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Hábitos em odontopediatria : o uso de chupeta
Introdução: Durante a infância, as crianças podem adotar hábitos não nutritivos que, a longo prazo, poderão resultar no desenvolvimento de maloclusões, como a mordida aberta e a mordida cruzada.
Objetivos: Avaliar a existência atual ou anterior de hábitos de sucção não nutritivos em crianças dos 0-6 anos, duração e intensidade dos mesmos; identificar fatores que predispõem o uso da chupeta; perceber se as habilitações literárias e o local de residência dos inquiridos estão relacionados com as atitudes e preconceitos que têm face ao uso da chupeta; verificar qual o tipo de má-oclusão com maior incidência no grupo de estudo.
Material e métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico observacional, descritivo e transversal, tendo-se recorrido a uma amostra de conveniência, na qual foi obtido o maior número possível de crianças dos 0 aos 6 anos de idade, que frequentassem a consulta de saúde infantil da USF Rio Dão, Santa Comba Dão – Viseu, entre Outubro de 2016 e Fevereiro de 2017. Os dados foram recolhidos através da aplicação de um questionário ao responsável por cada criança e do registo fotográfico intra-oral e da chupeta, caso a criança fosse portadora de chupeta e/ou apresentasse algum tipo de alteração vertical/transversal.
Resultados/Conclusões: A amostra foi constituída por 111 crianças, das quais 77,5% usa/usou chupeta, sendo que mais de metade manteve o hábito mais de 2 anos. O uso da chupeta ocorre, maioritariamente, em situações de stress/choro e para induzir o sono. Apenas 17,0% das crianças efetuavam sucção digital, 14,4% succionavam a língua e 13,5% efetuavam sucção labial. Adultos que residem numa aldeia/vila e/ou têm menos habilitações literárias tendem a possuir preconceitos incorretos e a tomar atitudes desadequadas no que diz respeito aos fatores inerentes ao uso da chupeta. O ambiente em que a criança está inserida e o tempo que foi amamentada demonstraram-se significativamente relacionados com o facto da criança usar chupeta. A mordida aberta anterior foi a maloclusão com maior incidência no grupo de estudo.Introduction: During childhood, children can adopt non-nutritive habits that, in the long run, may result in the development of malocclusions, such as open bite and crossbite. Aim: Evaluate the current or previous existence of non-nutritive sucking habits in children 0-6 years, duration and intensity of the same; Identify predisposal factors for pacifier use; examine if respondents’ qualifications and place of residence are related to the attitudes and prejudgment that they have to the use of the pacifier; verify the type of malocclusion with higher incidence in the study group;
Material and methods: An epidemiologic observational, descriptive and cross-sectional study was carried out, and a convenience sample was drawn, in which the largest possible number of children from up to 6 years old were obtained, attending the USF Rio Dão, Santa Comba Dão - Viseu, between Oct’ 016 and Feb’ 017. Data were collected by applying a survey to the each child’s responsible and an intra-oral and pacifier photographic record was made, if a child was carrying the pacifier and/or presented some type of vertical / transverse alteration. Results / Conclusions: The sample consisted of 111 children, of whom 77.5% use/used a pacifier, more than half of which kept the habit for more than 2 years. The pacifier’s use occurs mainly in situations of stress / crying and to induce sleep. Only 17.0% of the children had finger sucking, 14.4% suctioned in the tongue, 13.5% sucked lip. Adults who reside in a village and / or have less literacy tend to have incorrect prejudgments and to take inappropriate actions regarding the factors inherent of pacifier use. The environment in which the child is inserted and the time that was breastfed have been shown to be significantly related to the fact that the child uses pacifiers. The anterior open bite was the malocclusion with higher incidence in the study group
Morbihan Syndrome: an atypical report of a rare condition
Morbihan syndrome is a rare condition and its pathogenesis is not fully known. This entityh is characterized by facial edema and facial erythema, with a slow, symmetrical appearance, affecting the upper portion of the face. This case report is about a patient with an atypical case of Morbihan syndrome, with asymmetric facial involvement. Clinical and histopathological aspects were highlighted aiming the diagnosis of this rare pathology, as well as possible differential diagnoses and treatment options. It has also been aimed to call attention to less typical forms of this disease.A síndrome de Morbihan é uma doença rara, de fisiopatologia pouco conhecida, tipicamente caracterizada por edema e eritema facial, de aparecimento lento, simétrico, afetando terço superior da face. Este relato de caso se trata de um paciente com caso atípico de Síndrome de Morbihan, com acometimento assimétrico de face. Foram ressaltados aspectos clínicos e histopatológicos para diagnóstico dessa rara patologia, possíveis diagnósticos diferenciais e opções de tratamento. Também foi buscado difundir formas menos típicas desta doença
Antimicrobial and antileishmanial activity of essential oil from the leaves of Annona foetida (Annonaceae)
bicyclogermacrene (35.12%), (E)-caryophyllene (14.19%) and α-copaene (8.19%). The antimicrobial and antileishmanial activities were investigated. The oil showed potent antimicrobial activity against Candida albicans and Rhodococcus equi. The oil also showed significant antileishmanial activity, giving the best results against Leishmania guyanensis. A preliminary cytotoxicity assay for this oil was carried out on hamster and mice (Balb/c) peritoneal macrophages. The results obtained were similar to pentamidine and considered not to be cytotoxic to macrophages.7881Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES
#151 Poderá o ambiente familiar e escolar predizer os hábitos de uma criança?
Objetivos: Perceber qual a relação entre o ambiente em que a criança está habitualmente inserida durante o dia e os seus hábitos alimentares, bem como com os seus hábitos de sucção nutritivos e não nutritivos. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo e transversal, com recurso a uma amostra de conveniência, tendo- se obtido o maior número possível de crianças dos 0 aos 6 anos, que frequentavam a consulta de saúde infantil da USF Rio Dão, Santa Comba Dão – Viseu, entre Outubro de 2016 e Fevereiro de 2017. Foi aplicado um questionário ao responsável de cada criança, o qual incluía dados do inquirido e da criança. Foi entregue a cada tutor uma declaração de consentimento informado. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da instituição proponente e pela instituição pública onde os dados foram recolhidos. Para o processamento e análise dos dados, recorreu- se ao programa Statistical Package for the Social Sciences®. De forma a ser possível verificar a existência de relações significativas entre duas variáveis qualitativas, foi aplicado o teste Qui Quadrado ou a correção de continuidade. Em todos os testes, utilizou-se um nível de significância de 5%. Resultados: A amostra foi constituída por 111 crianças, sendo que 73,9% (n=82) ficavam na creche/escola e 26,1% permaneciam em casa. Das 29 crianças que ficavam em casa, a maioria, 79,3% (n=23) estava ao cuidado dos pais. A maioria das crianças que estavam integradas na creche/escola (65,9%) frequentava a mesma entre há 2 e 4 anos. Apenas 11,0% frequentava a escola há 5 ou mais anos. O local onde a criança permanece durante o dia apresentou- se significativamente relacionado com o facto da criança mamar (p=0,000), comer com talheres (P=0,000) e com a forma como bebe os líquidos que não o leite (p=0,034). O modo de acolhimento da criança também apresentou uma relação significativa (p=0,013) com o facto da criança já ter usado chupeta. Conclusões: A maioria das crianças que mamava estava em casa e não usava chupeta nem nunca usou, enquanto a esmagadora maioria que estava na creche usava/usou chupeta, sugerindo a relação entre o uso da chupeta e variáveis de natureza psicoemocional inerentes à adaptação da criança a um meio desconhecido. A maior parte das crianças que estava na creche comia com talheres e utilizava apenas o copo/caneca para beber os líquidos que não o leite, o que parece sinalizar uma maior tendência para a autonomização em contexto escolar por oposição ao ambiente familiar.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
#050. Gengivite ulcerativa necrosante aguda – relato de caso na consulta de odontopediatria
Introdução: A gengivite ulcerativa necrosante aguda é uma infeção bacteriana, de caráter sazonal, definida por necrose gengival, sendo o seu diagnóstico maioritariamente clínico. Assim, é possível observar a presença de necrose interdentária, sangramento, odor fétido e formação de pseudomembrana. A nível geral, pode verificar‐se um estado febril, mau estar geral, adenopatias, desidratação e falta de apetite. Ocorre ocasionalmente em crianças entre os 6‐12 anos, sendo mais comum em jovens adultos. A síndrome de Mayer‐Rokitansky‐Kuster‐Hauser caracteriza‐se por uma aplasia congénita dos 2 terços superiores da vagina, associada a um amplo espectro de anomalias uterinas. Na maioria dos casos, verifica‐se a presença de uma agenesia uterina simétrica ou assimétrica e a ausência completa ou hipoplasia marcada apenas das porções superiores e média da vagina. Descrição do caso clínico: T. P. S., paciente do género feminino, com 14 anos de idade, portadora da síndrome de Rokitansky, recorre à consulta de odontopediatria, encontrando‐se febril e referindo dor, mau estar geral e queixas álgicas à mastigação. Nega estar a tomar qualquer tipo de medicação. À observação intraoral, é visível placa bacteriana abundante, hiperplasia gengival, com envolvimento interproximal das papilas, as quais apresentam tecido necrótico pseudomembranoso. É notável o intenso hálito fétido. Dado o quadro clínico da paciente, prescreve‐se a associação de amoxicilina ácido clavulânico 875 mg/125 mg (12‐12 h) e metronidazol 250 mg (8‐8 h), a tomar 8 e 10 dias, respetivamente. Para alívio da sintomatologia, paracetamol 1 g e bochecho com clorexidina. É marcada nova para consulta 8 dias depois, para iniciar a fase higiénica. Após 3 semanas, a paciente encontra‐se totalmente recuperada. Discussão e conclusões: Verifica‐se a eficácia da associação de terapêutica antibiótica, acompanhada de analgésico e de um colutório, como intervenção inicial da patologia em questão. A remoção total do biofilme é imprescindível para o sucesso do tratamento da mesma. O controlo sazonal a posteriori contribui para a inexistência de recidivas ou, caso se confirme o retorno da mesma, para a progressão da patologia.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Tuberculose peritoneal e carcinomatose peritoneal: diagnóstico diferencial
Tuberculose peritoneal é uma doença de difícil diagnóstico e representa cerca de 1-2% das formas desta infecção. Sua apresentação clínica é variada e inespecífica, sendo dor abdominal e febre os achados mais frequentes. Relata-se caso de paciente do sexo feminino, de 48 anos, com ascite, febre e perda ponderal, cujo diagnóstico inicial era câncer de ovário com carcinomatose peritoneal. A investigação adicional com exames laboratoriais e biópsia de omento estabeleceram o diagnóstico de tuberculose peritoneal. Não havia tuberculose pulmonar. Foi feito tratamento específico com resposta satisfatória. O presente trabalho objetiva ressaltar que, dentre as diferentes patologias que acometem o peritônio, a peritonite tuberculosa deve ser um diagnóstico considerado, principalmente na presença de ascite e quadro abdominal inespecífico e discutir os principais achados e a abordagem investigativa.Peritoneal tuberculosis is a disease that is difficult to diagnose, accounts for 1-2% of all forms of tuberculosis. Its clinical presentation is varied and nonspecific; abdominal pain and fever are the most frequent findings. We report a case of a 48-year-old female patient who presented ascites, fever and weight loss, whose initial diagnosis was ovarian cancer with peritoneal carcinomatosis Further investigation, including laboratory exams and omentum biopsy established the diagnosis of peritoneal tuberculosis. There was no pulmonary tuberculosis. Specific treatment was instituted and resulted in a satisfactory response. The present study aims to emphasize that, among the different pathologies that affect the peritoneum, tuberculous peritonitis must be considered as a differential diagnosis, especially in the presence of ascites and non-specific abdominal condition and to discuss the main findings and the investigative approach
Antimicrobial and antileishmanial activity of essential oil from the leaves of Annona foetida (Annonaceae)
bicyclogermacrene (35.12%), (E)-caryophyllene (14.19%) and α-copaene (8.19%). The antimicrobial and antileishmanial activities were investigated. The oil showed potent antimicrobial activity against Candida albicans and Rhodococcus equi. The oil also showed significant antileishmanial activity, giving the best results against Leishmania guyanensis. A preliminary cytotoxicity assay for this oil was carried out on hamster and mice (Balb/c) peritoneal macrophages. The results obtained were similar to pentamidine and considered not to be cytotoxic to macrophages