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    Identidades internacionais e política externa brasileira: analisando discursos de PEB durante os governos lula (2003–2010) no contexto de paz e segurança no oriente médio

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    This article aims to understand the international identities of Brazil constituted and represented through Brazilian foreign policy discourses during the Lula administrations (2003–2010). This is a qualitative-interpretative research, which was based on the application of a discourse analysis based on the theme of peace and security in the Middle East. The chosen method combined the operationalization of linguistic-discursive categories extracted from the script by Dominique Maingueneau (2016) with his Global Semantics. Through the application of the analytical device, a system of meaning operated by the discourses that textually displaced the positions of the State in the discursive space was identified, while relations of differences were represented. This system brought together a set of representational practices, such as the approximation and differentiation of spatialities, the mobilization of affections, the establishment of polemics, the use of proper names, the establishment of intertextual links with temporal scenes, among others. It was concluded that Brazil's international identities, as a peaceful and interlocutor between peoples, led and justified the State in the international system through positions of power.Este artigo tem como objetivo compreender as identidades internacionais do Brasil constituídas e representadas por meio dos discursos de política externa brasileira, durante os governos Lula (2003–2010). Trata-se de uma pesquisa qualitativa-interpretativa, que se pautou na aplicação de uma análise do discurso a partir da temática da paz e segurança no Oriente Médio. O método escolhido combinou na operacionalização de categorias linguístico-discursivas extraídas de Dominique Maingueneau (2016) com sua Semântica Global. Por meio da aplicação do dispositivo analítico, identificou-se um sistema de significação operado pelos discursos que deslocaram textualmente as posições do Estado no espaço discursivo, ao passo que relações de diferenças foram representadas. Reconhece-se um conjunto de práticas representacionais, como a aproximação e diferenciação de espacialidades, a mobilização de afetos, a instauração de polêmica, a utilização de nomes próprios, o estabelecimento de ligações intertextuais com cenas temporais, entre outras. Concluiu-se que, as identidades internacionais do Brasil, de pacífico e de interlocutor entre povos, conduziram e justificaram o Estado no sistema internacional através de posições de poder.&nbsp

    O cotidiano e as narrativas

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    Neste artigo mapeamos as práticas cotidianas realizadas no/pelo Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) que produzem e articulam um conjunto de conhecimentos, narrativas e arquivos contra-hegemônicos. Nosso argumento principal consiste no entendimento de que o IPN empreende uma reparação e reescrita da memória afrodiaspórica, conforme suas práticas se dão em movimentos transversais da existência negra como uma forma de pluralizar abordagens históricas e de promover a descolonização do conhecimento. Para conduzir a análise, consideramos, como estratégia teórico-metodológica, a teoria como um verbo e a análise de linhas transversais com ênfase nas práticas de politização do internacional. Constatamos três grupos de práticas cotidianas mobilizadas pelo IPN, revisão de arquivos, sensibilização e contrageografias, as quais emergem transversalmente em um processo de constante resgate e narração de memórias afrodiaspóricas que desorganizam, descentralizam e complexificam as concepções de realidade, à medida que tornam o Instituto um teórico, ator e agente internacional

    Branquitude, imagens de controle e desidentificação: uma análise de discurso textualmente orientada de raps produzidos por mulheres negras

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    Este artigo procura investigar de que forma mulheres negras no rap brasileiro mobilizam e combatem as imagens de controle produzidas pela branquitude com vistas à reconstrução de práticas sociais. Nos baseamos no entendimento do pensamento feminista negro de que a cultura de forma ampla e a música, especificamente, são espaços nos quais mulheres negras refletem sobre a realidade e combatem representações racistas. Consideramos, também, as formas como as estruturas de raça e de gênero interagem para a produção de experiências das mulheres negras, buscando apoio na literatura sobre interseccionalidade. Além disso, entendemos a branquitude como uma posicionalidade identitária que, no processo de racialização, coloca os seus ideais estéticos-culturais como ponto de referência para a organização social, fornecendo a dimensão discursiva para a opressão racial. Para realizar o estudo, nos valemos do conceito de imagens de controle, proposto por Patricia Hill Collins, como instrumento teórico-metodológico, associada à metodologia de Análise de Discurso Crítica e à interseccionalidade com a finalidade de analisar músicas de Tássia Reis e Preta Rara, artistas que ganharam popularidade no rap contemporâneo. As escolhas metodológicas estão pautadas na percepção de que o discurso é um dos articuladores de estruturas de poder de gênero, raça, classe e outras identidades, sendo, também, um dos campos estratégicos que podem ser disputados na busca por justiça social. Pudemos observar que as rappers brasileiras reconhecem o efeito de dominação das imagens de controle, ao mesmo tempo em que empregam discursos de resistência como forma de se colocar como agentes sócio-políticas na transformação da dinâmica racista

    O cotidiano e as narrativas: uma análise das práticas mobilizadas no/pelo Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos como forma de reescrita das memórias afrodiaspóricas

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    In this article we map everyday practices carried out at/by the New Blacks Institute of Memory and Research (IPN) that produce and articulate a set of counter-hegemonic knowledges, narratives, and archives. Our main argument consists of the understanding that the IPN undertakes a reparation and rewriting of Afrodiasporic memory, given that its practices occur within transversal movements of black existence, pluralizing historical approaches and promoting the decolonization of knowledge. In conducting the analysis, we considered, as a theoretical-methodological strategy, theory as a verb and the analysis of transversal lines with emphasis on practices of international politicization. We found three groups of everyday practices mobilized by IPN -- archival review, awareness and counter-geographies -- which emerge transversally in a process of constant recovery and narration of Afro-diasporic memories that disorganize, decentralize and complexify the conceptions of reality, as they make the Institute a theorist, an actor and an international agent.Neste artigo mapeamos as práticas cotidianas realizadas no/pelo Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) que produzem e articulam um conjunto de conhecimentos, narrativas e arquivos contra-hegemônicos. Nosso argumento principal consiste no entendimento de que o IPN empreende uma reparação e reescrita da memória afrodiaspórica, conforme suas práticas se dão em movimentos transversais da existência negra como uma forma de pluralizar abordagens históricas e de promover a descolonização do conhecimento. Para conduzir a análise, consideramos, como estratégia teórico-metodológica, a teoria como um verbo e a análise de linhas transversais com ênfase nas práticas de politização do internacional. Constatamos três grupos de práticas cotidianas mobilizadas pelo IPN, revisão de arquivos, sensibilização e contrageografias, as quais emergem transversalmente em um processo de constante resgate e narração de memórias afrodiaspóricas que desorganizam, descentralizam e complexificam as concepções de realidade, à medida que tornam o Instituto um teórico, ator e agente internacional
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