9 research outputs found

    Prevalência e fatores associados ao acidente vascular cerebral em idosos no Brasil, 2019

    Get PDF
    To estimate the prevalence and sociodemographic factors, of health-related behaviors, chronic diseases, body mass index and self-rated health associated with stroke in older adults in Brazil, as well as to verify the frequency of practices used in care. Population-based cross-sectional study with data from the 2019 National Health Survey (≥60 years; n=22,728). Adjusted odds ratio were estimated using logistic regression. The prevalence of stroke was 5.6% (95%CI:5.1-6.1), higher in men, in those aged ≥70 years, in black and brown people, with less education, without health insurance and in former smokers. Higher also in those who reported hypertension, diabetes, high cholesterol, depression and heart disease, particularly acute myocardial infarction (19.0%; 95%CI:15.8-22.7). Dieting was reported by 47.2%, physiotherapy by 17.0%; 26.1% used aspirin regularly, 60.8% were monitored by a health professional and 53.7% reported limitations in their usual activities. The findings identify the subgroups most affected by stroke and highlight that less than 20% of the older adults with stroke reported undergoing physical therapy, highlighting the need to expand multidisciplinary care in the health care network for this subgroup.Estimar a prevalência e os fatores sociodemográficos, de comportamentos relacionados à saúde, doenças crônicas, índice de massa corporal e autoavaliação da saúde associados ao acidente vascular cerebral (AVC) em idosos no Brasil, bem como, verificar a frequência das práticas usadas no cuidado. Estudo transversal de base populacional com dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019 (≥60 anos; n=22.728). Razões de chance ajustadas foram estimadas por meio de regressão logística. A prevalência de AVC foi de 5,6% (IC95%:5,1-6,1), maior nos homens, naqueles com idade ≥70 anos, nos pretos e pardos, com menor escolaridade, sem plano de saúde e nos ex-fumantes. Maiores também nos que referiram hipertensão, diabetes, colesterol alto, depressão e cardiopatia, particularmente infarto agudo do miocárdio (19,0%; IC95%:15,8-22,7). A realização de dieta foi referida por 47,2%, fisioterapia por 17,0%; 26,1% usavam aspirina regularmente, 60,8% faziam acompanhamento com profissional de saúde e 53,7% referiram limitação para as atividades habituais. Os achados identificam os subgrupos mais afetados pelo AVC e destacam que menos de 20% dos idosos com AVC relataram fazer fisioterapia, evidenciando a necessidade de ampliar o cuidado multiprofissional na rede de atenção à saúde para este subgrupo

    Multimorbidade e uso de serviços de saúde em idosos muito idosos no Brasil

    Get PDF
    Objective: To estimate the prevalence of multimorbidity in long-lived Brazilian elderly (age ≥80 years) and to relate it to the use of health services. Methods: Cross-sectional population-based study with data from the 2019 National Health Survey (n =6,098). They were estimated frequencies of use of services in the elderly with multimorbidity and according to sex, medical health insurance ownership, and self-rated health. The prevalence rates, crude and adjusted prevalence ratios, and the respective 95% confidence intervals were calculated. Results: The average age of the elderly was 85 years and about 62% were women; the prevalence of multimorbidity was 57.1%, higher in women, in those with health insurance, and residents in the southern region of the country (p <0.05). In the oldest old with multimorbidity, the use of services in the last 15 days reached 64.6%, and more than 70% were hospitalized in the last year or did not carry out activities in the previous two weeks for health reasons. Differences were observed for the indicators of service use in relation to sex, possession of medical health insurance, and self-rated health, according to multimorbidity. Conclusion: Indicators for the use of health services were higher in the elderly who accumulate two or more chronic diseases, regardless of sociodemographic conditions and self-rated health, showing the impact of multimorbidity per se in determining the use of services among oldest old.Objetivo: Estimar a prevalência de multimorbidade em idosos longevos brasileiros (idade ≥80 anos), e relacioná-la com o uso de serviços de saúde. Métodos: Estudo transversal de base populacional com dados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019 (n=6.098). Foram estimadas as frequências de uso de serviços nos idosos com multimorbidade e segundo sexo, posse de plano de saúde médico e autoavaliação de saúde. Calcularam-se as prevalências e razões de prevalência brutas e ajustadas e respectivos intervalos de confiança de 95%. Resultados. A média de idade dos idosos foi de 85 anos e cerca de 62% eram mulheres; a prevalência de multimorbidade foi de 57,1%, maior nas mulheres, naqueles com plano de saúde, e nos residentes na região Sul do país (p<0,05). Nos muito idosos com multimorbidade, o uso de serviços nos últimos 15 dias alcançou 64,6%, e mais de 70% estiveram internados no último ano ou deixaram de realizar atividades nas duas semanas anteriores por motivo de saúde. Observaram-se diferenças para os indicadores de uso de serviços em relação ao sexo, posse de plano de saúde médico e autoavaliação de saúde, segundo multimorbidade. Conclusão. Os indicadores de uso de serviços de saúde foram mais elevados nos idosos que acumulam duas ou mais doenças crônicas, independente das condições sociodemográficas e da autoavaliação de saúde, denotando o impacto da multimorbidade per se na determinação do uso de serviços entre os idosos mais velhos

    Ageism against older adults in the context of the covid-19 pandemic : an integrative review

    Get PDF
    OBJETIVO: Descrever os principais resultados de estudos sobre preconceito, estereotipia e discriminação relacionados à idade (ageismo) no contexto da pandemia da covid-19. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre o ageismo no contexto da pandemia da covid-19, realizada entre maio e junho de 2020, a partir das seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed), Web of Science (Thompson Reuters), Scopus (Elsevier Science), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). RESULTADOS: Foram analisadas 21 publicações que discorreram sobre o ageismo durante a pandemia, suas origens, consequências e implicações ético-políticas. As publicações identificadas são de natureza teórica com abordagem crítico-reflexiva, sendo 90,5% artigos opinativos (n = 19) e 9,5% de pesquisa (n = 2). Os principais resultados encontrados apontam críticas em relação à destinação de recursos e cuidados intensivos baseados exclusivamente no critério etário. São também apontados os impactos do isolamento social, o uso das tecnologias e mídias sociais e as relações intergeracionais no cenário da covid-19. CONCLUSÃO: A maioria das publicações indicam que o ageismo sempre esteve presente, mas tornou-se mais evidente durante a pandemia da covid-19 como forma de discriminação contra idosos. Ressalta-se que discursos “ageistas” podem influenciar negativamente na vida dos idosos e causar impactos sociais e psicológicos prejudiciais.OBJECTIVE: To report the main results of studies on prejudice, stereotyping, and age-based discrimination (ageism) in the context of the COVID-19 pandemic. METHODS: This is an integrative review of the literature on ageism in the context of the COVID-19 pandemic, conducted between May and June 2020, with data collected from the following databases: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed), Web of Science (Thompson Reuters), Scopus (Elsevier Science), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) and Scientific Eletronic Library Online (SciELO). RESULTS: Twenty-one publications addressing ageism during the pandemics, its origins, consequences, and ethical and political implications were analyzed. All publications were theoretical with a critical/reflexive approach, being 90,5% opinion articles (n = 19) and 9,5% research (n = 2). The main findings indicate criticisms regarding resources allocation and intensive care based exclusively on age. The results also highlight the impacts of social isolation, the use of technologies and social media, and intergenerational relationships within the COVID-19 scenario. CONCLUSION: According to most publications, although ageism has always been present, it became more evident during the COVID-19 pandemic as a form of discrimination against older adults. “Ageist” discourses may exert a negative influence in older adults’ lives, causing severe social and psychological impacts

    Ageismo contra idosos no contexto da pandemia da covid-19: uma revisão integrativa

    Get PDF
    OBJECTIVE: To report the main results of studies on prejudice, stereotyping, and age-based discrimination (ageism) in the context of the COVID-19 pandemic. METHODS: This is an integrative review of the literature on ageism in the context of the COVID-19 pandemic, conducted between May and June 2020, with data collected from the following databases: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/ PubMed), Web of Science (Thompson Reuters), Scopus (Elsevier Science), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) and Scientific Eletronic Library Online (SciELO). RESULTS: Twenty-one publications addressing ageism during the pandemics, its origins, consequences, and ethical and political implications were analyzed. All publications were theoretical with a critical/reflexive approach, being 90,5% opinion articles (n = 19) and 9,5% research (n = 2). The main findings indicate criticisms regarding resources allocation and intensive care based exclusively on age. The results also highlight the impacts of social isolation, the use of technologies and social media, and intergenerational relationships within the COVID-19 scenario. CONCLUSION: According to most publications, although ageism has always been present, it became more evident during the COVID-19 pandemic as a form of discrimination against older adults. “Ageist” discourses may exert a negative influence in older adults’ lives, causing severe social and psychological impacts.OBJETIVO: Descrever os principais resultados de estudos sobre preconceito, estereotipia e discriminação relacionados à idade (ageismo) no contexto da pandemia da covid-19. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre o ageismo no contexto da pandemia da covid-19, realizada entre maio e junho de 2020, a partir das seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed), Web of Science (Thompson Reuters), Scopus (Elsevier Science), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Eletronic Library Online (SciELO). RESULTADOS: Foram analisadas 21 publicações que discorreram sobre o ageismo durante a pandemia, suas origens, consequências e implicações ético-políticas. As publicações identificadas são de natureza teórica com abordagem crítico-reflexiva, sendo 90,5% artigos opinativos (n = 19) e 9,5% de pesquisa (n = 2). Os principais resultados encontrados apontam críticas em relação à destinação de recursos e cuidados intensivos baseados exclusivamente no critério etário. São também apontados os impactos do isolamento social, o uso das tecnologias e mídias sociais e as relações intergeracionais no cenário da covid-19. CONCLUSÃO: A maioria das publicações indicam que o ageismo sempre esteve presente, mas tornou-se mais evidente durante a pandemia da covid-19 como forma de discriminação contra idosos. Ressalta-se que discursos “ageistas” podem influenciar negativamente na vida dos idosos e causar impactos sociais e psicológicos prejudiciais

    Mortality trend due to cardiovascular diseases in the elderly and its relation with influenza vaccination in the states of São Paulo and Pernambuco, 1980-2012

    No full text
    Orientador: Priscila Maria Stolses Bergamo FranciscoDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte e incapacidades em idosos. Estudos indicam que a infecção pelo vírus da influenza está associada a complicações por doenças cardiovasculares e aumento da mortalidade. O objetivo deste estudo foi analisar a tendência de mortalidade por doenças cardiovasculares na população idosa (?60 anos) nos estados de São Paulo e de Pernambuco, no período de 1980 a 2012, e verificar a correlação entre a cobertura vacinal contra influenza e os coeficientes de mortalidade no período de 2000 a 2012. Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais, realizado com dados de óbitos do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde e dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. As coberturas vacinais foram obtidas no site do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização e no Informe Técnico da Secretaria de Saúde do estado de São Paulo do ano de 2007. Foram ajustados modelos de regressão linear e polinomial (de segundo e terceiro graus) e de regressão segmentada (Joinpoint Regression) para estimar as tendências. A correlação entre os coeficientes de mortalidade e as coberturas vacinais foi verificada pelo coeficiente de correlação de Pearson. Os resultados revelaram tendência de queda nos coeficientes de mortalidade por doenças isquêmicas do coração (DIC) e por doenças cerebrovasculares (DCbV) nos idosos no estado de São Paulo e aumento em Pernambuco. Em ambos os estados, observou-se sobremortalidade masculina e o aumento dos coeficientes de mortalidade com a idade, tanto para as DIC, quanto para as DCbV. Em São Paulo, houve redução estatisticamente significativa da mortalidade por DIC e DCbV após as campanhas de vacinação; pela Joinpoint Regression não foram verificadas mudanças na tendência de mortalidade por DIC coincidentes ou próximas ao ano de início das campanhas de vacinação e foi observada uma maior redução da mortalidade por DCbV no sexo masculino a partir de 1999. Em Pernambuco, os coeficientes de mortalidade por DIC e DCbV apresentaram-se mais elevados no período após as campanhas de vacinação. Pela regressão segmentada observaram-se aumentos estatisticamente significativos nas tendências de mortalidade por DIC entre 2000 e 2007 (no sexo feminino) e por DCbV entre 2001 e 2006 (no total). Para o conjunto dos idosos não houve correlação estatisticamente significativa entre os coeficientes de mortalidade por DIC e DCbV e as coberturas vacinais, tanto para o estado de São Paulo, quanto para Pernambuco. Existem diferenças entre as coberturas vacinais contra influenza nos idosos, segundo sexo e faixa etária, e a falta de dados segundo essas variáveis impossibilitou a avaliação estratificada para os subgrupos. O aumento da cobertura vacinal contra influenza nos portadores de doenças cardiovasculares é de fundamental importância para a Saúde Pública como estratégia para redução de morbidades e mortalidade associadas à infecção pelo vírus da influenza. Ressalta-se a importância de ampliar a cobertura nos grupos com recomendação formal para a vacinação, para que se beneficiem dessa proteção específicaAbstract: Cardiovascular diseases are the leading cause of death and disability in the elderly. Studies indicate that influenza virus infection is associated with cardiovascular complications and increased mortality. This study aims to analyze the mortality trend due to cardiovascular diseases in the elderly (?60 years) in the states of São Paulo and Pernambuco, from 1980 to 2012, and to verify the correlation between influenza vaccination coverage and mortality coefficients in the period from 2000 to 2012. This is an ecological time-series study, carried out with mortality data from the Mortality Information System of the Ministry of Health and population data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics. Vaccination coverage was obtained from the Information System website of the National Immunization Program and from the Technical Report of the Health Department of the state of São Paulo in 2007. Linear and polynomial (second and third degree) regression models and segmented regression models (Joinpoint Regression) were adjusted to estimate trends. The correlation between mortality coefficients and vaccine coverage was verified by the Pearson correlation coefficient. The results showed a downward trend in the mortality coefficients due to ischemic heart diseases (IHD) and cerebrovascular diseases (CBVD) in the elderly in the state of São Paulo and increase in Pernambuco. We observed, in both states, male overmortality and the increased mortality rates with age for both IHD and CBVD. In São Paulo, there was a statistically significant reduction in IHD and CBVD mortality after vaccination campaigns; using Joinpoint Regression, no changes were found in the trend of mortality due to IHD coinciding or close to the year of the beginning of the vaccination campaigns and a greater reduction in mortality due to CBVD occurred in males from 1999. In Pernambuco, the IHD and CBVD mortality coefficients were higher in the period after the vaccination campaigns. The segmented regression showed a statistically significant increases in IHD mortality trends between 2000 and 2007 (in female) and in the CBVD between 2001 and 2006 (total). For the elderly group, there was no statistically significant correlation between the IHD and CBVD mortality coefficients and the vaccination coverage in both São Paulo and Pernambuco. There are differences between the vaccination coverage of influenza in the elderly, according to gender and age group, and the lack of these data variables made stratified evaluation for the subgroups impossible. The increase in influenza vaccination coverage in patients with cardiovascular diseases is a fundamental Public Health strategy to reduce morbidity and mortality associated with influenza virus infection. It is important to extend the coverage in the groups with a formal recommendation for vaccination, so that they benefit from this specific protectionMestradoEpidemiologiaMestra em Saúde Coletiva01-P-1738/2016CAPE

    Prevalência de vacinação contra gripe nas populações adulta e idosa com doença respiratória pulmonar crônica

    No full text
    O objetivo foi estimar a prevalência de vacinação contra gripe nas populações adulta e idosa com doença respiratória pulmonar crônica (DRPC). Foram considerados os indivíduos com idades entre 20 e 59 anos (n = 23.329) e ≥ 60 anos (n = 9.019) que participaram da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), realizada em 2013-2014. Estimaram-se as prevalências de vacinação contra gripe e os respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%). As associações foram verificadas pelo teste qui-quadrado (Rao-Scott), considerando-se um nível de 5% de significância. Para o conjunto dos indivíduos com DRPC, a prevalência de vacinação foi de 42,1% (IC95%: 37,2-47,1), com diferença estatisticamente significativa em relação aos grupos etários (p < 0,001). Para a população adulta, verificaram-se diferenças significativas em relação à situação conjugal (p < 0,05), e para os idosos, observou-se maior prevalência no Sul em relação ao Nordeste (p < 0,05). Para o conjunto dos entrevistados, bronquite crônica foi a doença mais referida (43,5%). Considerando-se cada doença específica, o percentual de adultos vacinados foi baixo, variando de 25% (outras doenças pulmonares) a 42% (bronquite crônica), sem apresentar diferença estatisticamente significativa (p = 0,330). Tanto os portadores de doença pulmonar quanto os idosos em geral (≥ 60 anos) fazem parte de grupos prioritários para a vacinação contra gripe e, de modo geral, para todos os subgrupos considerados, as prevalências estiveram abaixo da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. A recomendação da vacina pelos profissionais de saúde pode contribuir para uma maior adesão desse grupo à vacinação

    Prevalence of influenza vaccination in elderly brazilian with chronic diseases

    No full text
    O objetivo deste estudo foi estimar a prevalência de vacinação contra a influenza em idosos brasileiros, segundo doenças crônicas específicas. Foram considerados os indivíduos com 60 anos ou mais (n = 23.815) participantes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2013. Estimaram-se as prevalências de vacinação contra a influenza e os respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%). As associações foram verificadas pelo teste qui-quadrado (Rao-Scott) considerando-se um nível de 5% de significância. A prevalência de vacinação contra a influenza nos idosos foi de 73,1% (IC95%: 72,0-74,1) e não houve diferença significativa nas prevalências entre os sexos (p = 0,237). Observaram-se diferenças estatisticamente significativas nas prevalências para os idosos que referiram hipertensão arterial 75% (p < 0,001), diabetes mellitus 76,5% (p = 0,009), doenças do coração 79,2% (p < 0,001) e doença no pulmão ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) 87% (p = 0,001). Os resultados mostraram baixa prevalência de vacinação nos idosos com algumas condições crônicas específicas que possuem recomendação formal para receber a vacina, sugerindo a necessidade de que as campanhas de vacinação extrapolem o recorte etário (idosos) e sejam mais bem direcionadas para estes subgrupos específicos354This study aimed to estimate the prevalence of influenza vaccination in elderly Brazilians with specific chronic diseases. The sample included individuals 60 years or older (n = 23,815) participating in the National Health Survey (PNS) in 2013. The study estimated the prevalence rates for influenza vaccination and the respective 95% confidence intervals (95%CI). The associations were verified with the chi-square test (Rao-Scott) with 5% significance. Prevalence of influenza vaccination in the elderly was 73.1% (95%CI: 72.0-74.1), and there was no significant difference in prevalence rates between men and women (p = 0.237). Statistically significant differences were observed in prevalence rates for elderly that reported arterial hypertension, 75% (p < 0.001), diabetes mellitus, 76.5% (p = 0.009), cardiac disease, 79.2% (p < 0.001), and lung disease or chronic obstructive pulmonary disease (COPD), 87% (p = 0.001). The results showed low prevalence of vaccination in elderly with some specific chronic diseases for whom there is formal recommendation to receive the vaccine, suggesting the need for a vaccination campaign to extrapolate the age cutoff (elderly) and better targeting to these specific subgroup

    Mortalidade por doenças cerebrovasculares em idosos e a vacinação contra a influenza: Estado de São Paulo, Brasil, 1980-2012

    No full text
    Este estudo descreve a tendência dos coeficientes de mortalidade por doenças cerebrovasculares (DCbV) em idosos no Estado de São Paulo, Brasil, entre 1980 e 2012, antes e depois das campanhas de vacinação contra a influenza, e identifica pontos de mudanças. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, realizado com dados de óbitos do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde e dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para análise dos dados, foram utilizados modelos de regressão linear, polinomial e joinpoint regression. Entre 1980 e 2012, foram registrados 480.955 óbitos por DCbV. Os coeficientes médios de mortalidade diminuíram em ambos os sexos para todas as faixas etárias analisadas, com maior redução nas idades mais longevas e no sexo masculino. Observou-se queda significativa na tendência de mortalidade em 1998 para o sexo masculino, na faixa de 60-69 anos (annual percent change - APC = -3%, IC95%: -4,3; -1,6) e para o total dos idosos (APC = -3,8%, IC95%: -4,4; -3,1). Considerando-se o período como um todo, não se observaram pontos de mudanças para a faixa de 70-79 (average annual percent change - AAPC = -3,3%, IC95%: -3,5; -3,1) e, no sexo masculino, para o grupo ≥ 80 anos (AAPC = -2,9%, IC95%: -3,1; -2,6). Para o total de idosos, a redução percentual média foi de 3,1% ao ano (AAPC = -3,1%, IC95%: -3,5; -2,7). Os resultados mostraram redução da mortalidade por DCbV no período estudado, com diferentes variações percentuais de queda dos coeficientes. Os achados deste estudo adicionam informações para o debate sobre o possível efeito das campanhas de vacinação na redução da mortalidade por DCbV na população idosa

    Tendência da mortalidade por doenças isquêmicas do coração e a vacinação contra influenza em idosos em São Paulo

    No full text
    The aim of the present study was to analyze the mortality trend due to ischemic heart disease (IHD) among older adults, identify changes in the trend and determine the correlation with influenza vaccine coverage (2000 to 2012) in the state of São Paulo between 1980 and 2012. An ecological time series study was conducted involving secondary data from Brazilian information systems. Linear and polynomial regression models as well as joinpoint regression were used to estimate the trends. Pearson’s correlation coefficient was used to evaluate the correlation between age-standardized mortality coefficients and vaccine coverage. A decreasing tendency in mortality due to IHD occurred in both sexes, higher mortality rates were found for males and greater reductions were found in the period after the vaccination campaigns. However, no statistically significant changes occurred in the year coinciding with or near the onset of the campaigns. In the overall sample, no evidence of a linear correlation was found between the mortality coefficients and vaccination coverage. Other factors directly associated with morbidity and mortality due to ischemic heart disease may have influenced the trend24829712982COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR - CAPESSem informaçãoO objetivo deste artigo é analisar a tendência dos coeficientes de mortalidade por doenças isquêmicas do coração (DIC) nos idosos no estado de São Paulo, entre 1980 e 2012, identificar mudanças na tendência e verificar a relação entre as coberturas da vacinação contra influenza e os referidos coeficientes de mortalidade. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal, realizado com dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunização. Para análise dos dados, utilizaram-se técnicas de correlação, modelos de regressão linear, polinomial e joinpoint regression. Observou-se tendência de queda dos coeficientes de mortalidade por DIC em ambos os sexos, sobremortalidade masculina e redução mais expressiva dos coeficientes no período após a intervenção vacinal. As mudanças estatisticamente significativas encontradas nas tendências não ocorreram em ano coincidente ou próximo do início das campanhas. Para o total de idosos, não foi constatada correlação linear entre os coeficientes de mortalidade e as coberturas vacinais. Outros fatores associados à morbimortalidade dos idosos por DIC podem ter influenciado na tendênci
    corecore