13 research outputs found

    Avaliação ecocardiográfica em cavalos submetidos à pericardiotomia minimamente invasiva

    Get PDF
    Orientador : Prof. Dr. Peterson Triches DornbuschDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias. Defesa: Curitiba, 17/02/2017Inclui referências ao final de cada capítuloResumo: Pericardiotomia é o procedimento cirúrgico de abertura do pericárdio, sendo uma técnica rápida, de fácil realização e sem complicações significativas. É indicada nos casos de efusões pericárdicas recidivantes, com intuito de eliminar o risco de tamponamento cardíaco. Pode ser realizada por acessos convencionais, como a toracotomia lateral direita ou por cirurgia toracoscópica minimamente invasiva (toracoscopia). A ecocardiografia é o método não invasivo padrão ouro para avaliação da função, fluxo, estrutura e índices cardíacos em cavalos, sendo uma ótima ferramenta para o diagnóstico, monitoração e tratamento de doenças cardíacas. Não apresenta efeitos deletérios podendo ser repetida quantas vezes for necessário sem causar qualquer prejuízo ao animal. No funcionamento cardíaco, a função ventricular é geralmente considerada mais importante do que a atrial, no entanto, a função do átrio contribui significativamente para o débito cardíaco, principalmente em cavalos atletas. O Capítulo 1 objetivou avaliar o impacto da pericardiotomia parcial minimamente invasiva sobre as variáveis ecocardiográficas morfométricas e funcionais em cavalos. O Capítulo 2 objetivou avaliar o impacto da pericardiotomia parcial minimamente invasiva sobre o volume atrial e ventricular esquerdos, em cavalos. Foi realizado exame físico e laboratorial de seis equinos, quatro machos e duas fêmeas. Procedeu-se exame ecocardiográfico (ECO) transtorácico direito, entre o 4º e 5º espaços intercostais (EIC), com avaliações em quatro diferentes momentos: previamente ao procedimento cirúrgico (M0); 24 horas após (M1); 72 horas após (M2) e 28 dias após o procedimento cirúrgico (M3). Em imagens transversais do ventrículo esquerdo em plano cordal, foram mensuradas em diástole e sístole: diâmetro interno do ventrículo direito (VDd e VDs), espessura do septo interventricular (SIVd e SIVs), diâmetro interno do ventrículo esquerdo (VEd e VEs), espessura da parede livre do ventrículo esquerdo (PLVEd e PLVEs). Em plano aórtico, foram quantificados o diâmetro interno da aorta (Ao) e diâmetro atrial esquerdo (AE), os quais permitiram o cálculo das variáveis: fração de encurtamento (FEC%), espessamento fracional do septo interventricular (SIV%), espessamento fracional da parede livre do ventrículo esquerdo (PLVE%) e relação entre diâmetro do átrio esquerdo e diâmetro aórtico (AE/Ao). Em imagens longitudinais quatro câmaras, foram calculados, segundo o método área-comprimento, o volume máximo do átrio esquerdo (VAEmax), volume mínimo do átrio esquerdo (VAEmin), volume ventricular esquerdo em sístole (VVEs) e volume ventricular esquerdo em diástole (VVEd), os quais foram utilizados para determinação da fração de ejeção do átrio esquerdo (FEJAE%) e fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEJVE%). Após as avaliações ecocardiográficas basais (M0), os animais foram submetidos à pericardiotomia por toracoscopia, em decúbito lateral direito. Após 28 dias efetuou-se uma segunda toracoscopia. A pericardiotomia foi realizada com sucesso em todos os procedimentos e em apenas um animal houve complicação pós-operatória. Na avaliação após 28 dias notou-se formação de aderências em dois animais, a janela pericárdica de todos estava ampla e bem delimitada sem comprometimento da movimentação cardíaca. Nas avaliações do ECO no Capítulo 1, no M1 e M2 houve alteração estatisticamente significativa no PLVE e diminuição dos parâmetros VDd, VEd, PLVEs, AE, VEs, FEC e SIV. No Capítulo 1 concluiu-se que a técnica de pericardiotomia empregada mostrou-se promissora em equinos, tendo esta pouca ou nenhuma complicação pós-operatória. As variações dos parâmetros ecocardiográficos foram transitórias, não causando prejuízos hemodinâmicos aos animais. Nas avaliações do ECO no Capítulo 2, houve diminuição do VAEmax, VAEmin, FEJAE, VVEd, VVEs e FEJVE nas primeiras horas pós procedimento, mas aos 28 dias essa diminuição não foi observada. Sendo assim, concluiu-se que a ecocardiografia permitiu avaliar as variáveis volumétricas propostas, demonstrando que a pericardiotomia não interferiu de maneira duradoura. Nas primeiras 72 horas observou-se redução dos volumes intracardíacos, fato que possivelmente retrata a interferência transitória da pericardiotomia na pré-carga. Palavras-chave: cardiologia; ecocardiografia; janela pericárdica; videocirurgia.Abstarct: Pericardiotomy is a surgical incision in the pericardium, being a quick and easy technique to perform, without major complications. It is indicated in cases of recurrent pericardial effusions, in order to eliminate the risk of cardiac tamponade. It can be performed by conventional accesses, such as right lateral thoracotomy or minimally invasive thoracoscopic surgery (thoracoscopy). Echocardiography is the gold standard noninvasive method for evaluation of cardiac function, flow and structure in horses, being a great tool for the diagnosis, monitoring and treatment of heart diseases. It does not present deleterious effects and can be repeated as many times as necessary without causing damage to the animal. Ventricular function is generally considered more important than atrial, however, atrial function contributes significantly to cardiac output, especially in athletic horses. The aim of Chapter 1 was to evaluate the impact of minimally invasive partial pericardiotomy on the morphometric and functional echocardiographic variables in horses. The aim of Chapter 2 was to evaluate the impact of minimally invasive partial pericardiotomy on left atrial and ventricular volume in horses. A physical and laboratorial examination of six horses, four males and two females were performed. A right transthoracic echocardiographic (ECO) was performed between the 4th and 5th intercostal spaces (EIC), with evaluations in four different moments: before the surgical procedure (M0); 24 hours after (M1); 72 hours after (M2) and 28 days after the surgical procedure (M3). In the transverse images of the left ventricle in the chordal plane, the following variables were measured in diastole and systole: right ventricular internal diameter (VDd and VDs), interventricular septum thickness (SIVd and SIVs), left ventricular internal diameter of the left ventricular free wall (PLVEd and PLVEs). In the aortic plane, the internal diameter of the aorta (Ao) and left atrial diameter (AE) were quantified, allowing the calculation of the following variables: fractional shortening (FEC%), fractional thickening of the interventricular septum (SIV%), fractional thickening of left ventricular free wall (PLVE%) and ratio between left atrium diameter and aortic diameter (AE / Ao). The maximum left atrial volume (VAEmax), minimum left atrial volume (VAEmin), left ventricular volume in systole (VVEs) and left ventricular volume in diastole (VVEd) were calculated according to the area-length method, which were used to determine the left atrial ejection fraction (FEJAE%) and left ventricular ejection fraction (FEVEE%). After the basal echocardiographic evaluations (M0), the animals were submitted to thoracoscopic pericardiotomy, in right lateral position. After 28 days a second thoracoscopy was performed. Pericardiotomy was successfully performed in all procedures and in one animal there was postoperative complications. In the evaluation after 28 days it was noticed adhesion in two animals, the pericardial window of all was broad and well delimited without compromising the cardiac movement. In the ECO assessments in Chapter 1, in M1 and M2 there was a statistically significant change in PLVE and decrease in VDd, VEd, PLVEs, AE, VEs, FEC and SIV. In Chapter 1 it was concluded that pericardiotomy is a promising technique in horses, with little or no postoperative complication. Variations in the echocardiographic parameters were transient and did not cause hemodynamic damage to the animals. In ECO assessments in Chapter 2, VAEmax, VAEmin, FEJAE, VVEd, VVEs, and FEVE decreased in the first hours post procedure, but at 28 days this decrease was not observed. Therefore, it was concluded that the echocardiography allowed to evaluate the proposed volumetric variables, demonstrating that the pericardiotomy did not interfere in a permanent way. In the first 72 hours a reduction in intracardiac volumes was observed, a fact that probably reflects the transient interference of pericardiotomy in the preload. Keywords: cardiology; echocardiography; pericardial window; video-surgery

    DRENAGEM DE EFUSÃO PLEURAL POR DRENO INTRODUZIDO POR TORACOSCOPIA EM CAVALO COM PLEUROPNEUMONIA

    Get PDF
     Tendo em vista que afecções do sistema respiratório são grandes responsáveis por perdas de rendimento atlético de equinos, faz-se necessário o diagnóstico e tratamento precoce da doença para que o animal possa retornar à sua rotina sem perder de forma drástica sua performance. O presente artigo tem como objetivo abordar a técnica de toracoscopia como método diagnóstico e auxiliar no tratamento da pleuropneumonia em equinos, bem como relatar o caso de um cavalo com histórico de febre intermitente não responsiva à tratamentos com antibióticos e antipiréticos, sinais clínicos compatíveis com pleuropneumonia e diagnóstico confirmado pela ultrassonografia torácica. O exame toracoscópico bilateral foi essencial para observação e lavagem da cavidade torácica por meio de um dreno de silicone, e é sabido que a colocação de drenos torácicos com auxílio da toracoscopia resulta em alto índice de recuperação atlética dos animais. Desta forma, a toracoscopia vem como uma grande auxiliadora para a clínica de equinos, pois permite que o médico veterinário, além de ter uma visão mais completa da cavidade torácica e detalhes específicos do caso, também possa usar este método de exame complementar no auxílio ao tratamento pela drenagem da efusão pleural e fixação de dreno, garantindo melhora clínica do animal e rápida recuperação.

    MASTOCITOMA CUTÂNEO EQUINO: QUANDO SUSPEITAR?

    Get PDF
    O mastocitoma é uma lesão nodular pouco observada na espécie equina, porém pode apresentar características que se destacam na suspeita de uma lesão tumoriforme e difere clínica e patologicamente dos mastocitomas comumente observados em outras espécies. Por isso, objetivou-se relatar um caso clínico de mastocitoma cutâneo em um potro e salientar as principais diferenças observadas tanto com as outras principais lesões cutâneas equinas, como com os mastocitomas de outras espécies. Um potro de dois anos apresentava uma massa no tecido subcutâneo do pescoço que foi retirada cirurgicamente, e após exame histopatológico diagnosticou-se mastocitoma. Macroscopicamente a massa media 2,8 x 2,0 x 1,5 cm, era firme ao corte, com superfície caseosa entremeada por tecido brancacento. Microscopicamente apresentava focos de proliferação de células redondas, com citoplasma repleto por finos grânulos basofílicos, em meio a extensas áreas de necrose com mineralização central. O exame citológico não foi conclusivo como na maioria dos tumores de mastócitos, pois acredita-se que foi puncionada uma área de necrose, comum nos mastocitomas de cavalos. Diferentemente do observado em cães, espécie em que é comum, em cavalos o tumor é benigno. É constituído de uma única massa solitária, diferentemente do sarcoide equino e raramente observa-se alteração na pele, como observado no tecido de granulação e no carcinoma de células escamosas. A excisão cirúrgica é curativa

    PREVALÊNCIA DE AFECÇÕES DA CAVIDADE ORAL DE CAVALOS DE TRAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – PARANÁ

    Get PDF
    Afecções dentárias são as principais enfermidades da cavidade oral de equinos, podendo estar relacionadas à dieta e ao escore corporal. Objetivou-se neste estudo avaliar as desordens dentárias, escore corporal e o manejo alimentar que cavalos de tração da região metropolitana de Curitiba apresentam, e verificar se há correlação entre eles. Foram avaliados 64 equinos, através de exame clínico e avaliação odontológica. Destes, 52 apresentaram escore corporal adequado, 54 apresentaram apenas uma alteração dentária e 27 apresentaram duas ou mais, sendo a presença de caninos longos a alteração mais encontrada, observada em 20 cavalos. Pontas de esmalte, ganchos, rampas, presença do dente primeiro pré-molar, fraturas dentárias, cálculos dentários, degraus e ausência de dentes foram outras alterações encontradas. Os principais componentes da dieta desses cavalos de tração são: pasto, capim picado, farelo de trigo, milho e restos de comida. Através do Teste de Correlação de Spearman verificou-se ausência de significância estatística na correlação entre a dieta, as alterações dentárias e o escore corporal. Conclui-se com este estudo que os cavalos carroceiros da região metropolitana de Curitiba apresentam baixa prevalência de problemas dentários, os quais não são influenciados pela dieta e não acarretam em prejuízos ao seu escore corporal

    ORQUIECTOMIA EM CAVALOS: COMPARAÇÃO ENTRE TRÊS TÉCNICAS EM RELAÇÃO AO TEMPO CIRÚRGICO, COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS E TEMPO PARA ALTA HOSPITALAR

    Get PDF
    A orquiectomia é utilizada para esterilizar cavalos de baixo valor genético, melhorando o manejo. Pode ser realizada com anestesia geral ou local, em decúbito dorsal ou em estação. Algumas complicações podem ocorrer como hemorragia, edema, infecção e peritonite. O objetivo deste trabalho foi comparar o tempo cirúrgico, a ocorrência de complicações pós-operatórias e o tempo de internamento de cavalos submetidos à orquiectomia eletiva por meio de três diferentes técnicas empregadas por alunos e residentes do curso de medicina veterinária. Foram utilizados 25 cavalos, sendo separados em três grupos: grupo 1 (EMA, n=8), submetidos à orquiectomia bilateral em posição quadrupedal, bloqueio local e sedação, hemostasia com emasculador onde a túnica vaginal foi mantida aberta; grupo 2 (BRA, n= 8), submetidos à orquiectomia bilateral em posição quadrupedal, bloqueio local e sedação, hemostasia com duas abraçadeiras de náilon de 2,5mm e túnica vaginal mantida aberta; grupo 3 (ING, n=9), submetidos à orquiectomia bilateral em decúbito dorsal e anestesia geral, hemostasia com emasculador, e túnica vaginal e pele suturadas. O tempo médio dos procedimentos foi de 16,3±2,5min no grupo EMA, 14,5±1,6min no grupo BRA e 64,4±16,6min no grupo ING. No pós-operatório dos animais não foi observado sangramento no grupo ING; no grupo EMA houve sangramento grau 2 e no grupo BRA houve sangramento grau 1. O tempo médio de internamento foi de 22,7±3,2 dias, 20,75±0,7 dias e 10,7±4,5 dias respectivamente. A orquiectomia bilateral sob efeito de anestesia geral e fechamento da túnica vaginal, demanda maior tempo cirúrgico quando comparada às orquiectomias realizadas com os cavalos em posição quadrupedal e manutenção da túnica aberta. Porém, não foram observadas complicações pós-operatórias nos animais castrados com essa técnica, diminuindo assim o tempo de internação hospitalar e os cuidados pós-operatórios

    Behavior of Cellulose Biosynthetic Membrane as a Peritendinous Implant in Foals

    Get PDF
    Background: Tendon injuries are common in horses and are commonly associated with lameness and athletic career disruption. Adhesions formed between the tendons and the surrounding tissues compromise the sliding and movement of the structures, compromising their functionality. Therefore, the control of adhesion formation is critical to restore the structural integrity of the tendon, as well as its biomechanical function. The aim of this study was to evaluate the behavior of the biosynthetic cellulose membrane implanted in foals with surgically induced tendinitis of the superficial digital flexor.Materials, Methods & Results: Six healthy foals were used, which underwent tendinitis induction in the superficial digital flexor of the right and left forelimbs. The lesions was induced by local ischemia by crushing the tendon with hemostatic forceps. The biosynthetic cellulose membranewas implanted only in the right forelimb, involving the superficial digital flexor tendon in the region of the ischemia and the left forelimb was used as control. After surgery, both forelimb were immobilized with synthetic plaster cast for 15 days. Ultrasonography was performed in six foals immediately before (M0), at 15° (M1) at and 30° (M2) day, and three were evaluate at 45° (M3) and 60° (M4) day after surgery. Incisional biopsies were performed in three animals on the 30° day and in three animals on the 60° day after surgery. Histopathological examination involved the analysis of tissue disorganization, presence and type of inflammatory infiltrate and neovascularization, according to the score of 0 to 3. Ultrasonography allowed visualization of the membrane, which was characterized as a continuous hyperechoic line at the edges of the tendon at 15 days (M1). In addition, at 30 and 45 days after surgery, interruption of the hyperechoic line and reduction of echogenicity were observed, and no echogenic lines were observed at 60 days after surgery. During the biopsies, the fragments obtained from the treated limb were presented with easily detachable layers and separate layers of tissue during histological cutting and the slides preparations. There was no significant difference in relation to the histopathological scores between the treated and control member. The inflammatory infiltrate was predominantly of mononuclear cells and fibroblasts, with identification of giant cell in a foal at 30 days. Neovascularization was observed in all limbs, treated and controls at 30 days and in two treated limbs and three control at 60 days. It was possible to identify the synthetic cellulose membrane by histopathology in only two limbs treated at 30 days and in no limb at 60 days.Discussion: The degree of tendonitis induced in the present study was considered mild according to ultrasonographic analysis at 15 days after surgery. This fact limited the evaluation of the biosynthetic cellulose membrane in the prevention of adhesions, since they were not observed in both groups. However, the ability of the membrane to minimize adhesion formation can be suggest by the macroscopically observed individualization of the tissue layers during histological sections and slides preparation. Ultrasonographic analysis allowed the visualization of the membrane, as well as its positioning and the absorption process. Therefore, ultrasonography can be used in post-implantation monitoring of the membrane. The comparison of the histopathological scores demonstrates the biocompatibility of the biosynthetic cellulose membrane when implanted in foals submitted to surgically induced tendinitis, since there was no difference when compared to treated and control limbs. Therefore, it can be used safely in the treatment of tendon injuries in horses

    Plicatura do ligamento largo do útero de éguas por videocirurgia com uso de toggles de ácido polilático confeccionados em impressora 3D

    Get PDF
    Orientador: Prof. Dr. Peterson Triches DornbuschTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Agrárias, Ciências Veterinárias. Defesa : Curitiba, 23/06/2022Inclui referênciasResumo: A equideocultura é uma atividade de grande importância econômica no país, movimentando anualmente US3bilho~es,poreˊmproblemasreprodutivosrelacionadosaˋsubfertilidadeeinfertilidadeemeˊguaspodemocasionarprejuıˊzosnaproduc\ca~o.Dentreasprincipaiscausasdeproblemasreprodutivosnestaespeˊciedestacamseendometrite,placentiteedoenc\casinfecciosas.Algumaseˊguas,apoˊsacoˊpulaouinseminac\ca~oartificialna~opossuemcapacidadefisioloˊgicaparaeliminarolıˊquidointrauterino,poisapresentamuˊteroprojetadoparaointeriordacavidadeabdominal,comumaangulac\ca~omaiorenıˊvelmaisbaixoemrelac\ca~oaoassoalhodapelve,denominandoseuˊteropenduloso.Paramelhoraroposicionamentouterinonestescasospodeserealizarauteropexiaporvideolaparoscopia,teˊcnicaciruˊrgicaquesemostrapromissoraemeˊguas.Oobjetivodesteestudofoidesenvolverevalidarateˊcnicadeelevac\ca~outerinaporlaparoscopiaemeˊguasqueapresentamouˊteropenduloso,utilizandotogglesdeaˊcidopolilaˊtico,confeccionadosemimpressora3D.Foramoperadasseiseˊguasquepossuıˊamentre10e17anosdeidade,apresentandouˊteropendulosocomhistoˊricodeacuˊmulodelıˊquidoebaixataxaderecuperac\ca~oembrionaˊria.Aelevac\ca~oobtidacomateˊcnicafoiparcial,poisduranteaaplicac\ca~onomesomeˊtrioalgunstogglessequebraramaomeioealgunssesoltaram.Apoliglactina910apresentoucoeficientedeatritoaltoedificultouodeslizamentopelotogglesendosubstituıˊdapelofiodepoliamidadeformaafacilitarodeslizamento.Otempociruˊrgicomeˊdioparadesenvolvimentodauteropexiafoide37minutos(37±12)paracadalado.Nenhumadaseˊguasoperadasapresentoucomplicac\co~esnopoˊsoperatoˊrio.Naavaliac\ca~outerinapoˊsoperatoˊriarealizadaapoˊsseismeseseateˊdoisanosapoˊsoprocedimento,notousemelhoranaconformac\ca~oanato^micauterina.Houvemelhoranataxaderecuperac\ca~oembrionaˊriadetodasaseˊguas,comdiferenc\caestatisticamentesignificativanascoletasrealizadasateˊdoisanosapoˊsacirurgia.Ateˊcnicadeelevac\ca~outerinaporlaparoscopiaemeˊguascomuˊteropendulosocomplicaturadoligamentolargodouˊtero,utilizandotogglesdePLA,confeccionadosemimpressora3Deˊpossıˊvel,poreˊmhaˊnecessidadedeaprimoramentodestes.Auteropexiafoiefetivanamelhoradataxaderecuperac\ca~oembrionaˊria.Abstract:EquideocultureconstituteagreateconomicimportanceinBrazil,movingaboutUS3 bilhões, porém problemas reprodutivos relacionados à subfertilidade e infertilidade em éguas podem ocasionar prejuízos na produção. Dentre as principais causas de problemas reprodutivos nesta espécie destacam-se endometrite, placentite e doenças infecciosas. Algumas éguas, após a cópula ou inseminação artificial não possuem capacidade fisiológica para eliminar o líquido intrauterino, pois apresentam útero projetado para o interior da cavidade abdominal, com uma angulação maior e nível mais baixo em relação ao assoalho da pelve, denominando-se útero penduloso. Para melhorar o posicionamento uterino nestes casos pode-se realizar a uteropexia por videolaparoscopia, técnica cirúrgica que se mostra promissora em éguas. O objetivo deste estudo foi desenvolver e validar a técnica de elevação uterina por laparoscopia em éguas que apresentam o útero penduloso, utilizando toggles de ácido polilático, confeccionados em impressora 3D. Foram operadas seis éguas que possuíam entre 10 e 17 anos de idade, apresentando útero penduloso com histórico de acúmulo de líquido e baixa taxa de recuperação embrionária. A elevação obtida com a técnica foi parcial, pois durante a aplicação no mesométrio alguns toggles se quebraram ao meio e alguns se soltaram. A poliglactina 910 apresentou coeficiente de atrito alto e dificultou o deslizamento pelo toggle sendo substituída pelo fio de poliamida de forma a facilitar o deslizamento. O tempo cirúrgico médio para desenvolvimento da uteropexia foi de 37 minutos (37±12) para cada lado. Nenhuma das éguas operadas apresentou complicações no pós-operatório. Na avaliação uterina pós-operatória realizada após seis meses e até dois anos após o procedimento, notou-se melhora na conformação anatômica uterina. Houve melhora na taxa de recuperação embrionária de todas as éguas, com diferença estatisticamente significativa nas coletas realizadas até dois anos após a cirurgia. A técnica de elevação uterina por laparoscopia em éguas com útero penduloso com plicatura do ligamento largo do útero, utilizando toggles de PLA, confeccionados em impressora 3D é possível, porém há necessidade de aprimoramento destes. A uteropexia foi efetiva na melhora da taxa de recuperação embrionária.Abstract: Equideoculture constitute a great economic importance in Brazil, moving about US3 billion annually, therefore, reproductive issues related to subfertility and infertility in mares may cause damages in the production. Among the causes of reproductive issues in mares, the most recurring are endometritis, placentitis and infectious diseases. There are some mares that are not able to eliminate the intrauterine fluid after copulation or artificial insemination, as result of the uterus being designed for the abdominal cavity interior, with a higher angulation and a lower level compared to the pelvic floor, known as pendulous uterus. To improve uterine positioning in these cases, uteropexia can be performed by laparoscopy, a surgical technique that is shown to be promising in mares. The aim of this study was to develop and validate the uterine elevation technique by laparocopy, in mares that present the pendulous uterus, using polylactic acid toggles, made in a 3D printer. Six mares that were between 10 and 17 years old underwent the surgical procedure, presenting pendulous uterus precedent by fluid accumulation and low embryonic recovery rate. The elevation was partially obtained with the technique, due to some toggles broke in half and some loosened. Polyglactin 910 presented high friction coefficient and made the slipness through the toggle more difficult, being replaced by the polyamide wire in order to make it easier to sliding. The mean surgical time to develop uteropexia was 37 minutes (37±12) for each side. None of the operated mares presented postoperative complications. An anatomical conformation improvement was observed in the postoperative uterine evaluation. There was an improvement in the embryonic recovery rate of all mares, with a statistically significant difference in the collections performed up to two years after surgery. The technique of uterine elevation in mares that presenting pending uterus, by laparoscopy, performing the plication of the broad ligament of the uterus by PLA toggles, made in 3D printer is possible, although, there is a need to improve the toggles used in the procedure

    MASTOCITOMA CUTÂNEO EQUINO: QUANDO SUSPEITAR?

    No full text
    O mastocitoma é uma lesão nodular pouco observada na espécie equina, porém pode apresentar características que se destacam na suspeita de uma lesão tumoriforme e difere clínica e patologicamente dos mastocitomas comumente observados em outras espécies. Por isso, objetivou-se relatar um caso clínico de mastocitoma cutâneo em um potro e salientar as principais diferenças observadas tanto com as outras principais lesões cutâneas equinas, como com os mastocitomas de outras espécies. Um potro de dois anos apresentava uma massa no tecido subcutâneo do pescoço que foi retirada cirurgicamente, e após exame histopatológico diagnosticou-se mastocitoma. Macroscopicamente a massa media 2,8 x 2,0 x 1,5 cm, era firme ao corte, com superfície caseosa entremeada por tecido brancacento. Microscopicamente apresentava focos de proliferação de células redondas, com citoplasma repleto por finos grânulos basofílicos, em meio a extensas áreas de necrose com mineralização central. O exame citológico não foi conclusivo como na maioria dos tumores de mastócitos, pois acredita-se que foi puncionada uma área de necrose, comum nos mastocitomas de cavalos. Diferentemente do observado em cães, espécie em que é comum, em cavalos o tumor é benigno. É constituído de uma única massa solitária, diferentemente do sarcoide equino e raramente observa-se alteração na pele, como observado no tecido de granulação e no carcinoma de células escamosas. A excisão cirúrgica é curativa

    PREVALÊNCIA DE AFECÇÕES DA CAVIDADE ORAL DE CAVALOS DE TRAÇÃO DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA – PARANÁ

    No full text
    Afecções dentárias são as principais enfermidades da cavidade oral de equinos, podendo estar relacionadas à dieta e ao escore corporal. Objetivou-se neste estudo avaliar as desordens dentárias, escore corporal e o manejo alimentar que cavalos de tração da região metropolitana de Curitiba apresentam, e verificar se há correlação entre eles. Foram avaliados 64 equinos, através de exame clínico e avaliação odontológica. Destes, 52 apresentaram escore corporal adequado, 54 apresentaram apenas uma alteração dentária e 27 apresentaram duas ou mais, sendo a presença de caninos longos a alteração mais encontrada, observada em 20 cavalos. Pontas de esmalte, ganchos, rampas, presença do dente primeiro pré-molar, fraturas dentárias, cálculos dentários, degraus e ausência de dentes foram outras alterações encontradas. Os principais componentes da dieta desses cavalos de tração são: pasto, capim picado, farelo de trigo, milho e restos de comida. Através do Teste de Correlação de Spearman verificou-se ausência de significância estatística na correlação entre a dieta, as alterações dentárias e o escore corporal. Conclui-se com este estudo que os cavalos carroceiros da região metropolitana de Curitiba apresentam baixa prevalência de problemas dentários, os quais não são influenciados pela dieta e não acarretam em prejuízos ao seu escore corporal
    corecore