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    AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE Rickettsia rickettsii EM CARRAPATOS DO GÊNERO Amblyomma cajennense ENCONTRADOS EM SUÍDEOS ASSELVAJADOS ABATIDOS POR CONTROLADORES NO ESTADO DE SANTA CATARINA

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    Riquetsioses são zoonoses causadas por bactérias da Família Rickettsiaceae, especialmente aspertencentes aos gêneros Rickettsia que causam a doença denominada febre maculosa. NoBrasil, Rickettsia rickettsii é o principal agente da febre maculosa brasileira, sendo o carrapatotrioxeno Amblyomma cajennense o principal vetor. A capivara (Hydrochoerus capybara) éincriminada como reservatório de Rickettsia spp. na natureza, pois tem capacidade de mantero agente circulante em seu organismo, sem apresentar sinais clínicos da doença. Porém, abaixa especificidade parasitária permite que ocorra a troca de hospedeiros dos carrapatos dogênero Amblyomma durante seu ciclo biológico. Além disso, a capacidade de transmissão deRickettsia spp. transestadial e transovariana, associada a coabitação de javalis e capivaras nanatureza, sugerem a possibilidade de javalis estarem participando do ciclo epidemiológico dafebre maculosa. O objetivo deste trabalho foi classificar os carrapatos colhidos de suídeosasselvajados, abatidos legalmente para controle populacional no estado de Santa Catarina eavaliar, através da técnica de PCR convencional, a prevalência de R. rickettsii nestes vetores.Foram acompanhados abates legalmente autorizados de 61 javalis durante o período deoutubro de 2017 a novembro de 2018 em várias cidades de Santa Catarina, para coleta eclassificação taxonômica de carrapatos no IFC - Campus Concórdia. Ao total, 27 carrapatosem diferentes estágios de desenvolvimento foram colhidos aderidos à pele de nove animais(14,75%) abatidos, sendo que o maior grau de parasitemia foi observado no mês de novembrode 2018. Destes, três foram classificados como Dermacentor sp. e 24 como A. cajennense,que foram destinados à pesquisa de Rickettsia. A extração do DNA foi realizada em doiscarrapatos, sendo estes triturados e extraídos pela técnica de isotiocianato de guanidina,clorofórmio e isopropanol. A qualidade do DNA extraído foi testado por eletroforese em gelde agarose a 1,5%, para a observação das bandas do material genético, sendo que as bandasesperadas foram observadas. Para a PCR, foi preparado, em um tubo, uma mistura contendoSupermix®, dois iniciadores, Taq polimerase e o DNA extraído. Os iniciadores utilizados naprimeira reação amplificam gene conservado em todas as espécies do gênero Rickettsia. APCR foi realizada com termociclador e o produto submetido à eletroforese em gel de agarosecom brometo de etídio, em cuba horizontal de corrida. A visualização das bandas foi realizadacom um transiluminador ultravioleta. Ambas as amostras testadas foram negativas, o quedemonstra que os dois carrapatos não apresentavam infecção por Rickettsia spp. Em seguida,dois iniciadores específicos para R. rickettsii foram desenhados neste trabalho com softwarePrimer-BLAST, utilizando a sequência genômica do agente disponível no NCBI. Assequências senso e anti-senso dos iniciadores criados foram 5’-ACCGCTACTCGGTTGCATAA-3’ e 5’-ACAGATGTCACACCGTAGTCA-3’,respectivamente. Para a conclusão do projeto, os demais 25 carrapatos armazenados serão futuramente testados, bem como será de extrema importância a utilização de um controlepositivo para validar a PCR para Rickettsia isoladas na região de Santa Catarina

    AVALIAÇÃO DE TRATAMENTOS CONTRA ENTEROBACTÉRIAS EM CAMA DE FRANGO DE CORTE

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    No Brasil, dois sistemas de produção são os mais utilizados na avicultura: o convencional e dark house. O objetivo deste trabalho foi avaliar dois tratamentos em camas reutilizadas de frangos de corte para a redução de enterobactérias, comparando estes dois sistemas. Foram avaliadas 80 amostras de camas de aviários de ambos os modelos tratatas com cal virgem (T1) ou tratadas com fermentação seguida de cal (T2). . Para avaliação microbiológica, as amostras foram coletadas um dia antes do abate e cinco dias após os tratamentos, ressuspendidas, diluidas e plaqueadas em meio Mac Conkey. Os resultados indicaram que os grupos tratados somente com cal virgem apresentaram redução significativa (p<0,05) de enterobactérias em ambos os sistemas, mostrando sua eficiência na redução da carga microbiológica em camas reutilizadas

    Typhlocolitis by Edwardsiella tarda in a Cow

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    Background: Edwardsiella tarda has been report as etiology of gastroenteritis in both human and veterinary medicine, usually associated with exposure to aquatic environments in immunocompromised individuals. The present report describes a case of typhlocolitis in a cow in the west region of Santa Catarina state, Brazil. Case: After clinically evaluation of animal and proceeding euthanasia and realized the necropsy. Tissue samples were collected, and routinely processed for histological examination. Histopathological lesions were described as mild, moderate and severe. Tissue and swabs samples of small and large intestine were sent to standard microbiological culture processing. At necropsy, cattle presented severe dehydration and emaciation. Eye and vaginal mucosa were severely congested. The opening of the abdominal cavity revealed a great amount of greenish fluid and a large amount of fecal material, associated with diffuse severe peritonitis, evidenced by hyperemia and severe deposition of fibrin in the visceral and parietal peritoneal surface. In the serosa of the cecum, there were two points of rupture, observed in the proximal colon. The mucosa of cecum and colon were severely edematous, hyperemic, and presented diffusely distributed pinpoint round hemorrhages, as well as fibrinonecrotic material adhered to the surface. Histologically, in the mucosa of cecum and colon, moderate to severe diffuse inflammatory infiltrate of neutrophils, lymphocytes and plasma cells associated with multifocal severe necrosis were observed. Moderate diffuse fibrin deposition was evidenced in the submucosa and muscular, as well as multifocal moderate necrosis in the muscular layer. In the serous, severe diffuse inflammatory infiltrate of neutrophils associated with fibrin deposition and innumerous coccoid bacterial colonies were observed. The samples subjected to bacterial isolation showed growth of Edwardsiella tarda. All samples were negative for Salmonella spp. and Yersinia spp.Discussion: The final diagnosis was established through the association of clinical history, clinical signs, gross and histopathological lesions, as well as, bacterial isolation of the etiological agent, Edwardsiella tarda. In this case, it is conjectured that the reservoirs which cattle had access represented the source of infection. The fact that the animal was in the immediate postpartum period may have predisposed to the development of clinical disease due to immunosuppression. In domestic animals, Edwardsiella tarda has been reported in swine, and as a cause of septicemia in calves. Clinically, intestinal manifestations observed in edwardsiellosis in cattle are indistinguishable from several other conditions that cause diarrhea, such as infectious, nutritional or parasitic diseases. The main differential diagnoses are salmonellosis and yersiniosis due to the similarities regarding to gross and histopathological lesions in these cases compared to cases of edwardsiellosis. Salmonellosis is characterized by grey to yellowish, fetid diarrhea in which blood and mucus are oftentimes observed. At necropsy, catarrhal, hemorrhagic or fibrinous enteritis may be evidenced. The lesions initially are seen in the ileum. However, in the chronic stages of infection, foci of necrosis and ulceration may be noted mainly in the cecum and colon. Histologically, a fibrin layer associated with necrosis and mucosal ulceration can be observed in the small intestine and initial portion of large intestine. Inflammatory infiltrate composed predominantly by neutrophils, as well as fibrin thrombi in capillaries and venules are also observed. Lesions observed are similar that described in ulcerative colitis by E. tarda in human patients. In conclusion, Edwardsiella tarda can lead to a fatal typhlocolitis in cattle, being an important differential diagnosis in cases of acute diarrhea.Arya A.V., Rostom A., Dong W.F. & Flynn A.N. 2011. Crohn’s Disease Exacerbation Induced by Edwardsiella tarda Gastroenteritis. Gastroenterology. 5(3): 623-627.Engel J.J. & Martin T.L. 2006. Edwardsiella tarda as a cause of postdysenteric ulcerative colitis. International Journal Colarectal Disease. 21(2): 184-185.Ewing W.H., McWhorter A.C., Escobar M.R. & Lubin A.H. 1965. Edwardsiella, a new genus of enterobacteriaceae based on a new species, E. tarda. International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology. 15(1): 33-38.Gelberg H.B. 2013.Sistema Alimentar, Peritônio, Omento Mesentério e Cavidade Peritonial. In: McGavin M.D. & Zachary F.M. (Eds). Bases da patologia em veterinária. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, pp.378-382.Janda J.M. & Abbott S.L. 1993.Infections Associated with the Genus Edwardsiella: the role of Edwardsiella tarda in human disease. Clinical Infectious Diseases. 17(4): 742-748.Leung K.Y., Siame B.A., Tenkink B.J., Noort R.J. & Mok Y.K. 2012. Edwardsiella tarda – Virulence mechanisms of an emerging gastroenteritis pathogen. Microbes and Infection. 14(1): 26-34. Litton K.M. & Rogers B.A. 2016.  Edwardsiella tarda Endocarditis Confirmed by Indium-111 White Blood Cell Scan: An Unusual Pathogen and Diagnostic Modality. Case Reports in Infectious Diseases. 2016:1-3.  Magalhães H., Freitas M.A., Santos J.A. & Costa C.H.C. 1984. Septicemia por Edwardsiella tarda, em bezerro. Pesquisa Agropecuária Brasileira. 19(3): 367-370.Hirai Y., Ashata-Tago S., Ainoda Y., Fujita T. & Kikuchi K. 2015.Edwardsiella tarda bacteremia. A rare but fatal water – and foodborne infection: Review of the literature and clinical cases from a single centre. The Canadian Journal of Infectious Diseases & Medical Microbiology. 26(6): 313-318. Mikamo H., Ninomiya M., Sawamura H. & Tamaya T. 2003. Puerperal intrauterine infection caused by Edwardsiella tarda. Journal of Infection and Chemotherapy. 9(4): 341-343.Mohanti B.R. & Sahoo P.K. 2007. Edwardsiellosis in fish: a brief review. Journal of biosciences. 32(7): 1331-1344. Owens D.R., Nelson S.L. & Addinon J.B. 1974. Isolation of Edwardsiella tarda from Swine. Appllied microbiology. 27(4): 703-705.Park S.B., Aokil T. & Jung T.S. 2012. Pathogenesis of and strategies for preventing Edwardsiella tarda infection in fish. 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Extraintestinal manifestations of Edwardsiella tarda infection. International Journal of Clinical Practice. 59(8): 917-921.

    Experimental Infection by Brucella ovis: Changes in NTPDase, 5'-Nucleotidase and Acetylcholinesterase Associated Cerebral Oxidative Stres

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    Background: Changes in purinergic and cholinergic signaling have been demonstrated in various pathologies associated with inflammation; however, the changes in brucellosis caused by the Gram-negative coccobacillus Brucella ovis are not known. B. ovis is generally asymptomatic in sheep. Hepatosplenomegaly has been described in B. ovis, a non-zoonotic species, characterized by an extravascular inflammatory response. Purinergic system enzymes are closely involved with the modulation of the immune system, pro- and anti-inflammatory events. The objective of this study was to investigate the role of ectonucleotidases and cholinesterase’s in the brains of mice experimentally infected with B. ovis.Materials, Methods & Results: Forty-eight animals were divided into two groups: control (n = 24) and infected (n = 24). In group infected, 100 µL containing 1.3 x 107 UFC B. ovis /mL via intraperitoneal was used in inoculation. The brains were collected from the animals on days 7, 15, 30 and 60 post-infection (PI). We measured levels of TBARS (substances reactive to thiobarbituric acid) and ROS (reactive oxygen species) in the brain. The activity of NTPDase (using ATP and ADP as substrate) and 5'-nucleotidase (using AMP as substrate) were evaluated in brain in addition to histopathological analysis. No histopathological lesions were observed in the control group nor the infected group at days 7, 15, and 30 PI. However,multifocal areas with moderate microgliosis and inflammatory infiltrates in the cerebral cortex were observed at day 60 PI in the infected animals. B. ovis DNA was detected in brain. During the course of infection, B. ovis caused greater lipid peroxidation in the brains of infected animals than in the control group at day 60PI. No significant results were observed at 7, 15 or day 30 PI. Similarly, there was significantly more reactive oxygen species at day 60 PI in brains of infected animals than in the control group. NTPDase activity (using ATP and AMP as substrate) was lower at days 7 and 15 PI in infected animals than in control. However, during the course of infection there was an increase in NTPDase activity at day 60 PI in the infected group. The infected animals showed a decrease of 5´-nucleotidase (AMP as substrate) activity at days 7 and 30 PI. On the other hand, 5´-nucleotidase activity was greater on day 60 PI in the experimental group than in the control. The results suggest that nucleotide hydrolysis was low in the acute phase (up to day 30 PI) due to the decrease of NTPDase and 5´-nucleotidase activities. After day 60 PI, there was a reversal in enzyme activities, probably with concomitant increase of extracellular nucleotides. AChE activity in brain on days 30 and 60 PI compared to control.Discussion: Among the functions of NTPDase are inhibition of platelet aggregation, vascular homeostasis, modulation of inflammation and immune response, all via its regulation of extracellular concentrations of ATP, a pro-inflammatory molecule. E-NTPDase plays an important role in controlling lymphocyte function, including antigen recognition and activation of cytotoxic T cell effector functions, as well as the generation of signals. The enzyme E-5´-nucleotidase also exerts non-enzymatic functions, including induction of intracellular signaling and mediation of cell-cell adhesion and cell-matrix and migration. Levels of acetylcholine are regulated by cholinesterase enzymes that are present in cholinergic and noncholinergic tissues, as the acetylcholinesterase (AChE) is a membrane-bound enzyme, primarily found in the brain and cholinergic neurons, where it participates in the structural regulation of postsynaptic differentiation. The results demonstrated that the chronicity of infection by B. ovis causes oxidative damage and inflammation in the brain, as well as modulation of ectonucleotidases and AChE activities

    PROJETO DE MONITORIA: UMA FERRAMENTA EXTRACURRICULAR NA DISCIPLINA DE PATOLOGIA VETERINÁRIA

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    A disciplina de patologia veterinária tem como objetivo o entendimento das diferentes ações e reações do organismo animal, perante o enfrentamento de diversas doenças. Com isso, é possível conhecer, identificar e analisar as lesões das enfermidades estudadas durante o curso de medicina veterinária. Neste cenário, são ofertadas aulas práticas onde os alunos realizam necropsias a campo, na sua grande maioria, em animais de produção, mas também são realizadas em animais de companhia no laboratório, que são indispensáveis para a correlação com a teoria. A monitoria na disciplina de patologia veterinária visa auxiliar no processo de aprendizado, ofertando aos alunos outras atividades de ensino relacionadas ao conteúdo ministrado pelos docentes. Este projeto propiciou a continuidade do museu anatomopatológico, que objetiva a coleta e elaboração de peças de órgãos com lesões macroscópicas de patologias recorrentes na rotina do Laboratório de Patologia Veterinária (LPV), colhidas a partir das necropsias a campo nas aulas práticas. Essas peças foram fixadas em formol a 10% e, posteriormente, armazenadas em solução salina supersaturada, a qual possibilita sua conservação por um longo período de tempo e com garantia de um manuseio seguro e sem risco de toxicidade. A principal utilidade das peças são para monitoria, assim como utilizadas em aulas práticas , quando eventualmente não há disponibilidade de animais para a realização de necropsias. Na monitoria, os alunos puderam, em horários agendados, ver e manusear as peças, assim como sanar dúvidas sobre as enfermidades, visando um aprendizado adicional daquele ministrado pelos docentes. Foram realizados também exercícios e um simulado, para que os alunos pudessem ter uma experiência similar, antes de realizarem a prova prática de imagens. Em relação às provas teóricas, foram desenvolvidos questionários e casos clínicos, ambos com gabaritos, para melhor entendimento e fixação do conteúdo. Por fim, próximo ao encerramento do projeto, foi disponibilizado um formulário online, onde os discentes puderam avaliar o quão proveitosa foi a experiência e colaborar com melhorias, através de opiniões e sugestões para projetos futuros

    MANUAL DE PATOLOGIA VETERINÁRIA

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    A necropsia consiste no exame do cadáver, a fim de identificar a causa da morte, podendo ser denominada também como autópsia ou exame post mortem. É uma excelente ferramenta de diagnóstico, pois a partir do estabelecimento do diagnóstico definitivo pela necropsia e histopatologia, medidas de controle e prevenção de enfermidades podem ser recomendadas e instauradas. O objetivo será reduzir futuras perdas econômicas. Durante a necropsia é importante que o aluno e/ou o profissional saiba diferenciar as lesões importantes de não lesões, lesões sem significado clínico, alterações cadavéricas e estruturas anatômicas incomuns. Isso ocasionará a coleta das lesões importantes ao diagnóstico. Entretanto, é comum nos laudos de necropsia recebidos pelos laboratórios de diagnóstico histopatológico do país, o envio de amostras que não contém tais lesões, como por exemplo, hemolinfático de bovino (estrutura anatômica normal). Esse projeto teve como objetivo determinar, classificar e descrever as mais comuns não lesões, lesões sem significado clínico e alterações cadavéricas observadas a campo em necropsias de bovinos. Posteriormente, produzir um e-book (gratuito) objetivando treinar e aperfeiçoar os alunos e veterinários em relação à técnica e descrição de necropsia. Primeiramente, foram listadas todas as não lesões, lesões sem significado clínico e alterações cadavéricas em bovinos encontradas em necropsias que julgou-se atrapalhar o diagnóstico, por chamar a atenção do executor, dentre outros fatores. Utilizou-se para isso a rotina de diagnóstico do Laboratório de Patologia Veterinária do IFC Campus Concórdia: uma média de 177 bovinos necropsiados ao ano (dados de 2013-2022). Posteriormente, realizou-se a documentação fotográfica, catalogação, edição e descrição. Após isso foi produzido um e-book, disponibilizado gratuitamente para toda a comunidade acadêmica do Campus Concórdia, de outras instituições e para os veterinários atuantes. O livro foi publicado como a segunda edição do Atlas de Patologia Veterinária, contendo uma grande quantidade de fotos com texto explicativo de cada tópico abordado: abrange 110 figuras. Foi possível produzir um material bibliográfico, revisado e ampliado, referente ao assunto, disponível para consulta dos interessados. Espera-se que a segunda edição do Atlas contribua significativamente no auxílio dos trabalhos de necropsias de alunos e profissionais atuantes no campo da sanidade animal bovina

    BOLETIM DE DIAGNÓSTICO DE PATOLOGIA VETERINÁRIA

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    O ensino da medicina veterinária baseado em livros textos, embora útil, acarreta muitas vezes numa descontextualização do conteúdo abordado em sala com a realidade a ser enfrentada pelos profissionais a campo. Na sua grande maioria, os livros textos utilizados nos cursos de veterinária e afins são americanos ou europeus. Obviamente que há enfermidades mais importantes/ocorrentes nestes países que diferem do que é observado em Santa Catarina. Há ainda inúmeras particularidades devido a práticas de manejo, realidade econômica, aspectos geográficos, de clima, dentre inúmeros outros. O projeto objetivou reunir e publicar os dados de diagnóstico de animais de produção emitidos pelo Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) do IFC Campus Concórdia, produzindo o quarto volume do Boletim de Diagnóstico de Patologia Veterinária. Compilaram-se os dados a partir dos laudos emitidos, em um levantamento retrospectivo. No ano de 2021 foram 247 diagnósticos de bovinos, 32 de ovinos e 14 de suínos em 50 municípios de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Já no ano de 2022, foram 292 diagnósticos de bovinos, 13 de ovinos e 34 de suínos em 45 cidades de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Ao longo dos 10 anos foram emitidos 2.162 laudos de bovinos, 241 de ovinos de 520 suínos, sendo 80,5% a partir de necropsias e 19,5% de diagnósticos anatomopatológicos encaminhados por veterinários externos. Tristeza parasitária bovina - anaplasmose e babesiose (7,5%), miosite clostridial (3,9%), leucose enzoótica bovina (3,9%), intoxicação por nitrato/nitrito (3%), retículo pericardite traumática (2,5%) e endocardite bacteriana - valvar e/ou mural (2,4%) foram as causas de óbito mais comum em bovinos. Em ovinos hemoncose (23,4%), intoxicação por nitrato/nitrito (10,4%) e lipidose hepática (4,3%) foram as patologias mais comuns. Já em suínos, causas infecciosas bacterianas e virais, como circovirose, colibacilose, doença de Glässer, meningite supurativa e pneumonias representam 31,1% dos diagnósticos. Devido ao grande número e diversidade de diagnósticos, constata-se a importância da produção de tal material bibliográfico, para auxiliar tanto produtores e veterinários da região sul do país, como os estudantes de medicina veterinária. Suporte financeiro IFC Campus Concórdia – Edital nº 21/2022

    ESTUDO RETROSPECTIVO DE LINFOMA FELINO NO LABORATÓRIO DE PATOLOGIA VETERINÁRIA DO INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE - CAMPUS CONCÓRDIA

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    A imunodeficiência viral felina (FIV) e leucemia viral felina (FeLV) são doenças depressoras do sistema imune e possuem a característica de transformar as células linfóides em células neoplásicas. A transmissão ocorre pelo contato com saliva e secreções nasais de animais contaminados e via vertical – mãe para filhote. Linfoma é a neoplasia hematopoiética mais comum em gatos, com predileção por órgãos linfóides, como linfonodos e baço, além de fígado, e trato gastrointestinal; apesar de poder se replicar em praticamente qualquer órgão. O objetivo deste trabalho foi avaliar a incidência de linfoma em felinos submetidos a necropsia. Realizou-se um estudo retrospectivo dos gatos necropsiados e diagnosticados com linfoma, pelo Laboratório de Patologia do Instituto Federal Catarinense Concórdia, desde janeiro de 2013 até meados de 2022. A casuística correspondeu a 16 animais, de um total de 30 gatos necropsiados. dos quais 43,75% tiveram acometimento do trato gastrointestinal, 43,75% no fígado, 38% no baço, 31,25% rins, 31,25% linfonodos, e 6,25% coração. Desses animais, 75% tiveram mais de um órgão acometido, demonstrando a capacidade multicêntrica da neoplasia. Outra alteração patológica que se destacou entre os casos foi a caquexia (18,75%) e anemia (12,5%). Os casos de linfoma demoram a ser percebidos pelo tutor, pois para felinos, mais comumente , ocorre primeiro o envolvimento de linfonodos internos (mesentéricos, mediastínicos, ilíaco interno) e menos frequentemente os externos (subescapulares e submandibulares). Dos casos analisados, dois animais apresentaram alterações nos linfonodos superficiais. Além disso, 56,25% dos animais analisados possuíam teste para FIV e FeLV, todos positivos e, 7/9 dos animais eram jovens (menos de 5 anos). Os outros 43,75% dos gatos não tinham histórico de testes, ou seja, não houve nenhuma testagem negativa. Além disso, 78% dos gatos positivos para FIV e FeLV eram machos e jovens. Isso sugere que a neoplasia tenha se desenvolvido no estágio progressivo da doença, durante a fase ativa do vírus. Os machos, por apresentarem características instintivas de brigas e mordeduras têm mais propensão a adquirir a enfermidade, quando comparado a fêmeas. Conclui-se que a forma multicêntrica é mais comum, assim como acomete mais animais machos jovens. Mais da metade dos animais já são encaminhados à necropsia com teste positivo, demonstrando o correto diagnóstico pelos veterinários clínicos

    Plant Poisoning Containing Hydrocyanic Acid in Cattle in Southern Brazil

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    Background: Cyanogenic plants accumulate cyanogenic glycosides and release hydrocyanic acid (HCN). In Brazil, there have been reports of several plants that cause HCN poisoning in animals and lead to a fast death with few clinical signs and lesions on post-mortem examination. Some cultivars of Cynodon spp. grasses cause HCN poisoning in cattle in Brazil. The objectives of this work were to report the occurrence of deaths by HCN poisoning in cattle as diagnosed by the veterinary pathology laboratory, describe the quantity of HCN in some cultivars of Cynodon spp., as well as, to describe one cultivar of genus Cynodonnever reported as poisonous.Materials, Methods & Results: The archives of the Veterinary Pathology Laboratory (LPV) at the Concórdia Campus of the Instituto Federal Catarinense (IFC) were reviewed, seeking cases with a diagnosis of hydrocyanic acid poisoning in cattle after post mortem examination. The amount of HCN present in some cultivars of the Cynodon genus was quantified due to the high frequency of poisoning cases. From the 1,235 post mortem examinations of cattle 28 (2.27%) were diagnosed with spontaneous hydrocyanic acid poisoning, 17 cases (60.7%) due to ingestion of Prunus sp. or Manihot sp., and 11 cases (39.3%) of Cynodon dactylon ingestion. Most animals were found dead, normally having presented no clinical signs. Macroscopic evaluation mainly showed a severe amount of unchewed and undigested leaves or grass mixed in the ruminal content presenting a bitter almond odor. It was possible to infer that, among cultivars of the Cynodon genus, Florakirk showed the highest levels of HCN compared (P < 0.05) with Star of Puerto Rico, Tifton 68, Tifton 44, and Coast-Cross. Furthermore, Tifton 85 and Jiggs showed undetected levels of HCN. Leaves showed the highest HCN levels when comparing different parts of the plant. Regarding conservation methods, hay showed undetectable levels of HCN.Discussion: To the best of our knowledge, this work is the first description of HCN poisoning in cattle due to ingestion of Cynodon dactylon cultivar Florakirk. This condition is described with a fast-clinical course, with animals found dead with no premonitory clinical signs. Poisoned animals did not develop macroscopic or microscopic specific lesions. Poisoning can be suspected when animals die suddenly, with absence of lesions under necropsy, and large amounts of unchewed and undigested leaves or grass inside their forestomaches. The diagnosis can be established performing the Picrosodic paper test, either in the pasture, or in the ruminal content. Occasionally however, HCN can go undetected when this chemical compound volatilizes between death and necropsy after several hours. Of all the Cynodon cultivars evaluated, Florakirk was the most dangerous for animals. In contrast, Tifton 85 and Jiggs released no HCN. Leaves were the part of the plant presenting the highest concentration of HCN. This is a defense mechanism that the plant develops against the ingestion by animals. This condition can cause great economic losses to farmers with the loss of animals and the need for prevention by using cultivars without HCN or hay, as 2.27% (28) of deaths diagnosed by the Veterinary Pathology Laboratory in the west of Santa Catarina, Brazil, were due to HCN poisoning. Notably, Florakirk cultivar was identified as the most dangerous cultivar tested, with higher levels compared with Tifton 68. The Star of Puerto Rico cultivar showed similar levels of HCN as Tifton 68. Both cultivars are commonly cultivated in many farms in the south of Brazil

    RELATO DE CASO: ACANTHOCHEILONEMA EM CANINO NO MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA – SC

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    O acometimento dos cães e gatos por filarioses no Brasil possui grande importância pela sua patogenicidade e capacidade zoonótica, por isso é importante realizar a identificação dos parasitas e diferencia-los entre suas espécies. Sendo algumas delas mais patogênicas como a Dirofilaria immitis que provoca doença cardiorrespiratória conhecida como “doença do verme do coração”, como também existem outras espécies menos perigosas como Acanthocheilonema reconditum, Cercopithifilaria bainae e Onchocerca lupi,é de suma importância saber com qual espécie a região foi acometida. É importante destacar a diferença entre Acanthocheilonema entre as outras espécies, especialmente pela Dirofilariose sendo a mais patogênica, por isso, foi realizado ecocardiograma para procura de filarias no coração pelo fato do sinal clínico característicos de dispneia, porém, não encontrado, outro fator seria a localização litorânea típica da Dirofilariose, não coincidindo com a região oeste de Santa Catarina, também analisado comprimento, largura e formato morfológico não se assemelha com a medição realizada. Ao comparar outras espécies, a Cercopithifilaria também não se encaixa por não possuir seu vetor Rhipicephalus sanguineus na região, já a Onchocerca lupi apresenta características morfológicas diferenciadas, sendo mais espessa e sem gancho na extremidade. O presente estudo relata o caso de filariose em um cão na cidade de Concórdia, Santa Catarina. O cão sem raça definida, macho de 3 anos de idade foi atendido em horário de plantão em outubro de 2022 na Clínica Veterinária Pet Life com histórico de anorexia, emagrecimento progressivo, salivação e respiração ofegante. Na avaliação física foi notado duas petéquias na gengiva, presença de carrapato e febre. Animal foi medicado com dipirona e ondansetrona. No dia seguinte foram enviados amostras de sangue para análise no CADAN Laboratório Veterinário, no hemograma realizado foi evidenciado trombocitopenia, hiperproteinemia, bioquímico com alteração leve em bilirrubina, e pesquisa de hemoparasita, feito o esfregaço sanguíneo, capa leucocitária, analisando esfregaço de ponta de orelha com gota espessa positivando para microfilária que se movimentava rapidamente. Para identificação sugestiva do gênero da microfilária foi realizado medição no programa Image J. obtendo um comprimento de 137,01 µm e largura variando entre 2,60 a 2,96 µm. Conforme a morfologia evidenciada no microscópio sugere-se que o gênero encontrado seria Acanthocheilonema sp, pelo fator de movimentação ao decorrer da lâmina, presença de carrapatos no exame físico, sendo um dos vetores da doença, presença de petéquias na mucosa oral e características morfológicas de corpo curto, delgado e cauda com formato de gancho. Portanto, o objetivo deste estudo é realizar o primeiro relato de caso na cidade de Concórdia, Santa Catarina, com o intuito de identificar a filaria sugestiva de Acanthocheilonema reconditum para posteriormente realizar a técnica de Reação de Cadeia de Polimerase (PCR) para confirmatório da espécie, a fim de relatar a incidência da doença na região, principalmente pelo fato de ser uma zoonose. Palavras chave: Acanthocheilonema reconditum, filaria, espécie
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