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    DIFUSÃO DO AGRONEGÓCIO E URBANIZAÇÃO NO NORDESTE: AS REGIÕES PRODUTIVAS DO AGRONEGÓCIO DA SOJA NO OESTE DA BAHIA E DA FRUTICULTURA NO BAIXO CURSO DO RIO AÇU/JAGUARIBE (CE/RN)

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    As transformações na atividade agropecuária brasileira, nas quatro últimas décadas, ensejaram profundos impactos sobre a reorganização do território e proporcionaram uma intensificação da urbanização em espaços urbanos não metropolitanos (SPOSITO et al., 2007). Este artigo trata da difusão do agronegócio no Nordeste a partir da expansão da soja no oeste baiano e da fruticultura no baixo curso dos rios Açu/Jaguaribe, enfocando como esse processo contribui para a (re)produção de espaços urbanos como Barreiras (BA), Luís Eduardo Magalhães (BA), Mossoró (RN) e Limoeiro do Norte (CE).   Palavras-chave: agronegócio; urbanização; região; oeste baiano; baixo Açu/Jaguaribe. DOI: 10.5902/2236499413277

    AGRONEGÓCIO DA FRUTICULTURA E DA SOJA: A TERRITORIALIZAÇÃO DE EMPRESAS AGRÍCOLAS NOS CERRADOS E VALES ÚMIDOS DO NORDESTE BRASILEIRO

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    No Brasil, o processo de reestruturação produtiva da agricultura iniciou-se nos anos 1960, na Região Concentrada (SANTOS e SILVEIRA, 2003). Nas décadas seguintes, com a desconcentração espacial das empresas agrícolas e a especialização produtiva no campo, de forma funcional e estratégica, o capital migrou para outras áreas do país, atingindo o que Santos (1988) denominou de lugares de reserva, tais como, certas áreas da região Nordeste. Nos anos1990, a produção modernizada de grãos chegou aos cerrados nordestinos, pioneiramente, no oeste baiano, induzindo transformações no âmbito político, econômico e social de toda a região polarizada pela cidade de Barreiras (Bahia). Aproximadamente, no mesmo período, a produção intensiva de frutas tropicais (especialmente, banana, melão e manga) voltou-se para exportação, sob o comando de grandes empresas agrícolas nacionais e multinacionais que ocuparam a área compreendida pelos municípios produtores de frutas do Ceará e Rio Grande do Norte, polarizada pela cidade de Mossoró. Neste artigo pretendemos conhecer as dinâmicas socioespaciais inerentes as regiões do agronegócio da fruticultura e da soja, dando ênfase à atuação deempresas agrícolas, bem como o agravamento das desigualdades socioespaciais associadas a essas dinâmicas

    Modernização socioespacial e urbanização na região Baixo Jaguaribe – Ceará

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    It is presented in this paper a discussion about the regional  dynamics in the region of Baixo Jaguaribe, state of Ceará, associated with the deployment of new productive activities that end up interfering in the city and the urban. The current restructuring and technical advances   capitalist promote a devolution of economic activities, enabling scenarios of economic development in “areas of reserves” inserted in that context, the Baixo Jaguaribe, in recent decades, has received public investments, which make it feasible points of its territory and to integrate them dynamic areas of the country. In municipalities where they develop the modern productive activities, mainly under the control of outside companies, the cities participating in the process of reproduction of the capital generated by these activities in different manner, resulting in different kind of urban structure in the population dynamics in urban roles and intercity relations. Moreover, small towns are losing population and its urban economy still depends on public services and rural pensions.Apresenta-se neste artigo uma discussão sobre a dinâmica territorial na região do Baixo Jaguaribe, estado do Ceará, associada à implantação de novas atividades produtivas que acabam por interferir na cidade e no urbano. Os avanços técnicos e a atual reestruturação capitalista promovem uma desconcentração das atividades econômicas, viabilizando cenários de desenvolvimento econômico em “espaços de reservas”. Inserido nesse contexto, o Baixo Jaguaribe, nas últimas décadas, vem recebendo investimentos públicos, que permitem viabilizar pontos do seu território e integrá-los a áreas dinâmicas do país. Nos municípios onde se desenvolvem as atividades produtivas modernas, sob o comando principalmente de empresas externas, as cidades participam do processo de reprodução do capital gerado por essas atividades de forma diferenciada, repercutindo de forma distinta na estruturação urbana, na dinâmica populacional, nos papéis urbanos e relações interurbanas. Por outro lado, pequenas cidades vêm perdendo população e sua economia urbana continua dependendo de serviços públicos e aposentadorias rurais
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