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    Corumbiara: massacre ou combate?A luta pela terra na fazenda Santa Elina e seus desdobramentos

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    Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação: Mestrado em Geografia da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Geografia. Orientadora: Profa. Dra. Maria Ivonete Barbosa Tamboril.O presente trabalho propõe-se a contribuir com o estudo da questão agrária em Rondônia a partir de um referencial empírico: a trajetória de luta de cerca de 600 famílias de camponeses sem terra na Fazenda Santa Elina em Corumbiara – RO que culminou com o conhecido ―Massacre de Corumbiara‖. Com o intuito de investigar o conflito de Santa Elina partindo da história individual até a conformação em um movimento camponês organizado na disputa de território, buscamos compreender a interpretação dos camponeses acampados ao que foi denominado pelo monopólio dos meios de comunicação como massacre de Corumbiara, além de identificar as principais motivações econômicas, políticas e ideológicas que possibilitaram a ocupação, a organização e a consolidação de um acampamento na região onde a organização camponesa era débil e a organização latifundiária era sólida. A partir do conflito ocorrido em 09 de agosto de 1995, buscamos compreender, ainda, como se deu o processo organizativo daquelas famílias em torno de um movimento camponês que hoje disputa a hegemonia da organização camponesa em Rondônia. O método utilizado na pesquisa é o materialismo histórico-dialético para analisar a questão agrária, utilizando-se das ferramentas adotadas pelos estudiosos da Geografia Agrária, para compreender as relações entre espaço, território e lugar

    Estado da arte: mulheres na produção científica da Universidade Federal de Rondônia

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    Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Psicologia - Mestrado Acadêmico (MAPSI) do Departamento de Psicologia, Núcleo de Saúde, da Universidade Federal de Rondônia, para a obtenção do título de Mestra em Psicologia Orientadora: Profa. Dra. Maria Ivonete Barbosa Tamboril.Esta dissertação analisa a produção científica sobre mulheres realizadas na Universidade Federal de Rondônia, especificamente entre os anos de 2000 a 2015. Ela parte de algumas questões problematizadoras a fim de mapear qual é a trajetória dos estudos sobre mulheres na UNIR. Diante da organização da referida pesquisa e considerando os objetivos elencados que são: analisar a ênfase das temáticas abordadas na produção acadêmica, no sentido de perceber as principais tendências nas pesquisas sobre mulheres e/ou gênero; analisar os principais referenciais teóricos que subsidiaram e sustentaram as pesquisas sobre mulheres e/ou gênero; descrever as principais abordagens metodológicas, tipos de estudo e análises das pesquisas que tratam da temática mulheres e/ou gênero; verificar quais os principais resultados indicados nas produções acadêmicas sobre mulheres e/ou gênero, identificando os aspectos abordados e os ignorados que podem constituir-se em objetos de investigação e futuras pesquisas deste campo; organizamos seis categorias para análise descritiva, referentes à temática mulheres, a destacar: 1) Identidades, 2) Saúde, 3) Educação, 4) Violência, 5) Mulheres indígenas, 6) Abuso sexual. O método utilizado para a coleta de dados foi a pesquisa documental do tipo estado da arte, além da técnica de análise de conteúdo, dividida em duas etapas. Na primeira fase da coleta de dados, foi elaborado uma ficha para coleta de informações sobre as dissertações selecionadas, tais como: resumo, método, referencial teórico, dente outros. Na segunda fase, a partir das informações coletadas nas dissertações, foram criadas seis categorias de análise. Como conclusão, acreditamos que o fomento para a realização de pesquisas, projetos e produção cientifica que contemple essa temática deva ser incentivado e ampliado na Unir, para que, a partir das reflexões acadêmicas, projetos de extensão sejam implementados, e que atendam a comunidade em geral com intuito de diminuir as desigualdades de gênero e propor momentos de reflexão sobre as práticas preconceituosas, desiguais e violentas enfrentadas por muitas mulheres que vivem em Rondônia

    Violência Contra Mulheres em Porto Velho/RO: pesquisa documental em serviço psicossocial

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    Desde 2006, o Brasil procura intervir em atos de violência contra mulheres e oferecer atendimento multidisciplinar às pessoas envolvidas. Esta pesquisa descreve características do público atendido em um serviço psicossocial em Porto Velho, Rondônia. Por pesquisa documental, foram analisadas 469 fichas de atendimentos do período de 2011 a março de 2015. Os resultados apontam baixa escolaridade e envolvimento com drogas por parte dos homens, alta incidência de violência psicológica, e baixa renda e permanência da união no tocante aos casais. A baixa reincidência dos casos no local corrobora que atividades em grupo são importantes para prevenir a repetição da violência. Discute-se a relevância de uma leitura de gênero que considere as condições históricas da região e a perpetuação de suas consequências para as relações entre homens e mulheres

    Não é assim de graça!: lei de cotas e o desafio da diferença

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    Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação: Mestrado Acadêmico em Psicologia - MAPSI, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Psicologia. Orientadora: Profa. Dra. Maria Ivonete Barbosa Tamboril.A presente dissertação teve como objetivo analisar o processo de implantação da Lei de Cotas no Instituto Federal de Rondônia, especificamente no Campus Porto Velho Calama. Para tanto, a abordagem qualitativa foi considerada a mais pertinente. Os dados foram colhidos por meio de análise documental, entrevistas semiestruturadas e grupo focal. Para organização e sistematização dos dados coletados utiliza-se a análise de conteúdo. Teoricamente o trabalho está orientado pelos estudos desenvolvidos no campo da Educação e da Psicologia, principalmente por trabalhos da Psicologia Social. Os resultados obtidos indicam a existência de limitações e desafios para que a instituição consiga, por meio do mecanismo de cotas, atuar na diminuição das desigualdades existentes na sociedade, potencializando os beneficiários para o acesso a bens materiais e simbólicos. A forma como vem conduzindo a inserção dos estudantes cotistas revela um processo marcado pela omissão em questões cruciais para uma efetiva democratização da instituição. O silenciamento frente a questões de acesso dos estudantes indígenas e o não estabelecimento de mecanismos de acompanhamento do processo de inserção dos estudantes cotistas são questões evidenciadas. Seletividade, meritocracia, homogeneidade das turmas, uniformização de estratégias pedagógicas, expectativas preconceituosas e negativas quanto à capacidade dos cotistas são concepções facilmente encontradas nos discursos e relatos dos profissionais. Em contraposição à construção deste cenário, o posicionamento dos estudantes cotistas em relação a esta condição é concebido como fruto de um direito, em função do processo de desigualdade social vivenciado pelos grupos aos quais pertencem. Bem como, argumentam a manutenção do princípio meritocrático nas cotas, a partir da nova estratégia de atribuição do mérito, na qual as diferenças são consideradas. A condição de estudante oriundo de escola pública é a que encontra maior consenso entre os estudantes como critério para cotas e surge como o fator de maior impacto no processo de escolarização dos mesmos. O critério étnico-racial das cotas, especificamente quanto ao estabelecimento de cotas para negros, revela que os discursos tensionados existentes na sociedade sobre a temática também se manifestam entre os estudantes. Quanto aos processos interacionais estabelecidos entre os estudantes cotistas e não-cotistas, em detrimento das disputas e das concepções negativas que permeiam a temática, não é evidenciado o estabelecimento de processos de diferenciação em relação aos cotistas. Espera-se que este retrato sobre a forma como esta sendo vivenciado o processo de escolarização dos estudantes cotistas na instituição possa promover o reconhecimento da existência de uma omissão institucional em relação aos cotistas e auxiliar a instituição no planejamento de futuras intervenções com vistas à criação de um ambiente institucional capaz de superar tal cenário. Esta superação é essencial para que a Lei de Cotas possa efetivamente potencializar transformações sociais, com alterações no perfil étnico-racial, econômico e sociocultural dos lugares de poder na sociedade brasileira

    Asinhas da Florestania e o processo de escolarização de crianças amazônidas

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    Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação: Mestrado Acadêmico em Psicologia - MAPSI, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Psicologia. Orientadora: Profa. Dra. Maria Ivonete Barbosa Tamboril.O Asas da Florestania Infantil, mais conhecido como “Asinhas”, é um programa de ensino, criado e desenvolvido pela Secretaria Estadual de Educação e Esporte (SEE), do Estado do Acre, desde 2009, e visa atender a crianças de quatro e cinco anos que moram em locais longínquos e que, dessa forma, não têm acesso à educação infantil. Este trabalho, resultado de uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, analisa o Programa “Asinhas”, no período de 2009 a 2015, a partir de uma análise interpretativa dos discursos, coletados com entrevistas semiestruturadas e das informações obtidas por meio da pesquisa documental. Como recurso para as entrevistas, foi utilizado um gravador de áudio. Este estudo teve como colaboradoras duas agentes educacionais, uma técnica, uma gestora e uma familiar de criança atendida pelo “Asinhas”, todas residentes em Rio Branco, capital do Acre. A seleção destas, realizada de forma aleatória, foi autorizada tanto pela SEE como pelas próprias participantes que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A fim de embasar a discussão, o referencial teórico apresenta uma reflexão acerca da construção histórica e social da infância, da Psicologia do Desenvolvimento e Psicologia Escolar/Educacional, das Políticas Públicas Educacionais e, por último, a contextualização histórica, descrição do programa e a análise dos discursos obtidos em paralelo ao referencial teórico. A pesquisa demonstrou, por meio dos discursos, que, para as participantes, o “Asinhas” é eficaz, e estes acreditam na necessidade de permanência do mesmo, bem como o consideram uma alternativa para sanar a deficiência de atendimento ao público de quatro e cinco anos do campo que não tem acesso à educação infantil. Os dados trazem, ainda, as diversas dificuldades encontradas para a execução do programa, dentre elas, a de acesso às comunidades e o pouco interesse de alguns gestores municipais em aderir ao projeto. O programa não possui todas as características previstas pela legislação educacional para a educação infantil, no entanto sua proposta de atuação apresenta vários fatores positivos, dentre eles, o atendimento personalizado, o envolvimento da família, o contato com a natureza e a ênfase na cultura local, favorecendo, dessa forma, o processo de escolarização por meio do estímulo ao desenvolvimento físico, cognitivo e psicossocial da segunda infância. A iniciação ao letramento e o desenvolvimento psicomotor e cognitivo fazem parte dos objetivos das atividades desenvolvidas pelos agentes junto às crianças. Tendo em vista os aspectos observados neste estudo, espera-se que ações inclusivas como o Programa “Asinhas” sejam fomentadas para atender às comunidades excluídas e privadas de seus direitos e que se tornem referência para reflexão, revisão e formulação das Políticas Públicas Educacionais para a educação infantil

    Violência contra mulheres

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    O presente trabalho objetiva realizar uma revisão de estudos empíricos sobre violência contra mulheres na região de Porto Velho, Rondônia. A pesquisa seguiu o método de revisão narrativa e foi justificada devido à permanência de altos índices de violência contra mulheres na capital, mesmo com a implantação dos dispositivos de proteção e assistência às mulheres. A busca foi realizada em bibliotecas eletrônicas e complementada com outras publicações acadêmicas. Nelas, são confirmados os altos índices de violência contra mulheres em Porto Velho e muitas dificuldades no funcionamento da Rede de Atendimento às mulheres da cidade. Conclui-se que, além de aprimorar a rede, também é preciso que esta seja articulada com outras políticas públicas, para melhor prevenir a violência contra mulheres na cidade estudada.

    Amor e dor: violência na vida conjugal de uma mulher

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    Dissertação apresentada à Universidade Federal de Rondônia como parte dos requisitos para a obtenção do título de mestre em Psicologia.A violência contra a mulher, também denominada de “violência conjugal”, é um fenômeno que atinge mulheres de toda parte do mundo, classes sociais, idades, etnias e gerações, não se restringindo a um determinado “jeito de ser mulher”. Ao investigarmos o assujeitamento de mulheres à violência conjugal buscamos compreender a dinâmica psíquica de uma mulher de classe média alta em condições de independência financeira do cônjuge, possuindo nível superior completo que se assujeita a uma relação conjugal violenta. Para isso, fez-se necessário uma análise do ponto de vista da mulher quanto a sua percepção sobre o relacionamento violento. A investigação foi orientada pela abordagem qualitativa, utilizando como recurso entrevistas livres e semidirigidas, gravadas e transcritas na íntegra. A partir da análise dos resultados, foi possível verificar que a mulher repete nas relações amorosas, decepções infantis que lhe causaram dor e prazer, revelando um desejo masoquista satisfeito indiretamente, por um desvio, isto é, pela escolha de um objeto amoroso sádico e a indulgência à sua perversão, enquanto que a satisfação direta é recusada. A condição sócio-econômica da mulher não é um fator preponderante para o rompimento da relação violenta, pois sua dependência não é financeira e sim afetiva. A compreensão da dinâmica psíquica feminina em relação à violência conjugal implica em transformações por mais sutis que sejam no acolhimento das mulheres que procuram auxílio na delegacia de polícia da mulher ou nas clínicas médicas, de modo a poder ajudá-las em suas demandas emocionais. É importante compreender que não se pode equacionar o silêncio com o rompimento da relação violenta, pois é difícil já que implica romper todo um modelo de vida, com a esperança de mudança, ou com a fantasia que minimiza as perdas atuais, fazendo o rompimento projetar-se como uma perda insuportável daquilo que de alguma maneira lhe causa prazer

    Políticas públicas para educação especial em Rondônia

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    Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação: Mestrado Acadêmico em Psicologia - MAPSI, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) como requisito final para a obtenção do título de Mestre em Psicologia. Orientadora: Profa. Dra. Maria Ivonete Barbosa Tamboril.Este trabalho tem como objetivo analisar as políticas públicas para a educação especial, implementadas após a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n° 9394/1996) a partir da perspectiva de gestoras e professoras que atuam e atuaram nesta modalidade de ensino na rede pública estadual de Rondônia. Para isso, utilizou-se como metodologia a pesquisa de abordagem qualitativa, tendo como campo de investigação as políticas públicas educacionais para a educação especial. Como instrumento de produção e coleta de dados, foram utilizadas a entrevista individual semiestruturada e análise documental. Foram considerados documentos as leis, decretos, portarias, resoluções, pareceres e declarações referentes à Educação Especial entre os anos de 1997 a 2010 os manuais dos programas produzidos pelo Ministério da Educação por meio da Secretaria de Educação Especial e implementados no estado durante este mesmo período. Para o procedimento de organização e análise dos dados, optou-se pelas orientações metodológicas da análise de conteúdo, tendo como referencial as contribuições de Laurence Bardin (1977/2008). Durante o procedimento de análise e discussão dos dados optou-se pela obra de Lino de Macedo, “Ensaios Pedagógicos: Como construir uma escola para todos” (2005), como base para dialogar com os resultados obtidos. Participaram da pesquisa duas gestoras que estiveram à frente da Subgerência de Educação Especial durante o período que compreende o recorte temporal da pesquisa, duas professoras que atuam no ensino regular, duas professoras que atuam no atendimento educacional especializado e uma professora que atua na equipe gestora da Educação Especial. No procedimento de análise e interpretação dos dados, três temas específicos emergiram das entrevistas, a avaliação e benefícios da inclusão, os problemas com a formação docente e as dificuldades e desafios que ainda se colocam diante da inclusão. Quanto à avaliação e os benefícios dos trabalhos direcionados para a inclusão dos alunos com deficiência, foi possível perceber otimismo diante dos resultados, principalmente no que se refere ao ganho na convivência com a diversidade por parte de alunos e professores. Quanto à temática formação de professores, foram apontados problemas que são basilares como a formação inicial e a falta de uma formação continuada que consiga atender as peculiaridades da escola. A temática, dificuldades e desafios, proporcionou discussões importantes como a mudança na prática docente e a necessidade de se respeitar os diferentes tempos e modos de aprender de todos os estudantes. Os resultados da pesquisa indicam que os programas implementados têm auxiliado as escolas a aumentar a oferta do atendimento ao estudante com deficiência, entretanto, a qualidade do atendimento ainda precisar ser investigada

    TRABALHO DOCENTE E SAÚDE: UM ESTUDO A PARTIR DA PERSPECTIVA DE GÊNERO

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    O texto apresenta os resultados de pesquisa desenvolvida em três municípios de Rondônia, envolvendo 80 professoras que atuavam na Educação Infantil e no Ensino Fundamental, em escolas urbanas e escolas do campo. As referidas professoras foram ouvidas em entrevistas coletivas realizadas nos próprios locais de trabalhoe buscou-se compreender, a partir de seus depoimentos, a forma como lidavam com as diferentes atribuições da vida profi ssional, doméstica e pessoal e as implicações dessas demandas para sua saúde física e mental. Os resultados, analisados à luz da literatura que discute a saúde docente sob o enfoque de gênero, indicam queas condições precárias de trabalho, somadas à baixa remuneração e extensas jornadas têm contribuído para o adoecimento de muitas professoras com visíveis repercussões na qualidade de vida e do trabalho docente
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