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    Tuberculose Infantil — Terapêutica

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    A partir do início dos anos 80, o melhor conhecimento da microbiologia do Bacilo de Kock (BK), bem como da farmacodinamia e da farmacocinética dos antibacilares, permitiu seleccionar 5 tuberculoestáticos de primeira linha e associá-los em esquemas que levaram a um encurtamento substancial no tempo dos regimes antes empregues na terapêutica da TB, quer nas formas simples, quer nas complicadas. O autor enumera algumas propriedades e limitações da isoniazida (INH), rifampicina (RMP), pirazinamida (PZA), estreptomicina (SM) e etambutol (EMB) e apresenta os seus esquemas associativos nas várias formas de TB infantil: TB infecção, TB pulmonar simples ou complicada, TB extrapulmonar. São igualmente apontadas, de maneira protocolada, as indicações da corticoterapia na TB infantil. Em síntese, afirma-se que é necessário tratar correctamente a TB doença e a TB infecção da criança, o que seria dispensado se, em tempo oportuno, fosse accionada, como devia, a principal arma da prevenção da TB infantil: a detecção precoce de todos os casos dos adultos contagiantes e o seu tratamento imediato, correcto e completo

    Terapêutica da malária

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    Trabalho final do 6º ano médico com vista à atribuição do grau de mestrado em Doenças Infecciosas apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraA malária é uma das doenças infecciosas com maior impacto ao nível da Saúde Pública nos países em vias de desenvolvimento. No entanto, os fenómenos de globalização, as alterações climáticas e a maior mobilidade das populações poderão conduzir a uma maior disseminação da doença, com o aparecimento de casos de malária em zonas actualmente consideradas não endémicas. Considerando esse risco, a terapêutica da malária deverá constituir motivo de constante actualização por parte de Infecciologistas e Médicos de Família em todo o Mundo. À semelhança do que vem acontecendo com outras patologias, a emergência de resistências aos fármacos mais utilizados é, hoje em dia, uma das grandes preocupações dos clínicos nas áreas endémicas. As associações de fármacos são, actualmente, o gold standard da terapêutica, com a Organização Mundial de Saúde a recomendar, como tratamento de primeira linha, as combinações baseadas em derivados da artemisinina. Todavia, em Portugal, estes fármacos ainda não estão muito difundidos, utilizando-se outras combinações. Na malária grave, o objectivo é tratar o doente o mais rapidamente possível, utilizando-se um fármaco (quinino ou um derivado da artemisinina) por via parentérica, complementado com medidas de suporte e associando-lhe antibioterapia oral após o tratamento parentérico. Por outro lado, em áreas endémicas, as crianças representam uma percentagem significativa dos doentes com malária e um grupo etário onde a mortalidade é exageradamente elevada. Em Pediatria, os fármacos utilizados são semelhantes aos dos adultos (com excepção das tetraciclinas), mas as doses devem ser precisas e adaptadas ao peso ou, mais correctamente, à superfície corporal. A malária na gravidez também representa um desafio, já que existe a preocupação de poupar o embrião/feto a eventuais toxicidades farmacológicas; contudo, tanto os derivados da artemisinina (excepto no primeiro trimestre) como o quinino podem ser usados no tratamento da malária na grávida. Em relação à coinfecção malária-VIH, sabe-se que estes dois agentes interagem em prejuízo do doente. 2 Apesar disto, o tratamento da malária nestes doentes não difere do da população em geral. Finalmente, e com particular ênfase nestes casos particulares, existem muitas linhas de investigação. Esta observação assume particular importância nesta infecção, já que, para além do desconhecimento relativo a vários pormenores da patogenia da doença, é essencial manter sempre um arsenal terapêutico amplo de modo a que, na eventualidade de os tratamentos mais recentes falharem, estarem disponíveis, de imediato, fármacos comprovadamente seguros, adequados e, fundamentalmente, eficazes.Malaria is one of the most serious infections in terms of Public Health in the developing countries. However, the globalization phenomena, climate changes and the increased population mobility will eventually lead to a spread of the disease to non-endemic areas. This risk should encourage specialists in Infectious Diseases and Family Practitioners to keep informed about the most recent advances in malaria treatment. Like with other patologies, the emergence of resistant parasites is one of the main worries of the clinics that work in endemic areas. Nowadays, the association therapy is the treatment gold standard, and the World Health Organization recommends, as first line treatment, the artemisinin-based combination therapy. Despite this fact, these drugs are relatively unknown in Portugal. In severe malaria, the goal is to treat the patient as soon as possible, with a drug (quinine or artemisinin-based combination therapy) administered by parenteral route associated with supportive measures and oral antibiotics after the parenteric treatment. In endemic areas, children affected by malaria represent a significant percentage of all the patients and constitute a group where the mortality is excessively high. The drugs used to treat malaria in children are similar to those used in adults (except tetracyclines), but the dosage must be precise and adjusted to the weight (or, more correctly, to the body surface) of the sick child. Malaria in pregnancy is also a challenge, because it’s important to keep the embryo/fetus safe from the harmful effects of the substances used to treat malaria. However, both artemisinin-based combination therapy and quinine can be given to a sick pregnant woman to treat malaria. When it comes to malaria associated to HIV infection, it is known that these pathologic entities interact and cause more serious illness. In spite of that, treating malaria in these patients is no different than treating other patients. Finally, it’s essential to mention that, nowadays, there are countless research perspectives going on. This fact is very important when referring to malaria, as we don’t fully understand all the details related to the illness’ pathogenic aspects and because we need to keep a pool of safe, efficient drugs ready to be used if the most recent treatments start to fail

    Relação Terapêutica: estudo sobre a percepção dos clientes

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    A Relação Terapêutica, de um modo geral e a Aliança Terapêutica, de um modo particular, são elementos fundamentais da psicoterapia e comuns às diferentes abordagens psicoterapêuticas. Apesar dos estudos nacionais serem escassos, os estudos feitos além-fronteiras testemunham a existência de uma relação entre a relação terapêutica e os resultados da terapia, uma vez que esta tem sido considerada um elemento preditor de resultados, na medida em que a percepção dos clientes acerca da relação é aquela que prediz melhores resultados. No presente estudo pretendemos compreender a Aliança Terapêutica, como uma das dimensões do processo terapêutico, segundo a percepção dos clientes, nas diferentes abordagens terapêuticas consideradas. A amostra é constituída por 60 clientes de psicoterapia, com idade igual ou superior a 18 anos, de três distritos da zona centro do país. A recolha da amostra foi efectuada através de um questionário construído por nós e de um questionário destinado a avaliar a aliança – Inventário da Aliança Terapêutica (Machado & Horvath, 1999). A análise estatística dos resultados obtidos mostra que não existem diferenças estatisticamente significativas entre as abordagens psicoterapêuticas consideradas no estudo, quanto às Dimensões da Aliança Terapêutica

    Caraterização e adesão à terapêutica anti-hipertensiva no Norte de Portugal

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    A hipertensão arterial encontra-se entre as doenças crónicas não transmissíveis mais prevalentes na população mundial. A adesão à terapêutica anti-hipertensiva contribui para um melhor controlo da doença. Objetivos: Caracterizar o tratamento farmacológico anti-hipertensivo, determinar a prevalência da adesão à terapêutica e fatores associados em hipertensos do norte de Portugal. Materiais e Métodos: Foi realizado um estudo do tipo transversal e descritivo-correlacional, numa amostra de 385 hipertensos do norte de Portugal. O instrumento de recolha de dados utilizado consistiu num questionário de auto-preenchimento com a escala MAT (Medida de Adesão à Terapêutica) validada para a população portuguesa (7 itens com escala de Likert de 1 a 6 pontos, e cujo score médio ≥5 pontos corresponde a “aderente”). Foi usada estatística descritiva, bem como, análise estatística univariada e multivariada, com nível de significância de 5%. Resultados: A idade média dos participantes deste estudo foi de 62,5 anos, variando entre os 19 e os 94 anos, sendo a maioria da amostra constituída por hipertensos do género feminino (70,8%). Como terapêutica anti-hipertensiva em uso, observou-se que 54,0% da amostra tem prescritos medicamentos de marca, em que o mais frequente foi o Lasix® 40mg (5,2%) e como medicamento genérico o Losartan 50mg (4,2%), sendo que o grupo mais prevalente foi dos Antagonistas dos Recetores de Angiotensina (ARA) usado por 33,5% dos hipertensos. Quanto à adesão à terapêutica anti-hipertensiva, a prevalência foi de 93,2%, sendo os indivíduos com mais de 50 anos (p=0,003), profissionalmente ativos ou reformados (p<0,001) quem mais adere à terapêutica. Discussão e Conclusões: Os resultados deste estudo indicam que os hipertensos do norte de Portugal têm uma boa adesão à terapêutica anti-hipertensiva, nomeadamente as pessoas mais velhas e ativas ou reformadas tendem a ser os que se mostram mais preocupados em controlar a sua doença através do uso correto da terapêutica farmacológica prescrita.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Estado Confusional Agudo após Corticoterapia Inalada

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    Background: The connection between corticotherapy and neuropsychiatric symptoms is widely known, being one of the first questions we need to assess when presenting with first episode psychiatric symptoms or confusional state. Aims: To date, data on cases related to inhaled corticotherapy and neuropsychiatric effects is scarce. In this paper we describe a rare case in a young woman. Methods: The clinical case presented led us to try to understand the data published on the subject in order to discuss it in greater length. Results and Conclusions: We present and discuss a 27-year-old patient’s case, with no previous psychiatric disease, who was admitted to our Psychiatric ward after the onset of severe acute behavioural disturbance characterized by aggressiveness, visual and auditory hallucinatory activity, misidentification and altered conscience status. It was later found that seven days earlier she had been prescribed inhaled corticotherapy for a minor respiratory infection. A few days after corticotherapy withdrawal, the clinical symptoms improved significantly.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Terapêutica biológica na Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) – experiência do Centro Hospitalar Porto

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    Introdução: A terapêutica com agentes biológicos contribuiu para a melhoria da qualidade de vida dos doentes com AIJ grave. No entanto, a sua utilização tem potenciais riscos aliada a custo económicos elevados, o que conduziu à elaboração de recomendações (Sociedade Portuguesa Reumatologia), para a seleção e monitorização dos doentes. Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança da terapêutica biológica nos doentes com AIJ, seguidos na Unidade Reumatologia Pediátrica do CHP. Material/Métodos: Estudo transversal dos doentes com AIJ que efetuaram biológicos e cujos registos foram inseridos no Reuma.pt, com análise do tipo AIJ, agente(s) biológico(s) administrado(s), efeitos adversos e custos económicos associados. A evolução clínica, analítica e funcional foi avaliada num subgrupo com 36 meses de terapêutica através da escala visual analógica (EVA:0-100), Child Health Assessment Questionnaire (CHAQ:0-3), nº articulações ativas e velocidade de sedimentação. Resultados: De um total de 97 doentes com AIJ, 38,1% (n=37) efetuaram terapêutica biológica. A idade média no início da doença foi de 7,9 ±4,5anos, no diagnóstico 8,6 ±4,8anos e no início do 1º biológico 10,9 ±4,4anos. Os subtipos de AIJ mais frequentes, foram a AIJ poliarticular FR e a AIJ entesite, com 21,6% (n=8), cada tipo. Foi diagnosticada uveíte em 32,4% (n=12), tendo sido, determinante, para o início ou switch do agente biológico em 5 casos. Dos doentes expostos a este tipo de terapêutica, 78,4% (n=29) foram medicados com etanercept; 16,2% (n=6) infliximab; 13,5% (n=5) adalimumab; 13,5% (n=5) tocilizumab e 2,7%(n=1) anakinra, com média de exposição de 3 ±2,6 anos (mín:0,1/máx:12). Ocorreram 8 eventos adversos não graves e 2 doentes suspenderam temporariamente a terapêutica. O custo económico mensal estimado, por doente, para cada biológico é: 464€ - etanercept; 448€ - infliximab; 994€ - adalimumab; 335€ - tocilizumab; 870€ - anakinra. No início da terapêutica biológica, o valor médio de EVA era 55,1 ±19,3; o CHAQ 1,1 ±0,6; o número médio de articulações ativas era 5,3 ±2,6 e o valor médio de VS 36,8 ±23,3mm/h. Aos 36 meses de terapêutica biológica, o valor médio de EVA era 17,5 ±20,1; o CHAQ 0,3 ±0,4; o número médio de articulações ativas era 1,8 ±3,8 e o valor médio de VS 15,8 ±15,7mm/h. Conclusão: Os critérios da SPR para a administração de terapêutica biológica são adequados na seleção e monitorização destes doentes. Nesta amostra, a terapêutica demonstrou ser eficaz e segura. Apesar dos custos elevados inerentes, a sua introdução precoce teve um impacto fundamental na melhoria da qualidade de vida e redução da morbilidade associada à doença

    Risco Cardiovascular em Doentes com Infecção por Vírus da Imunodeficiência Humana

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    O aumento do risco cardiovascular é considerada uma importante complicação da infecção Infecção por Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) e da terapêutica anti-retroviral (TARV). À disfunção endotelial característica do processo inflamatório crónico desencadeado pela infecção retroviral, associa-se a disfunção metabólica induzida pela terapêutica, predispondo, em conjunto, para a aterogénese precoce. O reconhecimento deste aumento de risco cardiovascular permite-nos elaborar estratégias de prevenção e optimização terapêutica que passam pelo uso criterioso de hipolipemiantes e modificação da TARV, consoante a avaliação do risco cardiovascular global de cada doente

    Anemia Hemolítica Auto-Imune - Caso Clínico

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    A anemia hemolitica é uma entidade caracterizada por destruição dos glóbulos vermelhos mediada por auto-anticorpos. Os mecanismos fisiopatológicos ainda nao estão completamente compreendidos e a terapêutica é controversa.Os autores apresentam este caso pela sua particular evolução/resposta terapêutica
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