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    Grounded Theory como método de investigação em Arquivologia: subsídios teóricos e práticos

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    O MGT transformou-se num dos marcos relevantes da história dos métodos qualitativos. Na epígrafe deste texto, verificamos uma das suas principais características: a “guinada” analítica, patente na sua proposta de análise e de interpretação dos dados, tendo em linha de conta a perspectiva das pessoas envolvidas, suspendendo-se a perspectiva do/a investigador/a. No rol desta classe de métodos, tal vem sendo apontado como um dos seus aspectos mais revolucionários pelos/as estudiosos/as do assunto. Neste texto, oferecemos uma descrição das principais características do método de análise de dados Grounded Theory (doravante GT), bem como dos seus princípios e das suas ferramentas fundamentais, definidos pela escola sociológica norte-americana há 44 anos. Em função do espaço de que dispomos, eximir-nos-emos das análises ou das considerações críticas que envolvem a sua aplicação, na atualidade, e que a nosso ver se prendem com posturas epistemológicas e com diferentes possibilidades de interpretação do referido método, consoante as orientações do/a próprio/a analista dos dados. Com efeito, cingir-nos-emos aos elementos fundamentais que o caracterizam, recorrendo, para tanto, a um caso concreto em que o seu emprego ocorreu de forma integral. Em conformidade com os propósitos a alcançar, este texto se subdivide em dois tópicos, para além das considerações iniciais e finais. No primeiro, proporcionamos um enquadramento para o Método Grounded Theory (doravante MGT), fornecendo os subsídios teóricos e metodológicos necessários à sua correta compreensão. No segundo tópico, avançamos para o exemplo concreto a que nos referimos antes4, demonstrando o modo como se articulam os diversos elementos do MGT, na prática. No que respeita à bibliografia utilizada para compor a parte de revisão, cumpre referir que privilegiamos a qualidade em detrimento da quantidade. Deste modo, os/as autores/as que consultamos são aqueles/as que consideramos essenciais e obrigatórios para iniciar leituras, tanto acerca dos aspectos teóricos e práticos que envolvem o emprego deste método quanto do seu enquadramento no contexto dos modelos de investigação científica. Assim, confiantes na bibliografia consultada e na nossa experiência de uso deste método, apresentamos o presente texto, que se destina à melhor introdução e à divulgação do MGT no âmbito da Ciência da Informação, animadas pela franca possibilidade que o mesmo oferece em estimular a geração de novas teorias e, ainda, pela constatação de que, no referido meio, a sua aplicação integral encontra-se num estágio incipiente e, consequentemente, merece algum incentivo de nossa parte

    Investigação qualitativa: contributos para a sua melhor compreensão e condução

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    Este texto discute as caraterísticas das investigações qualitativas, delineadas na sua evolução histórica, com especial incidência nas últimas décadas do século XX, relacionando-as com questões de variada ordem. Igualmente, clarifica o perfil e o papel dos/as investigadores/as qualitativos/as e oferece explicações sobre os critérios de avaliação destes estudos. Do ponto de vista metodológico, efetua-se uma revisão bibliográfica seletiva, consultando obras de referência, cujas buscas limitam-se aos períodos recentes, de forma a captar tendências. Deste modo, surgem várias conclusões. Os estudos qualitativos baseiam-se em enfoques que, por sua vez, se sustentam num paradigma geral, definido pelos seus aspetos ontológicos, epistemológicos, metodológicos, axiológicos e retóricos. Igualmente possuem quatro pontos cardeais: a concordância entre teorias e métodos; o emprego das perspetivas dos sujeitos; o emprego da autorreflexão; a variedade de enfoques e de métodos. Ainda, apresentam um caráter indutivo, holista, humanista, naturalista; um desenho flexível e emergente. Na sua condução influem a natureza dos problemas e as inclinações pessoais dos/as investigadores/as, que devem controlar a subjetividade e atuar com tolerância e confiança. Os estudos qualitativos são avaliados pelo/a: consistência; autenticidade; transferência; variação; encaixe. Tais critérios possuem um enquadramento próprio, não podendo ser confundidos com os significados que lhes são atribuídos noutros contextos

    Fundação Cultural Calmon Barreto de Araxá: diagnóstico de acervo

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    Este trabalho demonstra sucintamente o diagnóstico realizado no acervo sobre papel da Fundação Cultural Calmon Barreto, localizada no município de Araxá (MG). O diagnóstico teve como objetivo o levantamento dos problemas de conservação que afetam o acervo da Instituição e as possíveis causas relacionadas ao meio ambiente e usuários. Dentre os elementos investigados, descritos e analisados estão o (a): a)estrutura organizacional, missão e histórico da Instituição; b)histórico, características, organização e graus de deterioração dos conjuntos; c)meio ambiente (edifício, entorno, condições climáticas, acondicionamento e armazenagem); d) perfil dos usuários, freqüência e manuseio dos itens. A investigação foi posta em prática utilizando-se a técnica de amostragem aleatória do acervo, bem como a realização de visitas técnicas, pesquisa no arquivo administrativo da Instituição, entrevistas e registro de dados em formulários e fichas. De posse dos resultados foram elaboradas, de forma genérica, as seguintes conclusões : a)o acervo constitui-se de 11 arquivos, com volume de documentação e temática variados, além de uma biblioteca institucional especializada; b)os usuários, que compõem-se em sua maioria de estudantes dos níveis de ensino fundamental e médio da cidade e região, realizam consultas regulares ao acervo; c)dentre as finalidades de consulta a mais freqüente é a reprodução dos itens, o que evidencia a necessidade de criação de uma política institucional de acesso, aliada à educação dos usuários; d)os conjuntos classificam-se em status de conservação variados e diretamente relacionados ao grau de deterioração predominante, o que possibilita o estabelecimento de uma hierarquia de tratamento apontada pelas prioridades levantadas; e)o estabelecimento de rotinas de manutenção do acervo e o treinamento de funcionários devem ser desenvolvidos em âmbito institucional; f)o sistema de acondicionamento e armazenagem atual é efetuado em condições impróprias à conservação, devendo sofrer intervenção imediata; g)o edifício e o entorno devem passar por reforma, de modo a adaptar-se a infra-estrutura e a estrutura construtiva às necessidades de preservação do acervo

    Gestão documental

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    1. Gestão Documental: conceitos e funções 1.1. Uma aproximação histórica: origens e objectivos 1.2. O ciclo de vida dos documentos 1.3. “Records Management” e “Archives”: duas vias, um destino 1.4. O modelo de gestão integrada de documentos 2. Modelos de gestão documental: interpretações e evoluções 2.1. O modelo norte-americano 2.2. O modelo europeu 3. Planificação e implementação de sistemas de gestão documental 3.1. Princípios e funções arquivísticas na base dos procedimentos 3.2. Pontos essenciais na política de gestão documental 3.3. Dispositivos normativos e regulamentares 3.4. A gestão de arquivos electrónicos 4. A preservação e o acesso na gestão documental contemporânea 4.1. Paradigmas convencionais e paradigmas actuais: problemas, desafios e soluções 4.2. Preservação: conceitos e aspectos relevantes 4.3. Acesso: conceitos e aspectos relevante

    Fundação Cultural Calmon Barreto de Araxá: diagnóstico de acervo

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    O trabalho descreve o diagnóstico realizado no acervo sobre papel da Fundação Cultural Calmon Barreto, localizada no município de Araxá (MG). O diagnóstico teve como objetivo o levantamento dos problemas de conservação que afetam o acervo da Instituição e as possíveis causas relacionadas ao meio ambiente e usuários. Dentre os elementos investigados, descritos e analisados no diagnóstico estão o (a): estrutura organizacional, missão e histórico da Instituição; histórico, características, organização e graus de deterioração dos conjuntos; meio ambiente (edifício, entorno, condições climáticas, acondicionamento e armazenagem); perfil dos usuários, freqüência e manuseio dos itens. A investigação foi posta em prática utilizando-se as técnicas de amostragem aleatória do acervo, realização de visitas técnicas, pesquisa no arquivo administrativo da Instituição, entrevistas e registro de dados em formulários e fichas. De posse dos resultados foram elaboradas, de forma genérica, as seguintes recomendações e/ou conclusões: o acervo constitui-se de 11 arquivos, com volume de documentação e temática variados, além de uma biblioteca institucional especializada; o estabelecimento de rotinas de manutenção do acervo e o treinamento de funcionários devem ser desenvolvidos em âmbito institucional; os usuários, que compõem-se, em sua maioria, de estudantes dos níveis de ensino fundamental e médio da cidade e região, realizam consultas regulares ao acervo; dentre as finalidades de consulta, a mais freqüente é a reprodução dos itens, o que evidencia a necessidade de criação de uma política institucional de acesso, aliada à educação dos usuários; os conjuntos classificam-se em status de conservação variados, diretamente relacionados ao grau de deterioração predominante, o que possibilita o estabelecimento de uma hierarquia de tratamento, apontada pelas prioridades levantadas; o sistema de acondicionamento e armazenagem atual é efetuado em condições impróprias à conservação, devendo sofrer intervenção imediata; o edifício e o entorno devem passar por reforma, de modo a adaptar-se a infra-estrutura e a estrutura construtiva às necessidades de preservação do acervo

    Gestão e direcção de serviços de informação

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    1. Desenvolvimento e gestão de Unidades de Informação 1.1. Conceitos e características das unidades de informação 1.2. O contributo das teorias de Gestão 1.3. O desenvolvimento das colecções e dos fundos 1.4. Instrumentos de planeamento e organização dos serviços de informação 2. Concepção e implementação de serviços 2.1. Decisões sobre centralização e descentralização de serviços 2.2. Tipologia e função dos serviços 2.3. Critérios relevantes na definição de actividades e de serviços 2.4. Desenho de estudos de utilizadores/as 2.5. Marketing, assessoria e relações públicas em unidades de informação 3. Gestão e avaliação de unidades de informação 3.1. Gestão de recursos 3.2. Gestão de projectos 3.3. Gestão e avaliação de serviços 4. Redes, sistemas e partilha de recursos e serviços de informação 4.1. O papel de organizações nacionais e internacionais 4.2. Modelos nacionais e internacionai

    A Classificação em arquivos e em bibliotecas à luz da Teoria da Classificação: pontos de convergência e de divergência

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    Neste artigo apresentamos um estudo desenvolvido no âmbito da Representação e da Organização da Informação, dedicado à teoria da classificação e às classificações em bibliotecas e em arquivos. As referidas classificações são analisadas como recursos ou meios privilegiados de organização da informação e do conhecimento. Para efetuar a sua abordagem, apresentamos e tecemos considerações teórico-práticas, focalizadas nas suas origens, influências, definições, objetivos, relevância, princípios e caraterísticas, com o propósito de identificar pontos de convergência e de divergência entre elas, e assim contribuir para a sua melhor compreensão e aplicação. Neste intento, iniciamos por uma revisão bibliográfica seletiva do assunto, privilegiando obras específicas sobre o mesmo, considerando, ainda, para o contextualizar, obras complementares sobre matérias transversais. A seguir à construção deste referencial teórico, efetuamos uma análise comparada dos dois tipos de classificação em questão. Este estudo finaliza-se com as seguintes considerações: quando comparados, os dois tipos de classificações do conhecimento apresentam, de uma forma geral, convergências, no que concerne às suas origens, influências, definições, objetivos e relevância; todavia, no que se refere aos princípios e às caraterísticas gerais, os mesmos mostram divergências, que são, no nosso entender, originadas sobretudo pelas especificidades de cada objeto, bem como pelas condicionantes de cada contexto

    Aspectos e reflexões conceituais sobre informação, sistemas e teoria de sistemas

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    Os conceitos de subordinação, emergência e autonomia afirmam-se nas ciências, após os anos 50. O mundo atual interconecta-se em “redes”, que se relacionam, direta ou indiretamente, aos sistemas, subsistemas e supersistemas. Este artigo aborda aspectos e reflexões conceituais sobre informação e sistemas de informação. Algumas visões dadas pelas teorias da complexidade e de sistemas, e pela semiótica, são usadas como referencias teóricos. O objetivo é visitar uma fração da literatura correspondente ao tema. A perspectiva de abordagem é a pesquisa bibliográfica. As conclusões principais são: a) o fenômeno “informação” suscita discussões e confusões, no que tange aos “conceitos” e “significados”; b) organização, articulação entre partes e hierarquização são os aspectos mais relevantes dos sistemas; c) instituições e serviços de informação desempenham papéis que particularizam e definem sua ação, consoante perspectivas, tendo em conta: subordinação, emergência e autonomia

    Gestão da Informação em Portugal: formação, mercado e perspectivas

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    As professoras Cristina Freitas e Maria da Graça Simões respondem questões elaboradas pelos docentes da Faculdade de Informação e Comunicação (Curso de Gestão da Informação) da Universidade Federal de Goiás - UFG. As perguntas se referem à estrutura de ensino voltada aos temas de gestão da informação em Portugal, a influência do fenômeno do “Big Data” na formação na área - incluindo discussões sobre a governança de dados, as áreas estruturantes da Gestão da Informação e enfoques de pesquisa no País, e as condições de mercado (ameaças e oportunidades) para os profissionais em Gestão da Informação em Portugal e no continente europeu.[Idioma disponível: português/Portugal]

    Informação, conhecimento e serviço público: um estudo de caso exploratório com contributos para a gestão da informação e do conhecimento na Câmara Municipal de Viseu.

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    A “Sociedade da Informação e do Conhecimento” colocou às organizações novos desafios e a necessidade de mudança e inovação contínuas, revelando-se vital a sua capacidade para a criação, armazenamento, disseminação e utilização do Conhecimento, e a integração, nesse processo, de pessoas e de tecnologias da informação. Verifica-se que a Informação e o Conhecimento se apresentam como recursos fundamentais para a competitividade das organizações. É neste contexto que surge a Gestão do Conhecimento, inicialmente estudada e aplicada do ponto de vista empresarial, mas que cada vez mais integra os projetos das instituições públicas, progressivamente mais atentas à modernização administrativa e à satisfação dos seus clientes. O estudo que se apresenta visa identificar as premissas da Gestão do Conhecimento; analisar o impacto das práticas de modernização administrativa e da utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na Câmara Municipal de Viseu; e apresentar propostas que integrem e potencializem as ferramentas existentes, e que constituam o ponto de partida para uma nova abordagem da Gestão da Informação e do Conhecimento na organização, a saber: a criação de um portal corporativo, que congregue os vários instrumentos colaborativos identificados; a constituição de uma unidade de missão para a gestão do arquivo corrente e a elaboração de um plano de classificação parcial, ao nível da macroestrutura, que estabelece as subclasses e as séries documentais da classe “Licenciamentos”
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