42 research outputs found

    Tropismes/Tropismos

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    A estratégia de tradução foi a mais simples possível: tentar aproximar ao máximo a verbalização em português do texto sarrautiano, pela manutenção da pontuação, das pausas, das inversões, das metáforas, do efeito marcante da linguagem compósita, mescla de erudição e língua falada, familiar

    L’étrange journal de Carolina Maria de Jesus

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    Analisa a trajetória da escritora brasileira Carolina Maria de Jesus: de moradora de favela para autora de best-seller. Comenta as características dos textos “Meu estranho diário”, “Quarto de despejo” e “Diário de Bitita”. Narra a trajetória da autora, levantando aspectos da vida pessoal e da descoberta de seus textos pelo mundo

    A tradução francesa da linguagem compósita de Carolina Maria de Jesus

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    Após um primeiro momento como best-seller no Brasil, com o lançamento de Quarto de despejo: diário de uma favelada (QD), em 1960, pela Francisco Alves, Carolina Maria de Jesus continua a fazer sucesso fora do país, o que motivou a tradução dessas obras em quatorze línguas estrangeiras. Le dépotoir, tradução francesa de QD, foi publicado na França em 1962, pela Editora Stock. O objetivo deste trabalho é estudar os textos de acompanhamento e a verbalização da linguagem compósita de Carolina Maria de Jesus em francês com vistas à descrição da apresentação da obra ao público francês e à análise das estratégias tradutórias que operam no texto traduzido.When Quarto de despejo: diário de uma favelada (QD) was published in the 1960, by Francisco Alves publishing house, Carolina Maria de Jesus had her moment as a best-selling author in Brazil, and her success abroad led to the translation of her work into fourteen languages. Le dépotoir, the French translation of QD, was published in France in 1962, by Stock publishing. The aim of this paper is to study the peritexts and the verbalization of the author’s composite language in French, in order to describe the presentation of her work to the French readership and to analyze strategies operating in the translated text

    Entre Quarto de despejo et Le dépotoir : le journal intime de Carolina Maria de Jesus au Brésil et en France

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    Trata do trabalho de Carolina Maria de Jesus, seu sucesso editorial e suas consequências. Comenta a tradução de sua obra, principalmente em francês. Analisa o trabalho da tradução da escrita peculiar de Carolina Maria de Jesus para o francês

    Translation and literary system : contributions by Antonio Candido for the translation studies

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    Trata-se de eleger a relação entre literatura, tradução e formação do sistema literário brasileiro, no sentido da formação de sua tradição, ou seja, estudar a importância da literatura traduzida para a formação do cânone nacional, tal como Candido apresenta em dois textos fundamentais para nosso tema: “Os primeiros baudelairianos” (2003) e “Estrutura literária e função histórica” (2000). Em ambos os textos, o autor mostra como a tradução ocupou uma posição central na formação do cânone nacional e como os tradutores participaram ativamente desse processo.We intend to elect the relation between literature, translation and the formation of Brazilian literary system, towards the formation of its tradition, i.e., we intend to study the importance of translated literature for the formation of national canon, as Candido presents in two fundamental texts for our theme: “Os primeiros baudelairianos” (2003) and “Estrutura Literária e função histórica” (2000). In both texts, Candido demonstrates how translation has been central in shaping the national canon and how the translators actively participated in this process

    De Bitita a Carolina : o destino e a surpresa

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    Analisa os elementos da escrita de Carolina Maria de Jesus e a forma como se descreve autobiograficamente. Comenta a hipótese de que Carolina tentava escapar das armadilhas do sucesso editorial, fugindo da esfera de grandes lançamentos. Avalia a linguagem da autora como tentativa de uma pessoa das camadas pobres de dominar os códigos da cidade letrada. Fala do estranhamento do público com a escrita de Carolina, diferente da que conheciam, e que marcou a presença de uma autora negra no mercado literário brasileiro

    Le livre des fuites, by J. M. G. Le Clezio : wandering and language

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    Descendente de uma família de navegadores, Le Clézio nasceu sob o signo da viagem. Com dez anos, a bordo de um navio, escreveu seus primeiros romances. Este ato de criação colocou-o para sempre sob a outra face do signo da viagem – a escrita. Entre questionamento do valor da escrita e da linguagem, Le livre des fuites desafia a si mesmo enquanto escritura. O romance encena a errância de Jeune Homme Hogan e questiona a fatura do discurso literário.Descending from a family of sailors, Le Clézio was born under the sign of journey. At the age of ten, on board of a ship, he wrote his first novels. This creative act has placed him forever under the other facet of the sign of journey – the writing. Questioning the value of writing and language, Le livre des fuites challenge itself as writing. This book stages the wandering of Jeune Homme Hogan, the anti-hero of Le livre des fuites, while questioning the forging of literary discourse

    TROPISMES/ TROPISMOS

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    Carolina Maria de Jesus : o estranho diário da escritora vira-lata

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    Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, 2004.Em agosto de 1960, Audálio Dantas lança, em São Paulo, pela Livraria Francisco Alves, Quarto de despejo, o "diário da favelada" Carolina Maria de Jesus. Com forte carga midiática, a publicação do tão sonhado livro foi um estrondoso sucesso, no Brasil e no exterior. Carolina infiltra na literatura brasileira pela porta da mídia. Fez-se, então, uma surpresa Carolina: para um público ávido por espetáculo, as revistas, os jornais e a editora ofereceram um fenômeno de venda - a favelada que escreve. Pouco tempo depois da edição do seu segundo livro, Casa de Alvenaria, em 1961, realizado para dar uma satisfação à sociedade - o barraco no Canindé fora trocado pela alvenaria em Santana- a autora foi completamente esquecida. Na sua obra, Carolina relata o processo que a levou de favelada a best-seller e depois ao esquecimento. Nosso objetivo neste trabalho é, pela análise dos textos autobiográficos da autora, ver como ela molda suas próprias lembranças, o que destaca, o que deixa para trás. Para além do trabalho da memória, o importante aqui é ver sua transformação em texto, em literatura. Esta é a segunda e definitiva surpresa provocada por Carolina: liberada da carga midiática, sua escrita se impõe pelo valor estético, para além da curiosidade da primeira surpresa. O valor estético está configurado na obra por meio da linguagem rasurada, que sintetiza dialeticamente anacronismo e oralidade. A questão aqui é a de discutir as razões dessa segunda surpresa por meio do estudo das relações da obra de Carolina com o sistema literário brasileiro, tal como o define Antonio Cândido, e com o polissistema literário, ou seja a convivência simultânea de vários subsistemas diferentes dentro de um mesmo sistema, de acordo com a teoria de Itamar Even-Zohar. Para isso, é preciso compreender a configuração dessa estética "vira-lata", que se transfigura no "estranho diário", e que levou Carolina de favelada a best-seller, nacional e internacional, e depois, novamente, ao lugar reservado aos excluídos na sociedade brasileira, o silêncio e o isolamento.Audálio Dantas publie, à São Paulo, en aoút 1960, dans une édition prestigieuse de Ia Francisco Alves, Quarto de despejo [Le dépôtoir], le journal intime de Carolina Maria de Jesus. Vite devenue un immense succès de ventes, au Brésil et à 1'étranger, Carolina rentre subitement dans l'univers de Ia littérature brésilienne par Ia porte des médias et devient ainsi une agréable surprise: Ia chiffonière qui écrit. Le publie avide de nouveautés et de spectacles consomme rapidement 1'auteur et son oeuvre et ensuite les oublie. Son deuxième journal, Casa de Alvenaria, paru un an après, a pour but satisfaire Ia curiosité des lecteurs: Ia chiffonière quitte le bidonville pour habiter une "vraie maison" [titre du livre en français]. Dans son oeuvre, par Ia duplicité typique des récits personnels, 1'auteur nous raconte le trajet qui Ia mène au succès et ensuite à l'oubli. II s'agit de comprendre, donc, par l'analyse de son journal intime, comment Ia réinvention de Ia mémoire se change em littérature. Voilà Ia deuxième surprise de Carolina: après son passage météorique par les médias, 1'oeuvre est redécouverte par Ia critique qui s'interroge sur sa valeur esthétique. Celle-ci, selon le point de vue adopté dans ce travail, se trouve dans son langage fracturé, mélange contradictoire d'anacronisme au niveau de Ia forme et du vocabulaire et de Ia syntaxe de Ia langue orale. À partir de ces observations, nous étudions les rapports de l'oeuvre de Carolina avec le système littéraire brésilien, tel qu'il a été décrit par Antonio Cândido, et aussi selon Ia théorie des polisystèmes, de Itamar Even-Zohar. Le système littéraire est perçu ici dans ses relations dynamiques avec l'Histoire

    Carolina Maria de Jesus : o estranho diário da escritora vira lata

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    Este livro é fruto do trabalho de pesquisa realizado na Universidade de Brasília, no Departamento de Teoria Literária e Literaturas, durante os anos de doutoramento, de 2000 a 2004. Desde então, muito se tem falado e escrito sobre Carolina Maria de Jesus, essa autora que tanto intrigou e intriga a crítica literária no Brasil e no mundo. De fato, que motivações levaram Carolina pelos tortuosos caminhos da escrita? Esta e outras questões são feitas neste trabalho, muitas delas deixadas sem resposta. O objetivo maior desta publicação é a busca da compreensão do fenômeno Carolina de Jesus nas letras brasileiras e o desejo de passar para o leitor, especializado ou não, um pouco do contraditório afã de ler e escrever vivenciado por Carolina. No nosso país, passados quase cinquenta anos da publicação de Quarto de despejo: diário de uma favelada, pouca coisa mudou; e, para Carolina, dá vontade de dizer, como na canção “Eu já lhe expliquei que não vai dar. Seu pranto não vai nada mudar”.
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