47 research outputs found

    ‘Thoruth England yede the speche, (…) he was strong and ek meke’: shaping heroism, kingship and identity in Havelok the Dane

    Get PDF
    “Romance is a notoriously slippery category,” warns Barbara Fuchs in the introduction to her work Romance (1). In fact, romance has been a source of debate for scholars and while today medieval romance is viewed as “the principal secular literature of entertainment in the Middle Ages” (Pearsall, “Audience” 37), the most popular “in its capacity to attract a large and heterogeneous medieval audience” (McDonald 2) as well as “the dominant non-devotional genre” (Chism 57) of the period, Middle English (ME) romances in particular have been called the “ugly ducklings of medieval English studies” (Knight 99). Starting off by examining issues of classification, authorship, performance, audience, language, verse and form, as well as themes and motifs, this thesis seeks to focus on ME romance, namely the so-called popular ones, that have for long been regarded as less worthy of consideration. Our goal is to analyse what characteristics differentiate this set of texts from those belonging to other medieval literary traditions. Furthermore, because our interest also lies in exploring notions of heroism in the medieval period, special attention is paid to the figure of the hero and its many guises. Granting that ME romances are narratives that involve “somebody doing something,” and that “the somebody, if an individual, is the hero” (Frye, Anatomy 33), we propose that to discuss medieval romance implies examining the hero, a figure who embodies the values of his people, thereby providing a useful index of its ideals (Bolgar 120) and beliefs. It is through the analysis of heroism and how it is represented and conceptualised, namely in the ME romance Havelok the Dane, that we seek to understand how the English community began to imagine its identity in post-Conquest England. We will also argue that as fictionalisations of the past, romances can open a literary discursive space wherein England as a nation could be imagined and articulated.O Romance é uma categoria incerta, avisa Barbara Fuchs na introdução ao trabalho Romance (1). De facto, o romance tem sido discutido por críticos e estudiosos e embora hoje o romance medieval seja encarado como o principal género literário de entertenimento secular (Pearsall, “Audience” 37), o mais popular ao atrair um público vasto e heterógeneo (McDonald 2) e a forma literária predominante no campo da produção não-devocional (Chism 57) do período, os romances medievais em inglês médio (IM) em particular foram considerados por Stephen Knight como os “patinhos feios” dos estudos medievais ingleses (99). Atendendo a estas ideias e partindo de uma primeira abordagem que procura estabelecer um contexto teórico que, por sua vez, permita definir e compreender as origens, desenvolvimento e conceptualização do romance na Idade Média, esta tese irá focar-se no romance escrito em IM, nomeadamente no conjunto de textos designados por “populares” que, durante décadas, foram considerados menores. As razões que levaram críticos e académicos a encarar este conjunto de textos com alguma incúria são variadas e serão exploradas ao longo deste estudo. Contudo, parece-nos claro que um dos principais motivos para a desconsideração e, por vezes, até desdém (com autores como Thomas Percy a chamar a este conjunto de narrativas “produções pouco artísticas” e “poemas obsoletos” (5)) com que o romance popular em IM tem sido encarado está relacionado com o facto de encontrarmos em território insular uma tradição diferente que não partilha necessariamente os temas, motivos e formas do romance continental. Com efeito, o romance popular em IM apresenta vários desafios à academia contemporânea incluindo: que textos podem ser abrangidos por esta designação; o que nos revelam estas narrativas sobre o período; quem as produziu e para quem; como podem ser interpretadas, entre outros. Assim, e apesar de podermos abordar este conjunto de textos a partir de uma pluralidade de perspectivas, um dos elementos que mais nos interessou explorar foi a representação de heroísmo e a sua relação com dois conceitos-chave: soberania e identidade no romance popular medieval, em particular no poema anônimo Havelok the Dane. Escrito em Northern Midlands e datado de cerca de 1280-90, o romance em IM Havelok the Dane está preservado quase integralmente num único manuscrito, o Bodleian Library, Oxford, MS Laud Miscellaneous 108 (MS Laud Misc. 108). Pouco se sabe sobre a produção, escrita e finalidade desta obra antes de 1633, mas a maioria dos críticos concorda que terá começado a ser compilada nos finais do século XIII (Bell e Couch 1) o que faz de Havelok the Dane um dos primeiros romances escritos em IM de que há registo. Preservado num manuscrito profundamente hagiográfico, onde o único outro romance, também anônimo, é King Horn (finais do século XIII), Havelok the Dane relata as (des)venturas de dois protagonistas: Havelok, filho do rei Birkabeyn da Dinamarca e único sucessor legítimo ao trono dinamarquês, e Goldeboru, filha do soberano de Inglaterra, Athelwold, e herdeira da coroa inglesa. Acompanhando a infância, juventude, casamento e eventual ascensão ao poder das personagens principais, mas dando maior relevo ao herói masculino, o narrador-poeta segue a estrutura frequentemente encontrada noutros romances populares em IM: o(s) protagonista(s), depois de ser(em) injustamente exilado(s), tem(têm) de reaver a(s) sua(s) terra(s), posição social e restabelecer a ordem na(s) sua(s) comunidade(s). Do mesmo modo, Havelok the Dane recorre a temas (como, por exemplo, a importância da lei ou a jornada do herói) e motivos (separação e reunião, viagens por mar, a vingança, entre outros) bem como a formas tipicamente associadas ao romance popular em IM. Contudo, como recorda Daniel M. Murtaugh, Havelok the Dane: is not primarily an adventure nor a series of adventures; it is first and foremost an idealized biography cast in the form of a tale of action. The biography concentrates, not on the most exciting moments of Havelok’s life, but rather on those episodes which delineate most clearly the poet’s conception of the ideal king. (613) Conforme o excerto acima atesta, ao contrário do que por norma encontramos no romance de cavalaria medieval, Havelok the Dane não se foca nas aventuras de um protagonista em busca de glória, fama ou em defesa de um ideal, mas sim no percurso de um herói que se tornará no rei ideal de dois espaços: Inglaterra e Dinamarca. Descrito por Herzman, et al., como uma metáfora para a realeza (75), Havelok vai gradualmente personificar a figura do monarca ideal, o rex pacificus, cujo reinado inaugura um período de paz, fecundidade e riqueza, em particular em Inglaterra. Por conseguinte, Havelok não incorpora apenas todas as qualidades associadas ao herói cavaleiresco, ele é também o bom soberano porque, por um lado, tem um direito legítimo e quase-divino, como iremos provar, ao(s) trono(s) e, por outro, porque a sua bondade e santidade são apenas ultrapassadas pelo amor que sente pelos dois reinos que governa e pelos povos que eles integram. Este ponto, iremos discutir, é de especial interesse para a nossa leitura do texto uma vez que o narrador-poeta nos parece empenhado em delinear e delimitar política, económica, legal e culturalmente Inglaterra e Dinamarca, sempre com ênfase na primeira. Talvez por isso Havelok the Dane seja considerado um dos romances em IM que expressa uma comunidade política imaginada, participando no que Diana Speed proclamou ser o discurso da nação (145), nos finais do século XIII e inícios do século XIV. Esta tese procura mostrar como este romance em IM participa neste discurso através da utilização de estratégias literárias inclusivas e exclusivas que servem, em última instância, para estabelecer e consolidar a identidade heróica de Havelok e, por analogia, a identidade da nação inglesa descrita no poema. Identidade é, por esse motivo, um conceito importante no presente trabalho já que nos parece que a identidade inglesa, em particular a das comunidades que se estabeleceram nas zonas de Ânglia oriental e Linconshire, é de grande interesse para o narrador-poeta. De facto, embora concordemos que Havelok se posiona entre duas identidades, a inglesa e a dinamarquesa, e é precisamente esse enquadramento sociocultural (Faletra 371) que lhe permite, por um lado, integrar as duas comunidades e, por outro, facilitar a sua união, cremos que o desenvolvimento de uma identidade de grupo (nacional) – ligada ao passado Anglo-Saxão e, ao mesmo tempo, às povoações oriundas do norte da Europa que se estabeleceram em território inglês – é um elemento-chave neste texto. Esta identidade, iremos defender, é expressa e construída por intermédio de uma personagem principal muito peculiar, Havelok, cujas características físicas, psicológicas, emocionais e até étnicas contribuem para que se distinga das restantes personagens. O heroísmo por este demonstrado e o modo como Havelok é representado e conceptualizado permite-nos compreender melhor como a nação inglesa começa a imaginar a sua identidade num período pós-Conquista Normanda e de crescente separação da Europa continental, nomeadamente de França. Além disso, o próprio manuscrito, cujo tom nacionalista já foi apontado por outros estudiosos (Turville-Petre, England the Nation; Bell and Couch; entre outros), parece confirmar que Havelok the Dane partilha as mesmas preocupações que os restantes textos nele incluídos. Possivelmente por isso, Kimberly K. Bell e Julie Nelson Couch consideram o MS Laud Misc. 108 uma antologia particularmente útil para melhor compreeder a cultura inglesa no período da Baixa Idade Média (18). Tendo em mente estes pontos e metas, a presente tese encontra-se dividida em cinco capítulos com objectivos diferentes, mas interligados. Num primeiro momento, capítulo 1, “On Romance: From Romanz to Romance”, procura-se perceber a importância do romance medieval atendendo ao contexto literário, cultural e histórico em que foi produzido. Além disso, embora não tenha como propósito apresentar uma investigação sobre o romance nos séculos que antecedem e sucedem o período actualmente denominado por Idade Média, tentar-se-á chegar a uma definição que nos permita compreender não só que narrativas podem ser consideradas romances em IM, mas também perceber como e porque é o romance em Inglaterra díspar do romance em França, Itália, Espanha (Furrow 71) ou Portugal. Num segundo momento, capítulo 2, “‘What’s the Matter?’: Middle English Romance and the Matters of Britain and England”, iremos analisar questões de classificação, autoria, performance, público, língua, verso e forma assim como os temas e motivos associados a um conjunto de textos cujas preocupações parecem mais focadas nos aspectos fundamentais da existência humana (Field, “Popular Romance” 29). O objectivo é elancar e analisar as características que contribuem para distinguir estas narrativas – os romances populares em IM – daquelas pertencentes a outras tradições literárias, nomeadamente à Matéria da Bretanha, desde o século XII em particular, mas não exclusivamente. Os primeiros dois capítulos servem, por isso, para estabelecer uma base teórica que, esperamos, irá permitir compreender como o romance ajudou, por um lado, a conceber e promover um novo sistema de valores e comportamentos ideais e, por outro, contribuiu de forma considerável para a construção de uma figura heróica que marcou o período medieval: o cavaleiro. A personagem do herói dos romances de cavalaria medievais tem seduzido académicos (Aertsen; Ashe “The Hero”; Bloomfield; Bolgar; Cartlidge, “Introduction” Heroes; Connell; Couch; Eckert, “The Redemptive Hero”; Huppé; Keyes; Lowrey; Rouse “Crusaders”; Varandas “O Rosto do Herói”; entre outros) e o público em geral. De facto, e de acordo com Northorp Frye em The Anatomy of Criticism (1957), na literatura o enredo gira em torno de alguém que faz alguma coisa (“the plot consists of somebody doing something”) e esse alguém, se for um indivíduo, é o herói (Frye, Anatomy 33). Assim, neste estudo propomos que o debate em torno do romance, neste caso do romance medieval em geral, implica sempre uma análise do herói que se distingue “pela coragem, temeridade e intrepidez, pela obediência a um código de valores que exalta um carácter justo e leal, bem como um comportamento altruísta na defesa de um senhor, comunidade ou território e na manutenção e demanda de ideais de paz e de justiça” (Varandas, “Rosto” 29). O herói do romance cavaleiresco desempenha ainda um papel fundamental na defesa dos ideais da sociedade a que pertence não só porque se comporta de acordo com estes que, por sua vez, são reiterados e definidos ao longo da narrativa através das várias (des)venturas e testes que o herói deve ultrapassar (Richmond 17), mas também porque o herói acaba por frequentemente personificar estes ideais. Por este motivo, o herói é interpretado como um elemento crucial num trabalho de ficção – daí que a história comece com o herói (Keyes 50) – e uma personagem indispensável para a compreensão de uma cultura e da sua história pois serve para nos mostrar que características e comportamentos são encarados como ideais pelo público, providenciado um catálogo particularmente útil dos valores e princípios de cada período (Bolgar 120). Embora tradicionalmente o herói possa ser um guerreiro, nobre e/ou cavaleiro, sugerimos, tal como advogado por Helen Cooper na obra de referência The English Romance in Time. Transforming motifs from Geoffrey of Monmouth to the Death of Shakespeare, que ao longo dos primeiros quatro séculos desde o seu aparecimento, sensivelmente a meio do século XII, nas cortes reais francesa e inglesa, o romance é inseparável dos ideais de cavalaria e do seu representante máximo, o cavaleiro. Assim, se o protagonista ainda não foi adubado cavaleiro aquando do início da narrativa, esta irá focar-se na sua educação e nas aventuras que lhe permitem ser digno do título de cavaleiro (Cooper, English Romance 41). Consequentemente, o terceiro capítulo da presente tese, “‘Isn’t There a White Knight upon a Fiery Steed?’: The Knight in the European Middle Ages”, é dedicado à evolução do guerreiro a cavalo. O cavaleiro – figura que marcou a Idade Média europeia e formou uma das três ordens distinguidas no século XI por Adalberão, Bispo de Laon, no Poème au Roi Robert (le Pieux) (c. 1030), os bellatores – vai fazer convergir sobre si próprio elementos inesperados e até mesmo aparentemente contraditórios como a cortesia, a coragem, a honra e a nobreza, bem como a força bruta, a agressão e a autoridade militar. Apesar dos propósitos destes guerreiros montados não serem sempre claros ao longo dos 1000 anos que perfazem a Idade Média, tendo, por isso, sido apelidados por autores como Richard Barber de camaleónicos (The Knight and Chivalry 21), o cavaleiro foi consistentemente associado pelos autores medievais a ideais de heroísmo. Por conseguinte, o terceiro capítulo tenta traçar a evolução do guerreiro a cavalo para compreender porque foi este grupo associado a conceitos de heroicidade praticamente desde a sua formação. Pretendemos ainda demonstrar como o romance ajudou a dar forma e a promover um novo sistema de valores e comportamentos, chamado cortesia, que prevaleceu no seio de uma esfera social associadada, por norma, às cortes. Relacionados com a franqueza, companheirismo, amizade, pureza e compaixão, os ideais corteses são também de grande importância ao promoverem a harmonia e segurança da sociedade em tempos de paz. Por seu lado, o romance, por ser um espaço ficcional priveligiado e isento de constrangimentos, teve uma posição priveligiada na construção, representação e divulgação deste mesmo sistema durante a Idade Média. Além disso, acreditamos que o romance contribuiu de modo significativo para a forma como a figura do herói foi imaginada e enaltecida ao assimilar ideais heroícos, religiosos e corteses e canalizá-los, adequadamente seleccionados, reforçados e/ou amplificados, para a esfera da cavalaria (Kaeuper, Holy Warriors 94). Todavia, porque esta tese se foca em romances populares em IM, é crucial percebermos que embora os protagonistas destes textos partilhem características com os heróis do romance cavaleiresco, nomeadamente o Arturiano, os primeiros têm um conjunto de qualidades que os distinguem. O quarto capítulo, “‘He Stood Above All’: Champions, Heroes and Kings in Medieval English Romance”, será devotado à análise de representações de heroísmo no romance medieval, servindo para comparar e contrapôr aquelas que nos parecem ser duas tradições distintas mas concomitantes: a da Matéria da Bretanha, desenvolvida maioritariamente na Europa continental mas também presente em território insular, e a do romance popular em IM, tendo especial atenção ao romance Havelok the Dane e ao herói que nos é aí apresentado. Por fim, o quinto e último capítulo, “(Re)Shaping Heroism, Kingship and Identity in Havelok the Dane”, começa por fazer uma análise do manuscrito onde o texto se encontra, o MS Laud Misc. 108, para depois se focar nas duas fontes escritas que antecedem o romance em IM, um episódio na crónica L’Estoire des Engleis (c. 1130-35) de Geoffrey Gaimar e Lai d’Haveloc de autor anónimo (c. finais do século XII a inícios do século XIII), e, por fim, analisar o poema em IM. Neste último momento, pretendemos mostrar que o romance Havelok the Dane oferece aos seus leitores e/ou público uma narrativa absolutamente inglesa (“wholly English”, Skeat iv) onde o herói e a comunidade por si representada, isto é, os que não têm ascendência anglo-saxónica, mas escandinava e que também fazem parte do tecido da nação (Tracy 149), são integrados numa visão unitária de uma comunidade política imaginada

    Romancing the ordeal : representations of pain and suffering in Middle English metrical romances

    Get PDF
    This thesis concentrates on the representations of pain and suffering in forty-five Middle English metrical romances. This excludes certain Arthurian and non-anonymous material. It comprises an introduction, five chapters, and an index of themes related to suffering, categorizing the suffering theme in metrical romances.The introduction deals with the definitions, authorship, audience, classification, manuscript contexts and indexes of metrical romances, so as to contextualize the current work. The first chapter categorizes the villains and focuses on the reasons for villainy and the nature of domestic and stranger villains, who are inherently evil, have reasons to be villainous, or who act as a catalyst to initiate villainy, distinguishing them from good villains who victimize unintentionally. It also examines how villainies are punished. The second and the third chapters concentrate on female and male victims respectively, and explore the nature and reactions of victims, how victims respond to their ordeals (either in a submissive or resistant fashion) and the representations of self-victimizers. The functions of domestic and stranger relievers of suffering are also considered. The fourth chapter discusses how Middle English metrical romances make use of journeys in the form of enforced exile, self-exile, quest and pilgrimage. The fifth chapter examines how divine interferences and supernatural agents function in the representations of pain and suffering, while paying attention to the significance of dreams in relation to suffering, and the representations of ordeals in the fairy world.The index categorizes the conventional romance characters and circumstances with particular relation to the representations of suffering. It is also intended to serve as a research tool for scholars studying ordeals in Middle English romances, or romances in general

    Fanny Burney's three eighteenth-century romances : Evelina, Cecelia, and Camilla

    Get PDF
    Although the novels of Fanny Burney were highly regarded in their own time, modern critical assessments frequently conclude them to be flawed by contrived plots, flat, static characters, artificial language, and didacticism. These criticisms clearly trace to a modern insistence on realism as the defining quality of good fiction. This study contends that Burney's novels, like most eighteenth-century fiction, are deeply indebted to the romance tradition and so are not answerable to critical evaluations that use realism as the only yardstick. In fact, Burney's fiction cannot be fully understood or appreciated until it is placed in its appropriate context and viewed as a synthesis of older romance concerns and techniques and newer realistic ones

    The Invention of England: Danes and Identity in Medieval Romance

    Get PDF
    This dissertation explores the relationship between the emergence of English romance and rhetoric of English nationalism in the late thirteenth and fourteenth centuries. Four historical romances set in England's past - Havelok the Dane, Guy of Warwick, Of Arthur and Merlin, and Horn Childe and Maiden Rimnild - are my primary focus. The concepts of England and Englishness that emerged in the late medieval and early modern periods were not the inevitable outcome of the Middle Ages, but the result of complex mediations explored in historical romances. Historical romances offered the primary stage for popular dramatizations of a national community bound by its shared triumphant history, and it is in such romances that ethnic, regional, and national identities were forged and disseminated. My project argues that a vital, though generally unrecognized, aspect of Middle English romance narratives was the castigation and delegitimization of the Scandinavians, or the "Danes," who became anathema to England and Englishness even as they settled throughout the British Isles in potentially massive numbers, as recent archeological and linguistic evidence has suggested. In the post-Conquest process of reconciliation between Anglo-Norman and Anglo-Saxon historiographical traditions, the Danes represented a philosophy of non-Christian "might is right" that was opposed to the God-ordained English system of rightful rule by proper, lawful inheritance. As secular texts written in the vernacular and designed to appeal to a wide range of the public, the historical material in Middle English romances has been perceived as reflective of the historical consciousness of the non-elite. However, my project argues that thirteenth- and fourteenth-century Middle English historical romances were not representative of a gradual emergence of long-buried folk-memory, but were themselves producing a national historical framework stressing continuity over fractures. While it has often been taken for granted that the frequent appearance of the Danes in many Middle English historical romances must have been based on lingering "folk memory" of pagan invasions centuries earlier, my project shows that historical romances were crafted so as to seem like they were recording popular traditions about the past, when in fact they were creating such traditions themselves

    Scott, Chaucer, and Medieval Romance: A Study in Sir Walter Scott\u27s Indebtedness to the Literature of the Middle Ages

    Get PDF
    While the influence of Shakespeare on Sir Walter Scott has long been recognized, the importance of medieval literature in shaping his creative imagination has never before been examined in depth. Jerome Mitchell\u27s new book fills this significant gap through a wide-ranging study of Scott\u27s indebtedness to Chaucer and to medieval romance, especially the Middle English romances, for story-patterns, motifs, character types, style and structure, and detail. Mitchell establishes more completely and accurately than any previous critic the extent of Scott\u27s knowledge of medieval literature. His examination of Scott\u27s poetry, especially the long narrative poems, demonstrates their debt to Chaucer and medieval romance. The heart of the book is a detailed analysis of the Waverley Novels. Scott\u27s debt to medieval literature, Mitchell shows, was vast, profound, and elemental; it is the single most important source area for the Waverley Novels, their warp and woof. Moreover, it is probably the key to Scott\u27s immense appeal—the very dimension which enabled him to cast an everlasting spell on his contemporaries, even on such great men as Byron and Goethe, and which has charmed generations of readers to the present day. This pioneering book, based on extensive research in Scotland, including Sir Walter Scott\u27s personal library, sheds new light on the narrative substance and texture of Scott\u27s poems and novels. Both the general reader and the serious student will derive from it a more informed appreciation of Scott\u27s impressive achievement. Jerome Mitchell teaches English at the University of Georgia. His previous books include The Walter Scott Operas.https://uknowledge.uky.edu/upk_english_language_and_literature_british_isles/1044/thumbnail.jp

    “Pleasant Modern Novels”: la Incógnita de Congreve en los orígenes de la novela inglesa

    Get PDF
    Esta tesis es el resultado del estudio de la novela publicada por William Congreve en 1692, Incognita: Or, Love and Duty Reconcil’d. Esta novela se enmarca en el período de la Restauración Inglesa, a finales del siglo diecisiete. Esta novela fue la primera y única que Congreve escribió. Este autor es más conocido en les belles lettres por su producción dramática y por su poesía. Bien es cierto que esto se debe en parte al hecho de que publicó Incógnita bajo un seudónimo, Cleophil. Y, además, esta novela nunca llegó a ser incluida en las diferentes ediciones de sus Works. La importancia de esta novela es el objeto de estudio de esta tesis. En ella intento demostrar por qué Incógnita se propone como una obra con género híbrido utilizando fuentes primarias y comparándolas con el texto de Congreve, como también la crítica que hay sobre la novela y su lugar en un momento de cambio de siglo y emergencia de la novela inglesa. La metodología a seguir consistirá de un primer bloque de teoría y contextualización de los tres grandes géneros que se encuentran en la novela. Primeramente, los romances medievales serán introducidos ya que el argumento en Incógnita se basa en la ridiculización de temas arcaicos tales como el amor cortés y la figura del caballero andante. Este primer género se introduce en el capítulo 2.2. La dicotomía entre la esfera privada y la pública o la diferencia entre hombres y mujeres y su papel en el cortejo son temas clave en Incógnita. Seguidamente, los nuevos romances importados de Francia en el diecisiete también tienen una fuerte influencia en Incógnita. Estos romances eran novelas amatorias que diferían de los antiguos romances en la eliminación de los elementos fantásticos y una búsqueda por parte del autor de vraisemblance o versimilitud. La ficción buscaba un acercamiento a la realidad ya bien recreando las novelas en espacios reales o utilizando personajes históricos. En el capítulo 2.3. indago sobre la influencia que hubo en el diecisiete en Inglaterra, y cómo se pusieron de moda dejando atrás el arcaísmo previo. En este capítulo comento la teoría marxista de Michael McKeon, donde el “romance idealism” deja paso a un “naïve empiricism” o los nuevos romances que intentan dejar atrás el arcaísmo y los elementos fantásticos para ofrecer un nuevo género basado en la realidad. Sin embargo, una nueva fuerza surge en contra tanto del “romance idealism” como del “naïve empiricism” dando paso a un “extreme skepticism” donde se incluye la novela moderna. Incógnita ridiculiza tanto el “romance idealism” como el “naïve empiricism” o esa búsqueda de imitar la realidad a través de la experiencia, como se analiza en el capítulo 3. Incógnita es una parodia o anti-romance muy en la línea de los anti-romances franceses, tales como Charles Sorel’s The Extravagant Shepherd or Lysis (1655). Estas pseudo-historias que fueron traducidas del francés en la segunda mitad del siglo diecisiete tuvieron una clara influencia en Congreve. El autor más destacado por la incorporación de su narrador irónico es Paul Scarron y su Roman Comique traducido en 1665 al inglés. El paralelismo encontrado entre ambos narradores en Scarron y Congreve es analizado en el capítulo 3.9. y subcapítulos. El narrador en Incógnita es tan importante como la historia en sí. Una de las conclusiones clave de esta tesis es, sin lugar a dudas, la imposibilidad de excluir al narrador de la trama y no perder una parte fundamental de la novela. Incógnita no puede ser analizada sin su narrador ni la lectura de esta novela tendría los mismos matices sin su presencia. El último género de la introducción a Incógnita es el del teatro de la Restauración. Una introducción a un período tan prolífico donde William Congreve, discípulo de John Dryden tiene una gran importancia. Su producción teatral no fue extensa, contando con tres comedias (The Old Batchelour (1693), The Double Dealer (1693), Love for Love (1695) y The Way of the World (1700)) y una tragedia (The Mourning Bride (1697)), todas ellas consideradas grandes obras de la Restauración. En el análisis de Incógnita (especialmente en capítulos 3.2., 3.3., 3.4., 3.5., 3.6. y 3.7.) también pongo de relieve la influencia recibida de dramaturgos como John Dryden, William Wycherley, Aphra Behn o George Villiers, Duque de Buckingham. Y, por último, el género de la novela (capítulo 2.5.). Como el título de esta tesis sugiere, Incógnita no puede clasificarse como novela en el sentido moderno de la palabra, pero si debe tener su lugar por el papel que jugó en la emergencia de ésta. Durante estos años de investigación encuentro extenso material académico sobre todo del prefacio de esta novela por su distinción clara y directa de romance and novel. Sin embargo, un análisis completo de la novela me ha sido difícil de encontrar. Tres tesis doctorales previas a esta desarrollan un análisis en más detalle, destacando la de Helga Drougge que Donald McKenzie y Christine Ferdinand incluyen en las obras completas de William Congreve publicadas en 2011 por Oxford University Press. Por tanto, este capítulo sobre los orígenes de la novela contextualiza el por qué Incógnita se encuentra a caballo entre géneros o por qué busca romper con el “romance idealism” pero también con el “naïve empiricism” de esos nuevos romances. Parto de la obra canónica The Rise of the Novel de Ian Watt (1957) para empezar este capítulo, pero argumento como este libro queda obsoleto después de las diversas investigaciones sobre el origen de la novela desde diferentes perspectivas, no sólo en Inglaterra y no sólo prestando atención a la producción masculina. Además, comparo y contrasto otras diversas teorías por autores como Margaret Schlauch, Margaret Anne Doody, Mikhail Bakhtin, Michael McKeon, Ros Ballaster, Northrop Frye o Lennard Davis entre otros. El capítulo 3, el más extenso de esta tesis, analiza, evalúa y compara Incógnita con obras primarias del período, tanto francesas, como inglesas y españolas. En el capítulo 3.1. me centro en las ediciones y las primeras críticas sobre la novela. En el capítulo 3.2. indago la hibridación de Incógnita y cómo en las primeras ediciones de ésta el sobretítulo de “Novel” aparecía en cada una de ellas, de ahí la elección del título de esta tesis “Pleasant Modern Novels”. En este capítulo también se incluyen temas tales como el uso de técnicas dramáticas como monólogos/soliloquios, además del papel de la Providencia en el desarrollo de la novela. La tesis trata de analizar la novela completa empezando en el capítulo 3.3. por la dedicatoria a su amiga Mrs Katharine Leveson donde ya se percibe el estilo y la elegancia en la manera de escribir de Congreve. El capítulo 3.4. explora el famoso prefacio. En él se hace una distinción de géneros entre romances y novelas, pero también Congreve explica el proceso de creación de la novela, incluyendo el “Dramatick Writing” o utilizar técnicas teatrales, algo que él considera novedoso y no visto antes en una novela. El capítulo 3.5. analizar los personajes, algunos de ellos no permanecen estables durante toda la novela, como por ejemplo, los protagonistas Aurelian e Incógnita. Y sobre todo encuentro interesante el análisis de éstos por lo que representan (valores patriarcales, feminismo, rebeldía) y que ayudan a comprender mejor el texto. Además, Congreve utiliza los nombres de personajes históricos reales para alguno de los personajes de Incógnita. En el capítulo 3.6. analiza el argumento de la novela, pero no solamente se incluye aquí un resumen de la trama, sino que también se analiza las fuentes primarias de donde Congreve toma ideas para los acontecimientos (capítulo 3.6.1.). Especial atención a la lectura y análisis del libro de John Raymond, An Itinerary Contayning a Voyage Made through Italy (1648), del que Congreve hace suyas las descripciones de Siena y Florencia. También, Congreve toma de su mentor John Dryden dos de sus obras para forjar la trama de su novela, The Assignation (1672) y Marriage-à-la-Mode (1673). Por último, el capítulo 3.7. y subcapítulos analizan los temas que he encontrado en al análisis de la obra. Las diferentes ediciones contemporáneas de Incógnita junto con la último de 2011 me han ayudado en gran medida en mi investigación y a cohesionar todos los puntos que se deben mencionar de la novela. He intentado centrar mi atención en cada uno de los quince ítems que encuentro importantes para demostrar la hipótesis de esta tesis. El capítulo 3.8. no se incluye dentro del análisis per se de Incógnita ya que es el más novedoso y tal vez, controversial. Uno de los momentos más brillantes de la novela es un repartee entre los dos protagonistas en donde un female wit o ingenio femenino da la imagen de una mujer empoderada que rechaza abiertamente el amor cortés. Este personaje femenino es a su vez la protagonista y el título de la novela en sí. Estudio la estabilidad de este personaje femenino como rebel figure a lo largo de la novela, donde hay instantes en los cuales esta teoría no se puede sostener, tal vez como negación de ese “naïve empiricism” que apuntaba McKeon. Si bien es sabido, al final de la novela no hay esa reconciliación entre amor y deber y, por tanto, ese rechazo al patriarcado queda invalidado. Incógnita no debería pasar desapercibida en los estudios de la novela, al igual que otras muchas obras de otros autores o autoras como Aphra Behn, por ejemplo. La novela se debe estudiar como un proceso de evolución o revolución, según se mire y no como un género que surge ex nihilo. Creo firmemente que por ello los investigadores del dieciocho están prestando más atención a esas novelas primigenias que pueden arrojar luz y aportar matices, y por ello este género nunca dejará de sorprendernos. Con esta tesis pretendo aportar mi contribución al mundo académico y, en especial, a la novela inglesa. Pero también, reiterar de nuevo la necesidad de estudiar esas novelas que aún siguen pasando desapercibidas y que necesitan ser releídas y analizadas en un género tan importante y en evolución continua como es el de la novela

    Time, Space, and Sanctity in the Early South English Legendary

    Get PDF
    This thesis studies one of the earliest extant and most important manuscripts of the extensive and widely circulated Middle English hagiographical collection conventionally known as the South English Legendary. Asserting that the organisational principles of Oxford, Bodleian Library, MS Laud Misc. 108 are no less conscious than later SEL manuscripts and are in fact frequently more complex and involved in MS L than in other SEL manuscripts, this thesis offers a detailed reading of MS L’s structure and compositional templates. Moreover, rather than seeking to force MS L to conform to “normal” SEL patterns, this thesis examines MS L on its own terms. Arguing that MS L is not merely an early, erratic witness to the evolution of the SEL, the thesis demonstrates that MS L is part of a branch of the SEL stemma that includes Winchester College 33A. With special emphasis on the legend of Sancta Crux, a new approach to MS L’s texts is presented based upon the Bakhtinian narrative theories of the chronotope, heteroglossia, and dialogism. In addition, I argue that MS L adheres to liturgical or “horizontal” time far more than scholars previously have suggested and that it also incorporates spiritual or “vertical” time in a number of its texts. Furthermore, the characteristics of “recreation,” “re-creation,” “naming,” and “re-naming” in MS L’s texts are discussed in relation to medieval church dedication practices and modernist literary theory, particularly that of Gertrude Stein. I also conjecture a possible audience for MS L and discuss intrinsic and extrinsic textual communities
    corecore