57 research outputs found

    Eles são assim: racismo e o terremoto de 12 de janeiro de 2010 no Haiti

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    "Escravos sem dono": a experiência social dos campos de trabalho em Moçambique no período socialista

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    Through 17 years following independence, a great part of Mozambique population was object of forced dislocations, either resulting from the socialist regime specific developing projects or from repressive deeds, either resulting from the cruel civil war. Among the developing projects, there were large agriculture enterprises which aimed to concentrate the rural population of the country, or even massive deportation operations to faraway regions of individuals classified as"unproductive", who should be turned into rural labor force. Repressive programs sent thousands of people to"reeducation fields" or to political prisoners' fields, destined to keep those considered enemies of the revolution. Finally, Renamo (the movement against the socialist party Frelimo) and the government army frequently used practices of kidnapping in order to engage youngsters in the conflict. Therefore, significant part of Mozambican population has the memory of de-territorialization experience. This article suggests that such experience is perceived as part of a longer historical process that comes from the conflicts in the Southern part of the country in the 19th century. On the other hand, kidnapping and deportation are seen as mechanisms resulting from the construction, pacification and even elimination of those classified as "enemies" and which characterize social dynamics in the south of Mozambique.Nos dezessete anos que se seguiram à independência, boa parte da população moçambicana foi objeto de deslocamentos forçados, ora como conseqüência de projetos específicos de desenvolvimento ou expedientes repressivos levados a cabo pelo regime socialista, ora em função da cruel guerra civil na qual mergulhou o país. Entre os projetos de desenvolvimento, destacam-se as grandes empresas agrícolas que tinham como propósito concentrar a população camponesa do país, ou mesmo operações de deportação massiva de indivíduos classificados como "improdutivos" para regiões longínquas, onde deveriam transformar-se em mão-de-obra rural; milhares de indivíduos foram ainda objeto de expedientes repressivos, os quais se traduziram nos"campos de reeducação" ou em campos de prisioneiros políticos, para onde eram enviados aqueles considerados inimigos do processo revolucionário em curso. Por fim, o"rapto" foi freqüentemente utilizado pela Renamo, movimento que se opunha ao regime socialista do partido Frelimo, e mesmo pelo exército governamental para engajar jovens do conflito bélico. A experiência de desterritorialização acompanha assim a memória de parte significativa da população moçambicana. Neste artigo sugerimos que tal experiência é percebida por aqueles que a viveram, particularmente no sul de Moçambique, como parte de um processo histórico mais longo que tem raízes nos conflitos que assolaram a região entre meados e fim do século XIX. Por outro lado, rapto e deportação são interpretados como mecanismos próprios de construção, pacificação e até mesmo eliminação daqueles indivíduos classificados como"inimigos", e que caracteriza a dinâmica social do sul de Moçambique

    "Raça", nação e status: histórias de guerra e "relações raciais" em Moçambique

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    Henri Junod, Usos e Costumes dos Bantu

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    “Classic is not a book (I must stress) that necessarily possesses this or that set of qualities; it is rather a book that generations of people, urged by different reasons, read with foregoing zeal and with mysterious loyalty” (Jorge Luis Borges, “Sobre los clásicos”, in Obras Completas II, Barcelona, Emecé, 1996: 151). When dealing with the life and work of Henri Junod, Patrick Harries highlights his standing in the high ranges of the anthropological discipline, stressing that authors like M..

    That anthropology was not for us

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    Special interview - Cadernos de Campo - 25 year
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