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CRESCIMENTO VEGETATIVO E ACÚMULO DE NUTRIENTES EM COFFEA CANEPHORA NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
Objetivou-se avaliar o crescimento vegetativo de ramos, a concentração e acúmulo de nutrientes em frutos e folhas de cafeeiro sob distintos manejos de adubação na Amazônia Sul Ocidental. O experimento foi realizado no município de Rolim de Moura, Rondônia, em lavoura propagada por estacas com 2,5 anos de idade. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados em esquema de parcela subdividida no tempo, com três repetições. A parcela principal foi constituída por dois manejos de adubação (ausência e presença) e nas subparcelas as épocas de avaliação (mensuração dos ramos e coletas de frutos e folhas). O crescimento dos ramos diferiu em função do manejo da adubação, sendo que no período compreendido entre início de outubro ao início de dezembro ramos de plantas que foram adubadas expressaram taxas de crescimento maior do que ramos de plantas não adubadas. Houve variações sazonais de crescimento ao longo do ano, maiores taxas de crescimento ocorrem de meados de setembro ao início de abril, época caracterizada de estação chuvosa na região. A adubação mineral influi sobre a concentração no fruto, na folha e acúmulo nos frutos para nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio, manganês, ferro e zinco. A concentração para a maioria dos nutrientes nos frutos são maiores no início da formação. E, proporcionalmente menores a partir do desenvolvimento do fruto, excetuando-se o potássio que se comporta de forma distinta, mantendo-se elevado teor no fruto em todos os estádios de desenvolvimento. Já nas folhas, baixas concentrações ocorrem no início da formação do fruto e tende a aumentar posteriormente. Maior parte do acúmulo dos nutrientes nos frutos ocorre nos estádios de expansão, granação e maturação, sugerindo-se maior demanda nutricional neste período
Concentration and accumulation of micronutrients in robust coffee.
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Acúmulo de micronutrientes em frutos de Coffea canéfora cultivado na Amazônia
Os micronutrientes são essenciais para o crescimento, desenvolvimento e
produtividade do cafeeiro, variando as quantidades necessárias em função do
estádio fenológico, da idade e da produtividade da planta. O ferro se caracteriza
como o micronutriente mais acumulado na planta Coffea canephora, seguido do
manganês, boro, zinco e cobre. Frequentemente o cultivo de café é realizado em
solos com baixa disponibilidade de nutrientes e, na maior parte, a adubação com
micronutrientes não é priorizada, ocasionando decréscimos na produção. Durante
o período reprodutivo, os frutos constituem os drenos preferenciais dos
fotoassimilados, esse período coincide com a fase de maior crescimento vegetativo,
ocorrido de setembro a maio, aumentando ainda mais essa demanda. Assim, o
conhecimento das curvas de acúmulo de micronutrientes e do total acumulado
pelos frutos são importantes e auxiliam na recomendação e ajuste do programa de
adubação das lavouras. Para tal, avaliou-se o acúmulo de cobre, ferro, manganês e
zinco nos frutos de C. canephora em plantas com ou sem adubação, no estado de
Rondônia, Brasil, em lavoura propagada por estaca com 2,5 anos de idade. O
delineamento experimental utilizado foi de blocos causalizados, adotando-se um
esquema de parcelas principais constituídas por plantas com ou sem adubação, com
sub-parcelas correspondentes à época do ano. Os frutos foram coletados a cada 28
dias, desde a primeira florada até a maturação completa, no período de julho a abril.
Posteriormente determinou-se a concentração de cada nutriente e aferiu-se o
acúmulo através: massa seca fruto x concentração de nutriente. De entre os
micronutrientes estudados, constatou-se que apenas a taxa de acúmulo de
manganês respondeu positivamente à adubação, tão-somente na última coleta
realizada. Boro, zinco e cobre mostraram taxas de acúmulo semelhantes em ambos
os tratamentos. Ao longo do período reprodutivo as curvas de acúmulo de
micronutrientes seguiram o modelo sigmoidal simples, com baixas taxas na fase
inicial, denominada de grão chumbinho, e aumento pronunciado nos estádios de
expansão, granação e maturação dos frutos, contudo com algumas diferenças entre
nutrientes. Desta forma, conclui-se que a adubação de micronutrientes deve ser
parcelada no decorrer destes três estádios.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Poda apical e ao envergamento da haste principal na formação de cafeeiros canéfora.
Objetivou-se avaliar o desempenho vegetativo do cafeeiro canéfora durante a fase de formação, submetido a poda apical e ao envergamento da haste principal em diferentes épocas. O experimento foi conduzido em esquema fatorial 2x5 constituído pela combinação de duas técnicas de indução de brotação (envergamento e poda apical da haste principal) em cinco épocas (60, 75, 90, 105, 120 dias após o plantio das mudas). A parcela foi constituída de cinco plantas. O delineamento foi em blocos casualizados com quatro repetições, totalizando vinte plantas por tratamento. A técnica do envergamento promove desempenho superior na formação de cafeeiros canéfora, quando comparado a poda apical da haste principal. Os melhores resultados foram obtidos quanto às mudas foram induzidas precocemente, aos 60 dias após o plantio, independente da técnica de indução utilizada
Influência da adubação no crescimento vegetativo de cafeeiros na Amazônia Sul Ocidental.
O conhecimento do padrão de crescimento do cafeeiro torna-se fundamental para auxiliar no manejo da lavoura, em virtude da ocorrência de sazonalidade de crescimento ao longo do ano. Objetivou-se avaliar o crescimento vegetativo de ramos de cafeeiro situados na Amazônia Sul Ocidental em plantas adubada e não adubada. O experimento foi conduzido em lavoura clonal, com delineamento de blocos casualizados com três repetições,em esquema de parcelas subdivididas no tempo. As parcelas principais foram constituídas por plantas adubadas e não adubadas e as subparcelas acomodaram as épocas de avaliação (medições). As análises de crescimento dos ramos ortotrópico e plagiotrópico foram mensuradas a cada 14 dias, de maio de 2013 a junho de 2014,a partir disso estimou-se a taxa diária de crescimento vegetativo. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey. A adubação proporcionou maior crescimento aos ramos ortotrópico e plagiotrópico durante o período de outubro a dezembro. Averiguaram-se variações sazonais de crescimento ao longo do ano, com as maiores taxas incidindo de meados de setembro ao início de abril, quando ocorre maior parte da precipitação pluviométrica na região. Para um manejo nutricional eficiente, recomenda-se atenção especial ao parcelamento da adubação neste período
Acúmulo de micronutrientes em frutos de Coffea canéfora cultivado na Amazônia.
Durante o período reprodutivo, os frutos constituem os drenos preferenciais dos fotoassimilados, esse período coincide com a fase de maior crescimento vegetativo, ocorrido de setembro a maio, aumentando ainda mais essa demanda. Assim, o conhecimento das curvas de acúmulo de micronutrientes e do total acumulado pelos frutos são importantes e auxiliam na recomendação e ajuste do programa de adubação das lavouras. Para tal, avaliou-se o acúmulo de cobre, ferro, manganês e zinco nos frutos de C. canephora em plantas com ou sem adubação, no estado de Rondônia, Brasil, em lavoura propagada por estaca com 2,5 anos de idade. O delineamento experimental utilizado foi de blocos causalizados, adotando-se um esquema de parcelas principais constituídas por plantas com ou sem adubação, com sub-parcelas correspondentes à época do ano. Os frutos foram coletados a cada 28 dias, desde a primeira florada até a maturação completa, no período de julho a abril. Posteriormente determinou-se a concentração de cada nutriente e aferiu-se o acúmulo através: massa seca fruto x concentração de nutriente
Concentração de cálcio e magnésio em folhas e frutos de Coffea canephora cultivado na Amazônia Sul Ocidental.
Objetivou-se avaliar a concentração de cálcio e magnésio em folhas e frutos de cafeeiro sob distintos manejos de adubação na Amazônia Sul Ocidental. O experimento foi realizado no município de Rolim de Moura, Rondônia, em lavoura propagada por estacas com 2,5 anos de idade, conduzido em esquema de parcelas subdividida no tempo, em que as parcelas principais foram constituídas por dois manejos de adubação (adubado e não adubado) e nas subparcelas as épocas de coleta de frutos e folhas
Influência do aumento da concentração do CO2 atmosférico e da temperatura do ar no desenvolvimento da cultura do café
O clima condiciona fortemente a produtividade agrícola e mesmo alterações
moderadas a severas das condições ambientais poderão afetar a produção, levando a
perdas económicas e impactos sociais. O previsível aumento da concentração de CO2
atmosférico, associado a alterações nos padrões de pluviosidade, ao aumento na
duração e intensidade da seca, bem como a um aumento generalizado das
temperaturas, são realidades cada vez mais presentes em todos os cenários agrícolas.
As interações complexas entre estes diferentes fatores alterarão as respostas das
plantas com potencial impacto acrescido na produtividade e qualidade dos produtos
finais.
O aumento da concentração atmosférica de diferentes gases com efeito de estufa, com
destaque para o CO2, tem ocorrido em simultâneo com o aumento da temperatura do
ar. Desde o início da revolução industrial no séc. XVIII, a concentração de CO2
aumentou de ca. 280 μL CO2 L-1, tendo ultrapassado 400 μL CO2 L-1 em 2013, sendo
previsível que possa atingir valores entre 421 e 936 μL CO2 L-1 no final do século.
Adicionalmente, previsões recentes para este século apontam para aumentos da
temperatura ao nível da superfície do planeta que poderão ir de 0,3-1,7 ºC, até um
extremo de 2,6-4,8 ºC. Este eventual aumento de temperatura levará a alterações
drásticas nos teores de humidade do ar e consequentemente nos regimes de
pluviosidade. Estas circunstâncias poderão promover condições de seca mais
frequentes e extremas. Contrastando com o impacto negativo da redução da
disponibilidade hídrica ou do aumento da temperatura, o aumento do valor de CO2 per
se pode ter um papel positivo, pois estimula a produção.
A cultura do café é uma das mais importantes culturas de rendimento do mundo,
estando presente em mais de 80 países da região tropical e sendo suportada por 2
espécies, Coffea arabica L. (café tipo Arábica) e Coffea canephora Pierre ex A.
Froehner, (café tipo Robusta). Neste contexto torna-se premente o estudo dos mecanismos (com destaque para os ecofisiológicos) envolvidos na aclimatação das
plantas, a um ambiente em permanente mudança. Recentes projeções indicam perdas
significativas da área de cultivo de Coffea sp (particularmente de C. arabica), mas
estudos recentes mostraram que o aumento dos valores de CO2 na atmosfera têm um
efeito claramente mitigador do impacto de temperaturas supra-óptimas, moderando os
impactos antes estimados com base em modelos que não têm em linha de conta este
efeito benéfico do CO2.
O conhecimento proveniente de estudos multidisciplinares e a obtenção de indicadores
ecofisiológicos auxiliará na seleção de indivíduos mais tolerantes e servirá de
ferramentas para o melhoramento de novas plantas com uma maior capacidade de
adaptação.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Proportion of ripe fruit weight and volume to green coffee: differences in 43 genotypes of Coffea canephora.
The processing yield or performance, which includes drying and depulping of coffee fruits, can be calculated as the relationship between the volume of ripe coffee fruits and green coffee weight and is a relevant characteristic for the development of new cultivars. The purpose of this study was to evaluate the processing performance of 42 genotypes and one population of Coffea canephora. The treatments consisted of 42 C. canephora genotypes propagated by cuttings and one seed-derived population arranged in a randomized block design with three replications. The genotypes were harvested when 80% of the fruits were in the ripe stage (red berries). We evaluated the relationship of the volume to weight of ripe fruit (ripe fruit volume [RFV]/ripe fruit weight [RFW]), the percentage of seed per fruit (% of seeds), the yield (in liters of ripe coffee) required to produce a 60-kg bag of green coffee, and the relationship between RFW and dry green bean weight (RFW/dry seed weight [DSW]). The results were subjected to ANOVA, and the means were grouped by the Scott-Knott test (p < .05). The mean yield of the evaluated genotypes was 347.57 L bag-1 of green coffee (between 294.01 and 439.72 L bag-1). A lower seed per fruit percentage identifies genotypes with a lower yield and higher RFW/DSW ratio. The genotypes Z21, 700, AD1, LB1, Emcapa 143, and AP required less than 315 L of ripe coffee to produce one 60-kg bag of green coffee beans
DIVERSIDADE GENÉTICA DE 43 GENÓTIPOS DE Coffea canephora; E IMPLICAÇÕES DO AUMENTO DE TEMPERATURA E DÉFICIT HÍDRICO AO Coffea spp.
Os capítulos 1, 2 e 3 têm como objetivo o estudo da diversidade genética de 43 genótipos de
Coffea canephora inéditos através de características morfológicas foliares estomáticas e da
planta, e ainda a escolha de um modelo matemático para determinação de área foliar
desenvolvido a partir de medidas lineares de folha. No cápitulo 1 foi feito o estudo das
características estomáticas determinando: contagem de células epidérmicas e número de
estômatos, medida de diâmetro polar e equatorial, estimativa de densidade, índice de área
estomática, índice estomático e funcionalidade estomática. Os dados foram submetidos à
análise de variância, agrupadas pelo método hierárquico Unweighted Pair Group Method
using Arithmetic Averages (UPGMA); fez-se ainda a correlação linear de Pearson e análise
por componentes principais em Biplot. Foram constatadas diferenças entre os 43 genótipos
confirmando a existência de variabilidade genética; o método de agrupamento distinguiu-os
em seis grupos; correlações com distintos níveis significância ocorreramm entre os
parâmetros; altura de planta, distância entrenós e área foliar se correlacionam positivamente,
mostrando que podem ser associadas com as características estomáticas. No capítulo 2 foram
estimados: comprimento, número de nós e distância entre nós de ramos plagiotrópico e
ortotrópico; altura de planta; diâmetro de copa; comprimento, largura e área foliar real de
folhas em duas avaliações. Os dados foram submetidos à análise de variância, agrupadas pelo
método otimização de Tocher e pelo método hierárquico UPGMA, feita à análise de
correlação linear de Pearson e componentes principais em Biplot. Constatou-se diferenças
significativas entre os 43 genótipos, formando seis grupos pelo método de Tocher e cinco
grupos por UPGMA, evidenciando a variabilidade genética existente. A correlação de Pearson
forneceu valores com distintos níveis entre as características, comprovados pela análise de
componentes principais. No capítulo 3 foi medido manualmente o comprimento da nervura
central (C) e máxima largura do limbo foliar (L), e área foliar real (AF) de folhas dos 43
genótipos. A partir do C, L, AF e CL realizaram-se análises de correlação de Pearson,
agrupamento pelo método otimização de Tocher, testaram-se todas as combinações por
modelos lineares conforme os parâmetros existentes e ajustaram-se os valores de R2 e o BIC
para cada modelo, sendo estabelecidas as equações cons r n o os p râm tros β0 β1. Os
43 genótipos foram divididos em três grupos pelo método de Tocher, sendo que um dos
grupos abrangeu 41 genótipos. Maiores correlações ocorreram entre produto de C e L (CL) e
AF, seguido de L e AF. Portanto, CL estimou satisfatoriamente a área foliar, mas pode ser
adotada a variável largura devida maior facilidade de medição a campo. As equações geradas
considerando ambas variáveis foram significativas e a validação cruzada confirmou o2
ajustamento. O capítulo 4 objetivou avaliar os impactos dos estresses de calor e seca
individuais e em conjunto nos cafeeiros, sendo que foram avaliados parâmetros foliares
relacionados a características estomáticas, trocas gasosas, fluorescência da clorofila a,
transporte tilacóidal de elétrons, permeabilidade de membrana e atividades das enzimas da
fotossíntese. Adicionalmente, o capítulo 5 teve como finalidade identificar mecanismos de
resposta/aclimatação das plantas as condições de estresse de calor e seca, onde foram
avaliados a fotoinibição do PSII, as atividades das enzimas Ascorbato Peroxidase (APX),
Glutationa Redutase (GR), Superóxido Dismutase (Cu, Zn-SOD), assim como o teor de
Ascorbato (ASC), enzima de choque térmico (HSP70), pigmentos fotossintéticos e
malondialdeído (MDA). Notou-se que as plantas bem regadas mantiveram bom desempenho
fotossintético com aumento de temperatura, apresentando alterações somente a 39/30 °C em
CL153 e Icatu a partir de 34/28 °C assim como houve aumento de Fo e diminuição em Fv/Fm e
aumento no nível de fotoinibição do PSII, entretanto as plantas em estresse hídrico
apresentaram reduções significativas em todos os parâmetros (Pn, gs, E, Ci, iWUE e Amax) e
o efeito do calor nestas plantas foi mais evidente a 42/30 °C apenas em Icatu. A imposição
conjunta dos estresses agrava a situação, embora alguns parâmetros não tenham sido
modificados (por exemplo: Pn e Amax em CL 153). A atividade das enzimas da fotossíntese e
dos fotossistemas foram diminuídos com a imposição simultânea de seca e calor. As
estruturas fotossintéticas em geral, e os fotossistemas em particular, foram impactados, mas os
efeitos negativos terão sido mitigados pelo reforço de mecanismos protetores. Estes estão
refletidos nos aumentos dos valores de Y(NPQ (dissipação de energia não regulada) e qN
(dissipação térmica sustentada fotoprotetora), HPS70, (que confere aumento da termotolerância) e
de alguns pigmentos fotossintéticos como Neaxantina, Anteraxantina, Zeaxantina, DEPS e
Luteína, bem como no aumento de atividade de APX, SOD e GR (que atuam na remoção de
espécies reativas de oxigênio). O teor de MDA foi aumentado apenas em 42/30 °C,
confirmando a peroxidação de lipídios de membrana, contudo evidenciando a termotolerância
foliar nos cafeeiros a temperaturas bem acima do ótimo. Além disso, foi visto uma
considerável recuperação para diversos parâmetros após reestabelecimento das condições
normais de água e temperatura, confirmando a capacidade de resiliência dos cafeeiros