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    Interesse, ética e política no serviço público

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    Já faz algumas décadas que a Ciência Política vem transpondo para seu campo de investigação o paradigma do homo oeconomicus – a psicologia egocêntrica utilizada pela teoria econômica convencional para dar conta das interações sociais no mercado. “Seu campo de investigação”, isto é, o comportamento de atores coletivos, como os partidos, os sindicatos e os gabinetes governamentais, ou de atores individuais, como as lideranças partidárias, os parlamentares, os eleitores, etc. Para o assunto que nos interessa aqui, houve grande impacto, no debate posterior, o uso que se fez do paradigma econômico para entender certos problemas da administração pública e da ação coletiva.Revista do Serviço Público - RSP, v. 56, n. 3, p. 309-320Administração PúblicaÉticaISSN Impresso: 0034-9240ISSN Eletrônico: 2357-8017O presente documento trata-se de um ensaio

    Representação, soberania e a questão democrática

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    Resumo O artigo examina três contribuições recentes da literatura sobre a teoria da representação política. Há nelas uma preocupação comum de fazer um recuo conceitual e histórico para dar um melhor enquadramento ao debate sobre a "crise da representação". O artigo começa com a abordagem de B. Manin sobre o governo representativo, mostrando seu avanço conceitual e também seu maior ponto cego: a questão do vínculo entre o conceito de soberania e o governo representativo. Já as contribuições de M. Novaro e N. Urbinati resgatam esse problema e os remetem ao tema da soberania popular. Ao compará-los, o artigo conclui com uma breve indicação do motivo pelo qual a questão democrática é central para entender o nexo entre a representação como soberania e a representação como forma de governo. Palavras-chave: representação política; soberania; governo representativo; questão democrática.   Abstract The article examines three recent contributions from the literature on theories of political representation. The works examined are commonly concerned with engaging in a conceptual and historical “retreat”, in order to better frame the debate about the “crisis of representation”. The article starts with an exam of B. Manin’s approach to representative government, presenting his conceptual contribution and also the main blindspot in his work: the relationship between the concept of sovereignty and representative government. The other two authors here considered, M. Novaro and N. Urbinati, take on this problem, exploring the theme of popular sovereignty. Comparing the authors, the article concludes with a brief comment on why the democratic question is central to the understanding of the nexus between representation as sovereignty and representation as a form of government. Key-words: political representation; sovereignty; representative government; democrati

    Apresentação

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    A dureza (e a ternura) do essencialismo político

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    Carl Schmitt, teologia política e secularização

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    Como o direito à cidade poderia ressignificar a experiência da população em situação de rua durante a pandemia da Covid-19?

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    O presente artigo tem como objetivo apresentar, à luz da crise sanitária e econômica causada pela pandemia da COVID-19, um breve panorama acerca da experiência da população em situação de rua, especialmente na cidade de São Paulo. Para isso, faz-se necessário uma retomada histórica acerca do desenvolvimento dos centros urbanos e, por conseguinte, a retirada das pessoas que antes ali viviam. Além de o estudo olhar em perspectiva a intensificação das desigualdades sociais e as dificuldades encontradas para com essa população no enfrentamento da pandemia, ressalta-se alguns dados acerca do aumento da quantidade de pessoas que vivem atualmente em situação de rua no País. Por fim, busca analisar como o direito à cidade poderia servir para atenuar os efeitos dessa crise, haja vista que as reivindicações por habitação, saneamento, transporte e reformulação dos espaços urbanos são pautas históricas dessa população

    Leão Hebreu: entre Moisés e Platão

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    Não é novidade dizer que os Diálogos de Amor, de Leão Hebreu, é um texto que remonta  a uma longa tradição espelhada na obra O banquete de Platão. Sua temática, estrutura narrativa e, porque não dizer sua finalidade, isto é, caracterizar o ideal de sabedoria mediante a reflexão sobre os vários tipos de eros, o faz expoente, no contexto renascentista, do que poderíamos nomear de um entremeio em que elementos gregos e judaicos dialogam em harmonia. O objetivo desse nosso trabalho consiste, assim, em revelar os vínculos comuns entre os Diálogos de Amor e o comentário de M. Ficino ao Banquete de Platão buscando, com isso, apresentar os aspectos comuns e distintos que vinculam o pensamento de Hebreu à tradição ficiniciana de tonalidade neoplatônica e, também, o separa, ainda que de modo velado, ao direcionar todo o seu esforço interpretativo para o ideal de experiência original de sábio associada diretamente à experiência serfadita ou marrano-humanista
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