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O debate entre Nicolau de Cusa e João Wenck de Herrenberg : problemas e projeções
Orientador: Lúcio Souza Lobo, Dr.Coorientador: Pedro Calixto Ferreira Filho, Dr.Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa : Curitiba, 31/03/2023Inclui referências: p. 266-278Área de concentração: FilosofiaResumo: Resumo: Nicolau de Cusa busca sistematizar as diversas áreas da filosofia a partir de um princípio metodológico: o "princípio da douta ignorância" (PDI). Tendo como uma influência direta o "neoplatonismo", isto é, considerando a incomensurabilidade entre os modi cognoscendi humanos perante a "infinitude divina", Nicolau de Cusa projetou um ecumenismo filosófico a partir das noções de "concordância", "douta ignorância" e "conjectura", que buscava possibilitar a resolução de conflituosas querelas de sua época. Esse projeto, por sua vez, não foi imune às críticas de um de seus contemporâneos, João Wenck de Herrenberg, um ferrenho opositor político e filosófico de Nicolau de Cusa. Wenck elabora trinta e sete suspeitas de heresia contra Cusa em A ignota literatura (DIL) (1443). Essas acusações perpassam diversas áreas da filosofia: na lógica, Wenck o acusa de destruidor do "princípio de não-contradição" e, portanto, de toda a possibilidade de "ciência"; na metafísica, o acusa de fazer coincidir Deus e as criaturas, conduzindo a um possível panteísmo; na prática ético-política daquele princípio, Wenck também visualiza problemas que se apresentariam na defesa da superioridade das doutrinas cristãs perante a dos "infiéis" e, como um radical conciliarista, visualiza implicações indesejadas, como a condescendência com a hierarquia e o centralismo papal, em detrimento da democracia conciliarista. Nicolau de Cusa, por sua vez, defendeu-se dessas várias acusações no livro Apologia da douta ignorância (ADI) (1449). Respaldando-se na autoridade de Dionísio Areopagita e das Escrituras, buscou demarcar-se dessas suspeitas de heresia mediante uma contra-acusação: nela, questionaria a ortodoxia da aristotelica secta preeminente em seu tempo. Nessa disputa entre "ortodoxias", pretende reavivar e defender algumas das teses daquela "renegada" tradição neoplatônico-cristã, defendendo-a das más interpretações. Tendo em vista a amplitude do debate entre Nicolau de Cusa e João Wenck (Debate Cusa-Wenck, DCW), a presente tese de doutorado busca como objetivo geral apresentar e sistematizar as principais respostas aos problemas filosóficos em questão, trazendo para a literatura de língua portuguesa seus principais aspectos históricos e filosóficos. Como objetivo específico, a presente pesquisa busca encontrar as principais influências do DCW no pensamento imediatamente posterior de Nicolau de Cusa. Para tanto, restringe seu escopo a dois textos de 1445, o Sermão 48 e o opúsculo A busca de Deus. Tal encaminhamento teve como metodologia: em primeiro lugar, o Primeiro Capítulo, i) buscou a revisão da principal literatura de comentadores sobre o DCW; em segundo lugar, ii) o esclarecimento da posição política de Nicolau de Cusa e João Wenck; no Capítulo 3, iii) buscou avaliar nas fontes primárias (DIL, DDI e ADI) e secundárias (principais comentadores do debate) as principais questões filosóficas do debate, de modo a abranger, primeiramente, todas as acusações de Wenck contra o pensamento cusano e, posteriormente, as respectivas respostas de Nicolau de Cusa; e, por fim, no Capítulo 4, iv) buscou averiguar indícios dessas acusações no desenvolvimento de obras cusanas imediatamente posteriores, mediante o recorte da análise textual do Sermão 48 e do opúsculo De quaerendo deum (1445). Desse modo, pretendeu-se avaliar em que medida esse debate influenciou o desenvolvimento do pensamento cusano, de modo que verificou a plausibilidade da correção da hipótese inicial de pesquisa, isto é: a de que os Opúsculos e ao menos um Sermão do período intermediário entre a acusação e a resposta por parte de Cusa (1445-49) podem ser lidos e melhor compreendidos como prenúncios das respostas contidas em ADI à Wenck. Nesses Opúsculos avaliados, aparecem variados temas inspirados por aquelas acusações. Essa leitura reforça, por fim, a hipótese histórica de Flasch e Elpert: Cusa teve conhecimento daquelas acusações imediatamente após terem sido destinadas a João de Gelnhausen.Abstract: Nicholas of Cusa seeks to systematize the various areas of philosophy based on a methodological principle: the "principle of learned ignorance" (PDI). Having "Latin Neoplatonism" as a direct influence, i. e, considering the incommensurability between human modi cognoscendi in the face of "divine infinity", Nicholas of Cusa would project a philosophical ecumenism based on the notions of "concordantia", "docta ignorantia" and "coniecturis", which sought to make possible the resolution of conflicting disputes of its time. This project, in turn, was not immune to criticism from one of its contemporaries, John Wenck of Herrenberg, an political opponent. Wenck elaborates thirtyseven suspicions of heresy against Cusa in De ignota litteratura (DIL) (1443). These accusations pervade several areas of philosophy: in logic, Wenck accuses him of destroying the "principle of non-contradiction" and, therefore, of all possibility of "science"; in metaphysics, he accuses him of leading to "coincidence" God and creatures; in the ethical-political application of that principle, Wenck also visualizes problems that would arise in the defense of the superiority of Christian doctrines over that of the "infidels" and, as a radical conciliarist, he visualizes unwanted implications, such as condescension to hierarchy and popery, to the detriment of conciliarist democracy. Nicholas of Cusa, in turn, defended himself against these various accusations in the book Apologia doctae ignorantiae (ADI) (1449). Relying on the authority of Dionysius Areopagite, he sought to demarcate himself from these suspicions of heresy through a counteraccusation: in it, he would question the orthodoxy of the Aristotelian secta prevailing in his time. In this dispute between "orthodoxies", he intends to revive and defend some of the theses of that "renegade" Neoplatonic-Christian tradition, against the misinterpretations of it. Given the breadth of the debate between Nicolau of Cusa and John Wenck (Cusanus-Wenck Debate, DCW), the present doctoral thesis seeks as a general objective to systematize the main philosophical problems in dispute, bringing to portuguese literature ts main historical and philosophical aspects. As a specific objective, the present research seeks to find the main influences of the DCW in the immediately subsequent thought of Nicholas of Cusa. To do so, it restricts its scope to two texts from 1445, Sermo 48 and the booklet De quaerendo deum. This approach had the following methodology: first, the First Chapter, i) sought to review the main literature of commentators on DCW; secondly, ii) the clarification of the political position of Nicholas of Cusa and John Wenck; in Chapters 3, iii) sought to evaluate in the primary sources (DIL, DDI and ADI) and secondary (main commentators of the debate) the main philosophical questions of the debate, in order to cover, firstly, all the Wenck's accusations against Cusa thinking and, later, Nicholas of Cusa's respective responses; and, finally, iv) sought to find evidence of these accusations in the development of immediately subsequent works, through the textual analysis of the Sermão 48 and the booklet De quaerendo deum (1445). In this way, it was intended to evaluate to what extent this debate influences the development of Cusanus's thought, so that it verified the plausibility of the correction of our initial research hypothesis: that the Opuscules and at least one Sermon of the "intermediate period" between the accusation and Cusanus's answer (1445-49) can be read and better understood as foreshadowing of the answers contained in ADI to Wenck, since, there, various themes seem be inspired by those accusations. Finally, this reading reinforces the Flash-Elpert historical hypothesis: Cusa became aware of those accusations immediately after they were aimed at John of Gelnhausen
Notas sobre o misticismo racional de Erwin Schrödinger
Often referred to as one of the “founding fathers of quantum mechanics”, Erwin Schrödinger’s thoughts were popularized by his contributions to contemporary physics. However, this thinker contributed to the discussion about the limits of philosophical thought and the ultimate foundation of reality, especially in his later writings. This article addresses such discussions, having as a guideline the Schrödingerian notion of ‘consciousness’ and the ethical implications of such a conception.Frequentemente referido como um dos “pais da mecânica quântica”, o pensamento de Erwin Schrödinger foi popularizado pelas suas contribuições na física contemporânea. No entanto, tal pensador contribuiu para a discussão acerca dos limites do pensamento filosófico e da fundamentação última da realidade, principalmente nos seus escritos tardios. O presente artigo aborda tais discussões, tendo como fio condutor a noção schrödingeriana de ‘consciência’ e as implicações éticas de tal concepção
Notas sobre o misticismo racional de Erwin Schrödinger
Often referred to as one of the “founding fathers of quantum mechanics”, Erwin Schrödinger’s thoughts were popularized by his contributions to contemporary physics. However, this thinker contributed to the discussion about the limits of philosophical thought and the ultimate foundation of reality, especially in his later writings. This article addresses such discussions, having as a guideline the Schrödingerian notion of ‘consciousness’ and the ethical implications of such a conception.Frequentemente referido como um dos “pais da mecânica quântica”, o pensamento de Erwin Schrödinger foi popularizado pelas suas contribuições na física contemporânea. No entanto, tal pensador contribuiu para a discussão acerca dos limites do pensamento filosófico e da fundamentação última da realidade, principalmente nos seus escritos tardios. O presente artigo aborda tais discussões, tendo como fio condutor a noção schrödingeriana de ‘consciência’ e as implicações éticas de tal concepção
O debate entre Nicolau de Cusa e João Wenck de Herrenberg : problemas e projeções
Orientador: Lúcio Souza Lobo, Dr.Coorientador: Pedro Calixto Ferreira Filho, Dr.Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa : Curitiba, 31/03/2023Inclui referências: p. 266-278Área de concentração: FilosofiaResumo: Resumo: Nicolau de Cusa busca sistematizar as diversas áreas da filosofia a partir de um princípio metodológico: o "princípio da douta ignorância" (PDI). Tendo como uma influência direta o "neoplatonismo", isto é, considerando a incomensurabilidade entre os modi cognoscendi humanos perante a "infinitude divina", Nicolau de Cusa projetou um ecumenismo filosófico a partir das noções de "concordância", "douta ignorância" e "conjectura", que buscava possibilitar a resolução de conflituosas querelas de sua época. Esse projeto, por sua vez, não foi imune às críticas de um de seus contemporâneos, João Wenck de Herrenberg, um ferrenho opositor político e filosófico de Nicolau de Cusa. Wenck elabora trinta e sete suspeitas de heresia contra Cusa em A ignota literatura (DIL) (1443). Essas acusações perpassam diversas áreas da filosofia: na lógica, Wenck o acusa de destruidor do "princípio de não-contradição" e, portanto, de toda a possibilidade de "ciência"; na metafísica, o acusa de fazer coincidir Deus e as criaturas, conduzindo a um possível panteísmo; na prática ético-política daquele princípio, Wenck também visualiza problemas que se apresentariam na defesa da superioridade das doutrinas cristãs perante a dos "infiéis" e, como um radical conciliarista, visualiza implicações indesejadas, como a condescendência com a hierarquia e o centralismo papal, em detrimento da democracia conciliarista. Nicolau de Cusa, por sua vez, defendeu-se dessas várias acusações no livro Apologia da douta ignorância (ADI) (1449). Respaldando-se na autoridade de Dionísio Areopagita e das Escrituras, buscou demarcar-se dessas suspeitas de heresia mediante uma contra-acusação: nela, questionaria a ortodoxia da aristotelica secta preeminente em seu tempo. Nessa disputa entre "ortodoxias", pretende reavivar e defender algumas das teses daquela "renegada" tradição neoplatônico-cristã, defendendo-a das más interpretações. Tendo em vista a amplitude do debate entre Nicolau de Cusa e João Wenck (Debate Cusa-Wenck, DCW), a presente tese de doutorado busca como objetivo geral apresentar e sistematizar as principais respostas aos problemas filosóficos em questão, trazendo para a literatura de língua portuguesa seus principais aspectos históricos e filosóficos. Como objetivo específico, a presente pesquisa busca encontrar as principais influências do DCW no pensamento imediatamente posterior de Nicolau de Cusa. Para tanto, restringe seu escopo a dois textos de 1445, o Sermão 48 e o opúsculo A busca de Deus. Tal encaminhamento teve como metodologia: em primeiro lugar, o Primeiro Capítulo, i) buscou a revisão da principal literatura de comentadores sobre o DCW; em segundo lugar, ii) o esclarecimento da posição política de Nicolau de Cusa e João Wenck; no Capítulo 3, iii) buscou avaliar nas fontes primárias (DIL, DDI e ADI) e secundárias (principais comentadores do debate) as principais questões filosóficas do debate, de modo a abranger, primeiramente, todas as acusações de Wenck contra o pensamento cusano e, posteriormente, as respectivas respostas de Nicolau de Cusa; e, por fim, no Capítulo 4, iv) buscou averiguar indícios dessas acusações no desenvolvimento de obras cusanas imediatamente posteriores, mediante o recorte da análise textual do Sermão 48 e do opúsculo De quaerendo deum (1445). Desse modo, pretendeu-se avaliar em que medida esse debate influenciou o desenvolvimento do pensamento cusano, de modo que verificou a plausibilidade da correção da hipótese inicial de pesquisa, isto é: a de que os Opúsculos e ao menos um Sermão do período intermediário entre a acusação e a resposta por parte de Cusa (1445-49) podem ser lidos e melhor compreendidos como prenúncios das respostas contidas em ADI à Wenck. Nesses Opúsculos avaliados, aparecem variados temas inspirados por aquelas acusações. Essa leitura reforça, por fim, a hipótese histórica de Flasch e Elpert: Cusa teve conhecimento daquelas acusações imediatamente após terem sido destinadas a João de Gelnhausen.Abstract: Nicholas of Cusa seeks to systematize the various areas of philosophy based on a methodological principle: the "principle of learned ignorance" (PDI). Having "Latin Neoplatonism" as a direct influence, i. e, considering the incommensurability between human modi cognoscendi in the face of "divine infinity", Nicholas of Cusa would project a philosophical ecumenism based on the notions of "concordantia", "docta ignorantia" and "coniecturis", which sought to make possible the resolution of conflicting disputes of its time. This project, in turn, was not immune to criticism from one of its contemporaries, John Wenck of Herrenberg, an political opponent. Wenck elaborates thirtyseven suspicions of heresy against Cusa in De ignota litteratura (DIL) (1443). These accusations pervade several areas of philosophy: in logic, Wenck accuses him of destroying the "principle of non-contradiction" and, therefore, of all possibility of "science"; in metaphysics, he accuses him of leading to "coincidence" God and creatures; in the ethical-political application of that principle, Wenck also visualizes problems that would arise in the defense of the superiority of Christian doctrines over that of the "infidels" and, as a radical conciliarist, he visualizes unwanted implications, such as condescension to hierarchy and popery, to the detriment of conciliarist democracy. Nicholas of Cusa, in turn, defended himself against these various accusations in the book Apologia doctae ignorantiae (ADI) (1449). Relying on the authority of Dionysius Areopagite, he sought to demarcate himself from these suspicions of heresy through a counteraccusation: in it, he would question the orthodoxy of the Aristotelian secta prevailing in his time. In this dispute between "orthodoxies", he intends to revive and defend some of the theses of that "renegade" Neoplatonic-Christian tradition, against the misinterpretations of it. Given the breadth of the debate between Nicolau of Cusa and John Wenck (Cusanus-Wenck Debate, DCW), the present doctoral thesis seeks as a general objective to systematize the main philosophical problems in dispute, bringing to portuguese literature ts main historical and philosophical aspects. As a specific objective, the present research seeks to find the main influences of the DCW in the immediately subsequent thought of Nicholas of Cusa. To do so, it restricts its scope to two texts from 1445, Sermo 48 and the booklet De quaerendo deum. This approach had the following methodology: first, the First Chapter, i) sought to review the main literature of commentators on DCW; secondly, ii) the clarification of the political position of Nicholas of Cusa and John Wenck; in Chapters 3, iii) sought to evaluate in the primary sources (DIL, DDI and ADI) and secondary (main commentators of the debate) the main philosophical questions of the debate, in order to cover, firstly, all the Wenck's accusations against Cusa thinking and, later, Nicholas of Cusa's respective responses; and, finally, iv) sought to find evidence of these accusations in the development of immediately subsequent works, through the textual analysis of the Sermão 48 and the booklet De quaerendo deum (1445). In this way, it was intended to evaluate to what extent this debate influences the development of Cusanus's thought, so that it verified the plausibility of the correction of our initial research hypothesis: that the Opuscules and at least one Sermon of the "intermediate period" between the accusation and Cusanus's answer (1445-49) can be read and better understood as foreshadowing of the answers contained in ADI to Wenck, since, there, various themes seem be inspired by those accusations. Finally, this reading reinforces the Flash-Elpert historical hypothesis: Cusa became aware of those accusations immediately after they were aimed at John of Gelnhausen
Sermão 48 – O dia santificado (1445)
O sermão número 48, “O dia santificado” (Sermo XLVIII: Dies Santificatus), proferido em Mainz na data de 6 de Janeiro de 1445, na Festa da Epifania do Senhor, traz alguns temas de interesse na compreensão do desenvolvimento da filosofia cusana no período imediatamente posterior à obra A douta ignorância (De docta ignorantia, 1440) e As conjecturas (1442). Este sermão é citado no opúsculo A busca de Deus (De querendo deum, I, 16, 3), de 1445, como sendo a primeira tentativa cusana de tratar do tema dos “modos de conhecimento” (modi cognoscendi) a partir da perspectiva do tema da “luz e das cores”, caro à tradição de comentadores escolásticos do De anima aristotélico, tentativa essa que viria a ser aprimorada no referido opúsculo. Nele, Cusa busca uma “conjectura” capaz de simbolizar a relação paradoxal de imanência e transcendência entre Deus e a criação, mediante a relação que se estabelece entre a luz sensível e as cores do arco-íris. A luz, embora explicada em suas determinações, isto é, nas cores, ainda permanece transcendente às mesmas, as complicando enquanto luz pura. Do mesmo modo, Cusa evoca o exemplo do “sentido comum” da tradição escolástica, que em sua interpretação neoplatonizante, seria responsável por “complicar” todos os sentidos. Por fim, mediante tais exemplos da luz e dos sentidos, Cusa encaminha sua reflexão à visão do “modo de ser divino”, que, segundo ele, também poderia ser intuído no exemplo do nome divino IHWH. Esse nome inominável que complica todos os nomes, assim como os exemplos tratados, simboliza aquela realidade divina que complica e explica todas as coisas. A reunião desses exemplos é abalizada por uma coleção de citações escriturais, que buscam trazer respaldo às suas interpretações