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    CORRIDA DO OURO, GARIMPO E FRONTEIRA MINERAL NA AMAZÔNIA

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    Resumo:  O presente artigo é uma reflexão teórica e geral que busca aplicar as noções de corrida e fronteira para entender o fenômeno da mineração de ouro na Amazônia, em especial a garimpeira. Ao longo do trabalho, abordamos processos atuais e passado relacionados a atividade mineral aurífera na região, desde a segunda metade do século XX: a emergência de garimpos, a chegadas das mineradoras e as transformações socioespaciais decorrentes. Neste artigo, defendemos que a corrida do ouro foi um processo que ocorreu na Amazônia brasileira no final do século XX e que na atualidade os processos migratórios decorrentes de novas descobertas se limitam a surtos pontuais, de curta duração ou de baixo contingente populacional. Além disso, concluímos que a expansão da fronteira mineral foi um importante processo na organização e ocupação do espaço amazônico e que ela se encontra ativa hoje, em diferentes estágios em distintas zonas da região Amazônica, variando do garimpo ilegal, desregulado à atuação das grandes mineradoras transnacionais. Assim como, não se restringe aos limites do território nacional, sendo um fenômeno Pan-amazônico.    Palavras-Chave: Mineração de ouro. Amazônia. Corrida. Fronteira. Garimpo.   Abstract: This article is a theoretical reflection that seeks to use the notions of rush and frontier to understand the phenomenon of gold mining extraction in the Amazon, especially the small-scale mining. We approached current and past processes related to gold mining activity in the region, since the second half of the 20th century: the emergence of artisanal miners, the arrivals of mining companies and the socio-spatial transformations.  In this article, we defend the hypothesis that the gold rush was a process that occurred in the Brazilian Amazon at the end of the 20th century and that the current migratory processes resulting from new discoveries are limited to specific outbreaks, of short duration or low population contingent. In addition, we conclude that the expansion of the mineral frontier was an important process in the organization and occupation of Amazonian space and that it is still active, in different stages and areas of the Amazon region, from illegal small-scale mining to the large transnational mining companies. As well, it is no longer restricted to the boundaries of the national territory, being a Pan-amazon phenomenon. Keywords: Gold Mining. Amazon. Rush. Frontier. Small-Scale Mining

    O avanço da Covid-19 sobre os povos indígenas amazônicos: A extração mineral como vetor da doença e a luta em defesa dos territórios

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    O presente artigo tem o objetivo de analisar se as minerações e os garimpos no entorno e dentro de Terras Indígenas atuaram como importantes vetores de propagação da Covid-19 na Amazônia. E ainda, identificar as estratégias de luta de diferentes povos indígenas e de organizações indígenas nacionais em defesa dos territórios e por medidas efetivas do governo federal para salvaguardar os povos frente à pandemia.  A partir de avaliações qualitativas e quantitativas de dados do SESI, RAISG e da APIB, rela­tórios de pesquisa, mas também em reportagens publicadas durante 2020, constatamos que o garimpo se portou um dos principais meios de penetração e alastramento do vírus em Terras Indígenas. Deter­minadas regiões de saúde indígena registraram entre 20% e 25% da população contaminada, em feverei­ro de 2021. Quatro a cinco vezes mais que a média nacional. Além disso, as atividades minerais já vinham tornando mais vulneráveis as populações indígenas ao provocarem novas doenças, que funcionam co­mo comorbidades frente à Covid-19. Por fim, o temor de propagação da doença e o grande avanço das atividades ilegais em TIs fizeram os povos indígenas realizarem ações de autodefesa, expulsões de inva­sores, campanhas de mobilização e medidas jurídicas para proteger os territórios e pressionar o Estado por políticas públicas

    Extrativismo do ouro no século XXI. Exemplos no Sudoeste da Amazônia Brasileira

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    In this article we discuss the trend of extinction of the traditional small scale gold mining (informal or illegal) in the Brazilian Amazon. In the case of southwestern Amazon, public policies adopted, which include stimulating cooperativism, did not contribute to the solution the problem of small scale mining informality and illegality. © 2016 Universidade Federal do Rio de Janeiro. All rights reserved

    Pedras de sangue e choro maculam a vertente: algumas percepções de campo no contexto do desastre da mineração sobre o rio Doce

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    Resumo: O presente artigo tem por finalidade debater aspectos teórico-metodológicos da técnica de trabalho de campo no âmbito da geografia humana, com enfoque nos contextos espaciais, sociais e ambientais de desastres. A tragédia do rompimento da barragem de rejeito da Samarco/Vale/BHP Billinton sobre o rio Doce será utilizada como caso emblemático para problematizar a técnica de investigação de campo em uma conjuntura social e política de um desastre tecnológico. Desde novembro de 2015, membros do grupo de pesquisa PoEMAS realizaram expedições no Alto Rio Doce, em diferentes momentos, situações e localidades, quando registraram percepções e imagens sobre os efeitos sociais e ambientais da tragédia sobre as populações do campo e da cidade, e se defrontaram com a complexa relação socioespacial de poder entre atingidos, empresa e Estado. Palavras-chave: Mineração. Desastre Samarco/Vale/BHP Billinton. Bacia do rio Doce. Trabalho de campo.  Blood stones and cries stain the slope:fieldwork perceptions in the context of the Rio Doce mining disaster Abstract: This article aims at debating theoretical and methodological aspects of field research within the context of human geography, focusing on spatial, social and environmental aspects of disasters. The failure of the Samarco/Vale/BHP Billinton tailing dam over the Rio Doce catchment is used as a case study to make explicit some problems associated with field research in social and political context of a technological disaster. Since November 2015, member of PoEMAS research group have made various visits to the Rio Doce area, calling on diverse places and registering different situations related to the social and environmental impacts over people in urban and rural areas. During these visits, they have faced the complex power relations involving impacted people, the company and the State. Key-words: Mining. Samarco/Vale/BHP Billiton disaster. Rio Doce catchment. Fieldwork. &nbsp

    Minas esgotada : antecedentes e impactos do desastre da Vale na Bacia do Paraopeba

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    -A obra oferece um panorama das questões sociais e ambientais ligadas à mineração em Minas Gerais, trazendo os sujeitos e a paisagem como protagonistas da narrativa. Ela reúne autores que assumem a responsabilidade social do fazer científico, analisando a assimetria de poder, o jogo político, os antecedentes e consequências ambientais do rompimento da barragem da Vale S.A no Complexo Paraopeba II, em 2019. Os textos transitam entre esforços teórico-reflexivos e aproximações empíricas; nascem do histórico de engajamento dos pesquisadores com a problemática da mineração e questões socioambientais, adornado por sucessivos trabalhos de campo e contatos com a população atingida

    EDITORIAL

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    O que está por trás da Responsabilidade Social Corporativa do setor extrativo? ACSELRAD, H. (org.). Políticas territoriais, empresas e comunidades: o neoextrativismo e a gestão empresarial do “social”. Rio de Janeiro: Garamond, 2018

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    Resenha do livro Políticas territoriais, empresas e comunidades: o neoextrativismo e a gestão empresarial do “social” organizado por Henri Acselrad.&nbsp

    Movimentos sociais em área de mineração na Amazônia Brasileira

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    Os movimentos sociais contra a mineração vêm surgindo sistematicamente em vários países nas últimas décadas. Na Amazônia, apesar dos impactos da mineração, a emergência de movimentos críticos às mineradoras ou de “atingidos por mineração” só surgiu no início do século xxi. Frente a esta conjuntura contraditória julgou-se pertinente averiguar a natureza dos movimentos sociais em três casos na região do Baixo Amazonas, estado do Pará, Brasil, entre os anos 1970 e o princípio do século xxi. A partir da análise de entrevistas e documentos dos atores envolvidos nos conflitos, constatou-se a emergência ou o fortalecimento de movimentos sociais nas áreas sob influência das mineradoras. Contudo, os movimentos não tinham um caráter antimineração, ou questionador do uso dos recursos minerais e das práticas socioespaciais das empresas. O foco estava na luta por direitos sociais e territoriais específicos; Porém, podemos vê-los como um embrião de uma consciência crítica à mineração na Amazônia

    Editorial

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