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Forame oval patente - revisão de literatura / Patent oval foramen - literature review
Forame Oval é um orifício localizado no septo interatrial, formado pela fusão dos septum primum e secundum e dispensável embriologicamente, pois permite passagem sanguínea do átrio direito para o esquerdo, através da diferença de pressão. Contudo, em 25 a 35% da população adulta, o mesmo torna-se patente, gerando uma condição patológica. O objetivo do trabalho foi realizar uma revisão da literatura não sistematizada e atualizada sobre o Forame Oval Patente (FOP). Foi realizada uma busca na base de dados Scielo, UpToDate, Pubmed e LILACS, tendo como termo de busca em inglês e português, respectivamente “Patent Forame Ovale” e “Forame Oval Patente”. Os critérios de inclusão foram (1) tempo inferior a 10 anos da publicação (2) maior correspondência com o tema do trabalho. O Forame oval permite uma passagem de sangue entre os átrios, devido à maior pressão no átrio direito. Após o nascimento, como pressões são invertidas, fechando o orifício. O seu fechamento parcial, ou seja, apenas funcional, gera o FOP, que pode causar o mesmo fluxo na fase adulta. Embora assintomático, pode manifestar-se clinicamente por: AVC criptogênico, cefaleia vascular, doença descompressiva, embolia pulmonar e Síndrome de Platipnéia-Ortodeoxia. A condição pode estar associada a fatores com a válvula da veia cava inferior (de Eustáquio, rede de Chiari), aneurisma do septo interatrial e embolia paradoxal. Os exames indicados são: ecocardiograma transesofágico (ETE), ecocardiograma transtorácico (ETT) e doppler transcraniano (DTC), sendo o primeiro de maior sensibilidade. Para escolha do tratamento, recomenda-se investigações extensas para cada caso, podendo-se citar: tratamento com medicamento anti-trombócito, tratamento cirúrgico ou fechamento percutâneo. Concluiu-se que, diante do exposto, o FOP é uma condição de origem embrionária, associada a outros fatores, apesar de frequente assintomática, está presente em parcela explícita da população, podendo gerar manifestações clínicas. Devem ser utilizados métodos mais acurados de diagnóstico e adequados aos diferentes quadros da anomalia
Sergipe no cenário nacional de doações de medula óssea: desafios e conquistas
O transplante de células tronco hematopoéticas é atualmente uma das principais categorias de tratamento para pacientes portadores de doenças onco-hematológicas e outros distúrbios de caráter imunogenético adquiridos ou congênitos. Sabe-se que o maior gesto de contribuição da sociedade civil para com esses pacientes é se cadastrar como doador de medula óssea através dos trâmites e banco de dados do REDOME (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea) para alcance de um portador geneticamente compatível com um receptor. Neste trabalho, foram analisados os maiores entraves para ser um doador de medula óssea e a forma de distribuição em parâmetros epidemiológicos dos doadores nos âmbitos nacional, estadual e no estado de Sergipe, com o objetivo de obter padrões de tendências da doação de medula óssea ao longo dos últimos dez anos
Revisão sistemática: conhecimento dos profissionais de saúde acerca da violência obstétrica
Introdução: A violência obstétrica acomete diariamente no mundo muitas mulheres durante o ciclo gravídico-puerperal: pré-natal, parto, pós-parto e no atendimento ao aborto. Diversas são as causas que explicam o atual cenário, dentre elas, o conhecimento limitado dos profissionais de saúde acerca da temática, perpetuando e propagando práticas abusivas sem evidências científicas. Objetivo: Verificar o conhecimento dos profissionais de saúde sobre violência obstétrica através de uma revisão sistemática. Metodologia: Revisão sistemática realizada na base de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Google Acadêmico a partir de 16 artigos publicados entre 2018 e 2023. Resultados: Os artigos trazem a ótica de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, médicos residentes em ginecologia e obstetrícia, residentes em enfermagem obstétrica e estudantes da área da saúde (medicina e enfermagem). Evidenciou-se que a maioria dos profissionais soube descrever violência obstétrica. No entanto, também foram evidenciados alguns profissionais, dentre eles, enfermeiros, fisioterapeutas e estudantes de medicina que desconheciam o termo ou tinham um conhecimento limitado sobre o tema, não entendendo todas as nuances que envolvem o mesmo. Conclusão: Ainda há profissionais com o conhecimento insuficiente quanto ao tema, mostrando a necessidade de mais discussões e debates, assim como de trabalhos científicos que fomentem o conhecimento dos profissionais de saúde de hoje e das próximas gerações, em busca de mudanças