15 research outputs found

    Estudo sobre o significado de expressões figuradas

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    Resumo: Pretendo demonstrar uma incompatibilidade entre a concepção wittgensteineana de significado e a evidência de que os filósofos, procurando desfazer confusões conceituais, recorrem freqüentemente a um determinado tipo de inovação semântica atrelada ao uso figurado da linguagem. A hipótese central aqui desenvolvida é de que determinadas proposições em que ocorre uma forma específica de metáfora que podemos chamar de “expressões figuradas”, não podem ser tomadas como proposições gramaticais e nem mesmo podem ter sua significação elucidada pela concepção wittgensteineana de aprendizado da linguagem.Palavras-chave: metáfora; semântica; proposição gramaticalAbstract: My aim here is to demonstrate that there is an incompatibility between Wittgenstein's view of meaning and the evidence that philosophers usually resort to a specific kind of semantic innovation, attached to figurative use of language, in order to solve conceptual confusion. The major claim developed here is that certain propositions, in which occurs a specific form of metaphor that we may name “figurative expressions”, should not be taken as grammatical propositions and, furthermore, can not have their meaning explained by Wittgenstein's conception of language acquisition.Keywords: metaphor; semantics; grammatical propositio

    Descrições do mundo por expressões figuradas

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    Resumo: Neste trabalho, procuro demonstrar que toda a sorte de teorias semânticas que pressupõem uma distinção clara entre sentido literal e sentido figurado podem nos conduzir ao equívoco de analisarmos somente um tipo de sentenças declarativas quando nos empenhamos em estudar o uso de nomes em descrições do mundo. Da maneira como compreendo, Saul Kripke e filósofos do bi-dimensionalismo, como Jackson e Stalnaker, incorrem neste equívoco quando assumem que nomes como “água” ou “Hesperus” devem ser tratados como designadores rígidos, o que implica em afirmar que seus significados são sempre os objetos que a ciência estabelece como seus referentes. Segundo a hipótese que defendo, alguém que se proponha a investigar significados de nomes deve levar em conta que toda a nossa linguagem -- incluindo as descrições de fatos -- está fundada em certas proposições de caráter figurado, as quais se apresentam não como escolhas estilísticas, mas como uma maneira necessária de descrevermos fatos do mundo.Palavras-chave: descrição; sentido figurado; regraAbstract: In this work, my aim is demonstrate that all kind of semantic theory which presupposes a clear distinction between proper meaning and figurative meaning could drive us to the mistake of considering only one kind of declarative sentences in order to study the use of names in world descriptions. In the way I see, Saul Kripke and the philosophers of bi-dimensionalism, like Jackson and Stalnaker, fall down on this mistake when they assume that names like “water” or “Hesperus” must be taken as rigid designators, which means that their meanings are always the objects that the science settled as their references. The hypothesis I propose claims that one who intend to investigate the meaning of names must have in mind that all our language -- including the descriptions of facts -- is grounded in some figurative propositions that do not rise as an stylistic choice, but as a necessary way of describing facts of the world.Keywords: description; figurative meaning; rul

    Um estudo sobre o uso de expressões figuradas no texto filosófico: Heidegger e o conceito metafórico

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    Resumo: O artigo é parte de uma pesquisa sobre o estatuto de sentenças filosóficas nas quais ocorre um uso figurado da linguagem. Parto da análise da sentença heideggeriana “o pensamento é um ouvir e um ver”, apresentada no texto O princípio de razão. Faço essa análise à luz de algumas teorias contemporâneas da metáfora, de modo a desabilitar a associação feita por Heidegger entre metáfora e tradição metafísica.Palavras-chave: gramática; metáfora; pensamentoAbstract: The article is part of a research on the status of philosophical sentences in wich occurs a figurative use of language. My starting point is an analysis of Heidegger´s sentence “thinking is a hearing and a seeing” which is displayd on the text The principle of reason. I base this analysis in some contemporary theories of metaphor, in order to disable the association made by Heidegger between metaphor and metaphysical tradition.Keywords: grammar; metaphor; though

    PARA ALÉM DA TERAPIA GRAMATICAL: O PAPEL DA ANALOGIA NA AGENDA POSITIVA DE WITTGENSTEIN

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    resumo: Este artigo tem como objetivo examinar o papel da analogia (e dos métodos de comparação) no que entendemos ser uma tarefa propriamente positiva da filosofia desenvolvida por Wittgenstein em sua maturidade. Com o intuito de delinear o que chamamos de “tarefa positiva”, consideraremos algumas alternativas naturalistas à chamada leitura terapêutica – a qual reduz a prática filosófica a um trabalho um tanto negativo de dissolução de abusos e mal-entendidos oriundos de teorizações desorientadas. Nesse momento, procuraremos expor algumas fragilidades das leituras enativistas de Wittgenstein (tanto aquela proposta por Dan Hutto, quanto a proposta por Danièle Moyal-Sharrock), e, ainda, as dificuldades encontradas por outras leituras naturalistas, como aquela estabelecida por Newton Garver. Por fim, buscaremos apresentar, em contraste com essas leituras, uma abordagem da tarefa positiva na filosofia que dê conta de explicar as condições sob as quais conceitos podem ser cunhados tendo em vista a investigação gramatical. A abordagem que propomos tem, na relação entre o uso de analogias para fins filosóficos e as observações sobre a gramática do “ver como”, o seu eixo central.   PALAVRAS-CHAVE: Wittgenstein. Analogia. Terapia Gramatical. ABSTRACT: This paper aims to examine the role of analogy (and methods of comparison) in what we understand to be a proper positive task of the philosophy developed by Wittgenstein in his maturity. In order to outline what we call the “positive task”, we will take into consideration some naturalistic alternatives to the so-called therapeutic reading – which reduces philosophical practice to a somewhat negative work of dissolving abuses and misunderstandings arising from misguided theorizations. At this point, we will try to expose some weaknesses of the enactivist readings of Wittgenstein (both the one proposed by Dan Hutto and the one proposed by Danièle Moyal-Sharrock), and also the difficulties encountered by other naturalist readings, such as the one established by Newton Garver. Finally, we will try to present, in contrast to these readings, an approach to the positive task in philosophy that accounts for explaining the conditions under which concepts can be coined having at its sight the grammatical investigation. The approach we propose has, in the relationship between the use of analogies for philosophical purposes and observations on the grammar of “seeing as”, its central axis. KEYWORDS: Wittgenstein. Analogy. Grammatical Therapy

    DA METÁFORA EM SUA FACE RETÓRICA

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    In this work, I aim to show that previous clarification of the role of metaphor in bargaining of meaning is a core element in the make up of philosophy of rhetoric. To acheive this, I refer to the trail-blazing examination performed by I.A.Richards on the theme of metaphor in the work titled The Philosophy of Rhetoric, and I build upon this examination  by applying a Wittgensteinian view of language learning.No presente trabalho, procuro mostrar que um esclarecimento prévio acerca do papel da metáfora nas barganhas de significado é elemento imprescindível para a constituição de uma Filosofia da Retórica. Para tanto, recorro ao tratamento precursor conferido por I.A. Richards ao tema da metáfora na obra intitulada The Philosophy of Rhetoric e proponho complementações ao mesmo a partir de uma concepção de aprendizado da linguagem de orientação wittgensteiniana

    “Nem toda aleluia é uma aleluia”: acerca da categorização metafórica na narrativa ficcional

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    Neste trabalho, faço uma introdução à abordagem da metáfora feita pelo Modelo da Inclusão em Classe, o qual vem sendo elaborado por Sam Glucksberg e Boas Keysar desde a década de 1990. Procuro mostrar sua superioridade com relação à visão comparacionista e proponho também alguns complementos ao modelo com vistas a torná-lo mais compatível com certos tipos de metáfora com os quais nos deparamos em narrativas ficcionais

    Wittgenstein on Metaphor

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    In this work, I examine Wittgenstein’s possible contributions to an elucidation of the grammatical status of certain metaphors – often found in theoretical and speculative texts – which resist an approach based on the assumption of a clear split between the fields of pragmatics and semantics. I take as examples of works that depart from this assumption Elizabeth Camp’s Contextualism, Metaphor and What is said (which explores the lines suggested by Paul Grice), and John Searle’s Expression and Meaning. Both rely on a distinction between speaker’s meaning (utterance meaning) and sentence meaning to explain the nature of metaphor. They assume that the very metaphorical operation involves meaning something instead of saying something. But it is anything but obvious that, when we consider, e.g., the following metaphor of Philosophical Investigations: “A picture held us prisoners” (§115), we can assume that we are facing a non-descriptive use of language. I argue that Wittgenstein himself can provide us with tools to examine a possible descriptive function of this kind of sentence when he develops his grammatical research methods which: a) are not focused on the linguistic dimension of a sentence but on the linguistic dimension of discourse; b) bring up the issue of language learning; c) lead us to ask if certain metaphors could not work as modifiers of convictions, i.e., if they could not act directly on what Wittgenstein once called Weltbild

    Da metáfora em sua face retórica

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    No presente trabalho, procuro mostrar que um esclarecimento prévio acerca do papel da metáfora nas barganhas de significado é elemento imprescindível para a constituição de uma Filosofia da Retórica. Para tanto, recorro ao tratamento precursor conferido por I.A. Richards ao tema da metáfora na obra intitulada The Philosophy of Rhetoric e proponho complementações ao mesmo a partir de uma concepção de aprendizado da linguagem de orientação wittgensteiniana
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