7 research outputs found

    The labor under crossfire: Ricardo Antunes and the biggest imperative of our time!

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    Resenha do livro: Coronavírus: trabalho sob fogo cruzado.Agora, apresenta-a na sua relação com os efeitos deletérios da disseminação do coronavírus. A edição do livro Coronavirus: trabalho sob fogo cruzado (Boitempo, 2020) lança um olhar lúcido e realista sobre a tragédia dos e das trabalhadoras antes, durante e depois da pandemia da Covid-19

    Regulação ambiental e consumo sustentável: uma discussão a partir da percepção dos consumidores de Londrina-PR

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    A utilização indiscriminada dos recursos naturais ao longo dos anos gerou um agravamento dos problemas ambientais. Em resposta a isso, diversas iniciativas de regulação ambiental têm surgido, entre elas, a pressão dos consumidores sobre as empresas. Neste estudo, baseado em um levantamento com amostra probabilística, procurou-se analisar em que medida o consumo sustentável pode ser entendido como um mecanismo relevante de regulação ambiental na percepção dos consumidores de Londrina - PR. Os resultados mostram que os londrinenses ainda dão pouca importância a esta questão na hora da compra. A pesquisa revela um papel mais ativo assumido pelo consumidor, que atribui tanto a culpa quanto a responsabilidade para a resolução dos problemas ambientais a si mesmo, como a baixa confiança dos mesmos no marketing ambiental das empresas. Os dados reforçam a tendência já largamente presente na literatura sobre a fragilidade dos mecanismos institucionais da atual configuração da regulação ambiental e a baixa credibilidade em seus atores centrais, os agentes do mercado e do Estado. O consumo sustentável vem crescendo em importância como mecanismo de regulação ambiental, mas encontra sérias restrições impostas pelo próprio contexto institucional que, em grande medida, impulsionou a sua expansão. A "irreponsabilidade organizada" do atual arranjo institucional de regulação ambiental é um dos principais entraves para enfrentar os riscos ambientais da sociedade contemporânea.The indiscriminate use of natural resources along the years has caused the deterioration of environmental problems. In order to solve this problem, several initiatives of environmental regulation have arisen, and among them, the consumers’ pressure on the companies. Thus, a new form of consumption related to reduction of damages to the environment as well as human health, has come into being. In this study, based on a survey with a probabilistic sample, it was intended to analyze to what extent the sustainable consumption can be understood as a relevant mechanism of environmental regulation in the perception of consumers from Londrina city (Brazil, state of Parana). Results suggest that people from Londrina have not yet given importance to the this issue when they are purchasing something. Research shows a more active role assumed by the consumer, who attributes not only guilty and responsibility to the resolution of environmental problems to himself/herself, but also their low trust in the environmental marketing of the companies. Data reinforce the trend that is present in literature about the fragility of institutional mechanisms of the current configuration of environmental regulation and the low credibility in its central actors, the market’s and the State’s agents. The sustainable consumption has increased in importance as a mechanism of environmental regulation, but it faces serious constraints imposed by the institutional context itself that, in great measure, has driven its expansion. The “organized irresponsibility” of the current institutional arrangement of environmental regulation is one of the main hindrances to face environmental risks of contemporary society

    Fracking and the “seven cheap things” in developing countries: an analysis from the case of Paraná-Brazil

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    In the capitalist mode of production, alternatives that make it possible to reduce costs and maintain production processes in times of crisis are essential. In this sense, there is an increasing search for cheap energy sources, such as the controversial leaf gas extracted by hydraulic fracturing (fracking). In Brazil, the possibility of implementing fracking occurred in 2013 with the 12th Bidding Round, which provided 240 exploration blocks available, of which 11 were located in the state of Paraná. In this state, the method has suffered one of the strongest resistance in the country, due to its high potential for environmental, social and economic impacts. In July 2019 the activity was definitively banned in Paraná. In this article, from the perspective of Cheap Nature by Patel and Moore (2018), we discuss general aspects of the conditions that involve the acceptance or not of fracking as a cheap energy option in developing countries, in the view of the global capitalist expansion that this technology materializes. We emphasize in the case of Paraná, based on exploratory and documentary research, the different positions and dynamics of public actors and civil society that (re) configured the relations of forces that culminated in the success of resistance to fracking. Capitalism seeks new frontiers for the exploration of nature and labor, conditions that present themselves in abundance in Brazil, making it a potential target of its need for expansion. However, the ban on fracking in Paraná, although subject to reversal in the future, shows that capitalist expansion through new technologies and cheap energy can find significant resistance in specific contexts. This, above all, when confronting and threatening, economically and environmentally, coalitions strongly rooted in the State and in regional civil society, therefore, representatives of traditional capitalist economic structures, such as, in  in the state, of agribusiness.No modo de produção capitalista, alternativas que possibilitem o barateamento de custos e manutenção dos processos de produção em momentos de crise são fundamentais. Nesse sentido, é crescente a busca por fontes de energia barata, a exemplo do controverso gás de folhelho extraído por fraturamento hidráulico (fracking). No Brasil, a possibilidade de se implantar o fracking se deu em 2013 com a 12ª Rodada de Licitações, que disponibilizou 240 blocos de exploração, dos quais 11 estavam localizados no estado do Paraná. Nesse estado, o método sofreu uma das mais fortes resistências do País, devido ao seu alto potencial de impactos ambientais, sociais e econômicos. Em julho de 2019 a atividade foi proibida definitivamente no Paraná. Neste artigo, partindo da perspectiva da Natureza Barata de Patel e Moore (2018), discutimos aspectos gerais das condições que envolvem a aceitação ou não do fracking como opção de energia barata em países em desenvolvimento, diante da expansão capitalista global que essa tecnologia materializa. Ressaltamos, no caso do Paraná, baseados em uma pesquisa exploratória e documental, as diferentes posições e dinâmicas dos atores públicos e da sociedade civil que (re)configuraram as relações de forças que culminaram no sucesso da resistência ao fracking. O capitalismo busca novas fronteiras para exploração da natureza e de mão de obra, condições que se apresentam em abundância no Brasil, tornando-o alvo em potencial de sua necessidade de expansão. Contudo, a proibição ao fracking no Paraná, ainda que sujeita a reversão no futuro, mostra que a expansão capitalista por meio de novas tecnologias e da energia barata pode encontrar, em contextos específicos, expressiva resistência. Essa, sobretudo, quando confronta e ameaça, econômica e ambientalmente, coalizões fortemente enraizadas no Estado e na sociedade civil regional, portanto, representantes de estruturas econômicas capitalistas tradicionais, como é o caso, no estado, do agronegócio

    VIDAS PRETAS IMPORTAM... COVID-19, PRECONCEITO, TRABALHO E CAPITALOCENO

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    Vidas pretas importam, esse é o grito que ecoa nas ruas das cidades no mundo todo! O fato do ex-segurança negro George Floyd ter sido assassinado por policiais brancos nesse momento de pandemia, mostra muito mais sobre o sistema em que vivemos do que podemos imaginar. A partir deste fato, o presente artigo busca articular os impactos da pandemia de covid-19 no trabalho e o pensamento de ecologia-mundo capitalista de Jason W. Moore, para apontar uma nova época geológica, o capitaloceno. Assim, partindo da discussão do trabalho e dos 4 baratos necessários para o avanço do capital, apontamos a crise sistêmica do capitalismo e as possíveis consequências dessa crise.Palavras-chave: Covid-19, Capitaloceno, Trabalho-barato, Ecologia-mundo capitalista

    Impactos da construção da hidrelétrica de Belo Monte na teia da vida: uma análise sob a perspectiva da ecologia-mundo

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    This article aims to analyze the construction of the Belo Monte hydroelectric power plant, located in Altamira – PA, Amazon region in Brazil, from the perspective of world-ecology. For the development of this study, the relationship of the State with regard to functional configurations and criticisms in the context of environmental policy decisions is presented, especially regarding to major infrastructure works as in the case of the Belo Monte plant, as well as its environmental, social and economic impacts. It deals with the theme of nature in organizations, referring to sustainability, anthropocene and capitalocene, with the intention of introducing the concept of world-ecology and the strategies of cheapness of nature and life. The methodological procedures were supported by documentary research, through a qualitative descriptive approach.O presente artigo tem por objetivo analisar a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, localizada em Altamira – PA, região Amazônica no Brasil, pela perspectiva da ecologia-mundo. Para o desenvolvimento desde estudo, apresenta-se a relação do Estado no que se refere às configurações funcionais e às críticas no âmbito das decisões de políticas ambientais, em especial no tocante às grandes obras de infraestrutura, como no caso da usina de Belo Monte, bem como seus impactos ambientais, sociais e econômicos. Trata-se da temática da natureza nas organizações referindo-se à sustentabilidade, antropoceno, capitaloceno, ecologia-mundo e as estratégicas de embaratecimento da natureza, da energia e da vida. Os procedimentos metodológicos apoiaram-se em pesquisa documental, através de abordagem qualitativa descritiva. Os resultados da análise apresentaram que as condicionantes impostas pelo Estado apenas promoveram a mitigação das consequências irreversíveis que a grande obra ocasionou, modificando para sempre a forma de vida destas comunidades

    UMA LEITURA DO CONCEITO DE CAPITALISMO NA LONGA DURAÇÃO: AS CONTRIBUIÇÕES DE FERNAND BRAUDEL, IMMANUEL WALLERSTEIN E GIOVANNI ARRIGHI

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    O objetivo do artigo é fazer uma leitura, a partir de um breve diálogo com os autores, Fernand Braudel, Immanuel Wallerstein e Giovanni Arrighi, sobre o conceito de capitalismo na longa duração. O estudo consiste em demonstrar as contribuições conceitual e metodológica destes autores, para se pensar e compreender a constituição do capitalismo em suas análises de sistema-mundo, que se fundamentam empiricamente. O objetivo consiste em compreender as características e a dinâmica do capitalismo nos dias atuais, a partir da perspectiva do conceito de capitalismo histórico. Para tanto, iremos percorrer uma análise sobre a concepção da dinâmica do capitalismo em Fernand Braudel, seguido pela compreensão do conceito de capitalismo histórico, de acordo com Immanuel Wallerstein, e, por fim, analisar a perspectiva dos ciclos sistêmicos de acumulação, de acordo com Giovanni Arrighi
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