14 research outputs found

    Avaliação, aplicação de testes e interação lúdica com os idosos pelo projeto de extensão voluntariado – um relato de experiência

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    Introdução: A extensão universitária está fundamentalmente estruturada na ação e na interação, bem como na aproximação dos objetivos acadêmicos das relações humanas a serem vivenciadas. No caso da formação médica, duasdimensões são importantes: A primeira se refere à experiência de alteridade e aos aprendizados e reconstruções advindos dela. A segunda está ligada a novas possibilidades de produção de conhecimento, tanto para quem aplica como para quem está sendo alvo de um projeto de extensão. O Projeto de Extensão Voluntariado do Curso de Medicina da UniEVANGÉLICA se vale dessas duas dimensões para executar projetos no Orfanato Luz de Jesus e no Asilo Jesus Cristo é o Senhor, ambos em Anápolis-GO, promovendo ações educativas,recreativas e desenvolvimento de projetos sociais. Objetivo: Relatar uma experiência vivida no primeiro dia do Projeto de Extensão Voluntariado da UniEVANGÉLICA, no Asilo “Jesus Cristo é o Senhor” em Anápolis, Goiás. Relato de experiência: No dia 27 de abril de 2019, um grupo de 20 voluntários realizaram uma ficha de avaliação com os idosos o que proporcionou um maior conhecimento do perfil dos institucionalizados no intuito de que as próximas ações fossem personalizadas às maiores necessidades, bem como adaptadas às capacidades dos idosos que vivem na instituição. Esse instrumento continha: Nome, sexo, idade, comorbidades, medicamentos em uso, um espaço para avaliação seriada da pressão arterial e também para anotar os resultados dos testes de caminhada e de força de preensão palmar. No objetivo de entreter os idosos, antes de iniciar a coleta de dados, foi realizado um bingo. Foi um momento que possibilitou uma integração muito positiva e lúdica frente a um primeiro contato que poderia ter sido marcado por muita ansiedade, timidez e receio se essa estratégia não fosse adotada. Esse primeiro contato lúdico permitiu uma coleta de dados mais tranquila, maior facilidade na aferição da pressão arterial e na aplicação dos testes. Discussão: Quanto maior o estímulo para novos ambientes de aprendizado e práticas que coloquem o estudante em contato com a realidade social das comunidades e da realidade do sistema de saúde, melhor será o ganho pessoal e mais humano será o profissional. Diante disso, com a oportunidade gerada pelo projeto de voluntariado do curso de medicina, os voluntários puderam ter maior capacitação no que se refere à atenção geriátrica, o que permite fundir conhecimentos teórico-práticos e proporciona melhor solidificação do aprendizado. Além disso, estimular o contato e a promoção de saúde da pessoa idosa é muito importante, visto que é imprescindível que o envelhecer seja visto sob uma óptica abrangente, que permita a possibilidade de melhor qualidade de vida aos idosos institucionalizados bem como a produção de formas de intervenção e engajamento significativo aos voluntários. Conclusão: A interação permitiu a criação de um vínculo que merece ser continuado, bem como a identificação de perfis que nortearam todas as nossas próximas atividades ao longo do semestre. Ademais a coleta de dados abriu margem para déficits como a organização dos medicamentos, fato passível de adequação por parte dos alunos em conjunto com os funcionários. Por fim, através de uma avaliação ampla e com um olhar multidisciplinar, é possível que esse projeto continue permitindo a identificação de demandas e a elaboração de planos de cuidado

    Terapia pela arte: a influência da musicoterapia na receptividade de pacientes idosos

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    Introdução: A música é um fato cultural e desde o século XX passou a ser reconhecida como ciência por ajudar na elaboração de conteúdos mentais-cognitivos e por estimular funções motoras e fisiológicas como a respiração, o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea. O conjunto musical pode também influenciar os aspectos emocionais, favorecendo a autoestima ao resgatar memórias e aliviar temporariamente dores. Sabendo desses benefícios, cada vez mais a musicoterapia tem sido o meio para a recuperação de indivíduos. E tendo em vista o paciente idoso, essa ferramenta é também utilizada com o intuito de estabelecer vínculos, estimular a comunicação e facilitar o convívio, especialmente no caso daqueles institucionalizados. Objetivo: Relatar a importância da musicoterapia na receptividade dos pacientes idosos do asilo “Jesus Cristo é o Senhor” em Anápolis, Goiás. Relato de experiência: Aos sábados 20 participantes de um grupo de voluntários do curso de medicina do Centro Universitário de Anápolis, UniEVANGÉLICA, são mobilizados para realizarem rodas musicais e atividades na instituição de longa permanência. O violão é o instrumento utilizado para suporte e amplia a musicalidade no contexto de interação, corroborando para a alegria no semblante dos idosos assistidos. Em média 10 idosos participam ativamente da interação. Esses, por sua vez, pedem músicas que mais lhes agradam e os pedidos são acrescentados ao repertório pré-estabelecido. A preferência musical se concentra nos estilos musicais gospel e sertanejo. São cantadas em torno de 20 músicas por visita e essas são acompanhadas de coreografias e palmas. Discussão: A utilização da musicoterapia facilitou a socialização da maioria dos idosos institucionalizados no presente asilo. Primeiramente a música estimulou atividades mecânicas, como palmas e movimentos corporais, configurando um fato de fundamental importância devido à limitada oferta de atividades físicas. É possível notar também que esses sujeitos se tornam mais abertos ao diálogo durante ou após os cânticos, posto que as canções disparam sentimentos de saudosismo e essas lembranças produzem comentários sobre fé e esperança. Esses fatos, assim, afirmam a capacidade da melodia em gerar emoções e reações antes veladas. Já para aqueles que não se inserem nessas atividades musicais é notório que a música resgata sentimentos indesejáveis e para esses são necessárias outras estratégias de integração, como jogos com cartas. Conclusão: A realização de atividades musicais possibilitou a inserção dos voluntários ao ambiente da instituição de longa permanência mesmo que sucintamente. Além do mais, as práticas dessas atividades pelos idosos exercitam a expressão, o físico e a cidadania a ponto de fortalecer vínculos e melhorar convívio dentro da instituição. Contudo, nem todos os idosos se sentem à vontade com esse método. Assim cabe aos voluntários abordá-los e construir estratégias diversas para depois integrá-los

    O suicídio de profissionais médicos: quais fatores influenciam?

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    Introdução: O suicídio é considerado um problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde. Nos últimos anos, as taxas de suicídio levaram-se substancialmente no Brasil. Nesse contexto, destaca-se o aumento na taxa de suicídio em médicos, conhecida por ser mais elevada do que a da população em geral, devido, em partes, às comorbidades de saúde mental e estressores psicossociais presentes no cotidiano dessa classe profissional. Objetivo: Apontar os fatores que influenciam o contexto do suicídio dentro da classe médica. Material e Método: Realizou-se uma revisão integrativa de literatura com base em pesquisas nas plataformas The Scientific Electronic Library Online (Scielo), Us National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed) e Periódicos Capes utilizando os descritores Ciências da Saúde (DeCs) “suicídio”, “médicos”, “saúde mental”, “educação médica” e seus correspondentes em inglês. Pré-selecionou-se trinta e oito artigos dentro do intervalo de 20152019. Após isso, eliminou-se dez dos trinta e oito artigos por não abordarem os fatores que influenciam o suicídio desses profissionais da área da saúde ou por abordarem o suicídio apenas em acadêmicos do curso de medicina. Contando essa revisão integrativa, portanto, com vinte e oito artigos. Resultados: O contexto que permeia o suicídio entre os profissionais médicos mostra-se complexo e, altamente, influenciado por fatores ambientais e pessoais. Com relação a essa junção de fatores que podem influenciar a ideação e o comportamento suicida, transtornos psiquiátricos, como depressão, transtornos de ansiedade e abuso de substâncias, dentro dos fatores pessoais, e questões relacionadas às condições de trabalho, pressão psicológica, alta carga de trabalho, etc., dentro dos fatores ambientais, mostram-se presentes na maioria dos casos. Esses estressores podem influenciar negativamente o desempenho profissional, a saúde física e o bem-estar psicológico dos médicos, tornando-os mais vulneráveis emocionalmente. Portanto, nota-se crucial para a decisão de se suicidar a combinação entre as circunstâncias da vida, a saúde mental do indivíduo e eventos estressantes. Além disso, pontua-se como aspecto facilitador do fenômeno nesta população o conhecimento científico desenvolvido, a disponibilidade e a oportunidade de acesso a meios de cometer o ato suicida. Conclusão: Portanto, é consenso que a decisão de se suicidar dentro da classe médica resulta de um conjunto de fatores externos, orgânicos e circunstanciais. Destaca-se como fator de maior incidência para esse ato, os transtornos psiquiátricos. Além do mais, o fácil acesso e o maior conhecimento sobre o funcionamento fisiológico humano podem contribuir para a efetivação do ato suicida. Além do mais, percebe-se que a imagem social de equilíbrio e de apoio dificulta a solicitação de ajuda pelos médicos, impedindo a identificação dos transtornos e o auxílio com relação às insatisfações com a própria vida e às ideações suicidas nessa população

    Epidemiologia da coqueluche em goiás: ocorrência e cobertura vacinal no período de 2008-2018

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    RESUMO: Conhecida como a tosse comprida, a coqueluche, causada pela Bordetellapertussis, é uma doença infecciosa aguda, de alta transmissibilidade e gravidade.Acomete especificamente o sistema respiratório humano sendo transmitida por meiode gotículas através de espirro, tosse ou fala. Até 1940, era a maior causa demortalidade infantil no mundo, sendo uma doença de notificação compulsória noBrasil. Nesse sentido, a vacina tríplice bacteriana (DTP) tornou-se imprescindível aocontrole da morbimortabildade da doença, sendo inserida no calendário vacinalinfantil. Descrever a ocorrência e a cobertura vacinal da coqueluche em Goiás, noperíodo de 2008-2018. Trata-se de um estudo ecológico, observacional, descritivo,quantitativo e retrospectivo, realizado a partir de dados secundários dos casos decoqueluche e da cobertura vacinal (CV) da DTP em Goiás no período de 2008-2018. Osdados são advindos do Sistema de Informação de Agravos e Notificações (SINAN) e doPrograma Nacional de Imunizações (PNI), disponibilizados na plataforma do DATASUS.De 2008 a 2018, foram confirmados, em Goiás, 604 casos de coqueluche, comocorrência oscilante ao longo dos anos. De 2011 a 2014, houve um expressivo aumentono número de casos, sendo que foram registrados 7 casos em 2011, 77 em 2012, 116 em2013 e 216 em 2014. De 2014 a 2016, houve redução na incidência, chegando ao númerode 8 casos em 2016. Porém, após esse ano, ocorreu um novo aumento, sendoconfirmados 26 casos em 2018. Quanto à CV, o Ministério da Saúde preconiza uma taxaacima de 90% para DTP. Porém, coberturas inferiores foram observadas em Goiás nosanos de 2012 (89,28%), 2016 (84,94%), 2017 (81,33%) e 2018 (83,3%). Nos demais anos,apesar de haver variações, as CVs atingiram a meta. Desse modo, verifica-se que osanos de 2016 a 2018 apresentaram as menores CVs, concomitante ao aumento daincidência de coqueluche. Porém, relação semelhante não é observada de 2011 a 2014,período de aumento progressivo de casos, mesmo com CV adequada em 2011, 2013 e2014. Alguns estudos mostram que a alta incidência, em paradoxo à CV adequada, podeestar relacionada à diminuição da imunidade induzida pela vacinação ao longo dotempo, levando ao acometimento de adultos e adolescentes, mantendo a circulaçãoda bactéria, o que predispõe a transmissão às crianças pequenas não imunizadas oucom esquema vacinal incompleto. Por fim, é notória a importância de um calendáriovacinal atualizado. Portanto, para uma maior efetividade das CVs, é necessário umamelhor disseminação de informação acerca da importância da vacinação e osbenefícios que ela traz para a população como um todo. É necessário elucidar todos ospontos para que não haja falta de informação, medos incoerentes e falta de acesso,que impeçam a população de ter uma imunização efetiva. Contudo, mais estudos sãonecessários para esclarecer a crescente incidência nos anos em que as CVs alcançarama meta proposta

    Internações hospitalares e óbitos por intoxicação medicamentosa no estado de Goiás: análise de 2000 a 2017

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    Introdução: As intoxicações medicamentosas são reações resultantes da sobredosagem de medicamentos, atingindo concentrações superiores à janela terapêutica. Dentre as circunstâncias desse problema, estão a automedicação, a autointoxicação intencional e a polifarmácia. Assim, por ser uma causa evitável de morbimortalidade, é relevante analisar o cenário goiano, fornecendo um estudo que oriente propostas no âmbito da saúde, a fim de reverter o quadro. Objetivo: Descrever e analisar as internações hospitalares e os óbitos por intoxicações medicamentosas no estado de Goiás, de acordo com o sexo, no período compreendido entre 2000 e 2017. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico sobre a morbimortalidade por intoxicação medicamentosa em Goiás, no período de 2000 a 2017, estratificado segundo o sexo, realizado por meio de consulta ao Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os dados obtidos foram comparados com artigos que abordam o tema. Os critérios utilizados na seleção dos artigos foram: trabalhos escritos em língua portuguesa, publicados entre 2000 a 2018 nas plataformas de pesquisa “Scientific Electronic Library Online” (SciELO) e “US National Library of Medicine” (PubMed), por meio de descritores em ciências da saúde padronizados pela BIREME: mortalidade, preparações farmacêuticas, toxicidade. Resultados: Nota-se que houve um aumento nas taxas de óbito e hospitalização por intoxicações medicamentosas no Brasil no período analisado. Foi observado também que a maior incidência dessa problemática está sobre o sexo masculino, já que dentre os 81 óbitos registrados, 70 eram de homens. Em Goiás, esse crescimento ocorreu a partir do ano de 2004, sendo significativamente maior a incidência também entre os homens. Porém, entre os anos de 2009 e 2010, esses dados sofreram uma mudança, com o aumento para as mulheres, contudo, entre os anos de 2011 e 2017, os índices tornaram-se maiores, novamente, para o sexo masculino. Os homens lideram as ocorrências tanto para internações quanto para óbitos, contrariando os índices sobre consumo de medicamentos no Brasil que apontam as mulheres como maiores consumidoras. Contudo, estudos demonstram que aspectos biológicos e socioculturais favorecem o adoecimento de mulheres e que essas apresentam maior autocuidado e busca por serviços de saúde evitando práticas não recomendáveis como a automedicação com posologia e terapêuticas inadequadas que são frequentes no sexo masculino. Em relação a autointoxicação intencional, estudos mostram que as mulheres tentam mais contra a vida, enquanto os homens são mais bem sucedidos nas tentativas de suicídio. Além disso, a literatura aponta que o atual perfil epidemiológico brasileiro é marcado pela alta prevalência de doenças crônicas, as quais, frequentemente, são concomitantes, levando ao uso de múltiplos medicamentos e, consequentemente predispondo às intoxicações. Conclusão: Desse modo, observou-se que tanto as internações, quanto os óbitos por intoxicação medicamentosa foram mais incidentes no sexo masculino. Logo, é visível a necessidade de aprimoramento da regulação da publicidade e da aquisição de medicamentos no país. O padrão de consumo de medicamentos pela população, caracterizado pela automedicação inapropriada, polifarmácia e uso indevido e indiscriminado de medicamentos, precisa ser trabalhado pelos profissionais de saúde para uma maior instrução da população

    Abstinência sexual: método de escolha na prevenção da gravidez na adolescência?

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    RESUMO: A adolescência é a fase da vida em que o indivíduo passa por modificações significativas, as quais refletem no seu comportamento e nas suas relações com o outro e consigo mesmo. O interesse pelo sexo e o início pela vida sexual nessa fase pode ter como consequência a gravidez precoce. Sob esse prisma, a discussão sobre abstinência sexual como forma de combate às altas taxas de gravidez na adolescência vem aumentando acentuadamente com a crescente dos ideais conservadores. Sendo assim, objetiva-se com esse estudo discutir a abstinência sexual como método de escolha para a prevenção de gravidez na adolescência. Utilizou-se como metodologia para a realização do estudo a busca de artigos publicados no período de 2016 a 2020 no Portal de Periódicos CAPES com os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “Pregnancy in Adolescence” e “Sexual Abstinence”. A partir da análise qualitativa dos estudos, foi possível verificar que a abstinência sexual não é o melhor caminho a ser seguido entre os jovens. Por outro lado, é possível alcançar mudanças de comportamento positivas nesta fase da vida com a efetiva instrução sobre a sexualidade e os métodos contraceptivos mais eficazes. Portanto, assim como infere o Sistema Único de Saúde, respaldado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria e Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, é de suma importância que os jovens e os adolescentes recebam informações e cuidados adequados à saúde reprodutiva. Desse modo, além de adquirir uma boa orientação sobre planejamento familiar, pode-se prevenir uma gravidez precoce e infecções sexualmente transmissíveis. &nbsp

    Infecções multirresistentes por Candida auris: fatores de risco, prevenção, diagnóstico e tratament

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    Introdução: As infecções invasivas por Candida são relevantes causas de morbimortalidade, principalmente aos pacientes hospitalizados ou imunocomprometidos. Nesse contexto, está a Candida auris, uma espécie recém-emergente, identificada pela primeira vez em 2009. Essa levedura apresenta diversos desafios no âmbito da saúde, já que apresenta resistência às terapias antifúngicas, além de possuir fácil transmissão nosocomial. Objetivo: Discutir os fatores de risco, as estratégias de prevenção, os métodos diagnósticos e de tratamento da infecção por C. auris. Material e Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Realizou-se uma busca nas bases de dados “Scientific Electronic Library Online” (SciELO) e “US National Library of Medicine” (PubMed), incluindo apenas artigos publicados a partir de 2015. As palavras-chave utilizadas foram: “Candida auris”, “resistência a múltiplas drogas” e seus termos correspondentes em inglês. No total, foram encontrados 26 estudos, sendo todos submetidos à análise. Desses, 14 artigos se adequaram aos critérios de inclusão estabelecidos, sendo eles: publicações nas línguas portuguesa e inglesa, relevância temática e concordância com o objetivo desta revisão. Resultados: Em relação aos fatores de risco da infecção por esse fungo multirresistente, estão incluídos o uso de antibióticos de amplo espectro, imunossupressão, admissão em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), diabetes mellitus e uso de cateteres venosos centrais. Acerca da prevenção, é imprescindível a implementação de medidas de controle de transmissão, como o isolamento de pacientes, uso de roupas e equipamentos de proteção individual por profissionais, limpeza e descontaminação dos abientes, antissepsia da pele dos infectados (usando clorexidina) e triagem de pacientes de enfermarias afetadas. Além disso, como forma de limitar a emergência de fungos multirresistentes, os antifúngicos não devem ser utilizados em doses subterapêuticas ou quando não há indicação para os mesmos. Quanto ao diagnóstico, existe uma dificuldade no reconhecimento da C. auris por meio das plataformas de identificação fenotípica comercialmente disponíveis, já que é comumente confundida com outras espécies de Candida. Assim, são necessários novos métodos confiáveis de determinação desta levedura. Nesse contexto, foram criados primers específicos para a técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR), o que demonstrou eficácia de 100% na diferenciação entre C. auris e espécies semelhantes. A respeito do tratamento, foi observado que 93% da espécie estudada apresenta resistência a fluconazol, 35% a anfotericina B, 7% a equinocandina, 41% a duas classes de antifúngicos e 4% a três classes. Nesse contexto, dentre essas opções a equinocandina e a anfotericina B são as drogas de escolha, mesmo com eficácia limitada. Diante disso, foi descoberto o SCY-078, um medicamento com atividade promissora contra a C. auris. É um inibidor de síntese de triterpenoglicano-sintase, possuindo efeitos potentes contra Candida spp., além de impedir o crescimento e a formação de biofilmes de fungos resistentes. Conclusão: Dessa forma, é relevante que os fatores de risco sejam evitados, quando possível, e que as estratégias de prevenção sejam aplicadas. Ademais, foi observado que o diagnóstico e o tratamento ainda são limitados, necessitando de mais estudos a fim de comprovar a eficácia dos métodos recém-descobertos

    Casos de HIV em pessoas da terceira idade no Brasil

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    Introdução: Nos últimos anos, o Brasil elevou sua incidência de doenças sexualmente transmissíveis na terceira idade, a exemplo a Imunodeficiência Humana (HIV). Fatores como o aumento da expectativa de vida somado ao crescimento da indústria farmacêutica contribuiu com essa realidade. Em virtude das práticas sexuais dos idosos ainda serem muito negligenciadas, não há um foco repercussivo da saúde para instruí-los quanto às IST’s, gerando uma situação preocupante de invisibilidade a idosos aidéticos. Objetivo: Discutir o aumento dos casos de HIV no Brasil na terceira idade e correlacionar com fatores contribuintes com esse quadro. Material e método: Trata-se de um estudo epidemiológico sobre os casos de HIV no Brasil, no período de 2010 a 2016, executado com o auxílio do DATASUS. Todos os dados foram comparados com artigos que abordam a mesma temática. Para a seleção dos artigos, utilizou-se os seguintes critérios: trabalhos escritos em língua portuguesa, publicados entre 2014 a 2018 nas plataformas Scielo e PubMed através de descritores em ciências da saúde padronizados pela BIREME: HIV, AIDS, terceira idade, morbidade e epidemiologia. Resultados: O envelhecimento populacional brasileiro acelerado promove drásticas alterações na saúde pública. O cenário da sexualidade dos idosos modificou-se e produtos farmacológicos têm colaborado com medicamentos e hormônios que tornam essa sexualidade efetiva. No entanto, essa mudança nem sempre ocorre de maneira saudável em função do TABU social que promove um diálogo insuficiente acerca do tema. Logo, pessoas acima de 60 anos com diagnóstico de HIV tem crescido de modo alarmante, detectando 1618 casos em 2010 para um aumento de 36%no ano de 2016. Além disso, no ano de 2016, houve1389 óbitos por AIDS na terceira idade comparada a 875 em 2010, corroborando a negligência com a realidade sexual e patológica dos idosos na situação em que se encontram. Conclusão: Diante da nova perspectiva brasileira de envelhecimento, o idoso dos tempos vigentes traz uma nova bagagem para a saúde pública nacional, que exige uma preparação tanto dos profissionais da área quanto da sociedade em geral. A sexualidade na terceira idade deve ser instruída e orientada, enfatizando a necessidade do profissional de saúde em abordar esse tipo de discussão com seu paciente, para contribuir com uma geração que possui conhecimentos básicos para uma vida sexual ativa saudável, reduzindo assim o número de idosos contaminados por HIV e outras IST’s

    Vínculo entre arte e medicina através do projeto doutores da gargalhada: um relato de experiência

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    Introdução: As expressões artístico-culturais são importantes intervenções no âmbito da saúde, já que levam alegria, favorecem o processo de cura, provocam reflexões e estimulam a criação de vínculos interpessoais. Assim, na prática, é relevante a presença de palhaços em hospitais e outras instituições, aprimorando o cuidado humanizado e integral. Nesse contexto, conectando a arte e a medicina, surgiu o projeto de extensão “Doutores da Gargalhada”. Objetivo: Relatar a experiência dos participantes do projeto “Doutores da Gargalhada” no ano de 2018. Relato de experiência: O projeto “Doutores da Gargalhada” foi aberto para os acadêmicos de graduação na área da saúde do Centro Universitário UniEVANGÉLICA, sendo realizados sorteios semestrais entre os interessados. Através dessa iniciativa, os estudantes contaram com a preparação por meio de aulas teóricas semanais. Enquanto isso, na prática, fantasiaram-se de palhaços e realizaram visitas quinzenais, durante um ano, à Santa Casa de Misericórdia de Anápolis, ao Centro de Recuperação Estrela de Davi, ao Orfanato Luz de Jesus e à Instituição Jesus Cristo é o Senhor. Nessas ações, foi trabalhada a improvisação de brincadeiras, músicas e danças, além do contato direto com os visitados. Dessa forma, foi observado que houve relevante contribuição para uma melhor desenvoltura acadêmica no estabelecimento de boas relações com os pacientes, no enfrentamento da timidez e na exteriorização do palhaço interior de cada um. Quanto aos benefícios da terapia do riso para o público-alvo, foi notória a satisfação dos pacientes, dos acompanhantes e dos funcionários das instituições visitadas. Discussão: No Brasil, a figura do palhaço é valorizada em ambientes hospitalares, tendo como precursores os “Doutores da Alegria”, projeto iniciadoem São Paulo, em 1991, que expandiu-se para vários estados e ganhou prêmios internacionais pelo impacto de suas ações. Essa associação transita pela cultura, saúde e e assistência social, além de colocar a arte como uma das prioridades básicas para a vida digna do ser humano. Nesse sentido, nota-se que a inclusão do palhaço no processo de formação de um profissional da saúde vai de encontro com a necessidade de se edificar uma atenção mais humanizada e empática no exercício da profissão desses. Essa figura artística é livre para expressar-se e arriscar-se, tendo uma facilidade na abordagem das barreiras estabelecidas pela doença, dor e angústia. Ademais, o sorriso é um remédio eficaz para o alívio das dores na dimensão física e emocional no processo de recuperação de uma etapa difícil, como em uma grave enfermidade. Conclusão: Dessa forma, pode-se afirmar que a experiência dos estudantes tem refletido positivamente sobre a formação de um profissional capacitado para lidar com diferentes situações de saúde, lado a lado de seus pacientes. Além disso, o palhaço é crucial em uma realidade de dor e sofriment

    Situação vacinal e conhecimento dos adolescentes sobre imunoprevenção em Anápolis-Go

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    RESUMO: A imunização é uma medida preventiva em saúde fundamental para a redução de morbimortalidade de várias doenças, garantindo segurança ao indivíduo e à coletividade na qual esse está inserido. Todavia, muitos adolescentes possuem a caderneta de vacina em atraso por esquecimento, falta de orientação ou por considerá-las desnecessárias, e essa realidade é influenciada diretamente pelos pais, que, muitas vezes, não possuem informação necessária ou leram algo não fidedigno acerca do assunto, não vacinando seus filhos. Assim, a educação em saúde se torna fundamental para a disseminação de informações verídicas acerca da vacina e para uma imunização efetiva, mas ainda carece de mais suporte. Portanto, o objetivo deste estudo visa caracterizar a situação vacinal e o conhecimento acerca da imunoprevenção de adolescentes do 8º e 9º ano de escolas públicas e privadas localizadas em área adscrita à Unidade Básica de Saúde Parque Iracema, em Anápolis-GO. Trata-se de um estudo quantitativo, transversal, cuja amostra será composta por adolescentes matriculados nos 8º e 9º anos do ensino fundamental, na qual a coleta de dados será realizada através de questionários e análises de cartões de vacina dos alunos, dentro do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Através dessa busca, espera-se extrair as informações necessárias acerca da cobertura vacinal dos adolescentes e conhecer o que eles sabem sobre o assunto, averiguando os pontos que precisam ser trabalhados nas Unidades Básicas de Saúde, escolas e domicílios.   &nbsp
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