7 research outputs found

    Síndrome de down e o determinismo da deficiência intelectual : refutando certezas, propondo outra lógica

    Get PDF
    Esta tese tem como problema central a associação direta entre síndrome de Down e deficiência intelectual como resultado do determinismo biológico, genético. Trata-se de um estudo teórico em forma de ensaio que faz dialogar diferentes áreas do conhecimento, com o objetivo principal de refutar a certeza e a generalização de um aprender restrito para pessoas com a síndrome de Down. A partir da compreensão das condições de produção dos enunciados científicos e culturais que associam a síndrome de Down à deficiência intelectual desde o século XIX, buscamos, na história das ideias, nos estudos sobre deficiência e nas proposições da epigenética, argumentos que sustentem a crítica à ideia de uma natureza determinista do indivíduo e ao reducionismo imposto pelo modelo médico de deficiência, bem como argumentos que contestem o status que o centrismo genético ocupa na conceituação da síndrome de Down. Por fim, oferecemos uma discussão sobre a inteligência e a aprendizagem propondo uma lógica que considera a complexidade do desenvolvimento humano e de suas capacidades intelectuais. Com isso, pretendemos não apenas reforçar a ideia de que alguém com a síndrome de Down pode aprender para além das restrições culturalmente aceitas como invariáveis, mas também defender a tese de que alguém com síndrome de Down não pode ser considerado deficiente intelectual antes de que — além dos fatores biológicos ou genéticos — os fatores culturais, sociais, educacionais, intersubjetivos e inconscientes possam entrar em jogo.The main problem discussed in this paper is the direct association between Down syndrome and intellectual disability as a result of biological (genetic) determinism. This is a theoretical study presented as an essay that combines different subject areas in an attempt to refute the belief and generalization around restricted learning for people with Down syndrome. We seek to understand the production conditions of the scientific and cultural statements that associate Down syndrome with intellectual disability since the 19th century. In doing so, we use the history of ideas, studies about disability, and epigenetics to gather arguments to review the idea that individuals have a deterministic nature and to refute the reductionism imposed by the medical model of disability. Furthermore, we propose arguments against the gene-centrism in the conceptualization of Down syndrome. Finally, we offer a discussion on intelligence and learning and propose an understanding that takes into consideration the complexity of human development and its intellectual capacities. Thus, we intend not only to reinforce the idea that someone with Down syndrome can learn, beyond the culturally accepted restrictions as unvarying, but also to defend the thesis that someone with Down syndrome cannot be considered intellectually disabled disregarding cultural, social, educational, intersubjective and unconscious factors, besides biological or genetic factors.Esa tesis tiene como problema central la asociación directa entre síndrome de Down y la deficiencia intelectual, como resultado del determinismo biológico, genético. Se trata de un estudio teórico, en forma de ensayo, que pretende relacionar diferentes áreas del conocimiento, cuyo objetivo principal de refutar la certeza y la generalización de un aprendizaje restrictivo para personas con el síndrome de Down. A partir de la comprensión de las condiciones de producción de los enunciados científicos y culturales que asocian el síndrome de Down con la deficiencia intelectual desde el siglo XIX, buscamos, en la historia de las ideas, en los estudios sobre discapacidad y en las proposiciones de la epigenética, argumentos que sostienen la crítica a la idea de una naturaleza determinada del individuo como así también al reduccionismo impuesto por el modelo médico de discapacidad, y argumentos que cuestionan el status que el centrismo genético ocupa en la conceptualización del síndrome de Down. Por último, ofrecemos una discusión sobre la inteligencia y el aprendizaje proponiendo una lógica que conduce a la complejidad del desarrollo humano y de sus capacidades intelectuales. Con ello pretendemos no solo reforzar la idea de que alguien con el síndrome de Down puede aprender más allá de las restricciones culturalmente aceptadas como invariables; y defender la tesis sosteniendo que alguien con síndrome de Down no puede ser considerado discapacitado intelectual antes que — además de los factores biológicos o genéticos — los factores culturales, sociales, educativos, intersubjetivos e inconscientes puedan entrar en juego

    ELES PODEM FAZER MUITAS COISAS...” A Síndrome de Down e o aprender em cena

    Get PDF
    Culturalmente, a síndrome de Down aparece associada à impossibilidade de aprender. Como efeito, surgem os limites sociais impostos à aprendizagem e aos espaços escolares por onde circulam os sujeitos. Em tempos de inclusão escolar, é fundamental que esta questão seja problematizada no contexto de formação de professores. Como disparador das questões que compõe este artigo, utiliza-se a narrativa de uma propaganda veiculada na mídia no fim do século XX, que traz essa associação. O conceito de modalidad de aprendizaje da psicopedagoga argentina Alicia Fernández operacionaliza a discussão. Desnaturalizar aquilo que se antecipa como limite posto pela condição genética se torna um movimento necessário para que o professor possa reconhecer seu aluno com síndrome de Down como um sujeito pode aprender

    Down Syndrome and intellectual disability : history and logic of an association

    Get PDF
    Este artigo tem como problema central a associação direta entre Síndrome de Down e deficiência intelectual. Trata-se de um estudo teórico em forma de ensaio que tem como objetivo refutar a certeza e a generalização de um aprender restrito para pessoas com a Síndrome de Down, a partir da compreensão das condições de produção dos enunciados científicos e culturais que sustentam essa associação desde o século XIX. Argumenta-se que essa certeza pode ser interpretada por um problemático raciocínio silogístico que encerra uma ideia determinista, essencialista, que centra no aspecto biológico ou genético as possibilidades de ser e de estar no mundo.The main problem discussed in this article is the direct association between Down Syndrome and intellectual disability. This is a theoretical study presented as an essay, with the aim to refute the belief and generalization around restricted learning for people with Down Syndrome, from the understanding of the conditions of production of the scientific and cultural statements that sustain this association since the 19th century. It is argued that this certainty can be interpreted by a problematic syllogistic reasoning that contains a deterministic and essentialist idea, which centers on the biological or genetic aspect the possibilities of being in the world

    Sujeitos com síndrome de down em cena : enredos sobre o aprender

    No full text
    O presente estudo versa sobre os “sujeitos da educação especial”. Como recorte, problematizam-se enunciados que associam síndrome de Down às (im)possibilidades do aprender. Trata-se de um estudo teórico, que tem a escrita através de cenas como metodologia e o ensaio como forma. Como perspectiva teórica, o conceito de aprender proposto por Alicia Fernández é central, por descentralizar as possibilidades de aprendizagem das condições orgânicas. No processo de desnaturalização de algumas certezas, conceitos postulados por John Langdon Down (1859), Benda (1954), Lejeune (1958) ganham cena. Nessa processualidade histórica, encontra-se a formulação de um conceito de idiotia, de etiologia organicista e hereditária, como resultado da degenerescência humana e seu desdobramento em outras categorias, especificamente a deficiência mental. Em uma continuidade descontínua entre termos e interpretações, a síndrome de Down passa da categoria de idiotia mongoloide à principal causa genética de deficiência. Se há diversidade de nomenclaturas, permanece um enredo que associa, e às vezes iguala, síndrome de Down, deficiência mental e não aprender ou aprender minimizado. Tal lógica encontra no discurso médico sua justificativa. Por fim, problematizam-se os efeitos desses enunciados nos processos de escolarização. Trata-se de um estudo que procura deslocar o olhar, duvidar dos discursos e contribuir para a construção de outras cenas e enredos sobre o aprender de sujeitos com síndrome de Down.El presente estudio se ocupa de los "sujetos de la educación especial." Como recorte, problematizar enunciados que vinculan el síndrome de Down a las (im)posibilidades de aprendizaje. Es un estudio teórico que tiene como metodología: la escritura a través de escenas y el ensayo como forma. Como perspectiva teórica, el concepto de aprendizaje propuesto por Alicia Fernández es central, mediante la descentralización de las oportunidades de aprendizaje a partir de las condiciones orgánicas. En el proceso de desnaturalización de algunas certezas, conceptos postulados por John Langdon Down (1859), Benda (1954), Lejeune (1958) entran en escena. En este proceso histórico, nos encontramos con la formulación de un concepto de la idiotez, de etiología organicista y hereditaria, como resultado de la degeneración humana y su despliegue en otras categorías, específicamente como retraso mental. En una continuidad discontinua entre los términos e interpretaciones, el síndrome de Down pasa de la idiotez mongoloide a la causa genética principal de discapacidad. Si hay diferentes clasificaciones, sigue siendo una historia que asocia, e incluso a veces iguala, el síndrome de Down, retraso mental y no-aprender o aprendizaje minimizados. Esa lógica encuentra su justificación en el discurso médico. Por último, ponemos en duda los efectos de estas declaraciones en los procesos de escolarización. Es un estudio que trata de desviar la mirada, dudando de los discursos y contribuir a la construcción de otras escenas y tramas respecto al aprendizaje de las personas con síndrome de Down

    Sujeitos com síndrome de down em cena : enredos sobre o aprender

    Get PDF
    O presente estudo versa sobre os “sujeitos da educação especial”. Como recorte, problematizam-se enunciados que associam síndrome de Down às (im)possibilidades do aprender. Trata-se de um estudo teórico, que tem a escrita através de cenas como metodologia e o ensaio como forma. Como perspectiva teórica, o conceito de aprender proposto por Alicia Fernández é central, por descentralizar as possibilidades de aprendizagem das condições orgânicas. No processo de desnaturalização de algumas certezas, conceitos postulados por John Langdon Down (1859), Benda (1954), Lejeune (1958) ganham cena. Nessa processualidade histórica, encontra-se a formulação de um conceito de idiotia, de etiologia organicista e hereditária, como resultado da degenerescência humana e seu desdobramento em outras categorias, especificamente a deficiência mental. Em uma continuidade descontínua entre termos e interpretações, a síndrome de Down passa da categoria de idiotia mongoloide à principal causa genética de deficiência. Se há diversidade de nomenclaturas, permanece um enredo que associa, e às vezes iguala, síndrome de Down, deficiência mental e não aprender ou aprender minimizado. Tal lógica encontra no discurso médico sua justificativa. Por fim, problematizam-se os efeitos desses enunciados nos processos de escolarização. Trata-se de um estudo que procura deslocar o olhar, duvidar dos discursos e contribuir para a construção de outras cenas e enredos sobre o aprender de sujeitos com síndrome de Down.El presente estudio se ocupa de los "sujetos de la educación especial." Como recorte, problematizar enunciados que vinculan el síndrome de Down a las (im)posibilidades de aprendizaje. Es un estudio teórico que tiene como metodología: la escritura a través de escenas y el ensayo como forma. Como perspectiva teórica, el concepto de aprendizaje propuesto por Alicia Fernández es central, mediante la descentralización de las oportunidades de aprendizaje a partir de las condiciones orgánicas. En el proceso de desnaturalización de algunas certezas, conceptos postulados por John Langdon Down (1859), Benda (1954), Lejeune (1958) entran en escena. En este proceso histórico, nos encontramos con la formulación de un concepto de la idiotez, de etiología organicista y hereditaria, como resultado de la degeneración humana y su despliegue en otras categorías, específicamente como retraso mental. En una continuidad discontinua entre los términos e interpretaciones, el síndrome de Down pasa de la idiotez mongoloide a la causa genética principal de discapacidad. Si hay diferentes clasificaciones, sigue siendo una historia que asocia, e incluso a veces iguala, el síndrome de Down, retraso mental y no-aprender o aprendizaje minimizados. Esa lógica encuentra su justificación en el discurso médico. Por último, ponemos en duda los efectos de estas declaraciones en los procesos de escolarización. Es un estudio que trata de desviar la mirada, dudando de los discursos y contribuir a la construcción de otras escenas y tramas respecto al aprendizaje de las personas con síndrome de Down

    Professores e Educação Especial: Formação em Foco

    No full text
    corecore