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    AS TRÊS CULTURAS NA UNIVERSIDADE NOVA

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    Neste ensaio, inicialmente abordamos a formação histórica do conjunto de saberes estruturantes do pensamento ocidental. Segundo, avaliamos a questão das duas culturas, nos termos da famosa conferência de C.P. Snow de 1959, indicando a importância de agregar o conceito da Terceira Cultura. A partir da revisão crítica de várias possibilidades de construir a terceira cultura, propomos a diferenciação das Artes em relação às Humanidades, dada a redefinição do conceito de humano na estrutura ideológica da contemporaneidade. Concluímos que se justifica plenamente uma profunda reestruturação da arquitetura curricular da educação superior com base no marco conceitual das três culturas, que melhor traduz a cosmologia complexa das sociedades contemporâneas, e que permitirá a reinvenção da universidade brasileira. Palavras-chave: Cultura científica; Cultura artística; Humanidades; Universidade Nova

    Transdisciplinaridade e o paradigma pós-disciplinar na saúde

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    The present paper is aimed at updating an ongoing conceptual research on transdisciplinarity and complexity. With this aim, firstly, the notion of 'discipline' is discussed in the cartesian epistemological frame of reference, foundation of dominant paradigms in modern science. Second, principles and constitutive elements of what has been named "complexity paradigm", supposedly a transforming landmark for contemporary science, are briefly introduced. Third, an evolutive synthesis of methodological projects of organization of techno-scientific practice that have been designated as interdisciplinarity and transdisciplinarity is presented. In paralel, it is discussed, more systematically, the development and use of such concepts, in order to evaluate what has been proposed as their integrative perspective into the realm of scientific practice. Finally, some sketched epistemological and theoretical questions are discussed, updating a debate with interlocutors and critiques in health and correlate scientific fields.O objetivo do presente ensaio é atualizar uma reflexão em curso sobre os conceitos de transdisciplinaridade e complexidade. Com este objetivo, primeiro, discute-se a noção de 'disciplina' no referencial epistemológico do cartesianismo, que aparece como fundamento dos paradigmas dominantes na ciência da modernidade. Em segundo lugar, introduz-se brevemente princípios e elementos constitutivos do que tem sido denominado de "paradigma da complexidade", proposto como marco transformador da ciência contemporânea. Terceiro, apresenta-se uma síntese evolutiva dos projetos metodológicos de organização da prática científica e tecnológica que têm sido denominados de interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. Em paralelo, discute-se de modo mais sistemático o desenvolvimento e uso de tais conceitos, a fim de avaliar o que tem sido proposto como perspectiva de integração deles no âmbito da prática científica. Finalmente, algumas das questões epistemológicas e teóricas esboçadas são discutidas, atualizando um debate com interlocutores e críticos no campo da Saúde e em campos científicos correlatos

    Metapresencialidade, Saúde Digital e Saúde Coletiva

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    Neste ensaio, apresento reflexões preliminares sobre tecnologias digitais como novas formas de promoção da saúde no mundo contemporâneo. Primeiro, introduzo os conceitos de tecnologia, realidade, presença, realidade virtual e realidade estendida, por meio do realismo crítico. Segundo, discuto o conceito emergente de metapresencialidade como fundamental para apropriação sociotécnica de tecnologias digitais nos campos da Educação e da Saúde. Terceiro, analiso criticamente a noção de Educação a Distância, em contraste com a ideia de espaços metapresenciais de aprendizagem, no contexto de um modelo inovador de Educação Superior. Em quarto lugar, discuto brevemente a Saúde Digital como conjunto de saberes, técnicas e práticas capaz de superar o dualismo “tecnologias duras” vs “tecnologias leves” na saúde. Finalmente, avalio questões epistemológicas próprias do campo da Saúde Coletiva, com vistas a redefinir a telessaúde como cuidado em saúde mediado por metapresencialidade

    Education and Collective Health in times of intolerance and institutional crisis

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    Naomar de Almeida Filho, em entrevista à Reciis, avalia o percurso da saúde coletiva no Brasil, experiências de gestão em saúde e educação posteriores à Constituição Federal e, em particular, a de gestão de universidades públicas, em um contexto de crise institucional e de intolerância. Aborda também o papel do Estado no enfrentamento das desigualdades sociais, especialmente no acesso à saúde e à educação, temas também abordados em sua aula inaugural no Icict. Naomar de Almeida Filho é professor titular aposentado do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e ex-reitor da UFBA e da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)

    Ansiedade antraz

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    POR QUE A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESQUECEU GEORGES CABANIS? DIÁLOGO ENTRE GILLES BIBEAU E NAOMAR DE ALMEIDA-FILHO

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    Entrevista do Professor Naomar de Almeida Filho ao Professor Gilles Bibeau, Professor emérito da Université de Montréal, especialista em antropologia médica, situando o seu trabalho na junção de uma abordagem crítica à saúde pública clássica, uma releitura antropológica dos determinantes sociais da saúde e uma abertura aos direitos culturais e ecológicos e à justiça social.   &nbsp

    Collective health: a "new public health" or field open to new paradigms?

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    The present essay is an exploratory study of the historical and institutional background of the so-called "crisis in public health", aimed at identifying the new trends and perspectives for the paradigmatic transformation of the health field in the context of the current international panorama of economic and cultural globalization. First, the rhetoric of health is analysed in historical perspective, briefly considering the main elements of the discourse of the ideological movements that historically built the social field of health. Medical Police, Social Medicine and Public Health are included as representative of such movements in 19th century Western Europe. After the Flexnerian turn, these movements were followed by Preventive Medicine, Community Health, Primary Health Care and Health Promotion, which dominated the scene particularly in the second half of the 20th century. The authors also summarise recent concerted PAHO efforts to debate the theory and practice of Public Health in the Americas, vis à vis the emerging demands of the economic, political and social context of Latin American countries. In this regard, the need for a common political agenda is emphasized , with the convergence of three topics - sectorial reform, "Renovation of Health for All" and the "new public health", covering the conceptual, methodological and operative domains. Secondly, a brief systematic account of the conceptual landmarks of the Collective Health movement, as carried through in the two last decades in Latin America, is presented, focusing more particularly on its potential for building up both a domain of transdisciplinary knowledge and a universe of practices. As a field of knowledge, it contributes to the study of health-disease phenomena in populations as a social process, investigating the production and distribution of disease in society as an aspect of social reproduction, and analysing health practices as a labor process integrated into the other social practices. As a universe of practices, Collective Health focuses on its models or action guidelines four objects of intervention: policies (forms of power distribution); practices (behavior modification; culture; institutions; knowledge production; institutional, professional and relational practices); technologies (organization and regulation of productive resources and processes; bodies/environments), and instruments (means of production of interventions). Finally, it is concluded that, although not being in itself a paradigm, Collective Health, as a movement committed to the social transformation of health, presents some possibilities of articulation with new scientific paradigms capable of approaching the health-disease-care object with due regard to its historicity and complexity.Trata-se de ensaio que apresenta um estudo exploratório da retórica paradigmática da saúde com o objetivo de analisar os principais elementos de discurso dos movimentos ideológicos que historicamente construíram o campo social da saúde, particularmente na segunda metade do século XX. São destacados os esforços empreendidos pela Organização Panamericana da Saúde para debater a teoria e a prática da saúde pública na região das Américas cotejando-os com as demandas emergentes no contexto econômico, político e social dos países latino-americanos. Neste particular, destaca-se a necessidade de construir uma agenda política comum, a partir da confluência de três temáticas - reforma setorial, "Renovação da Saúde para Todos" (RSPT) e "nova saúde pública", contemplando os planos doutrinário, conceitual, metodológico e operativo. Apresenta-se uma breve sistematização do marco conceitual da saúde coletiva, em elaboração na América Latina, situando mais particularmente as suas potencialidades de construção de um conhecimento transdisciplinar. Conclui-se que, apesar de em si não constituir um paradigma, a saúde coletiva, enquanto movimento ideológico comprometido com a transformação social, apresenta possibilidades de articulação com novos paradigmas científicos capazes de abordar o objeto saúde-doença-cuidado respeitando sua historicidade e integralidade
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