O PENSAMENTO AGRÁRIO ACERCA DA PROBLEMÁTICA SOCIOAMBIENTAL

O pensamento agrário se entrelaça a Geografia Agrária em vias da renovação de suas ações e práticas que foram se alterando conforme a evolução do ser humano sob a superfície terrestre, analisando desde o surgimento da agricultura, passando pela corrente desenvolvimentista que ocasionou na Revolução Verde, até chegar à corrente de desenvolvimento sustentável que proporcionou o surgimento da Agroecologia. Dessa forma, baseado em estudos metodologicamente bibliográficos, fundamentado em grandes obras literárias e autores de grande expoente no tema, o presente trabalho apresenta a agricultura se renovando em meios de propor novos conhecimentos e técnicas que possam atender às necessidades de compreensão dos novos desenhos que a humanidade elabora ao se desenvolver no espaço geográfico, em busca de um desenvolvimento que possa ser dito como sustentável

A África em Movimento: Análises Geo-históricas sobre o Protagonismo Africano

O protagonismo africano fala por si só. Porém, por muito tempo encontramos estudos e análises sobre o continente africano baseado em concepções racistas e eurocêntricas, que colocavam a África em uma posição de submissão. Assim, o presente trabalho tem como objetivo descontruir essa visão eurocêntrica do continente africano, baseado em estudos e análises de importantes autores, como Andrea Marzano, Melina Lima e José Flavio Saraiva, que elucidam o protagonismo africano, ou seja, o afrocêntrismo. Diante de um caráter metodologicamente bibliográfico, o trabalho apontará análises geo-históricas sobre a África em tempos pretéritos e contemporâneos, valorizando as sociedades africanas em diferentes contextos históricos e atuais que fazem da África um importante objeto de estudo. Assim, serão elencadas importantes mudanças no trajeto da historiografia africana, com relevantes considerações sobre a escravidão no continente e o atual espaço no cenário mundial conquistado pela África do Sul

EMBODIED SPACE: DIFFERENCE, LIFE AND SCHOOL

Problematizar o espaço é um desafio que a Geografia enfrenta desde sua constituição como ciência. O presente texto busca, por meio de um esforço teórico e de uma experiência vivida em uma escola – ainda em um período de estágio da graduação e que pode ser revivida ao longo da pesquisa de pós-graduação –, pensar como o espaço pode ser entendido como corporificado. Para isso, parte-se do pressuposto de que o espaço é produzido e que o corpo é um elemento fundamental nesse processo de produção espacial, no qual também se produz. Além disso, o processo de produção da diferença interfere diretamente nesses processos produtivos – do corpo e do espaço – que acaba por reverberar no processo de produção da vida. Desse modo, o argumento desenvolvido nesse texto é que a escola, entendida como um espaço produzido pode também ser pensada como um espaço corporificado, oportunizando a renúncia de sua objetificação como mera reprodutora da violência. Contudo, nesse experimento de pensamento, é importante compreender os caminhos que levam à corporificação espacial, no bojo da relação com os estudos queer e a fractalidade, que possibilitam um outro horizonte de análise para se pensar o espaço, o corpo, a diferença, a vida e a escola. Assim, nossos modos de existência podem ser percebidos como fatores de constituição espacial no emaranhado desses processos produtivos que seguem em constante movimento.The problematization of space is a challenge that Geography faces since its constitution as a science. This paper seeks to think about how the space can be understood as embodied from a theoretical effort and an experience lived in a school - when the author carried out the teacher training internship, which can be revived throughout the master's research. For this, it is assumed that space is produced and that the body is a fundamental element in this process of spatial production, in which the body is also produced. Furthermore, the production process of difference directly interferes with these productive processes – of the body and space –, reverberating in the production process of life. Furthermore, the production process of difference directly interferes with these productive processes – of the body and space –, reverberating in the production process of life. In this thought experiment, it is important to understand the paths that lead to spatial embodiment, within the relationship with the queer studies and the fractality. These analytical tools make possible another horizon of analysis for thinking about space, body, difference, life and school. Thus, our modes of existence can be perceived as factors of spatial constitution in the tangle of these productive processes, which are in constant movement

A NEGAÇÃO DO DIREITO À EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA DIANTE DAS INVERDADES DO ESCOLA SEM PARTIDO

A busca por uma educação que seja verdadeiramente democrática, e que apresente características libertárias e emancipatórias, é rodeada de obstáculos que precisam ser superados. Retrocessos e descaminhos encontram-se nas fronteiras da consolidação do direito à educação. Assim, por meio de sólida pesquisa bibliográfica, o presente artigo tem como objetivo desmistificar o Escola Sem Partido em relação às suas especificidades que propõem uma educação neutra e apolítica. Ainda, busca-se refletir sobre o conceito democrático da educação em patamares de justiça social e igualdade de direitos, pensando na educação como ferramenta principal de mobilidade social

NOTAS SOBRE PEDAGOGIA QUEER

Este ensaio busca pensar com o filme Corpo Elétrico (2017), de Marcelo Caetano, o que chama de pedagogia queer. O texto se assume como um conjunto de notas biográficas escritas na primeira pessoa do plural e extraídas de relação dos autores como amigos, professor e estudante, mas também a partir das intersecções das suas experiências como gays de cidades pequenas com diagnósticos de altas habilidades e transtorno de ansiedade generalizada, entre outros aspectos que fogem à eficácia do tempo do discurso pedagógico. Formas alternativas de teorizar o tempo e a sensibilidade são propostas por meio de intensidades como a adesividade, as persistentes ambivalências dos encontros entre corpos e a fricção erótica dos afetos que não fáceis de incluir ou reconhecer na história das ideias pedagógicas. Assim, o texto traça uma pedagogia queer como o nome para descrever uma modalidade de educação sentimental que faz tremer o domínio da subjetividade e contempla esteticamente a existência sem limitá-la a noções de belo, gosto e sublime. Conectando-se a irrazoabilidade do sensível, este ensaio apresenta os desafios que o filme dá a pensar sobre os pressupostos crononormativos da educação que tendem a abundar quando se trata de projetos políticos e de formação de sujeitos

Lecturas geográficas sobre los territorios indígenas en Tocantins, Brasil

El objetivo de este artículo es construir un estudio sobre los territorios de los pueblos indígenas del antiguo norte del estado de Goiás (Goiáz), actual estado de Tocantins, en la Amazonia Legal. La investigación se realizó a través de lecturas de documentos históricos de la Colección Histórica de Brasil, de etnografías de pueblos indígenas y de las experiencias derivadas del trabajo de campo. Buscamos entender los límites teóricos del territorio como áreas conquistadas y de propiedad de ciertos grupos indígenas, y la tierra indígena en cuanto a delimitación oficial del Estado. Vivir en espacios de frontera provocó a los indígenas un estado de tensión permanente por la posesión del territorio en disputas emblemáticas por la tierra.The objective of this article is to build a study on the territories of indigenous peoples in the former north of Goiáz, the current state of Tocantins, Amazonia Legal. The research was carried out through readings in historical documents of the historical collection of Brazil and the ethnographies of indigenous peoples. We seek to understand the theoretical limits of the territory as areas conquered and owned by certain indigenous groups, and the indigenous land as an official delimitation of the State. Living in frontier spaces produced a permanent state of tension for the indigenous peoples’ possession of their territory resulting in emblematic disputes over land.Tivemos por objetivo com este artigo construir um estudo sobre os territórios dos povos indígenas do antigo norte de Goiás (Goiáz), atual estado do Tocantins, Amazônia Legal. A pesquisa foi realizada por meio de leituras em documentos históricos do Acervo Histórico do Brasil, das etnografias dos povos indígenas e vivências em pesquisa de campo. Buscamos compreender os limites teóricos dos territórios enquanto áreas conquistadas e de posse de determinados grupos indígenas e a terra indígena enquanto uma delimitação oficial do Estado. O viver em espaços de fronteira produziu aos indígenas estados permanentes de tensão pela posse do território em emblemáticas disputas pela terra

O PREÇO DO PROGRESSO HUMANO: A PROBLEMÁTICA AMBIENTAL ARTICULADA AO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO

O presente trabalho busca uma análise baseando-se na urbanização sem planejamento – ou em sua ineficiência - sob uma ótica ambiental, onde a maioria das ditas "catástrofes", são nada mais nada menos que reflexo do - não - planejamento urbano. Analisando-se a evolução do agir do Homem no meio, perante um olhar crítico, é possível constatar problemas da atualidade, como poluição, desmatamento, crescimento desenfreado de cidades, a fim de propiciar uma pseudo-evolução social. Assim, acerca de metodologia de gabinete, o presente trabalho visa uma análise ambiental articulada ao processo de urbanização e da problemática contemporânea que abarca nosso cotidiano em linhas socioambientais do progresso humano

AS ARTICULAÇÕES HISTÓRICO-SOCIAIS DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO NA MATERIALIZAÇÃO DA SOCIEDADE: A GEOGRAFIA DO TRABALHO

Na antiguidade o trabalho era visto como algo penoso, como sacrifício à liberdade. Após renovações nesse pensamento, através das correntes de pensamento geográfico, como também, da ascensão e fases do capitalismo, a humidade passa a ver o trabalho como honra ao homem contemporâneo. Testemunhou-se então, uma nova configuração territorial. Através de metodologia de gabinete, baseado em fundamentação teórica de grandes estudiosos acerca da temática, a Geografia do Trabalho busca analisar, entender e contextualizar concepções dessa perspectiva histórico-social do trabalho em relação à sociedade e a (re)configuração espacial, arcabouço do espaço geográfico e da existência material do homem na superfície terrestre.

O anticonsumo em países emergentes: Anti-consumption in emerging countries

Este estudo buscou investigar a relação entre as classes sociais e a adoção do anticonsumo, mediada pela satisfação com a vida e bem-estar financeiro. Ademais, buscou-se identificar o impacto da classe social e qual variável impacta mais na propensão à adoção do anticonsumo. Esta pesquisa se caracteriza como um estudo descritivo, de natureza quantitativa e de corte único. Utilizou-se a base de dados da Latinobarómetro (2017), com uma amostra de 17.608 indivíduos, para empregar uma análise mediação multivariada, efetuada com o auxílio da análise de caminhos do PROCESS para identificar os efeitos das relações. Os resultados evidenciam que indivíduos mais satisfeitos com a vida e com melhor bem-estar financeiro possuem maior propensão a adotar o movimento de redução do consumo. Estes resultados contribuem para evidenciar algumas determinantes que impactam o estilo de vida de redução do consumo em países emergentes

AS ABORDAGENS DEMOGRÁFICAS NA CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO ABOLICIONISTA BRASILEIRO

O presente trabalho visa analisar os impactos demográficos no Brasil, no recorte temporal do período abolicionista (1850 – 1888), onde se analisará partir da Lei Eusébio de Queiroz (1850), cuja proibição efetiva do Tráfico negreiro incentivou a migração de cativos entre as regiões brasileiras – tráfico interprovincial, no qual se deslocavam para o principal ponto do Brasil, as regiões cafeeiras no sudeste brasileiro. Veremos que o incentivo à imigração baseada no processo de branqueamento demográfico foi a solução para dois problemas: o excedente populacional agrícola europeu e a mão de obra assalaria para a lavoura. Dessa forma, compreenderemos que o Brasil, movido pelo crescente mercado capitalista alicerçado no café, retoma o processo de imigração e, influenciado pela maior potência mundial do século XIX, a Inglaterra, consolida o processo abolicionista brasileiro, cujo estão intimamente relacionados à economia do Brasil no Segundo Reinado e a demografia