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    OS INTELECTUAIS E A POLÍTICA CULTURAL DO ESTADO NOVO

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    Este artigo analisa a relação entre intelectuais e sistema de poder durante o Estado Novo no Brasil Esse período é particularmente importante, pois nele os intelectuais direcionam sua atuação para o âmbito do Estado, que corporificaria, para eles, a idéia de ordem, de organização e de unidade, capaz de harmonizar a sociedade civil, entendida como um corpo conflituoso, indefeso e fragmentado. Notando que há uma inserção dos intelectuais no aparelho do Estado, a autora procura analisá-los como participantes de um “projetopolítico-pedagógico” que visava “educar” a coletividade segundo a ideologia do regime dirigido por Getúlio Vargas

    A moda no MASP de Pietro Maria Bardi (1947-1987)

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    O objetivo deste artigo é evidenciar a centralidade das ações ligadas à moda e à formação da Seção de Costumes do MASP no projeto de museu e na concepção de arte de Pietro Maria Bardi no período 1947-1987, e como tais ações teriam sido relevantes para a instituição de uma visualidade e uma história para a moda nacional. Demonstra-se como a trajetória de P. M. Bardi na Itália, ou seja, sua atuação como galerista e comerciante de artes, jornalista, bem como seu contato com a ideologia e as ações do Regime Fascista no campo das artes e da moda, influenciou diretamente suas ações em relação ao design de moda. Essas ideias e experiências foram fundamentais para direcionar sua atuação no MASP e, em especial suas iniciativas na área do design. Nota-se ainda como a atuação de Bardi no campo do design de moda foi também influenciada pelas ideias propagadas pela Bauhaus e Le Corbusier, assim como por seu olhar estrangeiro, que acaba por levá-lo a recuperar, nas referentes iniciativas, as tradições e a cultura brasileiras, gerando uma produção que dialoga com o modernismo brasileiro, uma vez que usa a experiência internacional para valorizar o nacional

    O  modernismo brasileiro:  outros enredos,  personagens e paisagens

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    Discutindo o movimento modernista brasileiro, através da imprensa cotidiana (jornais e revistas), busca-se criar novas chaves interpretativas a partir de uma reflexão com foco na história cultural. Destacam-se a releitura criativa das tradições e referências culturais, a “espessura da temporalidade” e as distintas dinâmicas de intervenção social. O surgimento de novos enredos, personagens e narrativas encontraria inspiração na voz de Eça de Queirós, possibilitando estabelecer um rico diálogo entre o escritor português e um grupo de intelectuais do Rio de Janeiro, reunido na revista D Quixote(1927-37). É através do personagem Carlos Fradique Mendes, verdadeiro alter ego de Eça, que vai se estabelecer uma sintonia de sensibilidades, através da qual dialogam o século XIX e XX pelas vozes de Portugal, Brasil e França

    Um passageiro inquieto no tempo: A tragetória de Mário Lago

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    Situa a biografia no âmbito do debate historiográfico, problematizando a questão da memória como foco. Analisando a trajetória de Mário Lago (1911-2002), destaca como fator de singularidade o fato de sua vida ter sido marcada pela dupla vinculação aos valores da cultura boêmia e da cultura política, dada a sua militância junto ao Partido Comunista. As múltiplas e contrastantes inserções sociais do biografado - dramaturgo, compositor, boêmio, ator, radialista, militante e homem de tevê - são enfocadas a partir da história do Rio de Janeiro, possibilitando uma reconstituição da sua dinâmica cotidiana. Destaca- se o papel das reminiscências, vivências, e da própria subjetividade como elementos integrantes do fazer historiográfico, mais particularmente, da história oral. A idéia da cultura boêmia como lugar de construção de uma sociabilidade, nitidamente alicerçada na idéia de gênero, apresenta-se como o móvel condutor desse artigo
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