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    Fadiga secundária ao tratamento quimioterápico em mulheres com câncer de mama: Repercussões sobre a qualidade de vida.

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    CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoTrabalho de Conclusão de Curso (Graduação)A quimioterapia é hoje o principal tratamento sistêmico para o câncer de mama. A maioria dos quimioterápicos, mesmo em doses terapêuticas, ocasionam reações adversas e indesejadas em diversos órgãos e tecidos. Dentre as principais reações adversas, destacamos a fadiga secundária à quimioterapia, que apresenta alta prevalência entre mulheres submetidas a este tratamento, sendo descrita como uma das reações adversas que tem influência negativa na qualidade de vida. O presente trabalho buscou identificar, avaliar e compreender as repercussões da fadiga secundária à quimioterapia na qualidade de vida da paciente com câncer de mama, e, subsidiar melhorias no planejamento da assistência de enfermagem. Trata-se de um estudo descritivo e interpretativo, com orientação teórico-metodológica da antropologia médica e método do estudo de caso etnográfico. Os dados foram coletados utilizando entrevistas semiestruturadas e observação participante do contexto da vida da paciente e de sua história de vida, diante do percurso da doença e do percurso do tratamento. Foi realizada a transcrição e análise temática dos dados. Os resultados mostraram que a fadiga secundária à quimioterapia, do ponto de vista da participante, não gerou impactos significativos na qualidade de vida, quando considerados os aspectos culturais que tratam sobre conceitos de saúde, doença e da qualidade de vida. Porém, quando os conteúdos das entrevistas foram correlacionados com autores de estudos que investigam o processo saúde-doença e a qualidade de vida sob a perspectiva biologicista, verificamos diversos aspectos em que a qualidade de vida sofreu interferências e prejuízos durante a trajetória do adoecimento e tratamento, tais como: adequações na rotina de vida, do trabalho; diminuição da capacidade funcional para as atividades diárias; otimização do tempo para realizar suas atividades de lazer e também do trabalho; mudanças nos hábitos alimentares. A fadiga secundária a quimioterapia tem sido pouco valorizada pela equipe de saúde e por isso, também passa a ser normalizada pelos pacientes, que a consideram como uma reação esperada, não previnível e sem opções de manejo ou tratamento eficaz, sendo portanto sub notificada. Estudos sobre prevenção, manejo, estratégias e tratamentos da fadiga secundária à quimioterapia, que envolvam número maior de pacientes, ou grupos com diferentes características sociais, clínicas e mesmo em outros contextos culturais, são de extrema importância, a fim de elucidar e aprofundar o conhecimento sobre sua ocorrência, e assim, possibilitar melhor controle, manejo e tratamento durante a trajetória do tratamento quimioterápico

    Experiência subjetiva com medicamentos de pacientes convivendo com câncer de mama

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    Introdução: A experiência subjetiva com medicamentos deve ser compreendida e explorada no dia-a-dia da prática clínica. Objetivo: Compreender a experiência subjetiva com medicamentos de mulheres convivendo com o câncer de mama. Método: Estudo qualitativo, com orientação teórico-metodológico da Experiência Subjetiva com Medicamentos proposta por Ramalho de Oliveira & Shoemaker e do Fotovoz na perspectiva de Wang e Burris. O estudo foi realizado no setor de oncologia de um hospital de nível terciário na região do Triângulo Mineiro entre agosto e novembro de 2017. A amostra de 03 participantes foi estabelecida no momento em que a inclusão de novos participantes não acrescentava nada de novo à pesquisa e os objetivos foram alcançados. O critério de inclusão foi intencional entre mulheres acompanhadas pelo serviço de Gerenciamento da Terapia Medicamentosa e que aceitaram participar da pesquisa. As participantes utilizaram fotografias para retratar as suas experiências com o uso de medicamentos. Estas fotografias foram discutidas e interpretadas nos fotodiálogos; estes foram gravados e transcritos cujos dados foram interpretados pela análise indutiva dos dados. Resultados: A experiência com o uso de medicamentos foi definida em quatro unidades temáticas: 1- Quimioterapia e a ideia de perda de cabelo; 2- Implicações da experiência subjetiva com medicamentos nas relações familiares e de trabalho; 3- Valorizando o uso da terapia endócrina: adesão ao tratamento. 4- Resposta do corpo às reações da quimioterapia! Conclusão: Os temas do estudo validaram a importância da Atenção Farmacêutica operacionalizada pelo Gerenciamento da Terapia Medicamentosa no contexto da mulher com câncer de mama

    Câncer de mama e alimentação : percepções de mulheres com histórico de câncer de mama sobre o papel da alimentação na prevenção e no tratamento.

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    The Breast Cancer is the most type of cancer that affects women worldwide. The existence of cancer results in dietary changes, which can modify the nutrition carcinogenic process at any stage, even is of great importance for the prevention and treatment. This is a descriptive case study with a qualitative approach, which aims to understand the perceptions of women with breast cancer who exp erienced disease treatment with regard to food . Data were collected through interviews followed by a pre - structured with women participants of the NGO Friends of the Chest Paraibana capital script. Dietary and nutritional factors play an important role and influence the quality and quantity of life after cancer diagnosis. It can be verified prior inadequacy in supply of women who were diagnosed with breast cancer and the change in eating habits after the nutritional intervention . Therefore, one should reinf orce the importance of inclusion in the approach of people with breast cancer - the object of this work - the nutrition component, considering its impact on quality of life throughout the disease process, and provide the access to equipment that could be p ut in place during the life of the patients knowledge.O Câncer de Mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo. A existência do câncer result a em mudanças dietéticas, onde o acompanhamento nutricional pode modificar o processo c arcinogênico, inclusive durante a prevenção e o tratamento. Trata - se de um estudo de caso descritivo com abordagem qualitativa, que v isa conhecer as percepções das mulheres com Câncer de Mama que vivenciaram a experiência do tratamento da doença no que diz respeito à alimentação. Os dados foram coletados através de entrevistas seguidas por um roteiro pr é estruturado com mulheres partici pantes da O rganização N ão G overnamental Amigas do Peito na capital Paraibana. Os fatores dietéticos e nutricionais d esempenham importante papel e podem influencia r a qualidade e a sobrevida após o diagnóstico do câncer . Pode - se constatar a inadequação prévia na alimentação das mulheres que foram diagnosticadas com neoplasia mamária e a alteração de hábitos alimentares depois da intervenção nutricional. Sendo assim, deve - se reforçar a importância da inclusão na abordagem das portadoras de câncer de mama – objeto deste trabalho – do componente da nutrição, tendo em vista o seu impacto na qualidade de vida durante todo o processo de adoecimento, além de proporcionar o acesso a conhecimentos passiveis de serem colocados em prática no decorrer da vida das pac ientes

    Fadiga e qualidade de vida em pacientes sobreviventes de câncer de mama após um ano do diagnóstico

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    Orientador: Prof. Dr. Almir Antonio UrbanetzTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna. Defesa: Curitiba, 25/11/2011Bibliografia: fls. 82-98Área de concentração: Medicina InternaResumo: Trata-se de estudo descritivo, comparativo e com abordagem quantitativa, que objetivou avaliar a fadiga e qualidade de vida em mulheres sobreviventes de câncer de mama livres da doença, após um ano ou mais do diagnóstico, atendidas no Sistema Único de Saúde. Foi constituída uma amostra não-probabilística, consecutiva, de 202 pacientes sobreviventes tratadas em dois grandes hospitais em Curitiba, Paraná, e comparadas com dois grupos controles (202 mulheres saudáveis e 202 mulheres sem história de câncer), pareadas por idade com as pacientes. A coleta de dados ocorreu de dezembro de 2008 a junho de 2010 e utilizou-se o WHOQOL-bref, o EORTC QLQ-C30 e a Escala de Fadiga de Piper-revisada, além de dados socioeconômicos, demográficos, clínicos e do tratamento. Os testes estatísticos utilizados foram qui-quadrado, regressão logística multivariada, modelo linear generalizado e o coeficiente de correlação de Spearman. A correção de Bonferroni também foi utilizada. Foi adotado o nível de significância de 5%. As sobreviventes tinham diagnóstico prévio de câncer de mama em estádios in-situ a III, não estavam em tratamento com exceção de hormonioterapia, tinham idade entre 31 e 85 anos (idade média=54,5 anos, dp=10,4) e tempo médio de diagnóstico de 5,2 anos (dp=4,6, mediana=3,9 anos). A maioria delas eram brancas (79,2%), com ensino fundamental (64,9%), tinham companheiro (66,3%) e 47% relataram 1 ou 2 filhos vivos. A maioria (58,4%) não tinha emprego remunerado e tinha uma renda mensal familiar per capita menor ou igual a um salário mínimo (66,3%). A prevalência de fadiga para as sobreviventes foi de 37,6%. O escore médio da fadiga total e os escores médios das dimensões afetiva, comportamental e sensitivo/psicológica indicaram fadiga leve. Os fatores preditivos para fadiga foram menor idade (p=0,024), presença de dor (p=0,000), dispnéia (p=0,006), insônia (p=0,015), e náuseas/vômitos (p=0,036). Os escores médios para qualidade de vida foram significativamente menores para o grupo de sobreviventes com fadiga (todos os valores de p<0,01). Considerando todas as sobreviventes, a fadiga total e dimensões foram associadas negativamente à qualidade de vida (todos os valores de p<0,01). Na comparação com os grupos controles, os escores médios da fadiga total e das dimensões foram significativamente maiores para as sobreviventes do que para os grupos controles (todos os valores de p<0,01). Além disso, as sobreviventes relataram piores avaliações de qualidade de vida geral em relação às mulheres saudáveis e para os domínios físico, psicológico e meio ambiente em relação aos dois grupos controles (todos os valores de p<0,05). Não houve diferença significativa para o domínio relações sociais entre os três grupos. Os resultados sugerem que muitas sobreviventes de câncer de mama livres da doença após o tratamento experimentaram fadiga, principalmente as mais jovens, com dor, dispnéia, insônia e náuseas/vômitos, e essa fadiga comprometeu a qualidade de vida. Também observou-se que as sobreviventes apresentaram significativamente maior fadiga e piores avaliações para a maioria dos aspectos de qualidade de vida quando comparadas à mulheres saudáveis ou sem história de câncer. Pelos resultados obtidos enfatiza-se a importância das avaliações de fadiga e qualidade de vida especialmente direcionadas às mulheres com câncer de mama.Abstract: This is a descriptive and comparative study with a quantitative approach, that aimed to assess fatigue and quality of life among disease-free breast cancer survivors, one year after diagnosis, and assisted by the National Health System. The non-probability sample consisted of 202 consecutive breast cancer survivors treated at two large hospitals in Curitiba, Paraná, compared with two age-matched control groups (202 healthy women and 202 women with no history of cancer history). Data collection was held from December 2008 to June 2010. The WHOQOL-bref, the EORTC QLQC30 and the Piper Fatigue Scale-revised was applied, and were obtained socioeconomic, demographic, clinical, and treatment data. For statistical analysis, were used chi-square, multivariate logistic regression, generalized linear model and the Spearman correlation coefficient. The Bonferroni correction was also used. The adopted level of significance was of 5%. The survivors had a previous diagnosis of breast cancer in stages in situ-III, were on no current therapy other than hormone therapy, and were aged between 31 and 85 years (mean age = 54,5 years, sd=10,4), and with mean time from diagnosis of 5,2 years (sd=4,6, median=3,9 years). Most of them were white (79,2%), with elementary schooling (64,9%), had a partner (66,3%), and with one or two children (47%). Most (58,4%) had no paid employment and with monthly individual income of a minimum wage or less (66,3%). The prevalence of fatigue for survivors was 37,6%. The total and affective, sensory, and behavioral/psychological fatigue mean scores indicated slight fatigue. The predictive factors for fatigue were younger (p=0,024), presence of pain (p=0,000), dyspnea (p=0,006), insomnia (p=0,015), and nausea/vomiting (p=0,036). The quality of life mean scores were significantly lower for fatigued survivors than for the non-fatigued survivors (all p-values <0,01). For survivors, total and subscales fatigue were negatively associated with quality of life (all p-values<0,01). The total and subscales fatigue scores were significantly higher for survivors than for the two control groups (all p-values <0,01). In addition, survivors reported worse overall quality of life than healthy women, and poor assessments of quality of life than the two control groups for the physical, psychological, and environment domains (all p-values <0,05). There was no significant difference for the social relationships domain between the three groups. The results suggest that many survivors of breast cancer disease-free after treatment experienced fatigue. Predictive factors for fatigue were younger age, presence of pain, dyspnea, insomnia, and nausea/vomiting. Fatigue committed to quality of life of breast cancer survivors. It was also observed that survivors had significantly greater fatigue and worse quality of life assessment than control groups in most domains evaluated. The results obtained emphasize the importance of fatigue and quality of life assessment especially targeted to women with breast cancer

    Efeitos da acupressura auricular para melhoria da qualidade de vida de mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico : ensaio clínico randomizado

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    Orientadora: Profa. Drª. Luciana Puchalski KalinkeCoorientador: Prof. Dr. Jorge Vinícius Cestari FelixDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Defesa : Curitiba, 20/06/2018Inclui referências: p. 72-84Área de concentração: Prática Profissional de EnfermagemResumo: Trata-se de um ensaio clínico randomizado com o objetivo de avaliar os efeitos da acupressura auricular na melhoria da qualidade de vida de mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico e teve como objetivo de intervenção realizar um protocolo para aplicação da acupressura auricular no ambulatório de hematologia e oncologia do Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. A pesquisa foi realizada de março de 2017 até abril de 2018.Participaram 54 mulheres com câncer de mama que estavam recebendo quimioterapia, com idade igual ou superior a 18 anos, não gestantes e que tinham disponibilidade para aplicação da acupressura auricular no ambulatório. Foram excluídas aquelas em uso de medicamentos antidepressivos e/ou ansiolíticos. Foram randomizadas 27 mulheres no grupo intervenção e 27 no grupo controle ou Sham, com alocação de 1:1 (1 intervenção: 1 controle ou Sham pseudointervenção). Os pontos utilizados foram escolhidos pela equipe de pesquisa, de acordo com os principais sintomas físicos e emocionais causados pelo câncer e seu tratamento identificados na literatura. O grupo intervenção recebeu a aplicação da acupressura auricular com esferas de cristal em seis acupontos, (shenmem, rim, estômago, cárdia, tronco cerebral e endócrino), o grupo controle recebeu a aplicação do micropore® nos mesmos acupontos e ambos com aplicação semanal por 12 semanas. A qualidade de vida foi avaliada em cinco momentos diferentes, a primeira antes de iniciar a intervenção e as demais sequencialmente com intervalo de três semanas, com os questionários da European Organization for Research and Treatment of Cancer, Quality of Life Questionnaire Core 30 e Quality of Life Questionnaire - Breast Cancer BR23. Os resultados mostraram que a idade média das mulheres foi de 51,3 anos e demonstraram melhorias em todos os domínios relacionados à qualidade de vida. Porém, as significantes no grupo intervenção foram na escala de sintomas do Quality of Life Questionnaire Core 30 para náuseas e vômito, p valor= 0,0018 e no Quality of Life Questionnaire - Breast Cancer nos sintomas da mama, p valor= 0,00046. A acupressura auricular mostrou-se método seguro, eficaz, de baixo custo, sem efeitos colaterais, facilmente aplicável por enfermeiros em pacientes ambulatoriais e pode ser recomendada como terapia complementar no tratamento do câncer de mama com vistas à melhorar a QV. O resultado do objetivo de intervenção foi a elaboração do protocolo de auriculoterapia para aplicação da acupressura auricular como tratamento complementar nos pacientes com diagnóstico de câncer de mama em tratamento quimioterápico, atendidos no local da pesquisa. Palavras-Chaves: Câncer mama. Qualidade de vida. Auriculoterapia. Acupressura auricular. Enfermagem Oncológica.Abstract: This is a randomized clinical trial with the objective of evaluating the effects of auricular acupressure on the quality of life of women with breast cancer undergoing chemotherapeutic treatment and had the objective of implementing a protocol for the application of auricular acupressure in hematology and oncology of the Clinical Hospital of the Federal University of Paraná. The research was carried out from March 2017 until April 2018. Participants were 54 women with breast cancer who were receiving chemotherapy, aged 18 years or above, not pregnant and who were available to come weekly for auricular acupressure. Excluding those who were taking antidepressant and / or anxiolytic drugs. Twenty-seven women in the intervention group and 27 in the control or Sham group, with allocation of 1: 1 (1 intervention: 1 control or Sham pseudo-intervention) were randomized. The intervention group received the application of auricular acupressure with crystal beads in six acupoints (shenmem, kidney, stomach, cardia, brainstem and endocrine). The control group received the application of the micropore in the same acupoints. Both groups received weekly sessions during 12 weeks. Quality of life was assessed at five different times, the first being before the intervention and the next four every three weeks with questionnaires from the European Organization for Research and Treatment of Cancer, Quality of Life Questionnaire Core 30 and Quality of Life Questionnaire - Breast Cancer BR23. The results showed that the average age of women was 51.3 years and showed improvements in all domains related to quality of life. However the signifiers in the intervention group were in the symptom scale of the Quality of Life Questionnaire Core 30 for nausea and vomiting, p value = 0.0018 and in the Quality of Life Questionnaire - Breast Cancer in breast symptoms, p value = 0.00046. Atrial acupressure has proved to be a safe, effective, low-cost, no-side-effect method easily applied by nurses in outpatients and may be recommended as a complementary therapy in the treatment of breast cancer to improve QoL in these women.The result of the intervention was the elaboration of anauriculotherapy protocol for the application of auricular acupressure as a complementary treatment in patients with breast cancer diagnosis undergoing chemotherapy, treated at the research site. Keywords: Breast cancer. Quality of life. Auriculotherapy. Auricular acupressure. Oncology Nursing

    Qualidade de vida de mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico adjuvante e neoadjuvante

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    Orientadora: Profª. Drª. Luciana Puchalski KalinkeDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Defesa: Curitiba, 16/10/2015Inclui referências : f. 90-106Área de concentração: Prática profissional de enfermagemResumo: Trata-se de uma pesquisa observacional, longitudinal, descritiva e analítica, cujo objetivo foi avaliar a qualidade de vida de mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico adjuvante e neoadjuvante. A pesquisa foi realizada em um Hospital público, universitário no Estado do Paraná. A amostra foi por conveniência, sendo incluídas 67 mulheres que iniciaram o tratamento quimioterápico no período de maio de 2013 a maio de 2015. A coleta de dados ocorreu em três etapas com a aplicação do questionário de caracterização sociodemográfica e clínica na primeira etapa e os questionários da European Organization for Research and Treatment of Cancer, Quality of Life Questionnaire Core 30 - QLQ-C30 e Quality of Life Questionnaire - Breast Cancer - QLQ-BR23 em todas as etapas. Os dados obtidos foram organizados em tabelas elaboradas no programa Microsoft® Excel 2010 e, efetuada a análise descritiva, com distribuição de frequência e de medidas descritivas, expressas em média, desvio padrão, valores mínimos e máximos e testes estatísticos de associação entre variáveis (Friedman, Diferença Mínima Significativa, Spearman, Kruskal-Wallis e Mann Whitney). Os valores de p!0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Os resultados demonstraram que a média de idade foi de 51,3 anos, 61,2% são casadas e 64,2% possuem de um a três filhos, 43,3% estudaram menos de nove anos. Quanto a renda familiar e per capita possuíam média de 2,8 e 1,1 salários mínimos, respectivamente. O estadio clínico III foi o mais frequente, em 82% das mulheres, com o tratamento quimioterápico neoadjuvante predominante em 79,1%, o protocolo baseado em antracíclinos e taxanos em 76,1%, e mais de 50% iniciaram a quimioterapia dentro do prazo estipulado de 60 dias para os tratamentos neoadjuvante e adjuvante. Na avaliação da qualidade de vida as análises reportaram diferenças significativas na função física e função emocional. Na escala de sintomas a fadiga e náuseas e vômitos e sintomas da mama. Na comparação entre as modalidades neoadjuvante e adjuvante as diferenças foram significativas na função física, desempenho pessoal e função cognitiva e nos sintomas dor, dispneia e sintomas da mama, denotando que as mulheres em terapêutica neoadjuvante foram mais afetadas. A associação entre as variáveis qualidade de vida global e estadiamento apresentou-se significativa na primeira e na terceira etapa, enquanto a associação do estadiamento com a função física e com a fadiga foram significativas na terceira e primeira etapa, respectivamente, fato evidenciado pelos estadios avançados encontrados nesta pesquisa. Na associação das variáveis função emocional com filhos houve significância na terceira etapa. Estes resultados evidenciam que as mulheres são afetadas em vários domínios, e que há a necessidade de atende-las de forma direcionada e integral para manter sua qualidade de vida. Para tal, a assistência deve estar voltada para além dos sintomas físicos, englobando os aspectos funcionais, físicos, emocionais, cognitivos e sociais acometidos em decorrência da doença e da terapêutica. Palavras-Chave: Enfermagem oncológica. Qualidade de vida. Câncer de mama.Abstract: This is an observational, longitudinal, descriptive and analytical study, with the objective of evaluating the quality of life of women with breast cancer undergoing adjuvant and neoadjuvant chemotherapy. The survey was conducted in a public university hospital in the state of Paraná, Brazil. The sample was for convenience, being included 70 women who started chemotherapy from May 2013 to May 2015. Data collection took place in three phases with the application of socio-demographic and clinical characterization questionnaire in the first and questionnaires of the European Organization for Research and Treatment of Cancer, Quality of Life Questionnaire Core 30 (QLQ-C30) e Quality of Life Questionnaire - Breast Cancer (QLQ-BR23) in all three phases. The data acquired were organized in Microsoft Excel 2010 spreadsheets and performed a descriptive analysis with frequency distribution and descriptive measures, expressed as mean, standard deviation, minimum and maximum values and statistical tests of association between variables (Friedman, Minimum Significant Difference, Spearman, Kruskal-Wallis and Mann Whitney). Values of p!0.05 were considered statistically significant. The results showed that the average age is 51.3 years, 61.2% are married and 64.2% have one to three children, 43.3% attended school for less than nine years. As for household and per capita incomes, the average is 2.8 to 1.1 minimum wages, respectively. The clinical stage III was the most frequent, in 82% of women, with neoadjuvant chemotherapy treatment prevalent in 79.1%, the protocol based on anthracyclines and taxanes in 76.1%, and over 50% started chemotherapy within the stipulated period of 60 days for neoadjuvant and adjuvant treatments. In the assessment of quality of life analyzes reported significant differences in physical and emotional function. In the symptom scale, associated with fatigue, nausea, vomiting and breast symptons. Comparing the groups neoadjuvant and adjuvante, there were significant differences in physical function, personal performance and cognitive function, as well as in the symptoms pain, dyspnea and breast symptoms, denoting that women in neoadjuvant therapy were more affected. The association between overall quality of life and staging showed significant in the first and third phases, while the association of staging with physical function and fatigue were significant in the third and first phases, respectively, fact evidenced by the advanced stages found in this study. In the association of emotional function with children there was significance in the third stage. These results show that women are affected in various aspects, and that there is the need to attend them in a targeted and comprehensive manner to maintain their quality of life. For this purpose, assistance must be focused beyond physical symptoms, encompassing functional, physical, emotional, cognitive and social aspects affected by the disease and their therapy. Key Words: Oncology Nursing. Quality of Life. Breast Cancer

    Relaxamento com imagem guiada para pacientes com câncer de colo de útero em tratamento de radioquimioterapia : ensaio clínico randomizado

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    Orientadora: Profa. Dra. Luciana Puchalski KalinkeDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Defesa : Curitiba, 27/05/2021Inclui referências: p. 75-94Resumo: As modalidades terapêuticas para o câncer do colo uterino podem ocasionar consequências negativas para as mulheres. As abordagens, mente- corpo, entre elas, a imagem guiada com relaxamento progressivo, podem minimizar, aliviar estas consequências, e proporcionar melhor qualidade de vida relacionada a saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar se a técnica de relaxamento por imagem guiada, com o uso da realidade virtual, diminui as alterações na qualidade de vida relacionada à saúde, das pacientes com câncer de colo uterino, durante o tratamento concomitante com quimioradioterapia. Trata-se de um ensaio clínico randomizado, realizado em um serviço de radioterapia de um hospital público no sul do Brasil, no período de outubro de 2019 a janeiro de 2021, em que foram incluídas 52 mulheres, sendo 28 alocadas no grupo experimental e 24 no grupo controle. A técnica utilizada para grupo experimental foi relaxamento com imagem guiada e para o grupo controle o tratamento padrão. A randomização foi realizada com uso de envelopes, contendo as siglas (Grupo experimental) e GC (Grupo controle), após distribuídas as siglas nos envelopes, estes foram lacrados e numerados e entregues aleatoriamente para as participantes. Os dados da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde foram coletados em ambos os grupos, com o questionário Functional Assessment of Cancer Therapy- Cervix Cancer; a ansiedade foi avaliada com o uso do Inventário de Ansiedade Traço- Estado. Os resultados mostraram média de idade foi de 41,1 anos no grupo controle e 48,4 anos para grupo experimental; faixa etária de 24 a 39 anos foi a mais frequente em ambos os grupos. O maior grau de escolaridade presente no grupo controle foi ensino médio com 14 (58,3%), no experimental 11 (39,2%) e a renda na faixa de 01 a 03salários-mínimos (189,20),emambososgrupos.OCarcinomaEspinocelularfoitipohistoloˊgicomaisfrequentenosgruposdoestudo,commaiornuˊmerodecasosemestadiamentoIIICnogrupocontrole(20,8189,20), em ambos os grupos. O Carcinoma Espinocelular foi tipo histológico mais frequente nos grupos do estudo, com maior número de casos em estadiamento IIIC no grupo controle (20,8%) e IIIB (39,3%) no grupo experimental. Na avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde dos domínios bem-estar físico, funcional, qualidade de vida geral e fatores relacionados, especificamente, a sintomatologia do câncer de colo uterino tiveram escores mais elevados no grupo experimental, e declínio no grupo controle. Observou-se um declínio nos níveis de ansiedade no grupo experimental e um aumento no grupo controle a partir da 2ª avaliação. A terapia de relaxamento por imagem guiada demonstrou forte redução da ansiedade e impacto positivo na qualidade de vida geral das pacientes deste estudo. É necessário compreender a necessidade de adotarmos intervenções, por meio de práticas integrativas complementares, visando melhorar os fatores que comprometem sua qualidade de vida destas pacientes.Abstract: The therapeutic modalities about cervical cancer can cause negative consequences to women. The approaches, body-mind, among them, the guided image with progressive relaxing can minimalize these consequences and provide a better life quality, when related to health. The goal of this article was to evaluate if the guided image relaxing technique, using virtual reality, decreases the changes related to the patients with cervical cancer on health and quality of life, during the treatment with chemoradiotherapy. This study is about a randomized clinical trial, making a radiotherapy services from a public hospital in the south of Brazil, in the following period: October 2019 to January 2021, in which 52 women were included, 28 were allocated as an experimental group and 24 on the control group. The used technique with the experimental group was a relaxing with the use of guided images, and for the control group, the standard pattern was used. The randomization was made with the use of envelopes that contained the letters GE (experimental group) and GC (control group), after distributing the envelopes, they were sealed, numbered, and given randomly to the participants. The data about quality of life, related to health were collected in both groups, using the Functional Assessment of Cancer Therapy- Cervix Cancer questionnaire; anxiety was evaluated with the inventory anxiety traço-estado. The results had shown an age average about 41,1 years old in the control group and 24 to 39 as the average in both groups. The scholarity degree of the group was: high school 14 (58,3%), on the experimental 11 (39,2%) and the mensal income about 01 to 03 minimum wages (189,20), in both groups. The squamous cell carcinoma was from the most common type in the study groups, with a higher number of staging cases IIIC in the control group (20,8%) and IIIB (39,9%) in the experimental group. In the quality of life related to health evaluation, the physical welfare, functional, general quality of life, and related factors, specifically, the cervical cancer symptomatology had a higher score in the experimental group and a lower score in the control group. It was noticed that the anxiety level went down in the experimental group and a growing on the second group, starting on the second evaluation. The relaxing therapy by guided images showed a strong anxiety reduction and a positive impact on the patient’s general quality of life, for the ones who have participated in this study. It is necessary to understand the necessity about adopting interventions by the use of complemental integrative practices, aiming to make the patient’s quality of life better

    Cuidados de enfermagem à pessoa com câncer de mama em unidade de internação e ambulatório hospitalar

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    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do grau de Bacharel no Curso de Enfermagem da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC.O câncer é caracterizado pelo crescimento desordenado das células malignas com possibilidade de invadir outras estruturas orgânicas, causando metástase. Sua origem se dá por condições multifatoriais. A neoplasia maligna da mama apresenta-se entre as principais causas de morte feminina e tem forte influência na sexualidade. Este estudo teve como objetivo identificar as principais intervenções de enfermagem na assistência às pacientes diagnosticadas com câncer de mama, através da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Trata-se de uma pesquisa de campo, com natureza exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa, que foi realizada através de um questionário semiestruturado com uma amostra de oito (8) enfermeiros membros da equipe de enfermagem oncológica de um hospital de Santa Catarina. O resultado da pesquisa evidenciou a importância do enfermeiro atuante em oncologia, por meio de uma assistência individual baseada na integralidade, na relação interpessoal e na construção de vínculo com as pacientes e os familiares para auxiliar na vivência do processo da doença e contribuir na eficácia e na adesão ao tratamento, através do atendimento humanizado e da educação em saúde, incentivando o autocuidado e proporcionando cuidados holísticos para reduzir maiores prejuízos na sua saúde, buscando minimizar o sofrimento das pacientes com câncer de mama e promover o bem-estar e a segurança durante o tratamento. Com o apoio multiprofissional, é possível interceder de forma efetiva para manter ou restabelecer a sua qualidade de vida. Conclui-se que o enfermeiro atuante na oncologia deve deter de conhecimento científico e estar em constante atualização, pois é uma área que engloba diferentes complexidades, conforme as particularidades de cada paciente. O enfermeiro deve prover um atendimento humanizado e ter sensibilidade para identificar as suas necessidades e implementar planos de cuidados que se baseiam numa visão holística para garantir uma assistência qualificada
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