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Sono e envelhecimento
O sono está associado a uma variedade de alterações, incluindo a respiração, a função cardíaca, o tónus muscular, a temperatura, a secreção hormonal e a pressão sanguínea (Madalena, 1979). O sono continua a ter funções que se desconhecem, mas, sabe-se que é mais essencial à vida do que comer e beber (Paiva, 2008). As suas variações com a idade são reconhecidas desde há muito tempo. O idoso dorme aproximadamente 6 horas, o período de latência é maior, o sono é mais superficial apresentando ausência dos estádios mais profundos. O idoso saudável apresenta diminuição na quantidade de horas de sono noturno, no entanto, tem períodos de sono diurno (Camara & Camara, 2006). Ferreira e Azevedo (2001) consideram que os problemas de sono no idoso são a principal causa de diminuição de qualidade de vida. Com este trabalho pretendemos realizar uma revisão da literatura que nos permita identificar as alterações do sono que surgem com o avançar da idade, assim como, as suas causas e consequências. É nosso intuito ainda, realçar a importância de introduzir uma correta higiene do sono como forma de promover a saúde tanto a nível físico como mental
Envelhecimento ativo
O conceito “Envelhecimento Ativo” foi introduzido em 2002 pela Organização Mundial de Saúde, definindo-o como o “processo de optimização das oportunidades para a saúde, participação e segurança, para melhorar a qualidade de vida das pessoas que envelhecem” (pg. 12). O incremento da qualidade de vida preconizado como objectivo fulcral do envelhecimento activo, contempla não unicamente indivíduos saudáveis e activos, mas também indivíduos frágeis, fisicamente incapacitados ou que necessitem de cuidados. Este conceito é mais abrangente que o conceito de envelhecimento saudável, pois para além da saúde são tomadas em conta os aspectos socioeconómicos, psicológicos e ambientais (Ribeiro & Paúl, 2011). Num projecto de envelhecimento activo, para além das políticas e programas que incrementam a saúde física, são igualmente importantes aquelas que promovem as relações sociais e a saúde mental. Em Portugal, a promoção do envelhecimento activo constituía uma das estratégias de intervenção do Programa Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas (DGS, 2004), programa este elaborado com o aval científico da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia. Com este trabalho pretende-se através de uma revisão da literatura, apresentar os principais determinantes do envelhecimento activo, bem como, alguns dos muitos programas de promoção do mesmo, efectuados em distintos países
Doença renal crónica: qualidade de vida
Os profissionais de saúde têm capacidade de influenciar os resultados dos doentes com doença crónica, através de competentes cuidados, compreendendo a forma como os doentes se sentem em relação à sua doença, ao seu compromisso no processo de tratamento e à sua capacidade de controlar o impacto nas suas vidas, melhorando a sua qualidade de vida. Pretendeu-se avaliar a percepção da Qualidade de Vida relacionada com a saúde em doentes com insuficiência renal crónica em diálise. Foi desenvolvido um estudo transversal e descritivo numa amostra de 263 pessoas com IRC, em diálise, em 2007. O instrumento de medição utilizado foi o SF-36 v2. Foi verificada relação estatística entre os factores sócio-demográficos e clínicos e os índices de qualidade de vida relacionados com a saúde destes doentes. Verificando-se valores médios de qualidade de vida superiores nos doentes do sexo masculino, nos mais jovens, com maiores habilitações, com companheiro/a, trabalhadores activos, maiores rendimentos, com menos tempo de tratamento, com menor número de doenças associadas e com um menor número de complicações. Só conhecendo as variáveis relacionadas com a qualidade de vida se podem implementar medidas ou tomar decisões no sentido de melhorar a qualidade de vida dos doentes. Motivo pelo qual se torna indispensável esta avaliação, sendo os enfermeiros, os técnicos de eleição nesta abordagem, dado o tipo de relação que estabelecem com os doentes e o tempo que passam junto deles
Comportamento de jovens face ao álcool
Não estando definida a fronteira entre o consumo normal e o excessivo, é indiscutível a sua associação entre o álcool e casos de morbil-mortalidade. O consumo de álcool está associado à violência interpessoal, comportamentos de risco e um fator que contribui para comportamento sexual de risco, doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV (who, 2010). A vida académica é mesclada de acontecimentos e desafios, por isso, momentos de lazer, alegria, euforia e liberdade para serem colocados em ato um conjunto de ações que atingem, com frequência, a borderline do risco (Rebelo e cols, p.28). Realizar uma avaliação diagnóstica das perceções dos estudantes sobre o álcool e estimular a reflexão de forma a confrontar as suas respostas com a realidade científica. Estudo quantitativo, descritivo e transversal. Foi aplicado um questionário a 47 estudantes do ensino superior em sala de aula, previamente à abordagem dos efeitos de substâncias químicas no organismo e os seus efeitos sobre a saúde individual e coletiva com o objetivo de saber qual a sua perceção sobre a temática. A colheita de dados ocorreu no ano letivo 2011/2012. Os estudantes inquiridos tinham idades compreendidas entre os 18 e 28 anos , + _ 19,87. Predomínio do sexo feminino 38 respostas e 10 sexo masculino. Quando questionados se alguma vez se tinham embriagado 83% respondeu afirmativamente e 17% disseram nunca ter acontecido. Dos 47 estudantes, 7 (15%) deles, admitiram já se ter conduzido sob o efeito do álcool. O consumo do álcool foi considerado prejudicial por 81% (38 3studantes), Destes apenas, 6% mencionam que causa dependência, os restantes, mencionam ser um agravo à saúde em geral.
A embriaguez está fortemente associada com complicações agudas tais como violência, em particular doméstica, acidentes de viação e outros, podendo igualmente provocar graves problemas crónicos de saúde e sociais (Breda 2010, p.7). O facto de 7 estudantes já terem já conduzido sob o efeito do álcool também é preocupante pois, como afirmam Mello, Barrias e Breda , (2001), o álcool é uma importante causa de morte em acidentes de estrada, sendo a causa direta e principal, em 40 a 50% dos acidentes mortais. Considerando que outros comportamentos de risco estão associados ao consumo desta substância, é necessário cada vez mais reiterar mensagens corretas e adequadas provenientes de âmbitos e setores diferentes de forma a capacitar os jovens para a tomada de decisões responsáveis em prol da sua saúde
Repercussão dos estereótipos sobre as pessoas idosas
Os estudos científicos que abordaram os estereótipos acerca dos idosos, realizados essencialmente desde o final da primeira metade do século XX, revelaram maioritariamente durante várias décadas o predomínio injustificado de uma imagem negativa acerca do envelhecimento e acerca das pessoas idosas, tendência esta destacada e contestada por diversos autores (Lehr, 1977/1980; Palmore, 1988; Laforest, 1989/1991; Moragas, 1995; Belsky, 1999/2001; Motte e Tortosa, 2002). Tais estereótipos que podem traduzir-se em barreiras à funcionalidade dos idosos, não passam de falsas concepções, na medida que negam a enorme heterogeneidade que caracteriza o processo de envelhecimento e que está presente, mesmo quando nos reportamos a grupos etários de idade avançada. Atendendo que com frequência os estereótipos negativos levam a atitudes negativas, e as atitudes negativas suportam estereótipos negativos, urge implementar estratégias sociais que visem o seu combate e impeçam a sua manifestação
Idoso e paremiologia : fonte de sabedoria
A palavra é um elemento decisivo nas relações humanas (Miguel, 2005). A pós-modernidade caracteriza-se por quatro pontos essenciais: mobilização no sentido de estreitar relações entre a ciência e outras formas de conhecimento; flexibilização da ciência no uso de metodologias; reflexão sobre a interdisciplinaridade como forma de restituir um saber, até então construído na direcção da espacialidade e da fragmentação e por último na reflexão crescente sobre a necessidade de democratizar o saber, ou seja necessidade de apropriação colectiva dos frutos da ciência como forma de promover a democracia, a liberdade e o desenvolvimento (Boaventura Santos, 2000). Resultante de um estudo fenomenológico procurou-se encontrar corroboração científica dos provérbios na área da saúde, verificou-se que de 290 provérbios estudados, existe fundamento científico em 57% e 86% dos provérbios situam-se no âmbito da promoção da saúde (Antão, 2009). Pelo exposto e, considerando o postulado de que a aprendizagem é feita ao longo da vida, tal como nos diz o provérbio “aprender até morrer”, recordamos no entanto que o marco fundamental da aprendizagem é a infância e os saberes geracionais explorados no ambiente familiar, social e escolar poderão ser uma mais-valia no âmbito da saúde. O idoso, além de muitos outros actores é aquele que se situa em relevo pelo: conhecimento da realidade da vida e sua pela experiência e vivência
Idadismo
O termo idadismo (ageism) foi introduzido em 1969 por Butler (1969, p.243), definindo-o como um processo de “estereótipos e discriminação sistemática contra as pessoas por elas serem idosas, da mesma forma que o racismo e o sexismo o fazem com a cor da pele e o género”. Para Palmore (1999), o idadismo traduz um preconceito ou uma forma de discriminação, contra ou a favor a um grupo etário. A discriminação pode ocorrer de uma forma pessoal por indivíduos ou institucional, traduzido pela discriminação para com os idosos, resultante da política de uma instituição ou organização. O idadismo pode acarretar várias consequências para a população mais idosa
Alerta ... AVC! O que sabemos?
Este estudo procurou investigar qual o nível de conhecimento dos sinais e sintomas do acidente vascular cerebral. Optou-se por um estudo quantitativo, descritivo e transversal. Participaram 171 indivíduos. Os dados foram recolhidos em 2009, utilizando-se a técnica de amostragem não probabilística acidental. A maioria da amostra revelou desconhecimento dos três sinais de alerta primordiais na deteção precoce do acidente vascular cerebral
Dimensão gerontológica: perceção dos estudantes de enfermagem
Este estudo procurou identificar os conteúdos representacionais com maior predomínio, que os estudantes do 1º ano do curso de enfermagem construíram sobre o envelhecimento e a velhice, a enfermagem gerontológica e a enfermagem geriátrica, prévio à lecionação de conteúdos neste âmbito. A pertinência do mesmo visa disponibilizar os resultados à comunidade científica com o intuito de desmistificar conceções erróneas no âmbito da temática. Optou-se por um estudo qualitativo recorrendo-se a técnica de análise de conteúdo. Obteve-se uma amostra de 42 indivíduos, não probabilística, por conveniência, após a aplicação de um instrumento de recolha de dados construído para o efeito. Esta é maioritariamente feminina (83,33%), a sua idade varia entre os 18 e 32 anos, 21,4% já frequentou outro curso, 23,8% vive com idosos no seu local de proveniência. Quando questionados acerca da perceção do estado de saúde de cada um dos idosos com quem viviam, constatou-se que a maioria (50%) a considerou razoável, enquanto que 10% a classificou de má. Os principais resultados revelam a perceção: do envelhecimento como um processo natural; da velhice como debilidade/perda; do estatuto social das pessoas idosas na sociedade atual como negativo; da enfermagem geriátrica distinta da enfermagem gerontológica focalizada no cuidar do utente enfermo
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