Expedição Elza Lima: imagens e lendas de um real construído

Há mais de 25 anos Elza Lima percorre os rios da Amazônia e sai em pequenas expedições fotografando paisagens, pessoas, o ambiente que se apresenta – um ambiente em mutação. Transforma em imagem o que vê, sem compromisso com o real; são imagens construídas a partir da realidade, elaboradas por um olhar que inventa. Sua fotografia “fabrica o mundo, ela o faz acontecer”. Para André Rouillé “a fotografia cria o real!”, assertiva que desestabiliza modelos definidores do ato fotográfico como ato que documenta a realidade. Trata-se de procedimento que o autor denomina antirrepresentativo, uma vez que “tenta não sacrificar as imagens em função dos referentes, e de reconhecer a capacidade das fotografias de inventar mundos”. A Amazônia criada por Elza Lima, em parte, vem-se constituindo com  uma “rota d’água” pela qual navega

Guy Veloso: uma travessia com os irmãos das almas

Resumo Este artigo analisa fotografias de Guy Veloso pertencentes à série Penitentes: dos Ritos de Sangue a Fascinação do Fim do Mundo que teve início em 2002. Doze dessas imagens foram expostas na 29a Bienal de São Paulo, realizada em 2010. No processo analítico estão presentes questões específicas da estética fotográfica e concernentes à abordagem sociopolítica. A base teórica foi desenvolvida a partir de Andre Rouillé e Euclides da Cunha.   Abstract: This article looks at photographs of Guy Veloso belonging to Penitents series: Blood Rites of the fascination of the End of the World which started in 2002. Twelve of these images were exhibited at the 29th Sa?o Paulo Biennial, held in 2010. In the analytical process issues are present specific photographic aesthetics and concerning the sociopolitical approach. The theoretical basis was developed from Andre Rouille and Euclides da Cunha.

Três coleções do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas: doação e editais no fortalecimento de um acervo

O presente artigo discute a relação entre três coleções: a proveniente da FUNARTE; a Fotografia Contemporânea Paraense, resultante do Programa Petrobras de Artes Visuais e a coleção de fotografias de Luiz Braga adquirida com o Prêmio Marcantonio Vilaça/FUNARTE 2009. Todas pertencentes ao Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, do Sistema Integrado de Museus e Memoriais da Secretaria de Estado de Cultura do Pará ”“ SIM/SECULT. O artigo analisa ainda o contexto histórico e a importância dessas três coleções para o acervo de um museu situado na região Norte do Brasil

Uma coleção e dois performers: A Coleção Amazoniana da Universidade Federal do Pará

Abordo a Coleção Amazoniana de Arte da Universidade Federal do Pará e seleciono duas propostas performáticas, presentes na coleção, para analisá-las sob a perspectiva do conceito de performatividade, adotado por Judith Butler. As performances são: Impeachment de Lúcia Gomes e Dolorosa ou Virgem Dolorosa de Giuseppe Campuzano/Carlos Pereyra

TRÂNSITOS E FLUXOS: A ARTE DE ARMANDO QUEIROZ E MARCONE MOREIRA

Discute-se o fluxo das artes visuais, observando-se o trânsito cultural e artístico delineado por obras de Armando Queiroz e Marcone Moreira que, na locomoção de ideias e formas, configura uma cartografia local/global de uma visualidade e realidade da Amazônia que pode ser identificada em outras regiões brasileiras. A partir das questões culturais interligadas ao processo de globalização que são abordadas por Néstor Canclini, Renato Ortiz e Moacir dos Anjos, analisam-se obras de dois artistas que, partindo de uma matriz específica, revelam imagens, paisagens e tensões vistas e vividas na Amazônia. Armando Queiroz mora em Belém e volta-se para sua região no sentido de construir um trabalho que, sem esquecer a especificidade da arte, deixa evidente uma proposta social e política, a qual, sendo local, ultrapassa os limites territoriais e provoca a reflexão sobre a arte e a hostil realidade observável não somente na Região Norte, mas em outras regiões e países. Marcone Moreira mora em Marabá, cidade localizada em uma área de conflito de terras, margeada por rios. O jovem artista, tal qual um arqueólogo, coleciona, analisa e utiliza os vestígios de materiais provenientes de construções, barcos e caminhões para formatar o seu próprio trabalho. Outras vezes, manda construir peças de cavernames de embarcações e as transforma em objeto lúdico com o qual o público interage nas ruas e espaços públicos. Os dois artistas, morando na Amazônia paraense, observando a paisagem e os contrastes sociais e políticos que os cercam, tecem as linguagens simbólicas de uma poética que traduz a Amazônica em trânsito, em deslocamentos entre o local e o global, traçando uma arte que se configura em um campo de contatos, trocas e apropriações

Modelling the Recoherence of Mesoscopic Superpositions in Dissipative Environments

A model is presented to describe the recently proposed experiment (J. Raimond, M. Brune and S. Haroche Phys. Rev. Lett {\bf 79}, 1964 (1997)) where a mesoscopic superposition of radiation states is prepared in a high-Q cavity which is coupled to a similar resonator. The dynamical coherence loss of such state in the absence of dissipation is reversible and can in principle be observed. We show how this picture is modified due to the presence of the environmental couplings. Analytical expressions for the experimental conditional probabilities and the linear entropy are given. We conclude that the phenomenon can still be observed provided the ratio between the damping constant and the inter-cavities coupling does not exceed about a few percent. This observation is favored for superpositions of states with large overlap.Comment: 13 pages, 6 figure