of teachers seem to point to Physical Education as an obstacle to the learning process of more theoretical disciplines. Conclusion: The international success tales show the importance of physical activity in the morning and clear learning benefits for more theoretical disciplines. Hence, we seek to explore these success tales, while discussing how the Portuguese Education System, but also each educational community, should emulate other countries that have put this newly obtained knowledge into practice.Introdução: Já todos ponderámos acerca dos benefícios físicos e emocionais do exercício físico associando-o à saúde e bem-estar. No entanto, recentes desenvolvimentos científicos têm evidenciado diversos benefícios do exercício que não tinham, até agora, sido abordados. Pesquisas recentes colocaram sob escrutínio científico os benefícios do exercício também para a função cerebral - nomeadamente, para a cognição, atenção e funções executivas. Objetivo: Estes novos conhecimentos podem dar à comunidade educativa ferramentas para, fundamentadamente, alterar práticas que favoreçam o processo de aprendizagem das crianças e jovens. Materiais e Métodos: Aqui propomo-nos a explorar as práticas de sucesso que levam à otimização dos benefícios do exercício físico. Num estudo piloto investigámos 219 horários de 8 escolas secundárias da Grande Lisboa e questionámos os professores acerca do comportamento e aprendizagem nas disciplinas teóricas pré- ou pós-Educação Física. Resultados:  As escolas parecem favorecer horários vespertinos e as percepções dos professores vão ao encontro da Educação Física como um obstáculo ao processo ensino-aprendizagem das disciplinas mais teóricas. Conclusão: Os relatos de sucesso internacionais mostram a importância da atividade física matutina e benefícios de aprendizagem claros para as disciplinas mais teóricas. Assim, procuramos que o Sistema Educativo Português, mas também cada comunidade educativa, possa encontrar nestes relatos, justificação para iniciar uma reflexão, conduzir os seus próprios projetos-piloto e colocar em prática estes novos conhecimentos

    Heterogeneity in motion perception deficits in developmental disorders: evidence from Autism and Williams Syndrome

    Get PDF
    Certain deficits in visual motion sensitivity can be assessed via traditional motion coherence tasks where the subject is prompted to detect a percentage of coherent motion embedded in a background of random moving dots. This technique has enabled researchers to infer a deficit in visual motion coherence detection in people with Autism Spectrum Disorder (ASD) and Williams Syndrome (WS) which has been suggested to account for a deficit in function of the dorsal stream in these two groups. It is possible, that not only motion coherence, but several different visual motion deficits coexist. Moreover, a different pattern of low level motion detection deficits might underlie each of these developmental disorders. Here we investigate six different aspects of motion detection sensitivity in ASD and WS with the aim to verify if different deficit patterns might be generalized to each clinical group. Nine children with ASD, 10 children with WS and 96 Typically Developing (TD) children participated in this study. Six Random Dot Kinematogram tasks were used. Withingroup score patterns were very heterogeneous across tasks for both clinical groups. However, participants with ASD showed consistent deficits in a ‘Single Mobile’task and participants with WS showed consistent deficits in a ‘Motion Coherence’task. The data are discussed in terms of the dissociations found in the motion detection deficit patterns, possibly related with complex co-morbid visual-attention disorders.Certos déficits na percepção visual do movimento podem ser detectados através das tradicionais tarefas de detecção de coerência do movimento. Neste tipo de tarefas é necessário detectar uma percentagem de movimento coerente embutido num fundo constituído por pontos luminosos com movimento aleatório. Esta técnica permitiu inferir um déficit na detecção visual do movimento coerente em pessoas com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) e com Síndrome de Williams (SW). Este déficit foi sugerido como estando na base de uma perturbação na função do sistema dorsal nestes dois grupos clínicos. É possível que outros déficits na percepção visual do movimento coexistam com o déficit na detecção da coerência do movimento. Além disto, cada uma destas perturbações do desenvolvimento poderá apresentar um padrão específico de déficits na detecção visual do movimento. Nós investigámos seis aspectos diferentes da sensibilidade ao movimento na PEA e na SW com o objectivo de verificar se um conjunto particular de déficits poderia ser generalizado a cada grupo clínico. Participaram neste estudo: nove crianças com PEA, 10 crianças com SW e 96 crianças com desenvolvimento Típico. Foram usados seis cinematogramas de pontos aleatórios. Aqui mostramos que os padrões de déficits são muito heterogéneos dentro de cada grupo clínico. No entanto, os participantes com PEA mostraram déficits consistentes numa tarefa de ‘Movimento Singular’ e os participantes com SW mostraram déficits consistentes numa tarefa de ‘Coerência do Movimento’. Os resultados são discutidos em termos das dissociações encontradas nos padrões de déficits na detecção do movimento, possivelmente relacionadas com déficits complexos associados de atenção visual

    Aristolochia brunneomaculata, uma espécie nova e ameaçada de Aristolochiaceae da Mata Atlântica na Bahia, Brasil

    Get PDF
    We describe and illustrate Aristolochia brunneomaculata, a new species from the Atlantic Forest in Bahia state, Brazil, a region known for its high number of endemic and threatened species, such as the one described here. The new species is known only from a small population in a disturbed area, near a major industrial complex. Neste trabalho, descrevemos e ilustramos Aristolochia brunneomaculata, uma nova espécie da Mata Atlântica do estado da Bahia, Brasil, uma região conhecida pelo grande número de espécies endêmicas e ameaçadas, como a descrita aqui. A nova espécie é conhecida somente por uma pequena população, em uma área antropizada, próxima a um grande polo industrial

    Benefit of exercise training therapy and cardiac resynchronization in heart failure patients (BETTER-HF)

    Get PDF
    RESUMO: Introdução A insuficiência cardíaca crónica é conhecida como síndrome complexa, associada a elevada mortalidade e incapacidade, envolvendo múltiplos mecanismos fisiopatológicos, neuro-hormonais, endoteliais e inflamatórios. Além da terapêutica médica optimizada, a terapêutica não farmacológica, como a ressincronização cardíaca e o treino de exercício, assume um papel fundamental. Na insuficiência cardíaca avançada, doentes com critérios para terapêutica de ressincronização cardíaca (CRT) têm sido exaustivamente estudados, apesar da maioria dos estudos não se ter dedicado à diversidade de efeitos e mecanismos fisiopatológicos envolvidos, nos doentes mais gravemente sintomáticos. Nesta população com insuficiência cardíaca avançada tratada com CRT, estudos relativos aos efeitos e mecanismos do treino de exercício, especificamente exercício intervalado de alta intensidade, são ainda poucos e de pequena dimensão. Hipótese Hpótese principal formulada: Existe benefício em associar um programa de treino de exercício de alta intensidade, de longa duração, após ressincronização cardíaca em doentes com insuficiência cardíaca avançada. Hipótese secundária: 2 Estão envolvidos vários mecanismos fisiopatológicos, contribuindo diferentemente para o benefício do treino de exercício após CRT e para o benefício de CRT sem programa de exercício subsequente, em doentes com insuficiência cardíaca avançada. Objectivos O objectivo primário desta tese foi determinar os efeitos do programa de exercício intervalado de alta intensidade (HIIT), de longa duração, sobre a classe funcional clínica, qualidade de vida, capacidade funcional de exercício, função cardíaca e remodelagem ventricular, em doentes com insuficiência cardíaca avançada após implante do ressincronizador. O objectivo secundário pretendeu avaliar o papel potencial de diferentes mecanismos fisiopatológicos nos benefícios do treino de exercício após CRT, HIIT, e após CRT sem exercício subsequente: função endotelial, função do sistema nervoso autónomo, processo inflamatório e apoptose. Metodologia Efectuámos um ensaio controlado aleatorizado para determinar os efeitos da intervenção de exercício, HIIT, em doentes com insuficiência cardíaca avançada após CRT. Os critérios de inclusão foram, doentes com insuficiência cardíaca estável, em classe III-IV (NYHA), sob terapêutica farmacológica optimizada, referenciados para CRT pelas recomendações actuais presentes, etiologia isquémica e não isquémica, com idade superior a 18 anos. Os critérios de exclusão incluiram insuficiência cardíaca instável, doença ortopédica ou muscular incapacitante para exercício e residência geograficamente distante do hospital. Os doentes que preencheram os critérios de inclusão foram aleatorizados para treino de exercício intervalado de alta intensidade ou para grupo controlo (EXTG e CG, respectivamente). 3 A aleatorização, realizada por um investigador independente, foi estratificada, baseada na idade (65 anos), sexo, etiologia (isquémica e não isquémica) e gravidade de disfunção ventricular esquerda (fracção de ejecção ventricular esquerda 20%). Os doentes com os mesmos critérios de inclusão, que não aceitaram a intervenção exercício ou que viviam longe, sem os restantes critérios de exclusão, foram adicionalmente estudados como cohort prospectivo para avaliação dos efeitos e mecanismos da intervenção CRT. Durante o periodo de Janeiro 2012 a Março 2015, todos os doentes com insuficiência cardíaca e critérios para ressincronização cardíaca elegíveis foram estudados. O programa de treino de exercício foi iniciado 1 mês após implante de cardioressincronizador e durou 6 meses com frequência bissemanal, consistindo em sessões de 60 minutos, realizadas no hospital, monitorizadas e supervisionadas. Incluiu treino aeróbio intervalado de alta intensidade (HIIT), adaptado a partir do protocolo de Wisloff, e exercícios de resistência, flexibilidade e coordenação. Os momentos do estudo usados para avaliação das variáveis independentes foram: momento basal, pré implante do ressincronizador (M1), aos 3 meses após exercício, correspondendo a 4 meses após implante (M2) e aos 6 meses após exercício, correspondendo a 7 meses após implante (M3). As variáveis dependentes estudadas foram: classe functional clínica (NYHA), scores de qualidade de vida (questionário HeartQol), parâmetros de função cardíaca e remodelagem reversa (determinadas por ecocardiografia e doseamento plasmático de péptido natriurético, BNP), de capacidade funcional de exercício (determinadas por prova de esforço cardio-respiratória, CPT), de função do sistema nervoso autonómico, SNA (por cintigrafia cardíaca com 123I-MIBG, prova de esforço cardio-respiratória e análise da variabilidade da frequência cardíaca no Holter-24 horas), de função endotelial e rigidez arterial (determinada por doseamento de NO, óxido nítrico, e por PAT, tonometria arterial periférica), marcadores de inflamação e apoptose (medição de proteína C reactiva de alta sensibilidade, hs-CPR, factor de necrose tumoral alfa, TNF-α, interleucina-6, IL-6, fracção solúvel do cluster de diferenciação 40, sCD40, fracção solúvel do ligando Fas, sFasL) e frequência de eventos major cardiovasculares aos 6 meses de exercício. 4 As excepções aos 3 momentos de avaliação foram: 123I-MIBG cintigrafia cardíaca, realizada antes do CRT (M1) e aos 6 meses de exercício (M3), análise de variabilidade da frequência cardíaca por estudo Holter-24horas, realizado apenas basal, pre-CRT (M1) e frequência de eventos, avaliada em M3. A segurança do treino de exercício HIIT foi avaliada. A resposta ecocardiográfica foi definida pelo aumento de pelo menos 5% da fracção de ejecção ventricular esquerda (LVEF), em valor absoluto e a resposta clínica como melhoria de pelo menos 1 classe funcional clínica (NYHA). A resposta funcional foi definida como o aumento de pelo menos 1 ml/kg/min de VO2p. Resultados A partir de um cohort inicial de 121 doentes com insuficiência cardíaca selecionados para CRT, foram aleatorizados 62 doentes. Realizaram programa de treino de exercício HIIT, 22 doentes (EXTG), idade média 67,5±9,8%, 22,7% do sexo feminino, 40% isquémicos, LVEF basal 26,68±6,21%, enquanto 28 doentes foram incluídos no grupo controlo (CG). As características demográficas e clínicas basais foram idênticas estatisticamente. No grupo aleatorizado (n=50), todos os doentes tiveram benefício significativo, aos 6 meses após início do exercício, relativamente a: diminuição da classe clínica de NYHA (p <0,001), melhoria do score de qualidade de vida HeartQol (p <0,001), aumento da LVEF, fracção de ejecção ventricular esquerda (p <0,005), diminuição dos volumes ventriculares esquerdos, LVED, tele-diastólico (p < 0,05) e LVES, tele-sistólico (p <0,02). Verificou-se uma diferença significativa da classe funcional clínica (NYHA), nos dois grupos aleatorizados, com maior diminuição no EXTG (p=0,034). Apenas no EXTG, se encontrou um aumento significativo da duração da prova de esforço cardio-respiratória, aos 3 meses (p=0,017) e aos 6 meses (p=0,008). O tempo para o limiar anaeróbio, VAT, aumentou significativamente no EXTG aos 3 meses (p= 0,006) e aos 6 meses (p=0,004), sendo significativamente diferente do CG aos 3 meses (p=0,006) e apresentando uma tendência para significado estatístico aos 6 meses (p=0,064), momento em que a variação foi também significativa no CG. O TNF-α diminuiu significativamente apenas no EXTG, aos 6 meses (p=0,016), com uma diferença estatística significativa em relação ao 5 CG (p=0,008). Não se verificaram diferenças significativas nas variações dos parâmetros ecocardiográficos entre os dois grupos aleatorizados. Relativamente ao número de respondedores, no grupo de treino de exercício foram identificados mais respondedores clínicos (95%) e ecocardiográficos (81,8%) que no grupo controlo (78,5% e 72,7%, respectivamente), após 6 meses de exercício. A diferença no número de respondedores entre os 2 grupos aleatorizados, não atingiu contudo significado estatístico (provavelmente pela dimensão da amostra), mas com uma tendência para mais respondedores clínicos no grupo de exercício. A diferença no numero de respondedores funcionais, apesar de em numero tendencialmente superior no grupo de exercício (77,2%) não foi significativa. O programa HIIT mostrou ser seguro, sem eventos major ou minor durante o exercício. Aos 6 meses de exercício (7 meses após implantação do ressincronizador), registaram-se 9% de eventos no grupo exercício e 10,7% no grupo controlo. Verificou-se ocorrência de morte ou internamento hospitalar em 1/22 doentes (4,5%) do grupo de exercício e em 3/28 doentes (10,7%) do grupo controlo. A única morte nos doentes aleatorizados ocorreu no grupo controlo, 1/28 doentes (3,5%). No total do cohort de doentes com CRT verificou-se um benefício significativo após 7 meses de implantação: redução da classe funcional NYHA (p <0,001), aumento do score HeartQol (p <0,001), aumento da LVEF (p < 0,001), diminuição do volume tele-sistólico ventricular esquerdo (p=0,001), aumento do valor absoluto de GLS, strain global longitudinal, (p=0,003), relação E/e’, rácio entre onda E do fluxo de câmara de entrada do ventrículo esquerdo e e’ médio de doppler tecidular do anel mitral, (p=0,009), redução da massa ventricular esquerda (p=0,026), redução do VE/VCO2 slope, declive da razão entre ventilação minuto e produção de CO2, (p=0,003), aumento da duração do teste cardiopulmonar (p=0,002), aumento do tempo para VAT, limiar anaeróbio (p=0,001), redução do HRR1 (frequência cardíaca de recuperação ao primeiro minuto), (p=0,015), redução do HRR6 (frequência cardíaca de recuperação ao 6º minuto), (p=0,033) e aumento do VO2p, consumo de oxigénio pico, (p=0,04). Na amostra total dos doentes insuficientes cardíacos com CRT (incluindo 18% dos doentes submetidos a exercício) 75,6% foram respondedores clínicos, 63,9% respondedores ecocardiográficos e 62,8% respondedores funcionais. Os respondedores ecocardiográficos ao CRT tinham diferenças significativas nos parâmetros de base e na variação de alguns parâmetros: M1, menores volumes ventriculares esquerdos, maior TAPSE, maior SDNN (standard 6 deviation NN interval), maior heart-mediastinum ratio precoce (HMRe) e tardio (HMRl); M3-M1, maior aumento de LVEF, maior redução de volume LVES, maior aumento do valor absoluto de GLS e tendência para maior aumento de VO2p. Os respondedores tiveram menor número de eventos major registados em M3. Analizando todos os doentes com CRT, valores de 123MIBG HMRl>1,5 identificaram mais respondedores ecocardiográficos (probabilidade 2 vezes superior), apenas em não isquemicos. Os eventos aos 7 meses após CRT, M3, morte ou admissão hospitalar ou arritmia ocorreram em 14,8% da população total e em 16,1% dos doentes não submetidos a exercício.A morte ocorreu em 4,9% no grupo total e em 6% do grupo não submetido a exercício. Conclusão No presente ensaio aleatorizado e controlado, realizado numa amostra de doentes com insuficiência cardíaca avançada, referenciada para CRT, o exercício HIIT após implante do ressincronizador provou ser benéfico e seguro, associado a um maior número de respondedores ecocardiográficos e clínicos, acompanhado de uma melhoria clínica mais significativa, evidenciando o benefício adicional ao CRT. A melhoria do componente periférico da insuficiência cardíaca condicionada pelo exercício foi demonstrada pelo aumento significativo da capacidade funcional ao esforço e do tempo para VAT, acompanhada de maior número de respondedores funcionais, tendo-se verificado um efeito modulatório sobre a inflamação que poderá ter contribuído para este efeito. Não foram demonstrados benefícios do exercício na função endotelial, no sistema nervoso autonómico e na apoptose. Ocorreram menos eventos major aos 6 meses em doentes submetidos a HIIT. A avaliação adicional dos doentes com CRT no estudo observacional demonstrou melhoria clínica, de qualidade de vida e de função ventricular sistólica e diastólica significativa, mesmo excluindo aqueles que fizeram treino de exercício. O efeito central do CRT na remodelagem cardíaca demonstrou ser crucial, com melhoria das diversas variáveis ecocardiográficas. Contrariamente, não se demonstraram efeitos periféricos benéficos do CRT, VO2p, duração CPT ou tempo VAT, aos 7 meses, uma vez excluídos os 7 doentes que fizeram programa de exercício. O sistema nervoso autónomo demonstrou ser um mecanismo relevante na resposta ao CRT, mas apenas em insuficientes cardíacos não isquémicos. Não foram demonstrados efeitos benéficos do CRT na função endotelial, inflamação ou apoptose. Registaram-se mais eventos em doentes sem terapêutica de exercício. Dos resultados desta tese, que verificam as hipóteses colocadas, podemos salientar que em doentes com insuficiência cardíaca avançada a intervenção de treino de exercício intervalado de alta intensidade, supervisionado, , após implantação de ressincronizador cardíaco é uma terapêutica não farmacológica segura e tem benefício adicional demonstrado relativo à CRT, resultando em menor número de doentes não respondedores. Esta intervenção não teve efeito deletério sobre a remodelagem reversa e alguns resultados apontam para potencial benefício. Os mecanismos envolvidos estão ligados particularmente ao componente periférico da insuficiência cardíaca, resultando em diminuição da gravidade dos sintomas clínicos, melhoria da capacidade funcional e modulação positiva da resposta fisiopatológica inflamatória.ABSTRACT: Introduction Chronic heart failure is known to be a complex syndrome, associated to high mortality and disability, involving multiple pathophysiologic mechanisms, neuro-hormonal, endothelial and inflammatory. Besides optimized medication, the nonpharmacologic therapy, like cardiac resynchronization and exercise training, plays a fundamental role. In advanced heart failure, patients with criteria for cardiac resynchronization therapy (CRT) have been studied extensively, though most of the studies were not dedicated to the diversity of effects and involved pathophysiologic mechanisms, in most severely symptomatic patients. In this advanced heart failure population treated with CRT, studies regarding exercise training effects and mechanisms, specifically high intensity interval exercise, are still few and small-sized. 8 Hypothesis Main hypothesis formulated: It is beneficial to associate a high intensity interval training exercise program, long duration, after cardiac resynchronization in advanced Heart Failure Patients. Secondary hypothesis: Several pathophysiologic mechanisms are involved, contributing differently to the exercise training benefit after CRT and to the benefit of CRT without subsequent exercise program in advanced HF patients. Aims The primary aim of this thesis was to determine the effects of a long-term High Intensity Interval Exercise Training (HIIT) program on clinical functional class, quality of life, exercise functional capacity, cardiac function and remodeling, in advanced heart failure patients after cardiac resynchronizer implant. Secondary aim intends to evaluate the potential role of different pathophysiologic mechanisms in the benefits of exercise training after CRT, HIIT, and of CRT without subsequent exercise: endothelial function, autonomic nervous system function, inflammatory process and apoptosis. Methodology A randomized controlled trial was performed to determine the effects of exercise intervention, HIIT, in advanced heart failure patients after CRT. The inclusion criteria considered patients with stable heart failure, class III-IV (NYHA), receiving optimal pharmacologic therapy, assigned to CRT by present guidelines, ischemic and non ischemic etiology, older than 18 years. Exclusion criteria included unstable HF patients, exercise incapacitating orthopedic or muscular disease and geographically long distance living. 9 Patients who fulfilled the inclusion criteria were randomized for long duration high intensity interval exercise training or for control group (EXTG and CG, respectively). Randomization, performed by an independent investigator, was stratified, based on age (<or≥65 years), gender, etiology (ischemic and non ischemic) and severity of left ventricular dysfunction (left ventricular ejection fraction <20% or ≥20%). Patients with the same inclusion criteria, who did not accept exercise intervention or living far, without other exclusion criteria were additionally studied as a prospective cohort for evaluation of CRT intervention effects and mechanisms. During the period from January 2012 to March 2015, all patients with chronic heart failure and criteria for cardiac resynchronization were evaluated. The exercise training program started 1 month after cardiac resynchronizer implant and lasted 6 months, twice a week, consisting of 60 minutes hospital-based, monitored, supervised sessions, starting at 1 month after CRT onset. It included aerobic high intensity interval training (HIIT), adapted from Wisloff protocol, and exercises of resistance, flexibility and coordination. Moments of the study used for the evaluation of independent variables were baseline, before cardioresynchronizer implant (M1), at 3 months of exercise, corresponding to 4 months after CRT (M2) and at 6 months (M3) after exercise, corresponding to 4 months (M2) and 7 months, corresponding to 7 months after CRT (M3). Dependent variables studied were: clinical functional class (NYHA), quality of life scores (HeartQol questionnaire), parameters of cardiac function and reverse remodeling (determined by echocardiography and BNP, plasmatic brain natriuretic peptide, measurement), of functional exercise capacity (determined by cardiopulmonary exercise testing, CPT), of autonomic nervous system function, ANS (determined by 123I-MIBG cardiac scintigraphy, cardiopulmonary exercise testing and 24-hours-holter heart rate variability analysis), of endothelial function and arterial stiffness (determined by NO, plasmatic Nitric Oxide measurement and PAT, peripheral arterial tonometry), inflammation and apoptosis (by measurement of high sensitivity C reactive protein, hs-CPR, Tumor Necrosis Factor alpha, TNF-α, Interleukin-6, IL-6, soluble cluster of differentiation 40, sCD40, soluble ligand of Fas, sFasL) and frequency of major cardiac events identification at 6 months of exercise. 10 Exceptions to the 3 moments were, 123I-MIBG cardiac scintigraphy, which was performed before CRT (M1) and at 6 months after exercise (M3), 24hours-holter heart rate variability study, performed only baseline, pre-CRT (M1) and cardiac events evaluation at M3. The safety of HIIT exercise was evaluated. CRT echocardiographic response was defined by the increase of at least 5% of left ventricular ejection fraction (absolute value) and clinical response was defined as the improvement of at least 1 clinical functional class (NYHA). Functional response was defined as the increase of at least 1 mg/kg/min VO2p. Results From the initial cohort sample of 121 heart failure patients selected for CRT, 62 patients were ramdomized. Exercise training program HIIT was performed by 22 patients (EXTG), mean age 67.5+9.8 years old, 22.7% female, 40% ischemic, baseline LVEF 26.68+6.21%, while 28 patients were assigned to the control group (CG). Demographic and baseline clinical characteristics were statistically identical. In the randomized sample (n=50), all patients had significant benefit, at 6 months after exercise onset (M3), regarding: NYHA, New York Heart Association, decrease (p< 0.001), HeartQol score improvement (p<0.001), LVEF, left ventricular ejection fraction increase (p<0.005), LVED, left ventricular end-diastolic volume (p< 0.05) and LVES, left ventricular end-systolic volume decrease (p<0.02). There was a significant difference in the decrease of clinical functional class of NYHA in the two randomized groups, greater in EXTG (p=0.034). Only in EXTG, there was a significant CPT (cardiopulmonary testing) duration increase at 3 months (p=0.017) and at 6 months (p=0.008). VATtime (time to ventilatory anaerobic threshold) significantly increased in EXTG at 3 months (p=0.006) and at 6 months (p=0.004), being significantly different regarding the CG at 3 months (p=0.006) and showing a tendency to statistical significance at 6 months (p=0.064), when variation was also significant in CG. TNF-α decreased significantly, only in EXTG, at 6 months (p=0.016) with a statistical difference from CG (p=0.008). There were no significant differences in echocardiographic parameters between the two randomized groups. Regarding the 11 number of CRT responders, in the exercise group, there were more CRT clinical (95%) , echocardiographic (81.8%) and functional (77.2%) responders than in the control group (78.5%, 72.7% and 53.8%, respectively), after 6 months of exercise. The difference in the number of responders in the two randomized groups, however, did not reach statistical significance (probably because of the sample size), but revealed a tendency for greater number of clinical and functional responders in the exercise group. HIIT program turned out to be safe, without any major or minor events during exercise. At 6 months after exercise (7 months after CRT device implant), death or hospital cardiac admission occurred in 1/22 patients (4.5%) of the exercise group and in 3/28 patients (10.7%) of the control group. The only death in the randomized patients occurred in the control group, 1/28 patients (3.5%). In the total CRT patients cohort there was a significant benefit after cardiac resynchronizer implant, at 7 months: functional NYHA decrease (p<0.001), HeartQol score increase (p<0.001), LVEF increase (p<0.001), LVES volume decr

    Estudo exploratório do perfil ocupacional no setor agropecuário brasileiro.

    Get PDF
    Para fins de classificação e registro de empregos e relações de trabalho, a estrutura ocupacional do setor agropecuário no Brasil distingue produtores de trabalhadores, em função da natureza das atividades executadas por cada um dos grupos de ocupações agrícolas. Entretanto, é possível que se observe um conjunto de atividades que são desenvolvidas, independente do tipo de cultura ou criação e da posição na qual o indivíduo se encontre na estrutura ocupacional. Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar quais são as áreas de atividades que são comuns e as específicas de cada grupo ocupacional do setor agropecuário brasileiro. O estudo baseou-se no inventário de atividades de 28 grupos ocupacionais do setor agropecuário realizado no âmbito da CBO/MTE e que utilizou uma metodologia na qual os próprios trabalhadores descrevem as atividades que desenvolvem no seu dia a dia (método DACUM), construindo uma matriz detalhando grandes áreas de atividades. A análise indica que é possível elaborar uma síntese das atividades dos dois subgrupos - pecuária e agricultura. O estudo poderá iniciar uma agenda de pesquisa, com base nas informações sobre ocupações agropecuárias geradas com a atualização da CBO. Estudos mais aprofundados poderão subsidiar a formulação de políticas de qualificação profissional para o setor.estrutura ocupacional; setor agropecuário

    Correspondence between language performance of children in formal alternative care and the placement environment: preliminary data from a systematic review

    Get PDF
    An estimated 2.7 million children live in formal alternative care (FAC). FAC varies in living conditions and care provided. However, research has shown that living in FAC adversely afects child development. This should be cautiously interpreted as studies reporting these efects have mainly been conducted in the northern hemisphere, in psychosocially deprived settings. Conversely, due to socio-economic factors, FAC compares favorably to domestic care in low-income countries. Here, we sought to understand the correspondence between children’s language performance in FAC and the placement setting (residential, foster, and kinship care), a query subset from a more extensive main study aiming to investigate children’s language development in formal alternative care. Materials and methods We systematically searched APA PsycInfo, Cochrane Library, Embase, ERIC, MEDLINE, PubMed, Scopus, and Web of Science databases between October and November 2021. The search was not circumscribed to a period. Only primary English reports published in peerreviewed journals investigating the language performance of children up to age 18 in FAC were included. Results We identifed ten reports that matched these criteria. Eight reports (80%) described changes in the setting in FAC leading to variations in children’s linguistic performance. We found that children who transition from low-quality settings (i.e., settings in which some aspect of care is substantially lower than suggested by best practice) to higherquality environments show a "catch-up efect" in their linguistic performance. When this change happens early, children in FAC have equivalent language performances to the comparison groups (children living with their biological parents). Conversely, children who stay with their families in situations of abuse or exposure to war show lower linguistic performance scores than children in FAC. Conclusions Thus, not all settings, even if family-based, can be linguistically enriching; there needs to be reciprocity in interactions between carers and children to promote this development. Training and support for carers in all care settings are essential to ensure responsiveness and developmentally appropriate environments for children in FAC.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Conservation of a critically endangered endemic halophyte of West Portugal: a microcosm assay to assess the potential of soil technology for species reintroduction

    Get PDF
    Original ResearchThe soil system has been frequently overlooked during plant reintroduction planning and practice since working with soils and plant roots can be difficult, particularly in saline environments. Coastal saline environments are major contributors to regional and global biodiversity and an important source of endemic species. However, various species are in decline or considered threatened, particularly halophytes (salt tolerant) due to negative anthropic impacts. The Lusitanian endemic halophyte Limonium daveaui formerly had a large distribution range along the west coast of Portugal but currently it shows a restricted distribution in the Tagus estuary. Field surveys revealed that this critically endangered species forms few local populations with small size invaded by exotic species. In this study, we investigated the potential utilization of Technosols, an innovative sustainable, ecological engineering method combined with brackish water irrigation for potential L. daveaui reintroduction in native habitats. Seed germination percentages were evaluated in different environmental conditions. Through a microcosm assay, a Technosol was constructed using a saline Fluvisol with a mixture of low value inorganic and organic wastes, which were chemically characterized. Plants were cultivated in the Fluvisol and Technosol and irrigated with brackish water collected in the nearby area. To assess plant growth, morphometric parameters and the plants’ physiological status were assessed and the fresh and dry biomass determined. Results showed that seed germination was higher on moist filter paper with distilled water than in Fluvisol or Technosol. Plants grown in Technosol had a greater development, with higher values of photosynthetic indexes and biomass production than in Fluvisol. Our findings provide a basis for future in situ conservation studies and support the idea that eco-friendly soil technology approaches are beneficial to conserve rare halophyte speciesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio
    corecore