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    O movimento LGBT e as políticas de educação de gênero e diversidade sexual: perdas, ganhos e desafios

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    Este artigo explora a relação entre Estado e movimentos sociais na produção de políticas públicas de educação voltadas para o gênero e para a diversidade sexual. Esta reflexão toma como fontes principais duas investigações mais recentes voltadas para a compreensão da introdução do gênero e da diversidade sexual nas políticas públicas de educação no Brasil, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva: uma tese de livre docência (VIANNA, 2011) e outro trabalho que verificou como as políticas voltadas para o currículo foram compreendidas, apropriadas e implementadas por professoras e professores de escolas públicas do estado de São Paulo (VIANNA, 2012). A intenção deste artigo foi olhar a produção dessas políticas a partir das tensões presentes na interlocução do governo Lula com demandas sociais por diminuição da desigualdade e construção de direitos sociais advindas do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros). Ao discutir ganhos, perdas e desafios futuros, o texto destaca as contradições presentes no processo de interlocução entre o governo e o movimento LGBT. Quando o governo introduz demandas de gênero e diversidade sexual na educação, parece querer valorizar o tema sem considerar as relações de poder que determinam os parâmetros tradicionais que sustentam as relações de gênero e as identidades docentes no cotidiano escolar.This article explores the relation between the State and social movements in the production of public education policies focused on gender and sexual diversity. This reflection takes as its main sources two recent investigations dedicated to understanding the introduction of gender and sexual diversity into public education policies in Brazil during the Luiz Inácio Lula da Silva government: one livre-docência thesis (VIANNA, 2011) and another work that investigated how the curriculum policies were understood, appropriated and implemented by public school teachers in the state of São Paulo (VIANNA, 2012). The purpose of this article is to look at the production of these policies from the viewpoint of the tensions present in the dialogue between the Lula government and the social demands made by the LGBT (Lesbian, Gay, Bisexual, and Transgender) movement to reduce inequality and to construct social rights. By discussing gains, losses and future challenges, the text highlights the contradictions found in the processes of interlocution between the government and the LGBT movement. When the government introduces gender and sexual diversity demands in education, it seems to be willing to give value to the theme without considering the power relations that determine the traditional parameters supporting gender relations and teaching identities in daily school life

    Science, its rationality and governments

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    Profesoras en medio de la violencia armada: una pedagogía visceral desde las favelas de Rio de Janeiro

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    What can schools and teachers do to mitigate the consequences of armed violence? Based on this question, the experiences of black teachers working in schools affected by the armed violence in the favelas of Rio de Janeiro are narrated. Care and emotional work are recognized as fundamental elements to face this situation and imagine other futures. With the information gathered from in-depth interviews, ethnographic observation, and pedagogical workshops, we analyzed the teachers’ working conditions and the impact that armed violence and racism has had on the schools in the favelas. Finally, the notion of visceral pedagogy is proposed to understand the pedagogical efforts that teachers make to maintain life in a context of extreme vulnerability.¿Qué pueden hacer las escuelas y los docentes para mitigar los impactos de la violencia armada? Comenzando en esta pregunta, se presentan las experiencias de profesoras negras que trabajan en escuelas afectadas por la violencia armada en las favelas de Rio de Janeiro. Se reconoce el cuidado y el trabajo emocional como elementos fundamentales para enfrentar la violencia e imaginar otros futuros. A partir de la información obtenida de entrevistas en profundidad, observación etnográfica y talleres pedagógicos, se analizan las condiciones de trabajo de las docentes y el impacto que ha tenido la violencia armada y el racismo sobre las escuelas de las favelas. Por último, se propone la noción de pedagogía visceral para comprender los esfuerzos pedagógicos que hacen las profesoras para mantener la vida en un contexto de extrema vulnerabilidad

    Violência sexual contra crianças: a categoria de gênero nos estudos da educação

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    O artigo analisa a categoria de gênero nos estudos sobre violência sexual contra crianças da área da Educação (1987-2015). A produção examinada, levantada no Banco de Teses e Dissertações do portal CAPES, foi dividida em três grupos: a) a invisibilidade do gênero e o uso de outras categorias para a análise da violência sexual contra crianças; b) a menção ao gênero, mas sem articular as construções de gênero com a análise da produção da violência sexual contra crianças; c) a articulação entre as relações de gênero e a produção da violência sexual contra crianças. Os resultados ressaltam que não existe apenas uma forma de análise da violência sexual contra crianças na área da educação, mostrando os distintos matizes de possíveis aproximações da produção acadêmica sobre o tema, além de fornecer pistas para as aproximações e distanciamentos desta produção com a perspectiva de gênero

    Relações sociais de gênero e divisão sexual do trabalho : desafios para a compreensão do uso do tempo no trabalho docente

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    Ao conceito de gênero cabe a tarefa de problematizar os significados do que é ser mulher e homem nos distintos contextos históricos. O conceito de divisão sexual do trabalho possibilita examinar como essa divisão cria uma força de trabalho feminina, vista como mão de obra barata para certos tipos de afazeres, e como produz relações desiguais, hierarquizadas e assimétricas de exploração e opressão. Nesse sentido, propomos a articulação entre os conceitos de gênero e de divisão sexual do trabalho para a compreensão do uso do tempo no trabalho docente. Com base em pesquisa empírica de caráter qualitativo, desenvolvida com professoras e professores de uma escola de São Paulo entre 2006 e 2007, enfatizamos o caráter sexuado do trabalho docente, mas questionamos a dicotomia entre tempos de trabalho econômico maiores para os homens e tempos de trabalho para a reprodução social maiores para as mulheres, constatada na análise de outras profissões.El concepto de género tiene la tarea de cuestionar el significado de ser mujer y ser hombre en diferentes contextos históricos. El concepto de división sexual del trabajo hace posible examinar cómo esta división crea una fuerza de trabajo femenina, considerada como mano de obra barata para ciertos tipos de tareas, y cómo se produce relaciones desiguales, jerárquicas y asimétricas de explotación y opresión. En consecuencia, proponemos una articulación entre los conceptos de género y de división sexual del trabajo para la comprensión del uso del tiempo n el trabajo docente. Sobre la base de investigación empírica cualitativa, desarrollada con maestras y maestros de una escuela en Sao Paulo entre 2006 y 2007, destacamos el carácter sexuado del trabajo docente, pero cuestionamos la dicotomía entre mayor cantidad de tiempo de trabajo económico para los hombres y entre mayor cantidad de tiempo de trabajo para la reproducción social para las mujeres, que se constatan en el análisis de otras profesiones.Le concept de genre interroge le sens d’être une femme ou un homme dans des contextes historiques différents. Le concept de division sexuelle du travail permet d’analyser comment cette division crée une force de travail féminine bon marché pour certains types de tâches, et comment il en résulte inégalité, exploitation hiérarchique et asymétrique et oppression. Avec cette perspective, nous proposons une articulation entre les concepts de genre et de division sexuelle du travail afin de mieux saisir l’utilisation du temps dans le travail enseignant. En nous basant sur une recherche empirique qualitative, développée avec les enseignants (hommes et femmes) d’une école de São Paulo, entre 2006 et 2007, nous soulignons le caractère sexué de ce travail, mais nous questionnons aussi la dichotomie entre un temps de travail économique plus élevé pour les hommes et un temps de travail de reproduction sociale plus élevé pour les femmes, telle que rencontrée dans le cadre de l’analyse d’autres professions. The concept of gender is responsible for questioning what it means to be a woman and a man in different historical contexts. The concept of sexual division of labor makes it possible to examine how this division creates a female labor force, considered as cheap manpower for certain types of tasks, and how it produces unequal, hierarchical and asymmetrical exploitation and oppression relations. Accordingly, we propose a link between the concepts of gender and sexual division of labor to understand the use of time in teaching. Based on qualitative empirical research, developed with male and female teachers from a school in São Paulo, between 2006 and 2007, we emphasized the gendered nature of the teaching activity, but we question the dichotomy between greater economic working time for men and greater working time for social reproduction for women, found in the analysis of other professions

    Editorial

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    Editorial

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    Apresentação

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    Association between Genetic Variants in NOS2 and TNF Genes with Congenital Zika Syndrome and Severe Microcephaly

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    Zika virus (ZIKV) causes Congenital Zika Syndrome (CZS) in individuals exposed prenatally. Here, we investigated polymorphisms in VEGFA, PTGS2, NOS3, TNF, and NOS2 genes as risk factors to CZS. Forty children with CZS and forty-eight children who were in utero exposed to ZIKV infection, but born without congenital anomalies, were evaluated. Children with CZS were predominantly infected by ZIKV in the first trimester (p < 0.001) and had mothers with lower educational level (p < 0.001) and family income (p < 0.001). We found higher risk of CZS due the allele rs2297518[A] of NOS2 (OR = 2.28, CI 95% 1.17–4.50, p = 0.015). T allele and TT/CT genotypes of the TNF rs1799724 and haplotypes associated with higher expression of TNF were more prevalent in children with CZS and severe microcephaly (p = 0.029, p = 0.041 and p = 0.030, respectively). Our findings showed higher risk of CZS due ZIKV infection in the first trimester and suggested that polymorphisms in NOS2 and TNF genes affect the risk of CZS and severe microcephaly
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