Para uma crítica das artes da existência e da ideia de consciência na modernidade: a problematização foucaultiana

O objectivo deste texto é contribuir para um debate, simultaneamente teórico e empírico, acerca dos sentidos e limites da produção histórica de um modelo político-científico de sujeito que amiúde se confunde, nos múltiplos discursos identitários do presente, como sendo a natureza mesma do sujeito. Trata-se aqui de operar num registo em que se lê artefacto onde muitos insistem em ler verdade

O Estado Português e as modalidades enunciativas da Educação Moderna. O Governo do liceu e a subjectivação do aluno no discurso de reitores, professores, médicos e visitadoras escolares durante os anos 30 e 40 do século XX

Este texto discute o papel que o Estado português desempenhou no processo de modernização do ensino liceal em Portugal e procura mostrar que o desiderato reformador – insistente na voz dos governantes desde o final de Oitocentos – implicou a construção de um novo regime de enunciação capaz desenvolver poderes, vectores e interconexões que, de facto, viriam a transformar a paisagem dos liceus nas décadas de 30 e 40 do século passado. O Estado surgirá, efectivamente, como aquela instância em cujo interior os problemas de governo da coisa educativa passaram paulatinamente a ser estabelecidos enquanto complexos verbais e linguísticos. Verificar-se-á como ao redor do Estado se foi formando um campo de enunciação discursiva que se dirigiu para a subjectividade dos escolares. Embora se refira a uma temporalidade que coincide com o período histórico do autoritarismo, este texto secundariza deliberadamente a cronologia política. Defender-se-á, assim, que foram os governos da Ditadura Militar e do Estado Novo, chefiados por Oliveira Salazar a partir de 1932, aqueles que, historicamente, conseguiram reunir as condições, quer institucionais quer materiais, para que as ideias e soluções disciplinares relacionadas com a socialização dos alunos, preconizadas insistentemente a partir do último quartel do século XIX quase sempre por educadores democratas, encontrassem finalmente condições materiais de se estenderem a toda a rede pública dos liceus portugueses. Efectivamente, o modelo pedagógico centrado na autonomia dos educandos pôde vincular, um a um, todos os agentes educativos – reitores, professores, médicos e enfermeiras escolares –, obrigando-os a trabalhar institucionalmente em rede e a produzir um mesmo tipo de discurso educativo destinado a intervir sobre as aptidões, as atitudes, as disposições e os comportamentos dos alunos

Hacia una pedagogía de los estudios avanzados en la Universidad: la producción de una escritura académica inventiva en las Ciências Sociales, Artes y Humanidades

[EN] This article aims to contribute to a discussion, which remains to be done in Portugal (as well as in other European countries) –and which is necessarily theoretical and practical, but ultimately pedagogical–, that seeks to understand the reflexive ways through which it could be effectively possible to operate “a teaching paradigm shift” by means of “the transition from one educational system based on the idea of knowledge transfer” through mimetic writing, “to a system based on the development of competences” of inventive writing at the level of postgraduate training. This terminology was used by the Portuguese Government when, in 2006, it introduced the Bologna Process and established “the qualification of the Portuguese in the European area” as “one of the key objectives of the policy for higher education”. Our attention will focus on the discourses produced around the third university cycle (leading to the doctorate), and on the possibility of advancing theoretical and empirical arguments in defense of a model of inventive academic writing in its potential articulations with the “experimental and project-oriented component” (MCTES, 2006). We emphasize postgraduate writing because this cycle of studies is „essentially a practice-oriented learning of high-level research”. Centering our (self) reflection on the processes of academic writing in the social sciences and humanities, we seek to identify contributions and challenges offered by research in the arts as a paradigmatic case of how it is possible to write an „original thesis“ (MCTES, 2009). Specific creative practices of the artist-researcher will be underlined.[ES] Este artículo intenta contribuir a una discusión, por hacer en Portugal (así como en otros países europeos) –necesariamente teórica y práctica, pero en última instancia pedagógica– por la comprensión de las vias reflexivas a través de las cuales sería efectivamente posible “cambiar el paradigma de enseñanza” por la “transición de un sistema basado en la idea de la transmisión de conocimientos” mediante una escritura mimética, “para un sistema basado en el desarrollo de competencias” de escritura inventiva a nivel de la formación de posgrado. Esta fue la terminología utilizada por el Gobierno Portugués cuando, en 2006, implantó el Proceso de Bolonia y definió “la calificación de los portugueses en el espacio europeo” como “uno de los objetivos esenciales de la política para la enseñanza superior”. Nuestra atención se concentra en los discursos producidos alrededor del tercer ciclo universitario (para obtener el grado de doctor), y en argumentos teóricos y empíricos para avanzar en la defensa de un modelo de escritura académica inventiva en sus articulaciones potenciales con “la componente experimental y de proyecto” (MCTES, 2006). Enfatizamos la escritura de posgrado porque es en este ciclo de estudios que hay “esencialmente un aprendizaje orientado a la práctica de investigación de alto nivel”. Centraremos nuestra (auto)reflexión alrededor de los procesos de escritura académica en las ciencias sociales y humanidades, identificando algunos aportes y desafíos de la investigación en las artes como un caso paradigmático de cómo se puede escribir una “tesis original” (MCTES, 2009). Subrayaremos prácticas creativas específicas del artista-investigadorRamos Do Ó, J.; Cabeleira, H. (2015). Toward a pedagogy of advanced studies in the University: the production of an inventive academic writing in the Social Sciences, Arts and Humanities. REDU. Revista de Docencia Universitaria. 13(1):125-152. https://doi.org/10.4995/redu.2015.6456OJS125152131Allpress, B., Barnacle, R., Duxbury, L. & Grierson, E. (Eds.). (2012). Supervising Practices for Postgraduate Research in Art, Architecture and Design. Educational Futures Rethinking Theory and Practice, Vol. 57. Rotterdam, Boston, Taipei: Sense Publishers. Retrieved August 1, 2014, from https://www.sensepublishers.com/media/1417-supervising-practices.pdfBalkema, A.W., & Slager, H. (Eds.). (2004). Artistic Research. Lier & Boog series. Amsterdam: RodopiBarone, T. & Eisner, E. (2011). Arts based research. Thousand Oaks, CA: SageBarone, T., & Eisner, E. W. (1997). Arts-based educational research. In R. M. Jaeger (Ed.), Complementary methods for research in education, 2nd edition (pp.72-116). Washington DC: American Educational Research Association.Barrett, E & Bolt, B (eds.) (2007a). Practice as Research: Approaches to Creative Arts Enquiry. London and New York: I.B. TaurisBarrett, E. & Bolt, B. (2007b). "Developing and writing creative arts practice research: A guide". in Practice as Research: Approaches to Creative Arts Enquiry. (pp.185-205). London and New York: I.B.Tauris.Barthes, R. (2007). Crítica e verdade. Lisboa: Edições 70.Bauman, Z. (1993). Postmodern ethics. Oxford: Blackwell.Borg, E. (2012) Writing differently in Art and Design: Innovative approaches to writing tasks. In C. Hardy & L. Clughen (Eds.), Writing in the Disciplines Building Supportive Cultures for Student Writing in UK Higher Education, (pp.169-186). Bingly, UK: Emerald Group Publishing LimitedBorgdorff, H. (2006). The Debate on Research in the Arts. Sensuous Knowledge 2. Bergen: Bergen National Academy of the Arts. Retrieved August 1, 2014, from http://www.ips.gu.se/digitalAssets/1322/1322713_the_debate_on_research_in_the_arts.pdfBorgdorff, H. (2009). Artistic Research within the Fields of Science. Senuous Knowledge 06. Bergen: Bergen National Academy of the Arts. Retrieved August 1, 2014, from http://www.pol.gu.se/digitalAssets/1322/1322679_artistic-research-within-the-fields-of-science.pdfBorgdorff, H. (2012). The Conflict of the Faculties: Perspectives on Artistic research and Academia. Leiden University Press. Retrieved August 1, 2014, from http://dare.uva.nl/document/444584Busch, K. (2009). Artistic research and the poetics of knowledge. Art & Research: A Journal of Ideas, Contexts and Methods, 2(2), 1-7. Retrieved July 6, 2014, from http://www.artandresearch.org.uk/v2n2/busch.htmlCahnmann-Taylor, M. & Siegesmund, R. (2008). Arts-based research in education: Foundations for practice. New York: Routledge.Connor, S. (2000). Cultura pós-moderna: Introdução às teorias do contemporâneo. São Paulo: Edições Loyola.Daichendt, J. G. (2012). Artist scholar: Reflections on Writing and Research. Chicago: Intellect Books, The University of Chicago PressDGEEC (2012). Quadro 2.2. Doutoramentos realizados em Portugal por dominio científico e tecnológico, segundo o sexo, entre 1970 e 2012. Fonte: Inquérito estatístico ao Registo Nacional de Temas de Tese de Doutoramento em Curso e Doutoramentos Concluídos do Ensino Superior, DGEEC/MEC. Retrieved October 20, 2014, from http://www.dgeec.mec.pt/np4/Estat_Doutoramentos/Derrida, J. (2001). A universidade sem condição. São Paulo: Estação Liberdade.Derrida, J. (2002). O olho da universidade. São Paulo: Estação Liberdade.Dibosa, D. & Ophuysen, T. (2013). Emerging models for Artistic Research across Europe. In SHARE Advocacy Toolkit, (pp.1-4). SHARE Academic Network 2010 - 2013. Retrieved October 15, 2014, from http://www.sharenetwork.eu/images/products/5/1-emerging-models-for-artistic-research-across-europe.pdfDurling, D., Friedman, K., & Gutherson, P. (2002). Editorial: Debating the Practice-based PhD. International Journal of Design Sciences and Tecnhology, 10 (2), 7-18. Retrieved July 06, 2014, from http://aces.shu.ac.uk/ahrc/ahrcreview/positionpapers/Friedman%20Durling%20Gutherson%20IJDST.pdfEisner, E. (2006). Does arts-based research have a future?. Studies in Art Education, 48 (1), 9-18.Elkins, J. (2001). Why Art Cannot be Taught: A Handbook for Art Students. Urbana: University of Illinois PressEuropean League of Institutes of the Arts (ELIA). (2005). Re:search in and through the Arts. Conference Report and Comparative Overview. Amsterdam: ELIA. Retrieved August 21, 2014, from http://www.elia-artschools.org/documents/research-in-and-through-the-arts-Ferreira, A., & Nolasco, A. (Eds). (2014). Creative processes in art: Proceedings of the International Colloquium (12-13 Setembro 2013). Lisboa: CIEBA/ FBAUL. Retrieved October 10, 2014, from http://www.fba.ul.pt/wp-content/uploads/2014/10/P_2014_CREATIVEPROCESSESINART.pdfFrayling, C. (1993). Research in Art and Design. Royal College of Art Research Papers 1 (1). London: Royal College of Art. Retrieved January 18, 2014, from http://www.transart.org/wp-content/uploads/group-documents/79/1372332724-Frayling_Research-in-Art-and-Design.pdfFriedman, K. (2014). Writing for the PhD in Art and Design. Issues for Research Supervisors and Research Students. A Research Skills Working Paper. Melbourne, Australia: Centre for Design Innovation, Swinburne University of TechnologyGray, C., & Malins, J. (1993). Research procedures/methodology for artists and designers. In W. Callaway, K. Crouan, & L. Davis (Eds.), Principles and definitions: Five papers by the European Postgraduate Art and Design Group (pp. 29-36). Winchester, UK: Winchester School of Art, University of Southampton. Retrieved October 10, 2014, from http://carolegray.net/Papers PDFs/epgad.pdfGray, C., & Malins, J. (2004). Visualizing Research: A Guide to the Research Process in Art and Design. Burlington, VT: Ashgate Publishing Company. Retrieved September 19, 2014, from http://www.upv.es/laboluz/master/seminario/textos/Visualizing_Research.pdfGropius, W. (1919). Bauhaus Manifesto and Program. Retrieved July 4, 2014, fromhttp://www.thelearninglab.nl/resources/Bauhaus-manifesto.pdfHannula, M., Suoranta, J. & Vadén, T. (2005). Artistic Research: Theories, Methods and Practices. Helsinki/ Gothenburg: Academy of Fine Arts/ University of Gothenburg/ ArtMonitor. Retrieved July 06, 2014, from http://www.academia.edu/2396657/Artistic_Research._Theories_Methods_PracticesHannula, M., Kaila, J., Palmer, R., & Sarje, K. (2013). Artists as researchers: a new paradigm for art education in Europe. Helsinki: Academy of Fine ArtsHarvey, D. (1989). The condition of postmodernity: An enquiry into the origins of social change. Oxford: Basil Blackwell.Hasan, A. (coord.). (2009). Reforming arts and culture higher education in Portugal: report of an international panel of experts. FGw: Instituut voor Cultuur en Geschiedenis (ICG). Retrieved October 29, 2014, from http://dare.uva.nl/document/2/82034Haywood, R. (2010). A Paradigm Analysis of Arts-Based Research and Implications for Education. Studies in Art Educatian: A Journal of Issues and Research 51(2), 2-114. Retrieved August 1, 2014, from http://bcartsweek.org/assets/uploads/files/paradigms_of_art_based_education.pdfHolert, T. (2009). Art in the Knowledge-based polis. E-flux journal, 3, pp.1-13. Retrieved July 06, 2014, from http://www.e-flux.com/journal/art-in-the-knowledge-based-polis/Irwin, R. (2004). A/r/tography: A metonymic métissage. In Rita L. Irwin & Alex de Cosson (Eds.), A/r/tography: Rendering Self through arts-based living inquiry (pp.27-38). Vancouver: Pacific Education Press/ Faculty of Education, UBCJenkins, K. (1991). Re-thinking history. London: RoutledgeKant, I. (1993). O conflito das faculdades. Lisboa: Edições 70. (Original work published in 1794)Kruse, O. (2006). "The origins of writing in the disciplines: Traditions of seminar writing and the Humboldtian ideal of the research university". in Written Communication 23 (3), pp.331-352.Lesage, D. (2009a). The Academy is Back: On Education, the Bologna Process, and the Doctorate in the Arts. E-flux journal, 4, pp. 1-9. Retrieved July 06, 2014, from http://worker01.e-flux.com/pdf/article_45.pdfLesage, D. (2009b). Who's Afraid of Artistic Research? On measuring artistic research output. Art & Research: A Journal of Ideas, Contexts and Methods, 2 (2), pp.1-10. Retrieved July 06, 2014, from http://www.artandresearch.org.uk/v2n2/pdfs/lesage.pdfLyotard, Jean-François (2003). A condição pós-moderna. Lisboa: Gradiva.Madoff, S. H. (Ed.) (2009). Art School: Propositions for the 21st century. Cambridge/Massachusetts: The MIT PressMäkelä, M. & Routarinne, S. (Eds). (2007) Artists as Researcher: In between Art and Research. Working Papers F 32. Helsinki: University of Art and Design Helsinki. Retrieved July 06, 2014, from http://www.taik.fi/images/stories/Working%20papers/32.pdfMäkelä, M., Nimkulrat, N., Dash, D. P., & Nsenga, F. (2011). On reflecting and making in artistic research. Journal of Research Practice 7 (1), Article E1. Retrieved July 06, 2014, from http://jrp.icaap.org/index.php/jrp/article/view/280/241Matos, S. C. & Ó, J. R. (Coord.) (2013). A Universidade de Lisboa nos Séculos XIX e XX, Vol.I. Lisboa: Tinta da China.McNamara, A. & Ross, T. (2007). An interview with Jacques Rancière on médium specificity and discipline crossovers in modern art. Australian and New Zealand Journal of Art, 8 (1), 99-101MCTES (2002). Decreto-Lei 52/2002. Diário da República, I Série-A, N.52 (2 de Março de 2002), 1776-1777MCTES (2006). Decreto-Lei 74/2006. Diário da República, I Série-A, N.60 (24 Março 2006), 2242-2257MCTES (2009). Decreto-Lei 230/2009. Diário da República, I Série, N.178 (14 de Setembro de 2009), 6310-6312.Moran, B. (2009). "Aesthetic Platforms". In S. H. Madoff (ed.). Art School (Propositions for the 21st Century, (pp.33-37). Cambridge/Massachusetts: The MIT Press.Nóvoa, A. (2013). Prefácio. In S.C. Matos & J.R. do Ó (Coord.), A Universidade de Lisboa nos Séculos XIX e XX, Vol.I, (pp.15-23). Lisboa: Tinta da China.Neilsen, L., Cole, A. & knowles, G. (Eds.) (2001). The art of writing inquiry. Halifax, NS: Backalong Books.Nelson, R. (Ed.). (2013). Practice as Research in the Arts: Principles, Protocols, Pedagogies, Resistances. Basingstoke: Palgrave MacmillanNimkulrat, N. & O'Riley, T. (Eds.). (2009). Reflections and connections: On the relationship between creative production and academic research. Helsinki: University of Art and Design Helsinki. Retrieved 06 06, 2014, from https://www.taik.fi/kirjakauppa/images/f5d9977ee66504c66b7dedb259a45be1.pdfNimkulrat, N. (2013). Situating creative artifacts in art and design research. FORMakademisk 6 (2), pp. 1-16. Retrieved July 06, 2014, from https://journals.hioa.no/index.php/formakademisk/article/viewFile/657/619Nystrand, M. (2006). "The social and historical context for writing research". In C. A. MacArthur, S. Graham, & J. Fitzgerald (Eds.), Handbook of writing research, (pp. 11-27). New York: Guilford Press.Picasso, P. (1992). Picasso Speaks. In C. Harrison & P. Wood (Eds.), Art in Theory 1900-2000: An anthology of changing ideas (pp.210-213). Oxford: Blackwell Publishing. (Original work published in The Arts, New York, May 1923, pp.315-26).Pienimäki, L. (2007). A researching artist as the generator and interpreter of meanings. In Maarit Mäkelä & Sara Routatinne (Eds.). Artists as Researcher: In between Art and Research. Working Papers F 32. (pp. 10-16). Helsinki: University of Art and Design Helsinki. Retrieved July 06, 2014, from http://www.taik.fi/images/stories/Working%20papers/32.pdfQuaresma, J., Dias, F.P.R., & Guadix, J.C.R. (coord.). (2010). Investigação em Arte: Uma floresta, muitos caminhos. Vol. I. Lisboa: CIEBA/ FBAULQuaresma, J., Dias, F.P.R., & Guadix, J.C.R. (coord.). (2011). Investigação em arte e design: fendas no método e na criação = Research in art and design: cracks in method and creation. Vol. II. Lisboa: CIEBA/ FBAULRancière, J. (2006). Thinking between disciplines: an aesthetics of knowledge. Jon Roffe (trans.). Parrhesia, 1, 1-12Rancière, J. (2008). Jacques Rancière and Indisciplinarity. Gregory Elliot (trans.). Art & Research: A Journal of Ideas, Contexts and Methods, 2 (1), 1-10Rogoff, I. (2006). Academy as Potentiality. In A. Nollert et al. (Eds), A.C.A.D.E.M.Y, (pp. 13-20). Frankfurt am Main: Revolver.Rogoff, I. (2008). Turning. e-flux journal, 0 (November), 1-10. Retrieved July 06, 2014, from http://worker01.e-flux.com/pdf/article_18.pdfSchatzki, T., Cetina, K., & Savigny, E. (Eds.). (2001). The practice turn in contemporary theory. London and New York: RoutledgeSchwab, M. (Ed.). (2013). Experimental Systems: Future Knowledge in Artistic Research. Belgium: Leuven University PressSinner, A., Leggo, C., Irwin, R. Gouzouasis, P. & Grauer, K. (2006). "Arts-Based educational research dissertations: Reviewing the practices of new scholars". Canadian Journal of Education, 29 (4), 1223-1270. Retrieved January 20, 2014, from ftp://86.17.155.143/J_drive/Jess%20BA%20Hons/Independent%20Study/Back%20up%20of%20desktop%20folder/Arts%20based%20educational%20research.pdfSmart, B. (2002). Teoria social pós moderna. In Brian S. Turner (Ed.). Teoria social (pp. 405-436). Lisboa: Difel.Smithbell, P. (2010). Arts-Based Research in Education: A Review. The Qualitative Report 15 (6), 1597-1601. Retrieved January 20, 2014, from http://www.nova.edu/ssss/QR/QR15-6/cahnmann.pdfSolleveld, F. (2012). A Paradigm for What? (Review of: Henk Borgdorff, The Conflict of the Faculties: Perspectives on Artistic Research and Academia). Krisis: Journal for contemporary philosophy, 2, 78-82. Retrieved October 20, 2014, from http://www.academia.edu/2088073/A_Paradigm_for_What_Review_of_Henk_Borgdorff_The_Conflict_of_the_Faculties_Perspectives_on_Artistic_Research_and_Academia_Sullivan, G. (2005). Art Practice as Research: Inquiry in the Visual Arts. Thousand Oaks, CA: SAGE PublicationsThompson, C. (2006). Art practice as research: A review essay. International Journal of Education & the Arts, 7 (3). Retrieved January 20, 2014, from http://www.ijea.org/v7r3/v7r3.pdfWilson, M., & Van Ruiten, S. (Eds.). (2013). SHARE Handbook for Artistic Research Education. Amsterdam: ELIA. Retrieved January 20, 2014, from http://www.elia-artschools.org/images/products/120/share-handbook-for-artistic-research-education-high-definition.pd

Uma Avaliação dos Projectos Educativos dos Conservatórios Públicos do Ensino Especializado da Música

Este relatório está organizado em quatro partes principais. Esta Introdução, cujo objectivo é dar a conhecer ao leitor os principais contornos do estudo (e.g., enquadramento, propósitos, metodologia), constitui a primeira parte. Na segunda parte, intitulada Principais Aspectos a Destacar, apresenta-se os resultados, as reflexões mais salientes e as recomendações que decorrem do estudo. Na terceira parte, designada Para a Construção de um Referente de Avaliação, apresenta-se e discute-se informação relevante, maioritariamente produzida no âmbito de investigações realizadas no contexto do ensino especializado da Música, destinada a ser utilizada como referente na análise e avaliação dos projectos educativos. Finalmente, na quarta parte, Análise e Avaliação dos Projectos Educativos, desenvolve-se a avaliação dos PE dos conservatórios propriamente dita, apresentando, numa primeira parte a avaliação de pendor mais qualitativo e, numa segunda parte, a avaliação conducente a uma classificação dos PE e, por isso, de natureza mais quantitativa

Ensino Artístico Especializado da Música: Para a Definição de um Currículo do Ensino Básico

O presente estudo visa contribuir para uma definição de um currículo do curso básico do ensino especializado da música em Portugal. Se dele se poderá extrair a necessidade de uma mudança, importa-nos sobretudo como seus autores carrear a maior informação possível e lançar sobre ela várias linhas interpretativas, para que as transformações futuras, empreendidas por terceiros, possam ser concebidas com efectivo conhecimento das realidades, dos potenciais que estas transportam e dos bloqueios estruturais que as atingem de há muito em Portugal. Enquanto investigadores comprometidos não deixamos de apresentar análises críticas e recomendações. Com estes objectivos, o presente documento organiza-se começando por fazer o estado da arte relativamente à discussão, à análise e à caracterização das várias soluções de âmbito curricular propostas às autoridades educativas desde meados da década de 90 do século passado até ao presente. Segue-se uma análise das tendências recentes de desenvolvimento do ensino básico, centrando-se sobre os princípios organizativos e curriculares que acabaram por plasmar as suas competências gerais e específicas. A esta discussão acrescenta-se uma reflexão acerca das tendências actuais de desenvolvimento do currículo do ensino básico, tanto regular quanto do especializado da música. Nesse sentido são analisados o projecto de reforma do ensino especializado surgido em 2003 e os planos de estudos actuais. Por fim, re-contextualizar toda esta discussão procurando ver como cada uma das suas variáveis se apresenta no plano internacional, sobretudo nos fora de discussão europeus. Ao longo do documento, e sempre que tal nos for parecendo adequado, faremos observações de pendor crítico, caso a caso, encerrando-se com uma série de recomendações que sistematizam as posições e os comentários que foram sendo tecidos no desenvolvimento deste trabalho O esforço agora empreendido orientou-se fundamentalmente pela ideia de que nos parece central caminhar-se no sentido da construção de um currículo do ensino básico do ensino especializado da música no real e verdadeiro sentido da palavra. O que, obviamente, é substancialmente diferente da elaboração de um qualquer plano de estudos. Neste sentido, este estudo teve como um dos seus objectivos principais contribuir para que se perspective e construa uma visão curricular que possa constituir uma forte referência para as escolas, para os seus professores e para os seus alunos. Para tal é necessário fazer opções que, eventualmente, poderão questionar práticas há muito instituídas. Espera-se que este estudo contribua positivamente para que se tomem as decisões curriculares que melhor se ajustem à efectiva melhoria do ensino especializado da música.Agência Nacional para a Qualificaçã

Selling our souls to the devil

[Excerpt] We want to make a theatre masterpiece. Nothing less. An unquestionably amazing show, an unpredictable invention, a magnificent event that makes everyone think that the world would not make sense without it happening and that, after it, nothing can be as it was before. A truly revolutionary show. But it is not easy. We have to work. Persistently. Until we reach a product of such a high level. And of course, we do not know already how this is done. We have to find out. Working will allow to discover that something that we do not know what it is and, as we need money to be able to work, someone will have to invest in us: give us money for us to work on something that, from the start, nobody knows what it will be.[...]União Europei

Governmentality and the Arts That Matter: Producing the Conformed, Flexible and Creative Pupil Since the Turn of the 20th Century

This article seeks to describe the historical derivations, continuities and displacements that have led to the widely consensual contemporary narratives, adopted by governmental entities and international policymakers, concerning the benefits of the arts to education and the constitution of personal identity. A history of the present approach is used to unveil the strategic purposes of a biopower, which, at its very origin, had efficiently correlated the promotion and inculcation of artistic values with the normalization of infant and child populations. To this end, we propose an analysis of two historical moments – at the turn of the 20th century and the beginning of the 21st century – in which aesthetic experiences, practices of the self and governmental rationalities were articulated in order to produce specific kinds of social actors and manage their fates

Theatre and the city in a Powerpoint

Edição bilingue em português e inglê

The pedagogy of the college seminar: historical background and contemporary interpretation

O artigo centra-se no seminário universitário, criado na Alemanha do século XVIII e que veio a afirmar como o instrumento pedagógico por excelência capaz de operar uma articulação objetiva entre investigação e ensino, possibilitando, desse modo, a emergência e afirmação da figura do pesquisador moderno e contemporâneo. Procura dar uma contribuição, tanto teórica quanto prática, para uma discussão, sempre por concluir, acerca da pedagogia da criação científica. O texto divide-se em duas partes: uma inicial, que procura capturar a essência do seminário; e uma subsequente, na qual se apresenta uma experiência de seminário em curso na atualidade. O artigo procura, em uma palavra, identificar a pedagogia do seminário, ontem e hoje, como consubstanciando uma espiral aventurosa em que o estar-a-ser-junto acadêmico se liga intrinsecamente à construção de um pensamento inventivo. É assim desenvolvida uma metodologia que procura superar o tempo e a distância. Insiste, por um lado, na importância da troca da palavra oral entre alunos e professores; e, por outro, no trabalho, lento e sistemático, de apropriação intertextual. São essas duas grandes operações que aproximam todos os que, ontem e hoje, se identificam com uma pedagogia da criação escrita e procuram refletir sobre ela no interior da universidade.This article focuses on college seminars, created in eighteenth-century Germany, which was consolidated as a quintessential pedagogical tool, capable of objectively combining research and teaching, consequently giving rise to the emergence and assurance of the modern and contemporary researcher. It seeks to contribute, both theoretically and practically, to what is an always-unfinished discussion about pedagogy and scientific creation. The text is divided into two parts, the first of which attempts to capture the essence of the seminar, while the second describes an ongoing seminar experience today. In short, the article aims at identifying seminar pedagogy, then and now, as the expression of an adventurous spiral in which the academic “coming-to-be-together” is intrinsically connected to the creation of inventive thinking processes. A methodology attempting to overcome both time and distance is thus developed. On the one hand, it emphasizes the importance of oral exchanges between students and teachers; on the other, it focuses on the slow and systematic labor of intertextual appropriation. These two fundamental practices bring together all those who, past and present, identify themselves with a pedagogy of inventive writing and seek to reflect on it within the higher education