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    Eficácia de estratégias de educação alimentar e nutricional em ambiente escolar

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    O objetivo da pesquisa foi avaliar o impacto na composição qualitativa do lanche escolar de crianças, após a intervenção do nutricionista com um programa de Educação Alimentar e Nutricional (EAN). Tratou-se de um ensaio clínico não randomizado, com 26 crianças de 7-9 anos de uma escola privada de Governador Valadares-MG, sendo 15 do grupo experimental e 11 do grupo controle. Avaliou-se o lanche escolar, em relação à frequência de consumo de alimentos in natura, processados e ultraprocessados, durante três dias não consecutivos, antes e após a intervenção nutricional. O programa pautou-se nas recomendações atuais do Guia Alimentar para a População Brasileira, sendo 8 encontros consecutivos, realizados 2 vezes por semana, durante 30 minutos. Foram aplicados testes t - pareado e para amostras independentes, para comparação da composição qualitativa dos lanches, intragrupos e entre grupos (experimental e controle), respectivamente, antes e após a intervenção (?=5%). A correlação de Pearson foi aplicada para verificar associação entre renda e consumo alimentar. Em uma análise intragrupo, somente para o grupo experimental, a frequência de consumo de alimentos in natura (p=0,0006) e processados (p=0,01) aumentou, e dos ultraprocessados (p=0,0003) diminuiu, após intervenção. Houve redução na frequência de consumo de ultraprocessados (p=0,03), no grupo experimental versus controle, após intervenção. Verificou-se associação entre a renda e a frequência de consumo de fast-food (p=0,009). Conclui-se que ações de EAN são efetivas e eficientes para impacto no comportamento alimentar de crianças, propiciando melhoria nos lanches

    Vivências do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde – PET-Saúde GraduaSUS: uma experiência de capacitação com Agentes Comunitários de Saúde como protagonistas

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    O presente trabalho descreve as vivências na Estratégia Saúde da Família (ESF) Santa Helena I e II em Governador Valadares-MG, pela equipe de Nutrição do PET-Saúde GraduaSUS da UFJF-GV, com uma experiência de capacitação com Agentes Comunitários de Saúde (ACS) como protagonistas. Foi realizado o Planejamento Estratégico Situacional, o diagnóstico do cenário foi levantado através de observações em campo e em visitas domiciliares, para o levantamento da situação-problema da ESF, envolvendo a participação de profissionais de saúde e usuários. Para tanto, foram realizadas oficinas e, assim, eleito o problema priorizado, sendo ele: a falta de capacitação dos ACS. Foi, então, feito o diagrama de causa-consequência (espinha de peixe), tendo como foco a imagem-objetivo: capacitação dos ACS. Desta forma, foram realizadas oficinas de capacitação para elaboração dos Procedimentos Operacionais Padronizados (POP), referente ao acolhimento do usuário na unidade de saúde e o de visitas domiciliares, com o protagonismo dos ACS. A valorização do importante papel dos ACS, como interlocutores entre a ESF e a comunidade, e o reconhecimento de pertencimento como profissional do serviço de saúde refletem na qualidade do serviço prestado e melhor atendimento ao usuário

    Frequência de consumo de alimentos fonte de ferro entre crianças de 6 a 59 meses atendidas pela Estratégia de Saúde da Família

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    Introduction: The introduction of adequate complementary feeding and the formation of healthy eating habits are major challenges in Brazil, where many important foods for children's development are not offered to them due to regional beliefs, taboos and cultures; as well as access and availability. Some of these foods act directly in the prevention of iron deficiency anemia, such as meat and offal, green leaves in general; beans and egg yolk. Objective: This study aimed to evaluate the frequency of consumption of iron source foods among children enrolled in the Family Health Strategy. Material and Methods: A cross-sectional study was conducted with 256 children aged 6-59 months enrolled in 10 units of the Family Health Strategies in a city in the state of Minas Gerais. A structured questionnaire was applied and anthropometric evaluation was performed. Mann-Whitney test and Pearson's chi-square test were used to compare the results according to the child's age, adopting p <0.05. Results: The iron source foods most consumed were beans (79.7%), bakery products (78.9%) and flour for children (29.9%), while the other nine foods measured had a rare frequency of consumption. Older children had a higher frequency of consumption for leafy vegetables, red meats, poultry and eggs, while the younger ones (<24 months) higher frequency of consumption for milk formulas, indicating the belated introduction of iron source foods. Conclusion: It has been identified low frequency of consumption of food source of iron for children, providing the risk for nutritional deficiency of iron, reinforcing the importance of family guidance regarding the diversification of the child in order to contribute to the promotion of health and prevention of deficiencies such as iron.Introdução: A introdução da alimentação complementar de forma adequada e a formação de hábitos alimentares saudáveis são grandes desafios no Brasil, onde muitos alimentos importantes para o desenvolvimento das crianças não lhe são ofertados devido a crenças, tabus e culturas regionais, bem como acesso e disponibilidade. Alguns desses alimentos atuam diretamente na prevenção da anemia ferropriva, como carnes e vísceras, folhas verdes em geral, feijões e gema de ovo. Objetivo: Avaliar a frequência de consumo de alimentos fonte de ferro entre crianças de 6 a 59 meses cadastradas na Estratégia de Saúde da Família. Material e Métodos: Trata-se de estudo transversal realizado com 256 crianças de 6 a 59 meses cadastradas na Estratégia de Saúde da Família de um município no interior do estado de Minas Gerais. Aplicou-se questionário estruturado sobre condições de vida e saúde e frequência alimentar e avaliaram-se dados antropométricos. Utilizaram-se testes de Mann-Whitney e qui-quadrado de Pearson na comparação dos resultados segundo faixa etária da criança, adotando-se p<0,05. Resultados: Os alimentos fonte de ferro mais consumidos foram feijões (79,7%), produtos de padaria (78,9%) e farinhas infantis (29,9%), sendo o consumo dos outros nove alimentos avaliados classificados como raro. Crianças mais velhas apresentaram maior frequência de consumo para vegetais folhosos, carnes vermelhas, aves e ovos, sendo que nas crianças com menos de 24 meses as fórmulas lácteas apresentaram maior frequência, demonstrando introdução tardia dos alimentos fonte de ferro. Conclusão: Foi identificada baixa frequência de consumo dos alimentos fonte de ferro pelas crianças, oportunizando a carência nutricional de ferro, reforçando a importância da orientação da família quanto à diversificação da alimentação da criança de forma a contribuir para a promoção de saúde e prevenção de deficiências como a de ferro. &nbsp

    RETINOL SÉRICO, CONDIÇÃO CLÍNICA E PERFIL DIETÉTICO RELACIONADO À VITAMINA A EM PRÉ-ESCOLARES

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    A deficiência de vitamina A (DVA) é considerada um problema de saúde pública em muitos países em desenvolvimento, e acomete principalmente crianças em idade pré-escolar. O objetivo deste estudo foi avaliar o estado nutricional relacionado à vitamina A em pré-escolares. O retinol sérico foi dosado em 84 pré-escolares, por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, e avaliado segundo os valores de referência da Organização Mundial da Saúde. A avaliação clínica investigou sinais e sintomas pertinentes à DVA em 43 crianças. Foi avaliado o consumo alimentar habitual, por meio do questionário de frequência de consumo alimentar, e o consumo atual, por meio da pesagem direta dos alimentos e do registro alimentar, em 21 pré-escolares. Foi aplicado o teste exato de Fisher (α=5%) para avaliar associação entre as variáveis. A mediana de retinol sérico dos pré-escolares foi 50,6 µg/dL. Não foram encontrados níveis de retinol sérico baixos ou deficientes, mas encontrou-se uma pequena parcela (13%) de pré-escolares com níveis marginais. Nenhuma criança apresentou manifestações clínicas relacionadas à DVA. A avaliação do consumo habitual mostrou inadequação de vitamina A em 81 % dos pré-escolares. A avaliação do consumo atual mostrou que 66,7% dos pré-escolares consumiram quantidades de vitamina A dentro da recomendação para sua faixa etária. Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre os níveis de retinol sérico e o consumo alimentar dos pré-escolares. Considera-se necessário o acompanhamento nutricional das crianças em risco de DVA, para adequação do consumo de vitamina A e dos níveis de retinol sérico
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