10 research outputs found

    A produção científica sobre o apoio pedagógico: compreensões sobre a permanência na educação superior

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    As políticas de expansão e ações afirmativas do ensino superior no Brasil, que resultaram não somente em número maior de estudantes nesse nível de ensino, como também na alteração do perfil desses alunos, exigiu das instituições ações abrangentes com vistas a garantir a permanência dos estudantes de graduação. A atual política de assistência estudantil para o ensino superior define o apoio pedagógico como uma de suas áreas de ação. Cabe a cada instituição, no entanto, definir como desenvolverá as ações de apoio pedagógico. Identificamos que a literatura sobre assistência estudantil e sobre o aluno universitário tem indicado que para garantir a permanência do estudante, somente acesso e apoio financeiro não são suficientes. Além das dificuldades objetivas relacionadas às condições socioeconômicas, pesquisas têm indicado que a permanência no ensino superior envolve diversos fatores, sendo assim, uma política de permanência não pode estar restrita ao aspecto financeiro. Esse trabalho analisou as publicações que abordam as ações de apoio pedagógico nas universidades federais brasileiras, com o objetivo de compreender seu alcance, a forma como essas ações são desenvolvidas e seus resultados. Foram analisados os trabalhos publicados de 2007 a 2017 nas bases de dados Scielo, Periódicos Capes, Banco de Teses Capes. Os resultados demonstram que, embora as universidades federais tenham universalizado ações de apoio pedagógico, há poucos trabalhos, nas bases consultadas, que abordam o tema. As pesquisas localizadas foram importantes para demonstrarem, em suas conclusões, a relevância de ampliar a concepção de assistência estudantil e política de permanência, e a necessidade de fortalecer a área de apoio pedagógico. São variadas as visões que representam o que é ou como deveria ser o apoio pedagógico. Em nossa revisão perceberam-se entendimentos como serviço, como acompanhamento do ensino e relação professor-aluno, como ações de tutoria, reforço, auxílios financeiros, material etc. O termo apoio pedagógico tem sido usado para nomear diferentes iniciativas nas instituições, o que justifica a necessidade de compreensão sobre o que tem sido realizado nas universidades federais dentro desse “guarda-chuva” que, aparentemente, é o termo. Este estudo contribui com as discussões sobre o combate à evasão, fornecendo aos profissionais envolvidos no apoio pedagógico referenciais de ação, subsidiando e sensibilizando gestores para políticas institucionais de permanência, com especial atenção para a dimensão pedagógica. Pode, ainda, contribuir para a reflexão dos gestores quanto à importância do apoio pedagógico profissionalizado e avaliado permanentemente por meio da construção de instrumentos e indicadores que irão subsidiar ações institucionais visando a qualidade da permanência, pautada por um compromisso institucional com a aprendizagem dos alunos

    AÇÕES DE PERMANÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

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    O sistema de ensino superior brasileiro passou nas últimas duas décadas por expressivas mudanças que ampliaram o seu alcance e o perfil do corpo discente. Nesse novo contexto, a evasão que já representava um desafio, tornou-se ainda mais complexa e abrangente. De um modo geral, a literatura aponta que as causas da evasão estão relacionadas a fatores internos, externos e pessoais, dos quais destacamos os desafios de adaptação às novas demandas acadêmicas. No sistema público fomentou-se, por meio da legislação, ações que favoreçam a permanência dos estudantes, atuando no âmbito financeiro, educacional, cultural dentre outros. No entanto, as instituições brasileiras ainda precisam avançar na construção de uma cultura na qual as proposições sejam baseadas em diagnósticos e os resultados sejam avaliados constantemente. Neste trabalho, apresentamos a avaliação do impacto para a permanência de estudantes que participaram de um ciclo de oficinas sobre estratégias de aprendizagem, realizadas em duas instituições federais de ensino superior, nos anos de 2017 e 2018, com o foco nos alunos ingressantes. As oficinas tiveram entre 3 e 7 encontros e abordaram os temas estabelecimento de objetivos, gerenciamento do tempo, estratégias de estudos, ansiedade, autoavaliação e basearam-se na Teoria Social-Cognitiva. Nesse período, foram ofertados, em 3 campi, nove turmas, nas quais os discentes se inscreviam após divulgação via correio eletrônico. No total, houve a participação de 104 discentes, de cursos das diferentes áreas do conhecimento, tais como Ciências Humanas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e Ciências Sociais Aplicadas. Analisou-se o percentual de permanência dos discentes participantes em relação à totalidade dos discentes das instituições. Os dados foram coletados na base de dados acadêmicos das instituições e foi realizada a análise comparativa entre a situação da matrículas dos discentes que realizaram a oficina nos anos de 2017 e 2018 e os que não participaram. Os resultados indicam que a participação nas oficinas, ao ingressar na universidade, tem contribuído com a permanência dos estudantes, pois o índice de evasão entre os estudantes que participaram das oficinas é menor do que o encontrado entre a totalidade do corpo discente

    Ensino Remoto Emergencial: Pesquisa sobre a Percepção Inicial dos Estudantes de Ensino Superior

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    This article deals with a research carried out with higher education students, in the context of the Covid19 pandemic, precisely at the moment of transition from face-to-face teaching to remote teaching. Based on the demands brought by students to the sectors that provide pedagogical support services, a research instrument was constructed that aimed to capture students' perception of remote teaching. The instrument, structured with close and open-ended questions and made available to students through the institution's academic system, in May 2020, addressed issues related to the organization of the curriculum units, the conditions for remote study and the adoption of study strategies compatible with the scenario. Quantitative data was treated by multivariate cluster analysis and qualitative data was categorized by content analysis. The results indicated that the research related to the perception of the institution's students regarding the first moments of remote activities guided collegiate decisions about teaching and student support, in order to allow institutionally resolved difficulties that arose in the transition scenario. However, the results suggest that institutional investment is still needed in pedagogical training, offered to both teachers and students, in order to strengthen the learning of self-regulatory skills, which are reflected in the teaching and learning process in higher education.    Keywords: Emergency remote learning. University education. Self-regulation of learning.Este artigo trata de uma pesquisa realizada com estudantes do ensino superior, no contexto da pandemia da Covid19, precisamente no momento de transição do ensino presencial para o ensino remoto. A partir das demandas levadas pelos estudantes aos setores que prestam serviço de apoio pedagógico, foi construído um instrumento de pesquisa que objetivou captar a percepção dos estudantes sobre o ensino remoto. O instrumento, estruturado com perguntas fechadas e abertas, e disponibilizado aos estudantes por meio do sistema acadêmico da instituição, em maio de 2020, abordou questões relativas à organização das disciplinas ou unidades curriculares, às condições para o estudo remoto e à adoção de estratégias de estudo e aprendizagem compatíveis com o cenário. Os dados quantitativos foram tratados por análise multivariada de cluster, e os dados qualitativos foram categorizados por análise de conteúdo. Os resultados indicaram que a pesquisa relativa à percepção dos estudantes da instituição a respeito dos primeiros momentos das atividades remotas orientou decisões colegiadas sobre o ensino e o apoio aos estudantes, de modo a permitir que dificuldades surgidas no cenário de transição fossem sanadas institucionalmente. Contudo, os resultados sugerem que ainda é necessário investimento institucional na formação pedagógica, oferecida tanto a docentes quanto a discentes, no sentido de se fortalecer a aprendizagem de habilidades autorregulatórias que se reflitam no processo de ensino e de aprendizagem no ensino superior.   Palavras-chave: Ensino remoto emergencial. Ensino superior. Autorregulação da aprendizagem

    A produção científica sobre o apoio pedagógico: compreensões sobre a permanência na educação superior

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    As políticas de expansão e ações afirmativas do ensino superior no Brasil, que resultaram não somente em número maior de estudantes nesse nível de ensino, como também na alteração do perfil desses alunos, exigiu das instituições ações abrangentes com vistas a garantir a permanência dos estudantes de graduação. A atual política de assistência estudantil para o ensino superior define o apoio pedagógico como uma de suas áreas de ação. Cabe a cada instituição, no entanto, definir como desenvolverá as ações de apoio pedagógico. Identificamos que a literatura sobre assistência estudantil e sobre o aluno universitário tem indicado que para garantir a permanência do estudante, somente acesso e apoio financeiro não são suficientes. Além das dificuldades objetivas relacionadas às condições socioeconômicas, pesquisas têm indicado que a permanência no ensino superior envolve diversos fatores, sendo assim, uma política de permanência não pode estar restrita ao aspecto financeiro. Esse trabalho analisou as publicações que abordam as ações de apoio pedagógico nas universidades federais brasileiras, com o objetivo de compreender seu alcance, a forma como essas ações são desenvolvidas e seus resultados. Foram analisados os trabalhos publicados de 2007 a 2017 nas bases de dados Scielo, Periódicos Capes, Banco de Teses Capes. Os resultados demonstram que, embora as universidades federais tenham universalizado ações de apoio pedagógico, há poucos trabalhos, nas bases consultadas, que abordam o tema. As pesquisas localizadas foram importantes para demonstrarem, em suas conclusões, a relevância de ampliar a concepção de assistência estudantil e política de permanência, e a necessidade de fortalecer a área de apoio pedagógico. São variadas as visões que representam o que é ou como deveria ser o apoio pedagógico. Em nossa revisão perceberam-se entendimentos como serviço, como acompanhamento do ensino e relação professor-aluno, como ações de tutoria, reforço, auxílios financeiros, material etc. O termo apoio pedagógico tem sido usado para nomear diferentes iniciativas nas instituições, o que justifica a necessidade de compreensão sobre o que tem sido realizado nas universidades federais dentro desse “guarda-chuva” que, aparentemente, é o termo. Este estudo contribui com as discussões sobre o combate à evasão, fornecendo aos profissionais envolvidos no apoio pedagógico referenciais de ação, subsidiando e sensibilizando gestores para políticas institucionais de permanência, com especial atenção para a dimensão pedagógica. Pode, ainda, contribuir para a reflexão dos gestores quanto à importância do apoio pedagógico profissionalizado e avaliado permanentemente por meio da construção de instrumentos e indicadores que irão subsidiar ações institucionais visando a qualidade da permanência, pautada por um compromisso institucional com a aprendizagem dos alunos.As políticas de expansão e ações afirmativas do ensino superior no Brasil, que resultaram não somente em número maior de estudantes nesse nível de ensino, como também na alteração do perfil desses alunos, exigiu das instituições ações abrangentes com vistas a garantir a permanência dos estudantes de graduação. A atual política de assistência estudantil para o ensino superior define o apoio pedagógico como uma de suas áreas de ação. Cabe a cada instituição, no entanto, definir como desenvolverá as ações de apoio pedagógico. Identificamos que a literatura sobre assistência estudantil e sobre o aluno universitário tem indicado que para garantir a permanência do estudante, somente acesso e apoio financeiro não são suficientes. Além das dificuldades objetivas relacionadas às condições socioeconômicas, pesquisas têm indicado que a permanência no ensino superior envolve diversos fatores, sendo assim, uma política de permanência não pode estar restrita ao aspecto financeiro. Esse trabalho analisou as publicações que abordam as ações de apoio pedagógico nas universidades federais brasileiras, com o objetivo de compreender seu alcance, a forma como essas ações são desenvolvidas e seus resultados. Foram analisados os trabalhos publicados de 2007 a 2017 nas bases de dados Scielo, Periódicos Capes, Banco de Teses Capes. Os resultados demonstram que, embora as universidades federais tenham universalizado ações de apoio pedagógico, há poucos trabalhos, nas bases consultadas, que abordam o tema. As pesquisas localizadas foram importantes para demonstrarem, em suas conclusões, a relevância de ampliar a concepção de assistência estudantil e política de permanência, e a necessidade de fortalecer a área de apoio pedagógico. São variadas as visões que representam o que é ou como deveria ser o apoio pedagógico. Em nossa revisão perceberam-se entendimentos como serviço, como acompanhamento do ensino e relação professor-aluno, como ações de tutoria, reforço, auxílios financeiros, material etc. O termo apoio pedagógico tem sido usado para nomear diferentes iniciativas nas instituições, o que justifica a necessidade de compreensão sobre o que tem sido realizado nas universidades federais dentro desse “guarda-chuva” que, aparentemente, é o termo. Este estudo contribui com as discussões sobre o combate à evasão, fornecendo aos profissionais envolvidos no apoio pedagógico referenciais de ação, subsidiando e sensibilizando gestores para políticas institucionais de permanência, com especial atenção para a dimensão pedagógica. Pode, ainda, contribuir para a reflexão dos gestores quanto à importância do apoio pedagógico profissionalizado e avaliado permanentemente por meio da construção de instrumentos e indicadores que irão subsidiar ações institucionais visando a qualidade da permanência, pautada por um compromisso institucional com a aprendizagem dos alunos

    SERVIÇOS DE ASSUNTOS ESTUDANTIS NO BRASIL: FUNDAMENTOS E PROFISSIONALIZAÇÃO

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    No cenário internacional da Educação Superior podemos afirmar que há suficiente evidência sobre a importância de atendermos os estudantes de forma integral, com ações fora da sala de aula, chamadas internacionalmente de student affairs and services que, para nós, pode ser traduzido como serviços de assuntos estudantis ou serviços de apoio aos estudantes. Esses serviços se organizam, mundialmente, para “possibilitar e capacitar os alunos a se concentrarem mais intensamente em seus estudos e crescimento pessoal” (Ludeman & Schreiber, 2020, p.10), incluindo os aspectos cognitivos e emocionais, e que se associam a melhorias no processo de aprendizado e, consequentemente, impactam a decisão de permanecer no ensino superior. Para atender a esses objetivos, os serviços podem contemplar um grande leque de ações e devem possuir uma atuação multidisciplinar, composta por conhecimentos da educação, psicologia, serviço social, educação física, sociologia e saúde. De acordo com os trabalhos sobre assistência estudantil no Brasil, os serviços oferecidos dependem do contexto da instituição e de seus estudantes, mas podem incluir: apoio psicológico, apoio pedagógico, orientação financeira e legal, promoção da inclusão, serviços de saúde, orientação de carreira e suporte aos ingressantes (Bleicher & Oliveira, 2016; Dias, 2021; Oliveira & Silva, 2018; Pelissoni et al., 2020; Toti, 2022).Não recebi financiament

    Serviços de assuntos estudantis, formação continuada e avaliação: do acesso à permanência estudantil

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    O objetivo deste trabalho é debater os desafios do Apoio Pedagógico (AP), área que emerge nos estudos sobre assuntos estudantis e assistência estudantil, no bojo da expansão do ensino superior (Dias, 2021) e como parte dos sistemas de ensino Altbach e Haddad (2009). O trabalho faz uma atualização bibliográfica dos trabalhos de Dias (2021) e Toti (2022) e traz a reflexão sobre duas pautas identificadas em pesquisas recentes sobre serviços de assuntos estudantis: a importância da profissionalização dos serviços, com formação continuada dos profissionais, assim como a necessidade de avaliação das ações (DIAS, 2021; TOTI, 2022). Nesses trabalhos, o AP, como área que se consolidou dentro do campo da assistência estudantil no Brasil, teve sua importância para a permanência estudantil reafirmada, especialmente no atendimento dos perfis não-tradicionais nas universidades brasileiras. Os recentes trabalhos de Dias (2021) e Toti (2022) demonstraram a necessidade de profissionalização dos serviços de assuntos estudantis, seja na qualificação de seus profissionais seja na adoção de métodos de avaliação da qualidade e impacto das diversas ações, programas e políticas de apoio aos estudantes, como forma de melhorar os serviços e prestar contas à sociedade. Muitos dos serviços analisados por Dias (2021) e Toti (2022) constituem-se como parte das ações de assistência estudantil, a qual defendemos como política pública necessária para garantir o direito constitucional à educação e que entendemos como essencial para favorecer a permanência estudantil no Ensino Superior, frente às suas características

    Fundamentos para a atuação em assuntos estudantis: uma experiência autoformativa de profissionais de serviços de apoio aos estudantes para promover a permanência

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    Este trabalho objetiva analisar a formação de profissionais que atuam nos assuntos estudantis por meio de um curso voltado para a formação continuada desses profissionais. A literatura sobre assistência estudantil indica que para garantir a permanência do estudante, o acesso e o apoio financeiro não são suficientes (KOWALSKI, 2012; DUTRA e SANTOS, 2017; CROSARA et al, 2020). Entre as dificuldades que o estudante enfrenta ao ingressar no ensino superior, podem estar: dificuldades de estudo, de atenção, de concentração, ansiedade e relacionadas ao ensino e aprendizagem e/ou dificuldades pedagógicas (PASCARELLA e TERENZINI, 2005; TINTO, 1997; GUERREIRO-CASANOVA e POLYDORO, 2010; ANDRADE e TEIXEIRA, 2017). Essas dificuldades são frequentemente abordadas na atuação direta dos profissionais ao atenderem estudantes do ensino superior no mundo todo (FRIED e LEWIS, 2009 e BARDAGI e HUTZ, 2005). Dias (2021) e Toti (2022) mostraram em suas pesquisas que os profissionais das universidades federais brasileiras que atuam em serviços de assuntos estudantis relatam que desconheciam a área de atuação quando iniciaram no cargo e ressaltaram a necessidade de formação continuada. Como resposta a essa demanda, Toti e Dias, com o apoio de profissionais de diferentes IES brasileiras, criaram, em 2020, uma rede de autoformação que foi institucionalizada em 2021 com um projeto de extensão universitária. Esta rede intitulada Laboratório de Pesquisas Sobre Serviços de Apoio aos Estudantes do Ensino Superior (LAPES), sediado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ofereceu o curso “Fundamentos para a atuação em assuntos estudantis”, com carga horária de 60 horas divididas em 15 semanas, ao longo de 4 meses, e com 150 vagas, que foram preenchidas em menos de 2 dias por profissionais de todas as regiões brasileiras. A taxa de concluintes foi de quase 80%. O perfil do público participante reforçou o que as pesquisas sobre o apoio ao estudante brasileiro vêm mostrando, sobre a necessidade de profissionalização dos profissionais e legitimação dos serviços. Dado o aumento no número de profissionais atuando nos assuntos estudantis e na assistência estudantil na última década (TOTI, 2022 e DIAS, 2021), assim como avaliação positiva do curso, a sugestão de novos temas para outras atividades formativas e o pioneirismo desse curso e o seu alcance nacional, podemos concluir que outras ações do tipo se fazem necessárias

    AÇÕES DE PERMANÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

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    O sistema de ensino superior brasileiro passou nas últimas duas décadas por expressivas mudanças que ampliaram o seu alcance e o perfil do corpo discente. Nesse novo contexto, a evasão que já representava um desafio, tornou-se ainda mais complexa e abrangente. De um modo geral, a literatura aponta que as causas da evasão estão relacionadas a fatores internos, externos e pessoais, dos quais destacamos os desafios de adaptação às novas demandas acadêmicas. No sistema público fomentou-se, por meio da legislação, ações que favoreçam a permanência dos estudantes, atuando no âmbito financeiro, educacional, cultural dentre outros. No entanto, as instituições brasileiras ainda precisam avançar na construção de uma cultura na qual as proposições sejam baseadas em diagnósticos e os resultados sejam avaliados constantemente. Neste trabalho, apresentamos a avaliação do impacto para a permanência de estudantes que participaram de um ciclo de oficinas sobre estratégias de aprendizagem, realizadas em duas instituições federais de ensino superior, nos anos de 2017 e 2018, com o foco nos alunos ingressantes. As oficinas tiveram entre 3 e 7 encontros e abordaram os temas estabelecimento de objetivos, gerenciamento do tempo, estratégias de estudos, ansiedade, autoavaliação e basearam-se na Teoria Social-Cognitiva. Nesse período, foram ofertados, em 3 campi, nove turmas, nas quais os discentes se inscreviam após divulgação via correio eletrônico. No total, houve a participação de 104 discentes, de cursos das diferentes áreas do conhecimento, tais como Ciências Humanas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e Ciências Sociais Aplicadas. Analisou-se o percentual de permanência dos discentes participantes em relação à totalidade dos discentes das instituições. Os dados foram coletados na base de dados acadêmicos das instituições e foi realizada a análise comparativa entre a situação da matrículas dos discentes que realizaram a oficina nos anos de 2017 e 2018 e os que não participaram. Os resultados indicam que a participação nas oficinas, ao ingressar na universidade, tem contribuído com a permanência dos estudantes, pois o índice de evasão entre os estudantes que participaram das oficinas é menor do que o encontrado entre a totalidade do corpo discente.O sistema de ensino superior brasileiro passou nas últimas duas décadas por expressivas mudanças que ampliaram o seu alcance e o perfil do corpo discente. Nesse novo contexto, a evasão que já representava um desafio, tornou-se ainda mais complexa e abrangente. De um modo geral, a literatura aponta que as causas da evasão estão relacionadas a fatores internos, externos e pessoais, dos quais destacamos os desafios de adaptação às novas demandas acadêmicas. No sistema público fomentou-se, por meio da legislação, ações que favoreçam a permanência dos estudantes, atuando no âmbito financeiro, educacional, cultural dentre outros. No entanto, as instituições brasileiras ainda precisam avançar na construção de uma cultura na qual as proposições sejam baseadas em diagnósticos e os resultados sejam avaliados constantemente. Neste trabalho, apresentamos a avaliação do impacto para a permanência de estudantes que participaram de um ciclo de oficinas sobre estratégias de aprendizagem, realizadas em duas instituições federais de ensino superior, nos anos de 2017 e 2018, com o foco nos alunos ingressantes. As oficinas tiveram entre 3 e 7 encontros e abordaram os temas estabelecimento de objetivos, gerenciamento do tempo, estratégias de estudos, ansiedade, autoavaliação e basearam-se na Teoria Social-Cognitiva. Nesse período, foram ofertados, em 3 campi, nove turmas, nas quais os discentes se inscreviam após divulgação via correio eletrônico. No total, houve a participação de 104 discentes, de cursos das diferentes áreas do conhecimento, tais como Ciências Humanas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e Ciências Sociais Aplicadas. Analisou-se o percentual de permanência dos discentes participantes em relação à totalidade dos discentes das instituições. Os dados foram coletados na base de dados acadêmicos das instituições e foi realizada a análise comparativa entre a situação da matrículas dos discentes que realizaram a oficina nos anos de 2017 e 2018 e os que não participaram. Os resultados indicam que a participação nas oficinas, ao ingressar na universidade, tem contribuído com a permanência dos estudantes, pois o índice de evasão entre os estudantes que participaram das oficinas é menor do que o encontrado entre a totalidade do corpo discente

    Institucionalização da formação docente: análise de um programa de desenvolvimento profissional

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    Resumo: Este estudo tem como objetivo principal analisar, com base na literatura discutida, a institucionalização de um programa de desenvolvimento profissional de uma universidade federal brasileira, com vistas a identificar seu nível de consolidação, bem como a concepção dos docentes sobre ele. Adotou-se como metodologia a pesquisa qualitativa e foram utilizadas, para coleta de dados, a análise documental e a aplicação de questionário estruturado aos docentes participantes do programa. O referencial teórico que embasa a análise está pautado nos estudos da pedagogia universitária, especialmente de Cunha, Masetto, Morgado. Foi possível inferir que os documentos institucionais analisados reforçam a visão do programa de formação docente apenas como uma exigência legal para aprovação no estágio probatório, destinado, dessa forma, aos professores ingressantes. Verifica-se, ainda, maior interesse docente nas questões ligadas aos aspectos práticos e/ou burocráticos da docência (uso de sistemas acadêmicos, trâmites legais) em detrimento dos saberes específicos da atuação docente. No entanto, não podemos desconsiderar que a experiência analisada retrata um programa relativamente jovem, com apenas dez anos de existência, e que, frente às alterações que já experimentou, acreditamos haver uma preocupação em aprimorar o programa de formação pedagógica e de desenvolvimento profissional docente

    Os serviços de apoio pedagógico aos discentes no ensino superior brasileiro

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    Livro organizado pelo autores com 18 capítulos, cada qual com suas respectivas autorias.O livro “Os serviços de apoio pedagógico aos discentes no ensino superior brasileiro” nasceu da necessidade de dar voz aos vários profissionais que atuam em serviços de apoio aos estudantes do ensino superior e que desenvolvem ações de apoio pedagógico. Essa necessidade primeiro nos levou ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Unicamp e, durante uma disciplina, “Educação Superior e o Estudante Universitário”, nos descobrimos com o mesmo objeto de pesquisa, o apoio pedagógico, e com trajetórias semelhantes. Ambos pedagogos, servidores técnico-administrativos em educação de universidades federais que, ao se depararem com o exercício da profissão com alunos de graduação, em um serviço de apoio pedagógico, se viram sem respostas para a maioria das suas perguntas. E sem saber onde buscar essas respostas. O livro foi dividido em três partes, a primeira com três capítulos de fundamentação teórica sobre ensino superior, assistência e permanência estudantil e o desenvolvimento dos serviços de apoio aos estudantes, a segunda com relatos de experiências em serviços de apoio pedagógico no ensino superior, em especial em universidades federais e a terceira com três textos que complementam o livro proporcionado outras formas de reflexão sobre o assunto, além de ao final apresentarmos algumas considerações finais, sistematizando as informações trazidas em todo o livro.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES
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