51 research outputs found

    Uma mercadoria indígena e seus paradoxos: a folha de coca em tempos de globalização

    Get PDF
    O processo de mobilização social iniciado na década de 2000 teve como protagonistas diversos setores do campesinato indígena. Esse processo culminou na eleição do cocaleiro aimará Evo Morales, que se tornou o primeiro presidente indígena da América. Findou-se, assim, um ciclo de mais de vinte anos de pactos parlamentares não transparentes e partilhas do aparelho estatal entre os partidos crioulos da vertente neoliberal e populista. Contudo, os interesses imperialistas, que envolvem corporações farmacêuticas e de multinacionais, conseguiram montar aparato de repressão contra a folha de coca, sob o argumento abstrato e hipócrita de defesa da saúde pública dos países consumidores. No outro extremo, os produtores de coca resistem a essa guerra desigual. Os cocaleiros e os distribuidores e consumidores são atores e protagonistas da modernidade indígena boliviana, assentada em mercado interno de longa data como cenário de processos de empoderamento, iniciativa histórico-cultural e descolonização. Como a maioria da população faz parte desse mercado, a resistência não se limita à luta contra a erradicação das zonas produtoras; também é preciso enfrentar os controles e proibições que pesam sobre o mercado e o estigma que se associa ao consumo da folha. O peso dessas disputas delimita cenário de conflito para o atual governo, e é necessário compreendê-las em toda a sua profundidade histórica, o que é o objetivo com este estudo

    Décoloniser la sociologie et la société

    Get PDF
    Silvia Rivera Cusicanqui est née à La Paz où elle est professeure émérite de sociologie à l’université publique (Universidad Mayor de San Andrés – UMSA). La Bolivie de ses activités académiques et politiques est celle des années 1970, en pleine dictature militaire, alors que surgissent des organisations paysannes indépendantes dont la rhétorique de classe s’ouvre aux perspectives indianistes. Mais c’est aussi la Bolivie d’aujourd’hui, moins d’un an après l’élection d’un gouvernement en grande..

    Por que o mineral sofre? Teorias mestiças fronteriças e ontologias do real com relação ao extrativismo minerador em San Juan, Argentina

    Get PDF
    Objetivo/contexto: este artículo tiene como objetivo presentar aspectos de un trabajo etnográfico referido a las teorías mestizas fronterizas que circulan en comunidades del norte de San Juan, Argentina, con relación al extractivismo minero, poniendo el acento en la comprensión de las ontologías de lo real que las constituyen a partir de experiencias históricas y modos de relacionalidad local. Metodología: el trabajo se apoya en el estudio etnográfico de las relaciones conflictivas existentes entre las praxis cotidianas y las narrativas pluriversales locales en comunidades del norte de San Juan, al expresar otras ontologías de “lo real” disidentes a los proyectos políticos de incorporación-exclusión estatal y de mercado en estas comunidades, conformadas tanto por seres humanos, como por seres no humanos, que cohabitan estos lugares y agencian territorios en su actuar político. Conclusiones: se plantea que la discusión política pública, en torno a la presencia de los proyectos mega-mineros en las nacientes de agua cordillerana (glaciares) en San Juan, excluye a la ontología política y relacional expresada en las teorías mestizas fronterizas locales. Originalidad: el artículo propone reflexiones sobre las ontologías de los conflictos neoextractivistas en Argentina, abriendo cuestionamientos con derivaciones teóricas y metodológicas no exploradas en la bibliografía referida al caso de la provincia de San Juan.Objective/context: The purpose of this article is to present aspects of an 76 ethnographic work concerning the borderlands mestizo theories that circulate in communities in the north of San Juan, Argentina, related to mineral extractivism, emphasizing the understanding of ontologies of the real that are constituted from historical experiences and modes of local relationality. Methodology: The work is based on the ethnographic study of the existing conflictive relations between the daily praxis and the local pluriverse narratives in communities of the north of San Juan, when expressing other ontologies of “the real” that disagree with the political projects of state and market incorporation-exclusion in these communities, conformed by humans, as much as by nonhumans, that cohabit these places and manage territories in their political act. Conclusions: It is proposed that the public political discussion, around the presence of mega-mining projects in the mountain water springs (glaciers) in San Juan, excludes the political and relational ontology expressed in the local borderlands mestizo theories. Originality: T he article proposes reflections on the ontologies of neo-extractivist conflicts in Argentina, by opening questions with theoretical and methodological derivations not explored in the bibliography referring to the case of the province of San Juan.Objetivo/contexto: este artigo tem como objetivo apresentar aspectos de um trabalho etnográfico referente às teorias mestiças fronteiriças que circulam em comunidades no norte de San Juan, Argentina, relacionadas com o extrativismo minerador, com ênfase na compreensão das ontologias do real que são constituídas a partir de experiências históricas e dos modos de relacionamento local. Metodologia: este trabalho está apoiado no estudo etnográfico das relações conflitivas existentes entre as práticas cotidianas e as narrativas pluriversais locais em comunidades do norte de San Juan, ao expressar outras ontologias do “real” dissidentes dos projetos políticos de incorporação-exclusão estatal e de mercado nessas comunidades conformadas tanto por seres humanos quanto por não humanos, que coabitam esses lugares e agenciam territórios em seu agir político. Conclusões: propõe-se que a discussão política pública sobre a presença dos projetos megamineradores nas nascentes de água da Cordilheira (glaciares) em San Juan exclui a ontologia política e relacional expressa nas teorias mestiças fronteiriças locais. Originalidade: este artigo reflete acerca das ontologias dos conflitos neoextrativistas na Argentina ao abrir questionamentos com derivações teóricas e metodológicas não exploradas na literatura referida ao caso da província de San Juan.Fil: Jofre, Ivana Carina. Universidad Nacional de San Juan; Argentina. Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Centro Científico Tecnológico Conicet - San Juan; Argentin

    Oralidad, mirada y memorias del cuerpo en los Andes

    No full text
    Me voy a permitir, en esta presentación, hablar desde contextos epistemológicos reveladores, que parten del intento de comprender las vivencias y emociones que acompañan el acto del pensar. Pensar, conocer, son nociones que pueden tener dos significados en aymara: en primer lugar, lup’iña, pensar con la cabeza clara, que viene de la raíz lup’i, luz del sol. Se trata de un modo de pensar que podemos asociar con lo racional. El otro modo de pensar, que es el que aquí me interesa, es el amuyt’aña, un modo de pensar que no reside en la cabeza, sino en el chuyma, que se suele traducir como “corazón”, aunque no es tampoco eso, sino las entrañas superiores, que incluyen al corazón, pero también a los pulmones y al hígado, es decir a las funciones de absorción y purificación que nuestro cuerpo ejerce en intercambio con el cosmos. Podría decirse entonces que la respiración y el latido constituyen el ritmo de esta forma del pensar. Hablamos del pensar de la caminata, el pensar del ritual, el pensar de la canción y del baile. Y ese pensar tiene que ver con la memoria, o, mejor dicho, con las múltiples memorias que habitan las subjetividades (post) coloniales en nuestra zona de los Andes, y que se expresan también en el terreno lingüístico

    Secuencias iconográficas en Melchor María Mercado (1841-1869)

    No full text
    Debemos a la cuidadosa mirada de don Gunnar Mendoza L. la bella edición del Álbum de acuarelas de Melchor María Mercado (1991) y un prólogo rico en referencias hacia posibles rutas que podría seguir la investigación sobre esta obra, descubierta y guardada por él hasta su muerte, entre las joyas de la Biblioteca Nacional de Bolivia. He optado por tomar una de estas rutas: el análisis de algunas secuencias iconográficas de la obra, de acuerdo a ritmos y lecturas que podrían llamarse asociativas..

    Uma mercadoria indígena e seus paradoxos.: A folha de coca em tempos de globalização.

    Get PDF
    The social mobilization process that started in the 2000s had several sectors of the Bolivian indigenous peasantry as leading actors. This process culminated in the election of coca grower Evo Morales, an Aymara native, as the first indigenous president in the Americas. This marked an end to over 20 years of non-transparent parliamentary agreements and splitting of the state apparatus among the neoliberal and populist native political parties. However, imperialist interests involving pharmaceutical and multinational corporations, among others, have succeeded in creating a repressive apparatus against the coca leaf based on the abstract and hypocritical argument that they are acting in defense of public health in the consumer countries. On the other end, however, coca growers resist such an unequal war. Coca growers, distributers, and consumers have been leading actors in the Bolivian indigenous modernity, particularly focused on the long-lasting domestic market as a scenario of empowering processes, historical-cultural initiative, and decolonization. As most Bolivian people are part of this market, their resistance is not limited to struggling against the eradication of coca growing areas, but most importantly against market controls and prohibitions and the stigma associated with coca leaf consumption. Such disputes set the conflicting scenario for the current government, and this study aims to provide an in-depth historical understanding of it.O processo de mobilização social iniciado na década de 2000 teve como protagonistas diversos setores do campesinato indígena. Esse processo culminou na eleição do cocaleiro aimará Evo Morales, que se tornou o primeiro presidente indígena da América. Findou-se, assim, um ciclo de mais de vinte anos de pactos parlamentares não transparentes e partilhas do aparelho estatal entre os partidos crioulos da vertente neoliberal e populista. Contudo, os interesses imperialistas, que envolvem corporações farmacêuticas e de multinacionais, conseguiram montar aparato de repressão contra a folha de coca, sob o argumento abstrato e hipócrita de defesa da saúde pública dos países consumidores. No outro extremo, os produtores de coca resistem a essa guerra desigual. Os cocaleiros e os distribuidores e consumidores são atores e protagonistas da modernidade indígena boliviana, assentada em mercado interno de longa data como cenário de processos de empoderamento, iniciativa histórico-cultural e descolonização. Como a maioria da população faz parte desse mercado, a resistência não se limita à luta contra a erradicação das zonas produtoras; também é preciso enfrentar os controles e proibições que pesam sobre o mercado e o estigma que se associa ao consumo da folha. O peso dessas disputas delimita cenário de conflito para o atual governo, e é necessário compreendê-las em toda a sua profundidade histórica, o que é o objetivo com este estudo

    Violencia e interculturalidad: Paradojas de la etnicidad en la Bolivia de hoy

    No full text
    Este trabajo analiza los cambios y continuidades suscitados en los discursos sobre y en torno a los indios teniendo en cuenta que estos siempre se produjeron entre mestizos criollos y no con ni entre los indios. A partir de los años 1970 y 1980 el movimiento katarista descentra la lectura homogeneizadora sobre ellos y se pasa a una nueva fase donde se tratará de incorporarlos al discurso estatal. La confección de treinta y seis mapas étnicos, diseñados bajo el nuevo modelo del multiculturalismo, en donde se fijan cuáles son los pueblos originarios y sus respectivos territorios en el interior del país tienen una serie de consecuencias que no hacen más que continuar con una historia de invisivilización y cosificación de los indíge- nas. Estos muestran una visión esencialista de los indios que los coloca antes de la historia y desconoce también los movimientos migratorios y nuevos asentamientos que se producen continuamente en este sector ma- yoritario. La situación de las mujeres también es analizada en este ensayo donde la visión masculina las excluye e instrumentaliza como resultado de la reproducción de los fenómenos de aculturación y colonización de las instituciones y organizaciones indígenas y populares.

    Un produit autochtone et ses paradoxes

    No full text

    Experiencias de montaje creativo: de la historia oral a la imagen en movimiento ¿Quién escribe la historia oral?

    No full text
    Este artículo marca la apertura de Silvia Rivera al mundo de la sociología de la imagen y del montaje audiovisual. De este modo nos ofrece una reflexión importante sobre la práctica de la historia oral ¿Quién escucha? ¿Quién habla? Por otro lado, nos invita a pensar acerca de la producción audiovisual y la autoría, vinculándola con los distintos movimientos sociales y políticos de gran influencia en la historia social boliviana, como el anarquismo, el katarismo y el indianismo. Finalmente nos comparte los procesos creativos que la llevaron a trabajar en el cine, mayoritariamente en el género de docu ficción
    corecore