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    Alterações estruturais e funcionais na Nefropatia Diabética e relação entre a estrutura glomerular e a função renal

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    Os estudos iniciais, mostrando que cerca de 80% dos pacientes com diabete melito (DM) tipo 1 e microalbuminúria progrediam para proteinúria, levaram ao uso da microalbuminúria como um indicador de pacientes com riso aumentado para nefropatia diabética, tanto no DM tipo 1 quanto no tipo 2. Entretanto, alguns pacientes com microalbuminúria apresentam alterações de estrutura renal avançadas e a microalbuminúria pode, nestes casos, ser mais um marcador da presença de lesões glomerulares do que um indicador do desenvolvimento futuro de nefropatia diabética. Estudos mais recentes sugerem que apenas 30-45% dos pacientes microalbuminúricos irão progredir para proteinúria, enquanto que cerca de 30% irá regredir para normoalbuminúria. Apesar disto, a excreção urinária de albumina ainda é o melhor indicador não-invasivo de pacientes em risco para nefropatia diabética e deve ser pesquisada de acordo com as normas vigentes. Entretanto, é necessário que novos indicadores de risco sejam avaliados, para uso isolado ou em associação a outros parâmetros disponíveis. A estrutura glomerular no DM e as relações entre a estrutura glomerular e a função renal têm sido estudadas. Neste sentido, o uso de parâmetros estruturais renais na tentativa de identificar pacientes com risco aumentado de desenvolver nefropatia diabética poderia ser útil, uma vez que existe boa correlação entre a estrutura glomerular e as manifestações clínicas da nefropatia diabética. Além disto, em estudos longitudinais, estes parâmetros parecem estar associados à progressão clínica da nefropatia diabética.Initial studies showing an 80% rate of progression from microalbuminuria to proteinuria in type 1 diabetic patients led to the broad acceptance of microalbuminuria as an useful clinical predictor of increased diabetic nephropathy risk among type 1 and type 2 diabetic patients. Some microalbuminuric patients, however, have quite advanced renal structural changes, and microalbuminuria may, in such cases, be a marker rather than a predictor of diabetic nephropathy. More recent studies have observed only about 30-45% of progression from microalbuminuric to proteinuria over 10 years, while about 30% of microalbuminuric patients became normoalbuminuric and the rest remained microalbuminuric. Albumin excretion rate remains the best available noninvasive predictor of diabetic nephropathy risk and should be regularly measured according to established guidelines. Nonetheless, investigations into new risk markers of diabetic nephropathy risk or into the combined use of currently available predictive parameters are needed. Research has been done to evaluate the glomerular structure in patients with type 1 and type 2 diabetes, as well as to evaluate the relationships between glomerular structural parameters and renal function. Since there is a strong relationship between glomerular structural parameters and clinical manifestations of diabetic nephropathy, these structural parameters could be useful in the identification of patients with increased diabetic nephropathy risk. Moreover, longitudinal studies suggest that glomerular structural parameters are associated with clinical progression of diabetic nephropathy

    Alterações estruturais e funcionais na Nefropatia Diabética e relação entre a estrutura glomerular e a função renal

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    Os estudos iniciais, mostrando que cerca de 80% dos pacientes com diabete melito (DM) tipo 1 e microalbuminúria progrediam para proteinúria, levaram ao uso da microalbuminúria como um indicador de pacientes com riso aumentado para nefropatia diabética, tanto no DM tipo 1 quanto no tipo 2. Entretanto, alguns pacientes com microalbuminúria apresentam alterações de estrutura renal avançadas e a microalbuminúria pode, nestes casos, ser mais um marcador da presença de lesões glomerulares do que um indicador do desenvolvimento futuro de nefropatia diabética. Estudos mais recentes sugerem que apenas 30-45% dos pacientes microalbuminúricos irão progredir para proteinúria, enquanto que cerca de 30% irá regredir para normoalbuminúria. Apesar disto, a excreção urinária de albumina ainda é o melhor indicador não-invasivo de pacientes em risco para nefropatia diabética e deve ser pesquisada de acordo com as normas vigentes. Entretanto, é necessário que novos indicadores de risco sejam avaliados, para uso isolado ou em associação a outros parâmetros disponíveis. A estrutura glomerular no DM e as relações entre a estrutura glomerular e a função renal têm sido estudadas. Neste sentido, o uso de parâmetros estruturais renais na tentativa de identificar pacientes com risco aumentado de desenvolver nefropatia diabética poderia ser útil, uma vez que existe boa correlação entre a estrutura glomerular e as manifestações clínicas da nefropatia diabética. Além disto, em estudos longitudinais, estes parâmetros parecem estar associados à progressão clínica da nefropatia diabética.Initial studies showing an 80% rate of progression from microalbuminuria to proteinuria in type 1 diabetic patients led to the broad acceptance of microalbuminuria as an useful clinical predictor of increased diabetic nephropathy risk among type 1 and type 2 diabetic patients. Some microalbuminuric patients, however, have quite advanced renal structural changes, and microalbuminuria may, in such cases, be a marker rather than a predictor of diabetic nephropathy. More recent studies have observed only about 30-45% of progression from microalbuminuric to proteinuria over 10 years, while about 30% of microalbuminuric patients became normoalbuminuric and the rest remained microalbuminuric. Albumin excretion rate remains the best available noninvasive predictor of diabetic nephropathy risk and should be regularly measured according to established guidelines. Nonetheless, investigations into new risk markers of diabetic nephropathy risk or into the combined use of currently available predictive parameters are needed. Research has been done to evaluate the glomerular structure in patients with type 1 and type 2 diabetes, as well as to evaluate the relationships between glomerular structural parameters and renal function. Since there is a strong relationship between glomerular structural parameters and clinical manifestations of diabetic nephropathy, these structural parameters could be useful in the identification of patients with increased diabetic nephropathy risk. Moreover, longitudinal studies suggest that glomerular structural parameters are associated with clinical progression of diabetic nephropathy

    Fatores de risco para o desenvolvimento de nefropatia diabética e alterações presssoricas em pacientes com diabete melito tipo 1, normoalbuminicos e normotensos : estudo com 8 anos de acompanhamento

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    O objetivo deste estudo foi analisar prospectivamente os fatores associados ao desen volvimento de microalbuminúria [excreção urinária de albumina (EUA) entre 20 e 200 g/m in] e macroalbuminúria (EUA > 200 g/min) e de hipertensão arterial sistêmica (HAS: pressão arterial sistólica140 mmHg e/ou pressão arterial diastól ica 90 mmHg) em uma coorte de pacientes com diabete melito ( DM) tipo 1 normoalbuminúricos e normotensos. Além disto, analisa r a evolução da EUA, dos níveis de pressão arterial sistêmica e da filtração glomerular (FG), bem como avaliar o desenvolvimento de complicações crônicas do di abete melito na mesma coorte. Os pacientes fora m avaliados no início do estudo, e em diversos momentos ao longo do período de acompanhamento, em relação aos seguintes parâmetros: medida da EUA em urina de 24 h, níveis de pressão arterial sistêmica, medida da FG, índ ices de controle metabólico, presença de retinopatia vasculopatia periférica, neuropatia periférica e neuropatia autonômica. A medida da FG foi realizada através da técnica de injeção única de 51Cr-EDTA. A dosagem da albumina urinária foi realizada por técnica de radioimunoensaio. A glico-hemoglobina toi dosada através de cromatogratia de troca iônica em microcolunas. A pressão arteri al (fases I e V de Korotkoft), foi medida na posição sentada, após lO minutos de repouso, com esfigmomanômetro de coluna de mercúrio. A retinopatia foi avaliada por oftalmoscopia direta sob midríase e caracterizada como presente se fossem visualizadas alterações não-proliferativas ou neoformação vascular ou como ausente se estas al terações não fossem observadas. . A avaliação da vasculopatia periférica foi realizada através da palpação dos pulsos periféricos. A presença de neuroparia periférica foi pesquisada através da avaliação dos reflexos tendinosos profundos, da sensibilidade vibratória e de sintomas compatíveis. A neuropatia a u tonômica foi avaliada através de 5 testes cardiovasculares autonômicos e caracterizada como presente se o paciente apresentasse 2 ou mais testes alterados. Na análise estatística, foram util izados testes paramétricas e não-paramétricas. conforme indicado. Na avaliação das alterações da EUA, FG, pressão arterial sistólica ( PAS), pressão arterial diastól i ca ( PAO) e pressão arterial média ( PAM) através do tempo. foi determinada a regressão linear simples (y = a + bx) de cada paciente e. então, calculada a média das declividades (b) pa ra cada uma das va riáveis acima. A significância destas alterações (bEUA. bFG. bPAS, bPAD e bPAM) foi ava liada através do teste 1 para uma amostra. Foi calculada a incidência densidade e a incidência cumulativa de nefropatia diabética. HAS, retinopatia, neuropatia periférica e neuropatia autonômica. Foram realizadas análises de regressão múltipla (linear e logística) considerando como variáveis dependentes os níveis de EUA, a presença de nefropatia e a PAM ao final do estudo e a alteração da FG durante o período deseguimento (bFG). Os resultados foram expressos como média ± desvio-padrão ou como média geométrica e variação, para os valores de EUA. O nível de significância adotado foi de 5%. Foram estudados, por um período médio de acompan hamento de 8,4 ± 2, l anos, 34 pacientes com DM tipo 1 (20 homens) com idade de 31 ,7 ± 6,5 anos e duração de DM de 7,1 ± 5,5 anos.Vinte pacientes referiam história familiar de HAS. Na a valiação inicial, hiperfíltração glomerular (FG > l 34rn l/min/ l ,73m 2) foi observada em 2 1 pacientes (FG = 154,8 ± 16,5 ml/min/1 ,73m2) e em 13 pacientes a FG foi nonnal ( I 06, l ± 15,7 mllmin/1 ,73m2 . Sete pacientes apresentavam retinopatia diabética e nenhum paciente apresentava neuropatia periférica ou autonômica. Durante o período de acompanhamento. 4 pacientes desenvolveram nefropatia diabética (3 microalbuminúria e 1 macroalbuminúria) e 7 pacientes desenvolveram HAS, sendo a incidência cumulativa de nefropatia diabética I l ,8% e a de HAS 20.6%. Os níveis de EU A foram mais elevados ao final do estudo (3.94 j..tg/min vs 7.53 j..lg/min bEUA= I ,O I j..tg/min/mês) e a presença de retinopatia diabética no início do período de acompanhamento foi o único fator de risco identificado para os valores finais de EUA, explicando 14% da variabilidade dos níveis de EUA ao final do estudo. Os pacientes com retinopatia no início do estudo apresentaram um risco relativo 1 9,5 vezes maior de a presentar nefropatia diabética ao final do período de acompanhamento. Os níveis de PAM aumentaram ao tina do período de acompanhamento (86,0 ± 9,6 mmHg vs 99,4 ± 11,5 mmHg; bPAM = 0,14 ± 0,16 mmHg/mês), sendo este aumento relacionado aos valores de FG e à idade no início do estudo e à presença de história tàmi l ia r de HAS. A contribuição relativa destas variáveis sobre os níveis de PAM ao final do estudo foi de 44%. A FG diminuiu durante o período de seguimento ( 1362 ± 28,8 ml/min/1,73m2 vs 1 15,9 ± 21 J ml/min/1 ,73m2; bFG = -0,1 9 ± 0,29 mllmin/mês). ). Esta diminuição se rel acionou aos níveis de FG no i nício do estudo e ao controle glicêm ico durante o estudo. Estes fatores explicaram 32% da va riabilidade da alteração da FG durante o estudo (bFG). O aumento dos níveis de EUA e a diminuição da FG ao longo do período de acompanhamento foram observados apenas nos pacientes h i perfiltrantes. Os n íveis de pressão arterial ao fina l do estudo aumentaram nos pacientes hiperfiltrantes e nonnofiltrantes Ao ser avaliado o desenvolvimento de outras complicações crônicas. apenas a freqüência de neuropatia periférica e autonômica foram mais elevadas ao final do estudo, com uma incidência cumulativa calculada de 61 ,8% e 15,2%, respectivamente. Em conclusão, a presença de retinopatia diabética pode indicar o desenvol vi mento futuro de nefropatia em pacientes com DM tipo nonnoalbuminúricos e nonnotensos. Nesta coorte, o aumento observado nos niveis pressóricos foi determinado pelos níveis de FG no início do estudo. pela história famili ar de HAS e pela idade dos pacientes. Após 8 a nos, o número de pacientes apresentando neuropatia periférica ou a utonômica aumentou consideravelmente

    Fatores de risco para o desenvolvimento de nefropatia diabética e alterações presssoricas em pacientes com diabete melito tipo 1, normoalbuminicos e normotensos : estudo com 8 anos de acompanhamento

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    O objetivo deste estudo foi analisar prospectivamente os fatores associados ao desen volvimento de microalbuminúria [excreção urinária de albumina (EUA) entre 20 e 200 g/m in] e macroalbuminúria (EUA > 200 g/min) e de hipertensão arterial sistêmica (HAS: pressão arterial sistólica140 mmHg e/ou pressão arterial diastól ica 90 mmHg) em uma coorte de pacientes com diabete melito ( DM) tipo 1 normoalbuminúricos e normotensos. Além disto, analisa r a evolução da EUA, dos níveis de pressão arterial sistêmica e da filtração glomerular (FG), bem como avaliar o desenvolvimento de complicações crônicas do di abete melito na mesma coorte. Os pacientes fora m avaliados no início do estudo, e em diversos momentos ao longo do período de acompanhamento, em relação aos seguintes parâmetros: medida da EUA em urina de 24 h, níveis de pressão arterial sistêmica, medida da FG, índ ices de controle metabólico, presença de retinopatia vasculopatia periférica, neuropatia periférica e neuropatia autonômica. A medida da FG foi realizada através da técnica de injeção única de 51Cr-EDTA. A dosagem da albumina urinária foi realizada por técnica de radioimunoensaio. A glico-hemoglobina toi dosada através de cromatogratia de troca iônica em microcolunas. A pressão arteri al (fases I e V de Korotkoft), foi medida na posição sentada, após lO minutos de repouso, com esfigmomanômetro de coluna de mercúrio. A retinopatia foi avaliada por oftalmoscopia direta sob midríase e caracterizada como presente se fossem visualizadas alterações não-proliferativas ou neoformação vascular ou como ausente se estas al terações não fossem observadas. . A avaliação da vasculopatia periférica foi realizada através da palpação dos pulsos periféricos. A presença de neuroparia periférica foi pesquisada através da avaliação dos reflexos tendinosos profundos, da sensibilidade vibratória e de sintomas compatíveis. A neuropatia a u tonômica foi avaliada através de 5 testes cardiovasculares autonômicos e caracterizada como presente se o paciente apresentasse 2 ou mais testes alterados. Na análise estatística, foram util izados testes paramétricas e não-paramétricas. conforme indicado. Na avaliação das alterações da EUA, FG, pressão arterial sistólica ( PAS), pressão arterial diastól i ca ( PAO) e pressão arterial média ( PAM) através do tempo. foi determinada a regressão linear simples (y = a + bx) de cada paciente e. então, calculada a média das declividades (b) pa ra cada uma das va riáveis acima. A significância destas alterações (bEUA. bFG. bPAS, bPAD e bPAM) foi ava liada através do teste 1 para uma amostra. Foi calculada a incidência densidade e a incidência cumulativa de nefropatia diabética. HAS, retinopatia, neuropatia periférica e neuropatia autonômica. Foram realizadas análises de regressão múltipla (linear e logística) considerando como variáveis dependentes os níveis de EUA, a presença de nefropatia e a PAM ao final do estudo e a alteração da FG durante o período deseguimento (bFG). Os resultados foram expressos como média ± desvio-padrão ou como média geométrica e variação, para os valores de EUA. O nível de significância adotado foi de 5%. Foram estudados, por um período médio de acompan hamento de 8,4 ± 2, l anos, 34 pacientes com DM tipo 1 (20 homens) com idade de 31 ,7 ± 6,5 anos e duração de DM de 7,1 ± 5,5 anos.Vinte pacientes referiam história familiar de HAS. Na a valiação inicial, hiperfíltração glomerular (FG > l 34rn l/min/ l ,73m 2) foi observada em 2 1 pacientes (FG = 154,8 ± 16,5 ml/min/1 ,73m2) e em 13 pacientes a FG foi nonnal ( I 06, l ± 15,7 mllmin/1 ,73m2 . Sete pacientes apresentavam retinopatia diabética e nenhum paciente apresentava neuropatia periférica ou autonômica. Durante o período de acompanhamento. 4 pacientes desenvolveram nefropatia diabética (3 microalbuminúria e 1 macroalbuminúria) e 7 pacientes desenvolveram HAS, sendo a incidência cumulativa de nefropatia diabética I l ,8% e a de HAS 20.6%. Os níveis de EU A foram mais elevados ao final do estudo (3.94 j..tg/min vs 7.53 j..lg/min bEUA= I ,O I j..tg/min/mês) e a presença de retinopatia diabética no início do período de acompanhamento foi o único fator de risco identificado para os valores finais de EUA, explicando 14% da variabilidade dos níveis de EUA ao final do estudo. Os pacientes com retinopatia no início do estudo apresentaram um risco relativo 1 9,5 vezes maior de a presentar nefropatia diabética ao final do período de acompanhamento. Os níveis de PAM aumentaram ao tina do período de acompanhamento (86,0 ± 9,6 mmHg vs 99,4 ± 11,5 mmHg; bPAM = 0,14 ± 0,16 mmHg/mês), sendo este aumento relacionado aos valores de FG e à idade no início do estudo e à presença de história tàmi l ia r de HAS. A contribuição relativa destas variáveis sobre os níveis de PAM ao final do estudo foi de 44%. A FG diminuiu durante o período de seguimento ( 1362 ± 28,8 ml/min/1,73m2 vs 1 15,9 ± 21 J ml/min/1 ,73m2; bFG = -0,1 9 ± 0,29 mllmin/mês). ). Esta diminuição se rel acionou aos níveis de FG no i nício do estudo e ao controle glicêm ico durante o estudo. Estes fatores explicaram 32% da va riabilidade da alteração da FG durante o estudo (bFG). O aumento dos níveis de EUA e a diminuição da FG ao longo do período de acompanhamento foram observados apenas nos pacientes h i perfiltrantes. Os n íveis de pressão arterial ao fina l do estudo aumentaram nos pacientes hiperfiltrantes e nonnofiltrantes Ao ser avaliado o desenvolvimento de outras complicações crônicas. apenas a freqüência de neuropatia periférica e autonômica foram mais elevadas ao final do estudo, com uma incidência cumulativa calculada de 61 ,8% e 15,2%, respectivamente. Em conclusão, a presença de retinopatia diabética pode indicar o desenvol vi mento futuro de nefropatia em pacientes com DM tipo nonnoalbuminúricos e nonnotensos. Nesta coorte, o aumento observado nos niveis pressóricos foi determinado pelos níveis de FG no início do estudo. pela história famili ar de HAS e pela idade dos pacientes. Após 8 a nos, o número de pacientes apresentando neuropatia periférica ou a utonômica aumentou consideravelmente

    Risk factors for recurrence of tuberculosis

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    Objetivo: Identificar fatores de risco para a recidiva da tuberculose. Métodos: Estudou-se uma coorte de 610 pacientes com tuberculose pulmonar bacilífera inscritos para tratamento entre 1989 e 1994 e curados com o esquema contendo rifampicina, isoniazida e pirazinamida (RHZ). Avaliaram-se os seguintes fatores de risco: idade, sexo, cor, duração dos sintomas, cavitação das lesões, extensão da doença, diabetes melito, alcoolismo, infecção pelo HIV, negativação tardia do escarro, adesão ao tratamento e doses dos fármacos. Para detecção das recidivas, os pacientes foram seguidos por 7,7 ± 2,0 anos, após a cura, pelo sistema de informação da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul. Nas análises utilizaram-se os testes t de Student, qui-quadrado ou exato de Fisher e a regressão de Cox. Resultados: Ocorreram 26 recidivas (4,3%), correspondendo a 0,55/100 pessoas-ano. A taxa de recidiva foi de 5,95 e 0,48/100 pessoas-ano, respectivamente, nos pacientes HIV‑positivos e nos HIV-negativos (p < 0,0001). Na análise multivariada, a infecção pelo HIV [RR = 8,04 (IC95%: 2,35–27,50); p = 0,001] e o uso irregular da medicação [RR = 6,43 (IC95%: 2,02-20,44); p = 0,002] mostraram-se independentemente associados às recidivas. Conclusões: A recidiva da tuberculose foi mais freqüente nos pacientes HIV-positivos e naqueles que não aderiram ao tratamento auto-administrado (esquema-RHZ). Pacientes com pelo menos um destes fatores de risco poderão se beneficiar com a implantação de um sistema de vigilância pós-tratamento para detecção precoce de recidivas. Para prevenir a não-adesão ao tratamento da tuberculose, a alternativa seria a utilização de tratamento supervisionado.Objective: To identify risk factors for recurrence of tuberculosis. Methods: We studied a cohort of 610 patients with active pulmonary tuberculosis who were enrolled for treatment between 1989 and 1994 and cured using a three-drug treatment regimen of rifampin, isoniazid and pyrazinamide (RHZ). The risk factors studied were age, gender, race, duration of symptoms, lesion cavitation, extent of disease, diabetes mellitus, alcoholism, HIV infection, delayed negative sputum conversion, treatment compliance, and medication doses. In order to detect recurrence, the patients were monitored through the Rio Grande do Sul State Healt Department Information System for 7.7 ± 2.0 years after cure. Data were analyzed using the Student’s t-test, the chi-square test or Fisher’s exact test, and Cox regression models. Results: There were 26 cases of recurrence (4.3%), which corresponds to 0.55/100 patients-year. The recurrence rate was 5.95 and 0.48/100 patients-year in HIV-positive and HIV-negative patients, respectively (p < 0.0001). In the multivariate analysis, HIV infection [RR = 8.04 (95% CI: 2.35–27.50); p = 0.001] and noncompliance [RR = 6.43 (95% CI: 2.02-20.44); p = 0.002] proved to be independently associated with recurrence of tuberculosis. Conclusions: Recurrence of tuberculosis was more common in HIV-positive patients and in patients who did not comply with the self-administered treatment (RHZ regimen). Patients presenting at least one of these risk factors can benefit from the implementation of a post-treatment surveillance system for early detection of recurrence. An alternative to prevent noncompliance with tuberculosis treatment would be the use of supervised treatment
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